domingo, 23 de dezembro de 2012

"UM FIM DE ANO NADA BOM."


Neste final de ano estão me acontecendo coisas bastante diferentes e esquisitas.
1 – Após um dia perante um sol causticante, entrei em casa, a fim de tomar banho, ocasião em que os familiares me informaram: não tem energia elétrica. Respondi, tomarei banho frio, é até bom para a saúde.
Conclusão: apanhei uma gripe infernal, a qual, não quer mais sair, é mole?
Aí aparecem sugestões de tudo quanto é lado, no que tange a receita de chá. É chá de canela, de alho, de cebola, do escambau.
Apareceu um senhor de meia-idade fornecendo a receita de um chá composto de suco do limão com mel. Devendo ferver o mesmo e tomar de colheradas.
Olhei o referido chá, ainda ligeiramente quente, dei uma bicada, gostei e tomei de uma vez só. Uma observação importante, o chá ainda quente.
Conclusão: provocou uma dor de barriga tremenda, uma diarréia de fazer inveja e um dia todo em cima do boca larga.
Você conseguiu entender a situação jacaré do papo amarelo?
2 – Natal, fim de ano, a pedida é a mesma, ou seja, precisa cortar o cabelo, aquela velha palhaçada de sempre.
Cheguei à barbearia, aquele ambiente de sempre, um cortando o cabelo e a galera esperando, todos com a maior cara de bobo.
Uma montanha de revistas e jornais antigos.
Apanhei uma revista não muito velha, pois, narrava a construção, ainda em andamento, de Brasília. A Outra falava da morte de Getúlio Vargas; e por último, narrava a vinda de D. João para o Brasil; assuntos quentinhos.
Antigamente o cara sentava na cadeira do barbeiro e com três toques o corte estava pronto; hoje a coisa é diferente, pois é cortes para tudo o que é gosto, ou seja, corte de gente louca. O barbeiro passa gel, entretanto, o candango não fica satisfeito, corta mais um pouco aqui, deixa mais espigada ali, por favor, deixa o cabelo mais rebelde, enfim, uma quizumba do escambau
Sem contar àqueles engraçadinhos que chegam tomando conta do espaço, ou seja, sentam na cadeira, colocam os sapatos em cima da mesa, apanham a máquina e fazem que vá cortar o cabelo de outro, e por aí a fora, uma verdadeira palhaçada
Chegou a minha vez, sentei na cadeira e o barbeiro já foi perguntando: dou uma geral no arquipélago, ou ataco apenas algumas ilhas? Respondi para o da tesoura: calma, muita calma, primeiramente a minha cabeleira não é uma coisa nem outra que você falou; é lógico que está mais para uma cabeleira esportiva, entretanto, são os meus cabelos.
O cara começou a operação corte do cabelo e ironicamente falou: aqui atrás não tem mais nenhuma ilha e sim um verdadeiro mar aberto. Neste momento passei do estágio de invocado para invocadérrimo, e falei: tirou o dia para depreciar a minha cabeleira, heim Zé de Melo?.
Prá cá com essa: arquipélago, ilhas, mar aberto; sai de mim cueca rasgada.
Existem outros incidentes, entretanto, em face do efeito do xarope quente, tenho que procurar urgentemente o water closet. Gostou do termo jacaré?
Abraços do Catarina Paranaense.


sábado, 22 de dezembro de 2012

"NATAL."


O quê o Natal representa para você?
- Festança, comilança, beber todas, fogos e outros mais?
- Ou utiliza o referido dia para meditar a vida do aniversariante?
Depende da ótica de cada um, pois, sabemos perfeitamente, conforme uma reflexão antiga, da mesma flor que a abelha tira o mel, a vespa tira o fel.
Darei minha opinião, referente ao assunto, em versos, a saber:
- Que nome doce é o Natal
- Um dia cheio de luz
- É a data natalícia
- Do nascimento de Jesus
- Aquele que para nos salvar
- Deu a sua vida na Cruz
- Aquele que para nos salvar
- Deu a sua vida na Cruz.
Seria bastante salutar, se os fluídos positivos, dentro das festas natalinas, pulverizassem pelo ano todo, quiçá, o ser humano baixaria a guarda e vivesse em união, longe de intrigas.
Este é o meu ponto de vista.
Não vou desejar feliz natal e próspero ano novo, pois, acho tais saudações bastante vazias e mecânicas, entretanto, desejo a todos, que o Aniversariante do Natal, coloque suas poderosas mãos sobre todos vocês, junto de seus familiares, fazendo com que as suas metas e objetivos, sejam realizados, durante o ano de 2013.
Votos com toda a sinceridade.
Abraços do Catarina Paranaense.


quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

"É DE LASCAR."


O cara trabalhava com macacos; chegou ao Brasil e sentiu uma terra fértil em seus negócios.
Não pensou duas vezes, chegou ao Correio e passou o seguinte telegrama para o seu fornecedor: mande 1 ou 2 macacos.
O agente do Correio contou o dinheiro e falou: falta dinheiro para uma letra. O cara respondeu: tira uma letra.
O agente tirou a letra u; então o texto ficou da seguinte maneira:
Ao invés de 1 ou 2 macacos, leia-se 102 macacos.
O cara desesperou-se diante de tantos macacos.
Foi, novamente ao correio, e lascou novo telegrama com o seguinte texto:
Não mandem mais macacos.
O agente respondeu: agora falta dinheiro para uma palavra. O cara autorizou: tira uma palavra.
O agente tirou a palavra não.
Então, ao invés de “não mandem mais macacos”, ficou: “Mandem mais macacos”.
O cara entrou em parafuso; foi ao Correio com um novo telegrama, a saber:
Deixem de mandar macacos.
O agente falou: ei cara! Sobrou dinheiro para uma palavra, posso colocar aquela anterior que foi extraída?
Pode.
Então eis a situação: ao invés de “deixem de mandar macacos”, leia-se:
“não deixem de mandar macacos”.
Ontem chegou mais uma remessa, é mole?
O que foi? Não gostou do enfoque, heim jacaré do papo amarelo?
Quem autorizou enfiar o nariz aonde não lhe pertence?
Você também é negociante, quer o endereço do dito cujo supra mencionado?
Deseja fazer uma sociedade com o mesmo?
Sai de mim carambola.
Abraços do Catarina Paranaense.


segunda-feira, 19 de novembro de 2012

"A COMPARAÇÃO."






Tempos atrás era muito comum você receber, em sua casa, equipes de elementos, intitulando-se “produtores de fotografias.”
O sistema era desenvolvido da seguinte maneira: você emprestava a sua fotografia, de qualquer tipo, e aos mesmos reproduziam a mesma, em tamanho grande, com moldura, geralmente oval.
Ficava um trabalho artístico muito eficiente e bonito.
Possuo um trabalho desse, uma verdadeira pintura; guardo a sete chaves, em meu quarto,caso contrário, a imprensa descobrindo, pulverizará pelo mundo a fora, com título “o monaliso”; coisa de louco.
Um quadro perfeito, ou seja:
Cabeleira = vale à pena ficar olhando.
Orelhas = um par simétrico, uma perfeição absoluta.
Nariz = Perfilado e 100% correto.
Olhos = atraentes e chamativos.
Boca = Totalmente dentro dos conformes.
Ao fechar da roda, o conjunto chama atenção, pela sua perfeição e eficiência da natureza.
Tal jóia está pendurada na parede de meu quarto.
Quando entro no meu banheiro, olhando para o espelho e virando o rosto ligeiramente para a minha esquerda, consigo ver a referida jóia.
Olho para frente, no espelho, vejo a imagem de minha pessoa, entretanto, olhando para imagem e para a jóia, tenho certeza absoluta que não se trata da mesma pessoa, não é possível. Chego a pensar que o referido espelho está de sacanagem comigo
Cabeleira = que cabeleira? Ou melhor, uma cabeleira esportiva, onze fiapos de cabelos para cada lado e o juiz no meio, é mole?
Orelhas = Com a ausência da cabeleira dá-se a impressão que as orelhas cresceram, porém, sem simetria, parecendo uma maior do que a outra.
Nariz = Borrachudo; tenho plena certeza que não se trata do meu nariz
Olhos = Sem brilho, sem cor, sem vida.
Boca = Fora do esquadro, difícil de apreciar.
Dúvida terrível, afinal de contas, qual a mais parecida comigo, a jóia ou a imagem, heim jacaré?
Abraços do Catarina Paranaense = Eterna dúvidas.

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quarta-feira, 14 de novembro de 2012

"TÁ ESCRITO."





Você abre um jornal é só desgraça, você abre uma revista é só desgraça, você liga uma televisão é só desgraça, você liga o rádio é só desgraça.
Desgraças de todo o tipo e tamanho.
Acabou o fio de bigode, o respeito, a razão, enfim, uma baderna total.
O ser humano vive acuado, com medo, inseguro, sem rumo, desorientado e alarmado.
Famílias destruturadas por perda de entes queridos em desgraças diversas e outros mais.
Tais situações já foram ditas há muitos anos atrás, por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Melhores informações podem localizar no Evangelho de São Mateus, escrito, segundo estudiosos bíblicos, entre os anos de 50 e 70 D.C.
Vamos extrair ou resumir o capítulo 24 de São Mateus, a saber:
-quando Jesus estava deixando a área do templo, seus discípulos se aproximaram dele querendo mostrar-lhe as construções do templo. Porém ele lhes disse: vocês estão vendo tudo isto? Todos estes edifícios serão derrubados, e não será deixada uma pedra em cima da outra.
Quando vai acontecer isso? Perguntaram-lhe os discípulos mais tarde, quando ele se sentou nas encostas do monte Oliveira. Que acontecimentos marcarão a sua volta e o fim dos tempos?
Jesus disse-lhes: Não deixem que ninguém engane vocês. Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo! Procurando enganar muitas pessoas. Quando vocês ouvirem falar em guerras e rumores de guerras, não tenham medo: elas devem vir, mas ainda não é o fim. As nações e os reinos da terra se levantarão uns contra os outros: haverá fome e terremotos em muitos lugares. Mas tudo isso será apenas o princípio dos horrores futuros.
Então vocês serão perseguidos e condenados à morte, e vocês serão odiados no mundo todo por minha causa. Muitos de vocês vão abandonar a fé, e trairão e odiarão uns aos outros. Aparecerão falsos profetas, que enganarão a muitos. O pecado aumentará por toda parte, e esfriará o amor de muitos. Mas aqueles que ficarem até o fim serão salvos. E as boas-novas do Reino serão pregadas pelo mundo inteiro, para que todas as nações as ouçam, e depois virá o fim.
O Messias chegou em tal e tal lugar, ele apareceu aqui, ali, ou naquela vila mais adiante, não acreditem nisso. Porque se levantarão falsos cristos e falsos profetas, que farão sinais e maravilhas, de tal maneira que, se possível, enganariam até os escolhidos de Deus. Vejam que eu lhes avisei antecipadamente.
Portanto, se alguém lhes disser: O Messias voltou e está lá no deserto, não se dêem ao trabalho de ir ver. Ou que ele está em certo lugar, não creia nisso. Porque assim como o relâmpago brilha pelo céu de leste a oeste, assim será a vinda do Filho do Homem.
A vinda do Filho do Homem será como foi nos tempos de Noé. Pois, antes do dilúvio, o povo comia e bebia e os homens e as mulheres se casavam, até o dia em que Noé entrou na arca. O povo não queria acreditar que estava acontecendo, até que o dilúvio realmente veio e os levou a todos.
Portanto, meu caro, minha cara, fiquem atentos, caso contrário..........
Abraços do Catarina Paranaense – Quem avisa amigo é..

domingo, 28 de outubro de 2012

"MISSÃO CUMPRIDA."


Ontem, dia 27-10-2012, fui junto com meu filho caçula, pintar o túmulo de meu pai, situado no cemitério Colônia Zacarias, no Município de São José dos Pinhais – Paraná.
Enfrentamos um sol escaldante, marcando 36 graus, sem sombra para se proteger.
Chegamos ao limite da exaustão, sendo acometidos de uma tremedeira nos membros inferiores e superiores.
Para não cairmos tivemos que sentar, caso contrário, o tombo seria inevitável.
O importante é que cumprir a minha obrigação de filho, afinal de contas, ali estavam os restos mortais de meu pai.
Observamos túmulos desprezados, parecendo verdadeiras covas, sem qualquer respeito por parte de familiares de quem repousava ali, infelizmente.
Quem se esquece do passado não tem como projetar o futuro.
Meu pai nasceu em 08-08-1920 e faleceu em 07-01-1986 – 65 anos.
O que levou meu pai para o cemitério foi o maldito do cigarro, a nicotina.
Minha mãe apelidou o cigarro como sendo a chupeta do capeta; palmas para minha mãe.
Enquanto viver o túmulo de meu pai será conservado, sem sombras de dúvidas.
Saudades de meu pai.
Um registro do Catarina Paranaense.



sexta-feira, 26 de outubro de 2012

"OS DOIS LADOS DA VIDA."


Acompanhei através de um programa televisual, a luta de uma jovem senhora, bonita, alegre, bem com a vida, contra os seus 365 kgs.
A mesma tinha duas paixões, a saber:
- a luta de se livrar dos seus 365 kgs.
- Não poder dispensar toda sua atenção, no absoluto, para sua filhinha, que ficava ao seu lado, lamentando o drama de sua mãe.
Estava prisioneira, numa cama, sem poder fazer muitos movimentos, em face do excesso de peso.
Contactou com diversos hospitais, até que um aceitou o desafio de fazer a jovem senhora perder peso, através de cirurgia.
Foi uma trabalheira sem fim, deslocar a jovem senhora de sua casa até o referido hospital; porém, a mesma, sempre alegre, sorridente, sem perder a sua fé.
Após todos os exames de praxe, a mesma foi submetida à tão esperada cirurgia.
A cirurgia foi um sucesso, entretanto, passados alguns dias, houve complicações e a jovem senhora, infelizmente, veio a falecer.
Uma situação bastante triste, tanto pela morte da jovem senhora, como pela tristeza de sua filhinha.
A mesma deixou uma lição de vida, pois, mesmo perante uma situação bastante difícil e complicada, jamais perdeu a esperança de viver.
- Outra situação: num certo dia chuvoso, frio, estava sentado no cepo, na minha megaloja (21m2), nervoso, deprimido, com o saco cheio, devido o pouco movimento de vendas, oriundos das condições climáticas.
De repente surge na porta de minha loja, um senhor todo molhado, ensopado, transmitindo felicidades.
Chegou desejando um bom dia, elogiando a chuva, uma dádiva de Deus.
Este senhor estava numa cadeira de rodas, sem às duas pernas, porém, uma montanha de felicidades.
Informou-me que já no primeiro cliente extraiu um pedido e, dentro de sua previsão de vendas, deveria sacar três ou quatro pedidos.
Solicitou-me um par de luvas, pois, às que estava usando não tinha mais condições de uso.
Finalidade das luvas: impulsionar às rodas de sua cadeira com as mãos, para poder se locomover.
Pagou desejou-me bons negócios e foi embora.
Perante aquela lição de vida, eu, o Mané, cheio de saúde, podendo deitar, levantar, andar, se alimentar, respirar o sopro divino, ali, sentado numa cadeira reinando de babaca, em face do dia chuvoso e as poucas vendas realizadas.
Fiquei estarrecido, envergonhado, embasbacado, diante de tanta lição, vindo de um senhor sem às duas pernas, numa cadeira de roda, vendendo otimismo e felicidades.
E você? Em que plano se acha?
Gosta de reclamar de tudo, só foca o lado negativo da vida e ao fracasso?
O que falta para nós são uma tremenda consideração e agradecimento ao nosso Deus.
Ainda bem que o Nosso Deus é misericordioso e bondoso, caso contrário, o que seria de nós, heim?
Abraços do Catarina Paranaense O Mané.


terça-feira, 23 de outubro de 2012

"PAPO FURADO."


Não vejo a hora de terminar o mês de outubro, um mês fatídico.
Mês 10 coelho na cabeça
Além de tudo a minha mulher, a cara metade, me apelidou de tatu bola, é mole jacaré?
Todo apelido tem uma explicação, assim sendo, vamos explicar: segundo a minha mulher, quando eu deito, começo a colocar a cabeça por baixo do travesseiro, lá por tantas horas estou com a cabeça enfiada no travesseiro, nos pés da cama. Essa é a versão dela que não bate com a minha.
Tatu bola! Não me faltava mais nada.
Diante de tal colocação, criou-se uma preocupação familiar, ou seja, meus filhos, filha, noras, genro e neta, ficaram atentos a minha posição, pois temem o seguinte: ao invés do travesseiro, poderei entrar dentro do colchão é morrer de asfixia, é mole?
Já pensaram o noticiário nos jornais: Catarina morre dentro do colchão. Não me faltava mais nada.
Solicito um momento para arrumar a minha cueca cipó. Vocês têm idéia o que venha ser uma cueca cipó? Não? Terei que explicar, pois não sabem absolutamente nada.
Você veste a cueca e a mesma fica na altura do umbigo, no desenrolar do dia, ela reage ao contrário, vai enrolando. No final da tarde você observa uma corda com um tapume na frente, outro atrás.
Você já viu noticiário na televisão, mostrando índios com um cipó na cintura, tapando, apenas, à frente e o trazeiro? Assim é a cueca cipó.
Coisa muito chata, não recomendo para ninguém a desconfortável cueca.
O quê? Você continuará usando? Problema seu jacaré!
Para completar o dia, chegou uma senhorita rebolando muito, em minha mega-loja (21m2) e solicitou um rabicó bem colorido, atraente.
Falei para a rebolada: minha cara senhorita, não tenho rabicó, entretanto, tenho corrente para portão; a senhorita poderá amarrar seus cabelos com a referida corrente e prender a mesma com um cadeado colorido, que tal?
Mais uma sugestão: apanha uma coleira colorida, brilhante e coloca no seu pescoço, afinal de contas, hoje em dia, tudo é moda.
A senhorita poderá ser a inovadora de tais modas.
P’rá cá com essa.
Não gostou da colocação? Da qual? Da cueca cipó ou da corrente para portão?
Não entendi jacaré, queira ser mais esclarecida.
O meu filho deixou um par de sapatos para eu passar para frente, todavia, ao invés de passar para frente passei para baixo, ou seja, calcei os mesmos. Sapatos excelentes, mas, finos e compridos. A clientela já apelidou de fita métrica.
Sem mais o que escrever termino com um forte abraço do tatu bola.
Tatu bola Catarina? O que é isto ficou louco?
Desculpe a minha falha abraços do Catarina Paranaense.
Ufa!



quinta-feira, 18 de outubro de 2012

"O CETICISMO."


Você é uma pessoa do partidário de ceticismo?
Uma opção sua, o que tem que ser respeitado, contudo, o que abraçamos temos que assumir.
Quem planta abacaxi, colhe abacaxi; quem planta laranja, colhe laranja.
O próprio Criador, nosso Deus, deu a liberdade da escolha do livre arbítrio; tá lá em Deuteronômio 30:19, a saber:
“Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra vós, que te tenho proposto a vida e a morte, a benção e a maldição; escolhe, pois a vida, para que vivas, tu e a tua semente.”
Todavia, sem interferir em sua decisão, apenas uma dica: você deveria usar a mecânica da elaboração para uma pesquisa de mercado, ou seja: colher às informações, tabular e chegar num resultado.
Exemplo: assista os bons jornais televisuais, jornais escrito, excelentes revistas e outros meios de comunicações.
Observe as notas de desgraças, tais como: roubos, assaltos, latrocínios, tsunami, furações, vendavais; enfim às desgraças no absoluto, tentando classificá-las.
Diante da pesquisa, você apurará o índice de participação do quesito desgraça, que não será pouco.
Agora, você apanha uma Bíblia, seja ela católica protestante ou cristã.
Faça uma análise detalhada, podendo observar o livro de Apocalipse, o Sermão da Montanha, Lucas 21:25, e por aí a fora.
Diante dos fatos, procura comparar com a sua pesquisa, quanto ao quesito desgraça.
Na comparação, será o que está escrito na Bíblia, quanto às desgraças assistidas todos os dias, são mera coincidência, ou, realmente a Bíblia está certa, heim?
Lá em Mateus 24:35, está escrito: “O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar.”
Não fui eu, nem tão pouco você, que falamos tais palavras, mas sim, o nosso Deus.
A conclusão fica por sua conta.

Abraços do Catarina Paranaense – confiante na Bíblia, a Palavra de Nosso Deus.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

"O TELEFONEMA."


Alô, alô, alô? Tá mudo jacaré? Atende Zé de Melo!
- Pois não, sou eu o Pitico.
- Pitico! Sou eu a chefia, como vai, tudo bem?
- Chefia! Que saudade, que bom que você ligou.
Como vão às coisas por aí?
- Pitico! Antes eu empurrava com a barriga, agora preciso da ajuda das mãos, é mole?
- Chefia estou me mandando da bela cidade de Dourados, meu destino é passar por Floripa, visitar seus parentes e morar em Barretos.
- Qual o motivo de tal decisão?
- Entrei na modalidade do chicote, tornei um exímio no assunto, cortando cigarros na boca do Mané; cortando pedaço de papel na boca de outro, deixando a platéia de boca aberta, entretanto, numa de minhas apresentações, em praça pública, já na última parte de exibição, um Mané berrou, lá do meio da multidão: “não chega muito perto dele que de uma hora para outra ele vai despejar.” É mole?
Aquela citação foi o final da minha estada em Dourados.
- Piticagem! Passei uma semana, junto com a minha mulher, em Floripa, na casa de meu filho, nora e Mianxa, beleza pura.
- Chefia! Algum bochicho em torno de minha pessoa, quando na estada em Dourados?
- Pitico, a Mianxa não só perguntou por você, como elaborou uma poesia para você.
- P’rá mim? Posso ouvir ou ler?
- Vai lá Piticagem.
- Chefia! Piticagem?
- Apenas, uma aglutinação de Pitico com viagem.
Eis a poesia:
Pitico, Pitico, Pitico
De sua casa se mandou
Foi parar em Dourados
Lá o bicho pegou.

Seguiu uma bela carreira
A carreira de rodeio abraçou
Mas, na primeira apresentação
Pitico, porém, despejou

Uma situação lamentável
O que Pitico apresentou
Colocou a culpa no bode
Mas, o povo não aceitou

Diante de tal fracasso
Pitico não vacilou
Apanhou a sua trouxa
E de Dourados se mandou

Uma atitude impensada
Que Pitico tomou
Deixou uma péssima impressão
Ficando o registro que Pitico sujou.

- To fora de Floripa, to fora, ninguém acredita em mim.
Correrei todo o Brasil até achar o famigerado bode, pois, será a única maneira de limpar a minha barra.
- Chefia! Responderei a poesia da madame Mianxa, apenas com uma quadrinha, lá vai:

De todas às gatas existentes
E muitas que me metem a ripa
Às gatas mais horríveis
São às gatas de Floripa.

Virei uma caixa de pancadaria, sem merecer.
Até a próxima Chefia e boa sorte.

Abraços do Catarina Paranaense – com muita pena do Piticagem.



sexta-feira, 28 de setembro de 2012

"A APARÊNCIA."


Depois do Big-Bang da pressão arterial elevada, da pressão arterial alpinista, a minha aparência mudou, mudou para pior, ou melhor, para bem pior.
Antes eu era parecido com a minha falecida mãe, com a minha avó maternal; hoje não sou parecido com ninguém apenas, comigo mesmo.
Uma pessoa que só se parece consigo não existe, é único, solo, exclusivo, coisa sem pé e sem cabeça.
Olho para o espelho vejo aquela imagem abstrata cadavérica, sem vida, mumificada e saber que é a minha cara, é dose para mamute, a pulga itajaiense.
Eu mudei
Mudei para pior
Não sou mais parecido
Com a minha avó
Estou parecendo
Um verdadeiro cipó
Quando não tem calo
É cheio de nó
O pessoal olha para mim
E falam
Que dó.
O quê foi? Tá achando que eu fiquei maluco?
Só por quê sou vizinho do Pinel to doidão?
Sai de mim socó do banhado.
Vamos fazer uma análise individual, sem tocar no conjunto:
- cabelos – eu tinha um cabelo volumoso, jogava para trás, para frente, para os lados, adicionando um pouco de brilhantina ficava fora de sério.
Até pouco tempo atrás, a coisa mudou, já tinha que pentear o mesmo de um lado para o outro, tentando cobrir às falhas.
Agora, penteio para o lado, entretanto, o mesmo volta e ficam duas asinhas.
Você lembra-se de uma personagem do professor Raimundo, creio que se chamava senhor Galeão; às minhas asinhas no cabelo são iguais ao do dito cujo.
O cabelo é a moldura do rosto, agora quando você perde 70% do mesmo, algo se sobressaí, por exemplo, às orelhas e o nariz dão uma impressão de ficarem maiores, é mole?
A boca ficou uma meia boca. Chegou um pedreiro na minha loja e solicitei ao mesmo passar um nível na minha boca, o mesmo após a aferição, informou-me que tinha de fazer um enchimento de massa corrida no lado direito.
As faces do rosto ficaram encovadas.
Fiquei com uma cor amarelada, um amarelo fulo.
Os antigos tinham uma expressão para tal situação, mas não vejo necessidade de registrar, pois, trata-se de um termo baixo, por exemplo, o cara tá com uma cor de p.......................
E tem como apurar a cor do P? Claro que tem na tecnologia moderna tudo é possível.
A análise individual ainda é aceitável, agora, quando você olha o conjunto, no fechar da roda, o próprio conjunto não agrada, sacou jacaré?
To acabado, triturado e sem perspectivas de melhoras.
Tá dado o recado, agora, quando me ver não venha fazer aquela cara de assustado ou assustada, primeiro, dê uma olhadela no espelho, O.K?
Abraços do Catarina Paranaense.











quinta-feira, 27 de setembro de 2012

" SAUDADE."


Alô, alô, alô, alôalôalôalô, engasgou jacaré do papo amarelo?
Chefia, chefia, sou eu o Pitico!
Pitico! Que saudade! Que saudade! Como é que você vai na terra dos douradenses?
Observei num dos jornais o rodeio para amadores, com tendência ao profissionalismo, nessa Cidade; você participou?
- Participei chefia, participei um vexame total, uma situação vexatória, que jamais esquecerei na minha vida.
- Como assim?
- Na hora de eu montar no bezerro, apareceu um bode, não sei da onde, cutuquei o mesmo com as esporas, o mesmo saiu que nem um capeta perdi o equilíbrio, me enrolei todo no rabo do mesmo; o mesmo provocou um desarranjo intestinal, cuja rachada, parecia a mangueira nº 10 dos bombeiros.
A platéia começou a gritar: essa apresentação começou muito mal, o Pitico transformou-se num bolo fecal.
Quando dei por mim estava sendo lavado com mangueira de jardim, é mole?
No outro dia, eis a manchete do jornal:
“Pitico decepcionou o povo douradense.”
“Pitico perdeu para o seu próprio intestino.”
“Pitico um vexame intestinal.”
No dia seguinte fui até a redação do jornal, tentando justificar a situação, pois o culpado foi o bode e não eu, como todo mundo focou.
Os caras da redação, com cara de deboche me atenderam, porém, eis a manchete do dia seguinte: “Pitico sujou, sentou em cima e agora quer limpar, porém, não encontra papel adequado para a situação.”
Longe da família, desamparado, pensei logo na minha gata; não pensei duas vezes, me dirigir para a casa dela. “De longe observei todos parentes da mesma na área de sua casa, senti certo conforto, quando cheguei perto da mesma, ela abriu os braços e falou: Atira-te nos meus braços, meu ‘GATO CAGÃO.”
Foi o fim de nosso relacionamento.
Chefia! Já estou pensando numa nova modalidade, ou seja: “O CHICOTE.”
Já criei até um slogan: “PITICOTE – o estalo na medida exata.”
- Pitico? Tenta mais uma vez, não desista já na primeira tentativa.
Eis uma recomendação: da próxima vez, antes de montar, toma uma baga de carvão vegetal e um chá de folha de pitanga. O correto seria chupar bastante jabuticaba sem casca, a única dificuldade é que após o efeito, você terá que puxar com anzol.
-Tomtomtomtomtomtomtom.
- Desligou, o Pitico está precisando de ajuda imediatamente.
Chicote! Gostei; já pensou: “Catarinacote – O rei infalível do chicote.”
Pensarei seriamente no assunto.
O quê foi? Já abriu essa boca cheia de dentes?
Abraços do Catarina Paranaense – Já pesquisando o preço do chicote.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

"A CONSULTA."


Diante da pressão arterial elevada, ou seja, uma pressão arterial alpinista, a prole achou por bem marcar uma consulta com o discípulo de Freud, é mole?
Cuja finalidade é ajudar-me a achar o ponto de equilíbrio; ponto que nunca perdi.
Consulta marcada para 13h30m, porém, cheguei às 12h15m.
Eis o desenrolar da consulta:
- Boa tarde.
- Boa tarde.
- Marquei uma consulta, com o doutor, às 13h30m, qual a sala do consultório?
- Um minuto, falou a secretária, entrarei em contato com doutor.
- Doutor! O seu cliente das 13h30 m, já está aqui!
- Mas é 12h15m, e o cara já chegou?
- Sim senhor!
- Como é que ele está?
- Bem tranqüilo, porém, parece ser Catarina, pois, fala bem alto.
- Diga para o mesmo aguardar.
- Aguarde um pouquinho até o doutor chegar, fica a vontade.
13 horas.
- O senhor pode entrar sala número 2.
- Boa tarde doutor!
- Boa tarde, ainda estou arrumando a mesa, pois acabo de chegar.
- O senhor acha que a minha mesa está bagunçada?
- Bastante bagunçada doutor!
- O que você acha da colocação dos objetos na mesa?
- A agenda, haja vista, que a mesma deveria está perto de suas mãos e não na ponta da mesa, pois cada vez que o senhor querer anotar ou observar algo, terá que se esticar todo, para alcançar a mesma, dando a impressão que está dando uma tacada de sinuca.
- O senhor joga sinuca?
- Não doutor, entretanto, às vezes aplico umas tacadas na vida.
- Doutor! Possuo a síndrome do jaleco branco e não gosto de consultório médico, sacou jacaré?
- Não visto jaleco branco, não mordo e não sou jacaré.
- Vamos entrar diretamente na consulta, farei algumas perguntas.
- Chuta.
- O que é que o senhor tem na cabeça?
- Uma cabeleira futebolística.
- Como assim?
- Onze fiapos para cada lado e o Juiz no meio.
- Eu perguntei o que o senhor tem dentro da cabeça Mané?
- Doutor! Temos que entrar num consenso, afinal de contas quem é o médico?
- Sou eu, evidentemente.
- Tá bom, tá bom, responderei a sua pergunta; dentro da cabeça tenho uma CNH, ou seja, uma Carteira Nacional de Habilitação
- Ah! Você tem uma Carteira Nacional de Habitação.
Poderá me explicar detalhadamente.
- Sim senhor.
Estava na minha megaloja (21m2), sentado no cepo (a cadeira que desmunhecou), aí chegou um senhor da idade da felicidade, nervoso, desesperado, falando que reprovou na renovação da CNH.
- Perguntei qual o motivo da reprovação.
- Ele falou na aferição da pressão arterial.
- Mas o DETRAN não mede pressão arterial!
- Claro que mede doutor, eis aí a circular do DETRAN.
- Me deixa dar uma olhadela.
Pressão máxima aceitável 16x10?
A minha é 20x16 e não baixa!
Você veio aqui esquentar a minha cabeça com esse negócio de renovação de carteira.
- Doutor! Estou aqui para resfriar a minha cabeça, não esquentar a cabeça dos outros, ora bolas.
Como tenho a pressão arterial elevada, uma pressão alpinista, pois a mesma só quer viver nos picos, estou solicitando ajuda médica!
- Como é que o senhor come?
- Apanho a gororoba coloco no prato, levo a mesma, através de uma colher, pois não uso garfo nem faca, longe de mim tal frescura, à cavidade bucal, depois de formado o bolo alimentar, pimba, jogo para o estômago.
Só errei uma vez, joguei para o estômago, o mesmo desviou, foi direto para o intestino, este, também, desviou, e o referido bolo alimentar foi parar no calcanhar.
- Perguntei o jeito de comer, mastigar, rápido, médio ou lento?
- Depende da fome doutor, depende da fome.
Se estiver faminto, trituro, esgano o mesmo.
- Para, para e para.
Você falou que esgana, posso saber maiores detalhes?
- Coloco o bife, a lingüiça, o ovo, seja lá o que for à boca e giro para os lados até engolir o mesmo.
Agora, se estou com pouca fome, vai mais devagar e quando estou sem fome, vai uma sopa, um mingau de aveia e por aí a fora.
- O pãozinho francês, em quantas mordidas você fatura o mesmo?
- Depende doutor, depende; se for o pão do baiano, em quatro mordidas, agora, se for o pão do polaco, em três mordidas.
Tentei, certa vez, comer o pão do baiano em duas bocadas, entretanto, o mesmo entalou na boca, e se não fosse a respiração pela chaminé, tinha batido às botas.
- Como pela chaminé?
- Pelo nariz doutor!
- Como é que você conseguiu se safar da referida situação?
- Apanhei um saca rolha enfiei no pão e puxei-o.
- Veio com dentadura e tudo?
- Não senhor, não tenho dentadura; agora, se fosse o senhor sim, ficaria com a boca como nasceu, ou seja, banguela.
- Como é que você sabe que uso dentadura?
- Fácil, muito fácil, não existe harmonia entre a sua bocarra e a dentadura, inclusive, o senhor deveria fazer uma reunião com sua boca e dentadura, para que os mesmos entrem num acordo, caso contrário ficará notório a presença da referida dentadura.
- É dose para mamute.
Você sabe o que é um mamute?
- Claro que sei doutor, apenas uma pulga itajaiense.
- Você acha que eu tenho a boca grande?
O máximo que abro é assim. Doutor fecha a bocarra, por favor, juro que contarei a verdade, apenas a verdade, nada mais.
Quanto ao termo jacaré, justificaria como força de expressão, entretanto, vou eliminar a força de expressão, ficando, apenas, o jacaré, com uma ressalva: o senhor ganha, facilmente, do jacaré, no quesito boca. Tá louco
- Você já foi em outros médicos?
- Sim senhor, fui num clínico geral, agora, o senhor e depois irei num veterinário.
- Você tem algum tipo de bicho de estimação?
- Não senhor, a consulta é para mim.
- O quêêêêêê?
- Calma doutor, muito calma, irei ao veterinário, apenas, para tirar uma dúvida, quero saber se a terapia da rinchada é melhor que a terapia do grito.
- Você sabe rinchar?
- Sim senhor.
- Aprendeu com quem?
- Com os cavalos de meu falecido sogro.
- Como assim?
- O meu sogro colocava ração para os mesmos no cocho, ocasião em que eu estava junto dos cavalos, separando às rodelas de cana caiana. Ficava com as rodelas da cana e comia, ali mesmo no cocho, jun tos aos cavalos, ocasião em que aprendi a rinchar.
Seis, também, soltar coice cascudo.
- Coice cascudo?
- É muito fácil doutor, você cutuca a canela do cara na base do raspão, ou seja, vapt vupt.
- O senhor aceita um coice cascudo na canela?
- Não e não, minha canela não é caixa de pancadaria.
- Doutor! O senhor aceita ouvir a minha rinchada?
- Não, não e não.
Este prédio e lotado de consultórios, inclusive o vizinho, além de médico e vaqueiro, você pode observar que o seu consultório é decorado com chicotes e laços, se o mesmo ouvir uma rinchada, é possível sair de sua sala a cavalo, aprontando uma quizumba do cão.
O mesmo já não bate bem da cuca, portanto, vamos evitar aborrecimentos.
Deixa para rinchar lá no veterinário.
- Você mora em Curitiba?
- Sim senhor.
- Existe um ponto de referência?
- Bairro Hauer, vizinho do Pinel.
- O quêêêêêêêêê?
- Vizinho do Pinel.
- Quantos metros têm o muro do Pinel?
- 3,5 m.
- Você tem escada em casa?
- Tenho aquela de abrir, com 5 metros.
- Já tentou pular para o lado de lá, ou seja, do Pinel?
- Muitas vezes.
- Posso saber o motivo?
- Fugir desta sociedade louca e maluca.
- Está filosofando?
- Não, apenas falando a verdade.
- Receitarei um remédio que, provavelmente, fará você dormir bem melhor, inclusive tirará o alpinista do Pico, O.K.?
Não se esqueça de contatar comigo, após o seu exame para renovação da carteira, O.K?
- Tá interessado em doutor?
- Claro você deixou-me com a cabeça quente, com este negócio de pressão arterial.
- Obrigado doutor e bons negócios.
- Sucesso Catarina.
Abraços do Catarina Paranaense – ainda no pico.

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terça-feira, 25 de setembro de 2012

"A JUSTIFICATIVA."


Eu voltei
Voltei para ficar
Só que agora
Não tenho ninguém
No lado de lá
Para ouvir
O que tenho a falar.
Levei um sumiço da tela, entretanto, plenamente justificável.
Agora, o que me deixa cabreiro é que ninguém observou a minha ausência, é mole jacaré?
Além do mais, perdi os doze seguidores, os quais optaram por outros caminhos, restando, apenas, o contato com o “NIHIL.”
Vamos à justificativa de minha ausência: já na minha megaloja (21m2), sentado no cepo (a cadeira que desmunhecou), chegou um cidadão da idade da felicidade (engana que eu gosto), desesperado, descabelado, desorientado, nervoso, estressado e desequilibrado.
- Perguntei ao mesmo: foi assaltado?
- Nãããããããããããõ.
- Viu o capeta de cueca?
- Nããããããããããão.
- Qual o motivo de tanto desespero?
- Fui reprovado na renovação da Carteira Nacional de Habilitação.
- Qual o motivo?
- Na aferição de pressão arterial.
- O quêêêêê?
- Sim senhor, na aferição da pressão arterial.
- Os caras estão aferindo a pressão arterial?
- Não só aferindo, como reprovando, caso não esteja dentro dos padrões da saúde.
- Neste momento a minha panela de pressão chiou dentro do ouvido esquerdo, o meu cérebro tentou fugir de dentro da cabeça, entretanto, eu apanhei pelo rabo e falei: nada de fugir jacaré vamos enfrentar este pepino juntos.
Comecei a levitar.
- O da idade da felicidade falou: agora, é o senhor que viu o capeta de cueca?
Após tal expressão se mandou.
Existem pessoas com pressão arterial normal, outros pressão alta e outros elevadas, o meu caso.
Creio que a minha pressão arterial é alpinista, pois só gosta de viver nos picos, é mole?
Dentro do desespero, haja vista, que eu tinha de renovar a maldita carteira, comecei a delirar.
O remédio para pressão arterial que eu tomava pela manhã comecei a tomar, também, à noite.
Dorflex, Novalgina, Torlós, Sete Sangrias com Melissa, e chá de folha de pitanga para diarréia emocional, afinal de contas, ninguém é de ferro.
A minha pressão arterial é tão elevada que certa vez cheguei num consultório médico, para consulta de rotina, porém, cheguei levitando, o médico quando viu tal situação, caiu de joelhos e fez o sinal da cruz, é mole?
Diante da situação neurótica que fiquei, fui parar, por opções de meus filhos, num médico discípulo de Freud, coisa de louco.
Esta consulta merecerá um post a parte, aguarde a matéria.
Ah! Você quer saber se a remedada melhorou a minha pressão elevada?
Saiu dos picos e foi para as nuvens; continuo levitando.
Uma coisa é certa, no dia do exame corro o risco de ser reprovado, contudo, deixarei o médico de boca aberta, afinal de contas, sou medalha de ouro, no que tange a pressão arterial elevada.
Vou por um fim neste post, pois já está na hora de tomar o chá da folha de pitanga.
O boca larga já está chiando.
Abraços do sumido, o tremendo Catarina Paranaense – ainda levitando.









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sexta-feira, 10 de agosto de 2012

"A AFLIÇÃO DE UM MICRO COMERCIANTE."


Até quando Senhor?
Verei o empate da receita com as despesas?
Ficarei apreciando e chorando o leite derramado?
Assistindo a corrupção vencendo a honestidade?
Deixando de lucrar para não tomar o trilho da desonestidade?
Lutando, lutando, lutando, porém, sem ver o clarão da vitória ou do sucesso?
Verei o concorrente vencer e eu a perder, sem, contudo, admitir a desgraça da inveja?
Terei que carregar uma cruz de ferro, sendo que muitos recebem uma cruz de pena?
Chegará a minha vez, ou terei que me contentar com a situação vigente?
Terei força para enfrentar as laçadas desonestas?
Serei justo para não praticar a injustiça?
Terei consciência para manter-me no trilho do caráter, honestidade e seriedade, esquecendo dos lucros duvidosos?
Terei fibras para apanhar, contudo, fazer tais fibras produzir energia para enfrentar as armadilhas perniciosas e diabólicas?
Todavia, não cederei, ficarei firme no que está escrito no livro de Habacuque, a saber:
“Embora as figueiras tenham sido totalmente destruídas e não haja flores nem frutos, embora as colheitas de azeitonas sejam um fracasso e os campos estejam imprestáveis; embora os rebanhos morram pelos pastos e os currais estejam vazios, eu me alegrarei no Senhor.
Ficarei muito feliz no Deus de minha salvação.
O Senhor Deus é a minha força. “Ele me dá a velocidade da corça e me guia em segurança por sobre as montanhas.”
Deus, sem sombras de dúvidas, proverá a minha vitória.
Amém.
Abraços do Catarina Paranaense.


sábado, 4 de agosto de 2012

"O E-MAIL DO PITICO."


Estava bastante intranqüilo e apreensivo com a falta de notícias do Pitico no Botico de Almeida, quanto a sua viagem à Mato Grosso do Sul.
Porém, neste momento recebo um e-mail do Pitico.
Infelizmente, na hora de adquirir a passagem, bateu a piticose no mesmo e, ao invés de comprar a passagem para Eldorado, comprou para Dourados; fazer o quê, coisas de Pitico!
Eis o texto, na íntegra, do e-mail do Pitico:
“Chefia! Cheguei e estou bem na cidade de Dourados.
Esta cidade faz jus ao seu nome, pois tudo aqui tem brilho.
Você anda de mãos dadas com o progresso.
O poder aquisitivo é bastante alto.
Aqui não tem aquela frescura de comer sardinha e arrotar caviar. O pessoal se alimenta muito bem, graças a Deus.
Não encontrei os cunhados e irmãos de seu filho e nora, os manecos da Ilha.
Creio que os mesmos se mudaram desta brilhante cidade.
Estou muito bem aqui; falei com um rico fazendeiro, e o mesmo ofereceu emprego e já estou trabalhando em uma de suas fazendas.
Minha função é: Staff Vigilante.
Tarefa: vigiar todos os silos com intuito de não deixar entrar o meu arquiinimigo, o rato.
Até agora não avistei nenhum, se bem, que seria salutar avistar o bicho, quero testar os meus dotes de caça e, se o teimoso entrar, hum, hum, hum, pimba na carochinha.
Estou num verdadeiro paraíso, sombra e água fresca e comida a rodo.
Por sugestões do fazendeiro estou treinando para rodeios.
Você começa montando num porco, depois bezerro, vaca e finalmente no touro da raça Itajaiense, um dos mais bravos do mundo.
Você recebe um amigo, um cachorro da raça Pastor Itajaí, coisa de louco.
Chefia! Mentaliza este nome: “Piticodeiro, o Pitico boiadeiro.”
Devo participar do rodeio de Barretos e da Olimpíada de 2016.
No rodeio de Barretos, quero faturar uma grana alta; ajudar a chefia na construção de três lojas, para aluguel, desta feita, você tirará o trazeiro do cepo (a cadeira); deixará de trocar platinados e encher o saco de todo mundo.
Você é um xaropaço, mas, ajudou-me em minha estada, na Capital dos Paranaenses, sem sombras de dúvidas.
Aproveitando o ensejo, queira me enviar, via Sedex, frete pago, um pacote de Whiskas que está em cima do balcão; aquele balcão, que chora dia e noite, de tanto bagulho guardado pela chefia, coisa de louco!
Quanta aquela outra ração, aquela famosa, joga para os pombos, um meio de se livrar dos mesmos, sem prejudicá-los, OK!
Chefia! Piticodeiro, o gato que virou mania entre os brasileiros.
Good luck e até breve.”
- Grande Pitico, agora em sua nova aventura; Pitico o gato boiadeiro das multidões.
Abraços do Catarina Paranaense.





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sexta-feira, 27 de julho de 2012

"O PULO DO GATO."


Chefia, chefia, chefia! Quero comunicar-lhe meus objetivos imediatos, a saber: uma viagem para Mato Grosso do Sul, cuja minha parada principal, será na cidade de Eldorado.
- Pitico do céu, ou melhor, da terra, a sua neurose fluiu de vez; você não conhece piculinas nenhuma para aquelas bandas, como irá para tal lugar?
- Chefia! Primeiramente apresentar minhas credenciais, logo após, desenvolver meus planos comerciais e empresariais.
- Juro que não entendi, absolutamente, nada.
- Um verdadeiro cabeça de bagre, um pobre coitado, vou detalhar minhas objetividades:
Primeiramente conhecer os parentes de seu filho e nora, os manecos de Floripa.
Após o quebra gelo e analisar o potencial da cidade, cair de mergulho e aplicar meus conhecimentos comerciais, que não são poucos.
- Piticose! Você não conhece os jovens irmãos e cunhados de meu filho e nora, como é que vai chegar lá; tá pensando que só chegar cumprimentar e tá tudo bem?
- O cabeça de bagre é fraquinho, por isto não vai para frente em sua loja, falta o principal, o insubstituível jogo de cintura.
Chefia, já passei um telegrama aos dois jovens, com os seguintes dizeres: “aguardem boas novas.”
- Ah! Você é às boas novas? Vai chegar duro, sem grana, deitar e rolar, ou melhor, acha que encontrará sombras e águas frescas?
- Você sentado neste cepo (cadeira) só pensa no presente, eis o seu fracasso, agora, eu, o Pitico no Botico de Almeida, já conhecido pelas gatas como o PBA, pensa bem adiante.
Venderei para os jovens empresários os meus dons comerciais, ou seja: serei o degustador de suas pizzas e pratos diversos.
Toda pizza e pratos diversos passarão por mim; sendo aprovados, irão para a clientela, caso contrário, consumirei os mesmos, salvar, pelo menos, a matéria prima, Sacou jacaré?
Pizzaria, restaurante, às gatas mais bonitas do Brasil, afinal de contas, o que estou fazendo aqui, na casa deste cabeça de bagre, que só sabe reclamar e encher o saco de todo mundo.
Segundo empreendimento: dentro de minhas pesquisas, Eldorado é a terra da melancia, assim sendo, o meu plano é comprar alguns caminhões do produto, enviar para você, inclusive com a duplicata e carreto a pagar.
Diante desta maravilha, você ficará encarregado de vender o produto, pagar a duplicata, cujo lucro será dividido para nós dois, ou seja, 60% para mim e 40% para você.
Um tremendo negócio, você ganhará no mole, pois, o gênio do negócio partiu do degas, o gato safo, o famoso PBA.
- Piticose do cão! Jamais aceitarei tal proposta, tá querendo aplicar o pulo do gato para cima de mim? Tá muito enganado intruso de uma figa.
- O cara, além de não ter jogo de cintura é pavio curto, não têm tendência para os bons negócios. Seu futuro será sentar no cepo (cadeira) e ficar reclamando a vida inteira.
- Tá bom chefia tá bom, aceito meio a meio, 50% para cada um.
Terei que levar o Catarina no bico até abrir uma boa clientela, depois, você quer mesmo saber o depois? Depois do mercado feito, o Catarina não verá nem a cor da melancia, ora bolas, quer moleza? Pega na língua do vizinho.
- Pitico, vai com calma, com cautela, não banca o espertinho, caso contrário, o irmão do Nê vai se queimar na parada e você levará a maior tunda que já se viu falar na face da terra.
Cuidado, muito cuidado.
- Quem o galego?
Já estudei as preferências do moço, a principal é a pesca; tá na pesca tá comigo. Gente fina.
- Tá certo Pitico, agora, quanto às despesas de passagens para ida e vinda, como fica?
- Você paga a ida e os jovens pagarão a vinda, sem qualquer tipo de problemas.
- Pitico! Boa viagem e boa sorte, caso contrário, prepara o coro, que o pau vai comer no teu lombo.
- Até outro dia chefia.
Abraços do Catarina Paranaense.






quarta-feira, 25 de julho de 2012

"TÁ DANADO."


Tá chegando o dia da renovação da carteira de habilitação.
Uma série de problemas pela frente, tais como:
- Óculos – não tem como prestar exame com o referido; fiz alguns testes, porém, todos reprovados.
- Temei com um cliente que o nome da transportadora, num certo caminhão, era Avião, contudo, o mesmo estava com a pura razão, na realidade era Gavião.
- Orientei a um informante a Rua São Bento; logo em seguida o mesmo voltou, informando-me que não existia nenhuma agência de emprego na referida rua.
Ainda bem que um cliente ajudou-me, na realidade tratava-se de Rua Cata vento, e não Rua São Bento.
Chamei a minha mulher para queixar-me que não conseguia ligar o computador; a mesma olhou para mim e falou: ficou louco, você está mexendo na minha máquina de costura!
Então, não adianta tentar, tenho que trocar de óculos.
Isto implica em consulta ao Doutor dos olhos, Ótica e haja grana para gastar.
Uma coisa é certa, não aceitarei um óculo qualquer, aquele que todo mundo ver o trivial, quero um óculo que permita enxergar perto, longe e o que ainda não aconteceu.
Nada disto segurará a minha aprovação, pois, segundo as más línguas, o que tá pegando é a pressão arterial; caso não esteja dentro dos conformes, nada feito, reprovação total e absoluta.
Sou hipertenso desde nascimento, não tem como apresentar uma PA 12x8, em hipótese alguma.
Farei o possível para chegar perto, tomando uns dez copos de caldo de cana, água com açúcar, agora, caso contrário, o mesmo, como médico, que me informe um remédio que faça baixar a minha PA para 12x8.
Na renovação anterior, deram-me dois anos de duração; neste, provavelmente, será de um ano, na seqüência seis meses, três meses, decendial, semanal, diário, e futuramente, por volta; ou seja, cada volta de carro, será obrigatório passar no DETRAN para carimbo da carteira, coisa de louco.
Tal condição não é para qualquer um, e sim, para a melhor idade ou idade da felicidade.
O quê foi? Não gostou do conteúdo?
Quem foi que disse que era para gostar? Ou melhor, quem autorizou você meter o bedelho aonde não se deve? Coisa curiosa, lendo o que os outros escrevem sem qualquer tipo de permissão.
Sai de mim jacaré.
Abraços do Catarina Paranaense – com certo receio de não ser aprovado.


sábado, 21 de julho de 2012

"PROFUNDAMENTE LAMENTÁVEL."


Larguei uma gripe e peguei outra pior.
Com um agravante, tomei a vacina da melhor idade, a idade da felicidade, durma com um barulho desses.
O post quizumbado, abaixo relatado, dividi-se em três etapas, a saber:
1ª etapa – O frio de Curitiba – O frio adicionado a umidade, a garoa, a chuva e o vento, resultam numa sensação térmica de zero ou, abaixo de zero grau, sem medo de errar.
O frio é tão intenso que a vibração queixal está sujeita a mandar para o espaço todas às minhas obturações.
Para não as perder, amarrei um pano por baixo do queixo e com amarração em cima da cabeça, a fim de administrar a referida vibração.
Não posso perder tais obturações, pois, além de caras, são recentes, oriundas dos anos de 1958 e 1960, é mole?
É evidente que, atendendo a clientela com o referido pano amarrado na cabeça, chama atenção dos mesmos, incluindo algumas indagações, tais como: tá com caxumba levou umas e outras, diretamente no queixo?
Tais gracinhas entram num ouvido e sai no outro, sem quaisquer respostas; às obturações são minhas não tendo nada a justificar para terceiros.
Não se trata de frio, e sim, uma verdadeira praga; não existe outra definição.
2ª etapa – Você está depressivo, prá baixo, sem coragem de agir, esgotado, desanimado, acha que tudo está perdido?
Meu amigo, minha amiga, apenas algumas dicas, a saber: vá até a banca, compra um jornal, abra no classificado de “falecimentos” e corra o dedo de “A a Z”, OK?
Não achou o seu nome? Sinal que você está vivo, se você está vivo, você tem chance absoluta de vencer, portanto, mergulha no dia a dia e bola para frente.
Você pode andar devagar, agora, você não pode parar; somente os covardes ficam pela metade do caminho, entendeu?
Fé em Deus e pé na tábua; conhece tal ditado?
Deus não move uma palha em relação às coisas que nos competem, no entanto, Ele move o mundo para realizar aquilo que não somos capazes de fazer.
Você é ou não é filho de Deus?
Não deixa o pessimismo lhe vencer, mostra que você é capaz, ou você acha que somente você tem problemas? Tá muito enganado meu caro, minha cara.
Fica em frente do espelho, fecha a boca e o nariz por dois minutos.
Notou a agonia com a falta do ar? Este ar é a vida que Deus concebe a todos nós.
Portanto, temos que ter mais gratidão com o Nosso Senhor Deus.
Pense nisto, muda seu modo de ser negativo, e você será muito mais feliz, sem sombras de errar.
Que Deus tenha misericórdia de você.
3ª etapa – Abertura da megaloja (21m2) sento no cepo e deixo a vida me levar.
O quê é o cepo? Já frisei por diversas vezes, mas você não aprende fazer o quê!
Cepo – uma cadeira tem um tempo de vida, depois começa a perder a sua estrutura, porém, a minha cadeira (o cepo) desmunhecou de uma vez só, perdeu a sustentação das laterais do assento e ficou que nem uma sela, ou seja, aquele assento que se usa para montar a cavalo.
Certo dia, muito frio, coloquei a cadeira (o cepo) na porta da loja, para apanhar o sol e fiquei batendo com os pés, ocasião em que chegou um cliente e foi falando: upa,upa cavalinho, coisa de mamute ou mamuto, como queira.
Você não sabe o que é um mamute? Tem razão, não é de sua geração e sim da minha.
Criei muitos mamutes para vender; coisa bastante recente.
Já sentado no cepo, chegou o primeiro cliente, a sarna e foi solicitando:
- o senhor tem aquela piorrinha para tapar pinga-pinga na torneira?
- Tenho sim senhor, eis aqui o referido vedante.
- O cara olhou, olhou e lascou: este aqui não está totalmente arredondado, tem algumas anomalias.
- Derramei sobre a mesa uns vinte e o mesmo analisou um por um.
- Todos com problemas, entretanto, levarei estes dois.
- O senhor tem caixa de descarga?
- Tenho sim senhor, eis aqui.
- Não conheço tal marca, ela é boa.
- Meu senhor, a mesma empurra qualquer tipo de barro, tem tanta pressão que faz o referido barro virar um redemoinho, é mole?
- O senhor não tem tigre?
- Não senhor, tenho um gato intruso, chamado Pitico no Botico de Almeida.
- Esta caixa não vaza?
- Não senhor.
- Vou levar uma, entretanto, voltarei para falar sobre a mesma.
- Fica a vontade meu caro senhor.
- O senhor tem botinas para vender?
- Tenho sim senhor.
- Quero um número 38.
- OK! Tá na mão.
- Posso calçar?
- Pode, senta no cepo, por favor.
- Não estou sentido os dedos confortáveis, estão um tanto apertados.
- Tenta o número 39, OK!
- Os dedos ficaram soltos, desconfortáveis, o que devo fazer?
- Leva o número 39, coloca palmilhas e creio que ficará bem.
- O senhor tem palmilhas?
- Não, não senhor, não vendo palmilhas.
- Não quero comprar, quero de graça, tira de alguns sapatos seus.
- Meu caro caixa de descarga, não uso sapatos, apenas, botas com esporas, cuja amolação das mesmas, é feita no asfalto, na hora dos coices.
- O senhor dá coice?
- Quando o cliente é inconveniente, não penso duas vezes, é coice para tudo quanto é lado, inclusive, uma bicanca esporal no trazeiro.
- Quanto devo?
- Tanto.
- Aqui está o dinheiro, até logo.
- Até logo desconfortável, boa sorte.
- Prá cá com essa.
O quê foi? Não gostou? Leva para casa jacaré.
Abraços do Catarina Paranaense.







sexta-feira, 13 de julho de 2012

"PACIÊNCIA DE JÓ."


Hoje o dia está fela (é). Hoje o bicho vai pegar, ou melhor, já pegou.
Tá escrito, lá no muro, em letras garrafais, “Materiais de Construção”, porém, às pessoas estão confundindo: centavos novos com sentar nos ovos, não é possível.
- Chegou um cara já falando: quero fogo, quero fogo, cadê o isqueiro, cadê o fósforo?
- Respondi para o doidão: fogo somente das esporas, quando amolo às mesmas lá no asfalto.
O cara saiu de fino.
- Chegou outro é solicitou balinhas, perguntando-me, inclusive, quais os sabores existentes.
- Olhei para o cara, soltei um olhar patriota; você sabe o que é um olhar patriota? Não sabe piculinas nenhuma, tudo tem que ser explicado. Olhar patriota é aquele que você fita os olhos no dito e fica no silêncio, entendeu jacaré?
O sujeito saiu sem graça nenhuma.
- Chegou outro maluco, fungando que nem um porco. Pausa: porco funga? Se não fungava, a partir daqui ele começará fungar.
O cara, parecendo um desesperado, começou a soletrar umas séries de letras, inclusive lendo a palavra inteira, por exemplo: A = Atlas, Q= querosene, L = Lâmpadas, O = Osvanir, fazendo uma observação a seguir: que “m” de palavra é esta?
- Chamei o cara e perguntei: o senhor é letrista? Chega à minha loja, não solicita permissão, vai lendo tudo que encontra pela frente, inclusive, faz pouco caso de meu nome, Osvanir, se bem, que mais parece com um apelido do que, propriamente, um nome, mas, é o meu nome!
- Não meu senhor, nada disto, é que eu vou prestar exame de vista no DETRAN, aqui no lado, e estou treinando, pois dependo da referida carteira renovada.
- Pensei! Eu, também, tenho que renovar a carteira, eis os problemas: a) exame de vista no médico dos bagos dos olhos; b) comprar óculos; c) uma situação que está reprovando é a pressão alta. A minha não é alta, é ligeiramente elevada, chamada de pico do Everest, o que fazer?
O médico dos olhos, na hora da leitura de minha pressão, poderá me reprovar, entretanto, após a verificação dos dados de minha pressão, a dele nunca mais será a mesma.
Vamos voltar ao entrante em minha loja, lendo as letras.
- O mesmo fez uma pergunta: o senhor acha que eu serei aprovado no DETRAN?
- No outro lado da rua tinha um caminhão baú estacionado, com a palavra escrita no baú “VISÃO”; altura das letras um metro.
Chamei o apavorado e mandei o mesmo ler a palavra no baú do caminhão.
- O cara começou: vi, vi, vi viiiiiiiii.
- Berrei: leia Mané.
- O mesmo soltou-se: visão.
- Meu senhor! Serei aprovado?
- Não tem dúvida, pé na tábua.
Coitado.
Cada um com seus problemas, o dele é a vista, o meu.... a pressão alta.
Lá vem um senhor, tomara que seja cliente.
- Pois não, meu senhor!
DETRAN – primeira à direita.
- Outro – DETRAN?
Primeira à direita.
- Outro – Terminal de ônibus?
Esquerda e direita.
- Outro – Farmácia?
Esquerda e esquerda.
Chega, chega e chega.
Tá rindo por quê? Vamos trocar de lugar jacaré?
Pimenta no olho do outro é refresco.
Prá cá com essa, não me faltava mais nada.
Mais informações? Expediente encerrado..
Abraços do Catarina Paranaense – Bastante cansado.





quarta-feira, 11 de julho de 2012

"O CONVITE."


Meu caro Pitico no Botico; meu grande amigo:
How are you?
Comment êtes-vous?
How’s business?
Comment vont les affaires?
- Esse Catarina cabeça de bagre está com onda prá cima de mim, entretanto, para manter a campanha da boa vizinhança, vou responder:
Well, very well thank you.
Eh bien, très bien, merci.
-Pitico do céu! Ou melhor, Pitico da terra, você é bilíngüe?
Perguntei em Inglês e Francês, como vai você, e como vão os negócios, você respondeu nas duas línguas!
- Chefia bilíngüe não, e sim, poliglota, pois dou minhas arranhadas em diversos idiomas.
You are testing me, head catfish?
Vous testez-moi le poisson-chat a tête?
- Pitico! Não entendi corretamente o que você quis dizer, entretanto, tenho certeza que são frases interrogativas, recheadas de elogios a meu respeito.
Fico bastante sensibilizado com tais elogios, muito obrigado.
- Um verdadeiro cabeça de bagre este Catarina, apenas, perguntei o seguinte:
Está me testando, cabeça de bagre?
O cara entende como elogios, um tremendo ignorante.
- Pitico! O que me leva a você é fazer-lhe um convite, ou seja, como estamos montando um quarteto musical, gostaríamos de contar com seus préstimos, no sentido de ser o maestro do referido conjunto, topa?
- Não sou regente, entretanto, dou minhas batutadas, porém, antes da resposta, faço, também, uma solicitação.
- Fala Pitico, fala que eu estou na escuta.
- Gostaria de pedir permissão para utilizar o sobrenome “Almeida”, sendo que meu nome, registrado em cartório, evidentemente, pois, não nasci ontem, passaria a se chamar: Pitico No Botico de Almeida.
- Pitico! Qual o motivo de utilizar o meu sobrenome, por acaso, tem interesse na herança?
- Não chefia, não mesmo.
Herança! Este Catarina não tem absolutamente nada, sua herança está baseada numa montanha de duplicatas e cheques pré-datados, haja vista, que o mesmo é conhecido como contas a pagar, e vem falar em herança.
Tenho pena de seus familiares; não se trata de uma herança maldita, porém, deficitária.
- Chefia! O que me leva a usar seu sobrenome pode justificar: quando fechar o meu pijama de madeira, ocasião que você “já era”, terei um lugar, neste terreno, para sepultar meus ossos, pois, caso isto não se concretize, sei muito bem o meu fim, dentro de um saco de lixo, no lado de fora da casa, esperando o caminhão de apanha, a fim de concretizar o meu fim.
Tá explicado o interesse, nada mais.
Herança! Realmente é um verdadeiro cara de pau.
- Pitico! Aceite o meu convite e eu darei permissão para utilizar o meu sobrenome; trabalharemos dentro da reciprocidade, uma verdadeira simbiose.
- Chefia! Já bati o martelo, aceite minha nova apresentação: Pitico no Botico de Almeida, seu criado.
Tenho que ficar de olho neste gato, ele é muito esperto, principalmente agora, com um sobrenome de peso e com a função de maestro.
Abraços do Catarina Paranaense.