quarta-feira, 11 de julho de 2012

"O CONVITE."


Meu caro Pitico no Botico; meu grande amigo:
How are you?
Comment êtes-vous?
How’s business?
Comment vont les affaires?
- Esse Catarina cabeça de bagre está com onda prá cima de mim, entretanto, para manter a campanha da boa vizinhança, vou responder:
Well, very well thank you.
Eh bien, très bien, merci.
-Pitico do céu! Ou melhor, Pitico da terra, você é bilíngüe?
Perguntei em Inglês e Francês, como vai você, e como vão os negócios, você respondeu nas duas línguas!
- Chefia bilíngüe não, e sim, poliglota, pois dou minhas arranhadas em diversos idiomas.
You are testing me, head catfish?
Vous testez-moi le poisson-chat a tête?
- Pitico! Não entendi corretamente o que você quis dizer, entretanto, tenho certeza que são frases interrogativas, recheadas de elogios a meu respeito.
Fico bastante sensibilizado com tais elogios, muito obrigado.
- Um verdadeiro cabeça de bagre este Catarina, apenas, perguntei o seguinte:
Está me testando, cabeça de bagre?
O cara entende como elogios, um tremendo ignorante.
- Pitico! O que me leva a você é fazer-lhe um convite, ou seja, como estamos montando um quarteto musical, gostaríamos de contar com seus préstimos, no sentido de ser o maestro do referido conjunto, topa?
- Não sou regente, entretanto, dou minhas batutadas, porém, antes da resposta, faço, também, uma solicitação.
- Fala Pitico, fala que eu estou na escuta.
- Gostaria de pedir permissão para utilizar o sobrenome “Almeida”, sendo que meu nome, registrado em cartório, evidentemente, pois, não nasci ontem, passaria a se chamar: Pitico No Botico de Almeida.
- Pitico! Qual o motivo de utilizar o meu sobrenome, por acaso, tem interesse na herança?
- Não chefia, não mesmo.
Herança! Este Catarina não tem absolutamente nada, sua herança está baseada numa montanha de duplicatas e cheques pré-datados, haja vista, que o mesmo é conhecido como contas a pagar, e vem falar em herança.
Tenho pena de seus familiares; não se trata de uma herança maldita, porém, deficitária.
- Chefia! O que me leva a usar seu sobrenome pode justificar: quando fechar o meu pijama de madeira, ocasião que você “já era”, terei um lugar, neste terreno, para sepultar meus ossos, pois, caso isto não se concretize, sei muito bem o meu fim, dentro de um saco de lixo, no lado de fora da casa, esperando o caminhão de apanha, a fim de concretizar o meu fim.
Tá explicado o interesse, nada mais.
Herança! Realmente é um verdadeiro cara de pau.
- Pitico! Aceite o meu convite e eu darei permissão para utilizar o meu sobrenome; trabalharemos dentro da reciprocidade, uma verdadeira simbiose.
- Chefia! Já bati o martelo, aceite minha nova apresentação: Pitico no Botico de Almeida, seu criado.
Tenho que ficar de olho neste gato, ele é muito esperto, principalmente agora, com um sobrenome de peso e com a função de maestro.
Abraços do Catarina Paranaense.


             


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