A humanidade está triste, devida à pandemia reinante em todo
o globo.
Na minha ótica, nada mais é, do que Deus advertindo o
povo pelos meios sinuosos que estão tomando, em todos os sentidos. Com Deus não
se brinca.
Agora, se você acha que se trata de uma doença que virá e
passará nada mais, o problema é seu, é tanto que Deus proporciona a todos o
livre-arbítrio, Não é por causa de seu modo de pensar, que às coisas não
acontecerão.
Diante de tal tristeza, ainda, nossa família foi
acometida com mais uma tristeza profunda, ou seja, a morte de minha irmã
querida que nos deixou no dia
09-09-2020.
Não sou contra os motivos que Deus recolheu minha irmã,
contudo, sou humano e, como humano sinto a falta de um ente querido.
Éramos seis, um membro de nossa família foi recolhido,
ainda quando crianças ficaram em cinco. Cinco pessoas pobres mais unidas,
coesas, vivendo em paz absoluta, com a Graça do Nosso Poderoso Deus.
Com ausência de minha irmã querida, passou pela minha
cabeça, os tempos gloriosos, de nossa infância, na Rua Alberto Werner, em Itajaí
– Santa Catarina, pois, somos oriundos daquela bonita cidade, com muito
orgulho.
Provavelmente, a casa mais simples da rua, mas, a
felicidade imperava dentro e fora da
mesma, Ao lado de nossa casa de madeira, alugada, tinha um campo verde, ali passávamos
o maior tempo de nosso lazer, soltando pandorga, brincando com bolinhas de
vidros, meu irmão inventava um circo, com lençóis velhos de minha saudosa e
querida mãe e minha irmã, dentro de sua inocência, corria atrás das pandorgas;
uma alegria sem fim.
Que tempo precioso, que tempo que não volta mais,
contudo, um verdadeiro paraíso.
Nossa casinha, pintada de amarelo, janelas e portas
feitas de madeiras brutas, todavia, para nós um verdadeiro palácio.
O tempo foi passando, a situação piorando para meus
saudosos pais, como tinha um tio que era gerente numa grande fiação, em Serra
Alta, Município de São Bento do Sul – SC; o mesmo propôs uma vaga para meu
saudoso pai, o qual, prontamente, aceitou, deixando eu, o filho mais velho,
porém, ainda criança, na casa de meus avós maternos, em Itajaí-SC.
Após dois anos, fui chamado para Serra Alta, junto com
meus saudosos pais e irmãos. Um lugar pequeno, sendo que tudo girava em torno
da Fiação. Ali imperava o silêncio, a tranquilidade e um bom lugar para se
viver.
Meus pais trabalhavam na fiação, a minha saudosa mãe no
horário das 13h30m às 21h, creio esse o horário e, meu saudoso pai, das 21h às
5h da manhã seguinte.
Em casa, um sobrado enorme, paredes em meia com outra
família ficavam eu, meu irmão e minha querida irmã.
Nossa única diversão era aos domingos, ir até os campos
juntar pinhão, ETA coisa boa, e às 16h30m, esperar, na estação ferroviária, o
trem vindo da cidade dos príncipes, Joinville-SC.
Serra Alta distanciava da cidade de São Bento do Sul, 4
km; ir à referida cidade, também, era um bom passeio, principalmente, passear
pela serra, observando as belezas naturais.
O tempo foi passando, como meu saudoso pai, tinha
terminado o curso de radiotelegrafista, tentou um concurso no Segundo Batalhão
Ferroviário de Rio Negro-PR; foi admitido e transferido para Campo do Areão, um
lugarejo longe, perto da cidade Lages-SC.
Lá fomos nós de mala e cuia. Um lugarejo sem nada,
praticamente falando, apenas, o quartel do Exército.
No começo foi um sufoco nada a fazer, meu pai radiotelegrafista
e minha saudosa mãe empregou-se na casa dos hóspedes, como cozinheira. Casa dos
hóspedes, nada mais era do que um alojamento para os milicos em trânsito; minha
saudosa mãe era cozinheira; uma cozinheira de mão cheia.
Em casa, eu com m/m 13 anos, meu saudoso irmão com m/m 10
anos, minha Irma querida, agora saudosa, com m/m 6 aninhos.
A casa, comida, e o escambau, por nossa conta, contudo, levávamos
a vida como crianças normais e felizes.
Um mundo sem qualquer finalidade, pois, o Exército
embrenhava-se pela mata, abrindo estrada, para passar os trilhos e o radiotelegrafista
tinha que ir à frente, avisando seu comando, na sede em Rio Negro, a situação
absoluta.
Meu saudoso pai, com bom emprego, minha saudosa mãe,
também, empregada, contudo, seus filhos a ver navios.
Nosso divertimento, caçar, soltar pandorgas, brincar no
terreno e nada mais.
Aos domingos, acompanhávamos nosso pai, ao mato, com um
carrinho de mão, apanhar nó de pinho, para sustentação do fogão à lenha.
Lá conhecemos bugres, índios, a famosa neve, o tatu-boi e
cemitério de escravos.
Meu saudoso pai, vendo a situação de seus filhos, sem
qualquer tipo de futuros, jogou tudo para o alto, solicitou a demissão, junto
com a nossa saudosa mãe, e sem qualquer tipo de conhecimento, seguiu viagem,
junto com a família, para a capital dos paranaenses, a bela cidade de
Curitiba-Pr. Com apenas um endereço no bolso, ou seja, endereço de sua cunhada,
irmã de minha saudosa mãe, na Rua Guabirotuba, 247 – bairro Prado Velho.
Primeiramente, sorte, por minha saudosa tia, ainda morar
no local, depois, um choque para minha saudosa tia, receber uma família, de
mala e cuia, para morar com a mesma, sem qualquer tipo de aviso.
Uma atitude corajosa de meu saudoso pai, ou melhor, uma
aventura arrisacada.
O começo em Curitiba foi desastroso, sem conhecer,
absolutamente nada, sem emprego e quase sem dinheiro,
Começamos a remar, conseguimos empregos para mim e meu
saudoso irmão, depois, para meu saudoso pai.
Depois de algum tempo, morando com minha saudosa tia,
conseguimos, nos fundos de uma casa, uma meia-água; alugamos e fizemos uma
festa, comemorando a nossa independência total e absoluta.
Ver a nossa saudosa mãe cozinhando num fogão totalmente
seu, uma vitória incalculável.
Chegamos à capital dos paranaenses em 12 de setembro de
1957.
O tempo foi passando, moramos na Rua Guabirotuba, Rua
Francisco Nunes, Rua Imaculada Conceição, Avenida Marginal, sempre no Prado
Velho.
Depois fomos morar no Boqueirão e ultimamente no Bairro
Hauer.
Eu casei, meu saudoso irmão casou e por última minha
saudosa e irmã querida casou.
Formamos família.
Minha esposa querida gerou dois filhos e uma filha, bênção
de Deus, surgindo duas noras e um genro, bênçãos de Deus, gerando dois netos e
uma neta, maravilha de Deus.
Meu saudoso irmão; sua esposa gerou dois filhos e uma
filha, bênçãos de Deus, gerando netos e netas, verdadeiras benção Divinas.
Minha saudosa irmã querida, junta com o saudoso cunhado, porém,
mais amigo do que cunhado, geraram dois filhos e uma filha, tesouros do céu.
Tivemos exemplos de nossos saudosos pais, cuja receita
para família era: viver em união, respeito e honestidade e, assim, foi
aplicado.
A vida foi passando, perdemos nosso pai, depois nossa mãe.
A morte não nos largou, levou meu irmão querido, ficando
sua família acéfala, pois, meu saudoso irmão era o esteio da família; uma perda
desastrosa.
Da minha irmã querida, levou sua filha de 18 anos de
idade e depois, seu marido, meu cunhado e amigão do peito. Um homem de postura,
bom marido, bom pai e excelente avô. Uma retirada para estraçalhar qualquer
família; até hoje, sua falta é notória.
Com a retirada de minha saudosa sobrinha de 18 anos e meu
cunhado e amigo, minha irmã querida, sentiu suas estruturas sentimentais serem
abaladas. Um baque desastroso, pior do que o resultado de uma bomba atômica.
Mesmo tentando ser forte, minha irmã querida, começou a
perder para luta de ansiedade e suas consequências. Uma luta de m/m 11 anos.
Perdeu a vontade de viver, esse o ponto fundamental da vida de minha irmã
querida.
No dia 09-09-2020, não suportando mais o desespero, veio
a falecer. Estamos todos sem chão, uma falta difícil de aceitar, uma avalanche
em todos nós, principalmente para seus filhos, netos e neta.
Deixa uma família coesa, unida, exemplar, composta de
dois maravilhosos e abençoados filhos, duas noras exemplares e dois netos e uma
neta, representantes de Deus na terra,.
Minha irmã querida não tenho palavras para cobrir sua
falta, mesmo procurando ser forte, me sinto fraco, só me resta a lamentar.
Não teremos mais você para os bons papos, via telefone,
seus emails, gostosas pizzas, quando de visita em seu lar, é triste, é muito
triste.
Resta-me, ou melhor, para toda a minha família, a
extensão familiar que você e seu esposo, meu cunhado e amigão, pois, mesmo
morto, sempre será, devido o exemplo que vocês deixaram para todos nós, seus
filhos, netos e neta, exemplos de pessoas que merecem serem citadas como bom
exemplo de vida, lições que os mesmos receberam de você e seu esposo.
Não é por ser minha irmã e meu cunhado, sempre defenderei
vocês e sua família, pessoas de bens e merecem ser lembradas para sempre.
Quero deixar para meus sobrinhos e seus filhos, filha,
queridos, o que está escrito em João16; 33:
Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no
mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.
Meus sobrinhos e filhos e filha queridos, vocês terão na
vida eterna o consolo de Nosso Senhor Jesus Cristo, pelos filhos, netos e neta
exemplares que estão demonstrando que tenho orgulho de dizer que vocês são
nossos parentes.
Que Deus esteja sempre com Suas Mãos Poderosas sobre
vocês e, como vocês são exemplos de vida, Deus jamais se esquecerá dessas vidas
valiosas.
Minha irmã querida, você nos deixou; na sua partida ficou
uma lacuna difícil de ser preenchida, todavia, o que nos resta de bom é que
sabemos que, devido sua lição de vida, aqui na terra, você está na antissala de
Deus, esperando que O Mesmo saia De Seu Santuário e faça o seguinte convite:
Minha filha querida ENTRE NO GOZO DO SEU SENHOR. Aleluia, Glória ao Nosso
Poderoso Deus.
Uma dedicatória de Osvanir, Áurea e Família a Família de
minha irmã querida.