domingo, 1 de novembro de 2020

CATARINA - UM SAUDOSISTA DE CARTEIRINHA ASSINADA E CARIMBADA

Dentro de um ano profundamente negativo, no final do mês de Outubro de 2020, fiz um ato positivo, que se repete por muitos e muitos anos, ou seja, dirigir-me, junto com o meu filho mais moço, para a Colônia Zacarias, no interior da bela cidade de São José dos Pinhais – Paraná, no Cemitério do mesmo nome.

Finalidade = Pintar o túmulo de meu saudoso pai.

Lá me sinto muito bem, pois, não encontro vigaristas, ladrões, assaltantes, fofoqueiros, salteadores, ladrões e o escambau.

Impera o silêncio total e absoluto. O silêncio é tão profundo que é possível ouvir a própria meditação e a pulsação do coração, além de ouvir o barulho da própria natureza.

Quando participo de algumas palestras, seja num culto, numa ocasião especial, é comum o palestrante invocar a lembrança de um ente querido ou coisa semelhante e, com muita preocupação, justificar-se que não é saudosista.

Eu sou saudosista, sim senhor, sim senhora, com muito orgulho.
Quem se esquece do passado, não pode projetar o seu futuro.

Voltando ao cemitério, apenas, uma vez, senti algo estranho, um barulho esquisito, pois, no descanso de uma demão para secagem, aproveitei a ocasião para analisar o meu extrato bancário, que apanhei no banco, na hora da ida, e quando atentei para o meu saldo, foi possível, sentir o barulho estranho.

Prontamente, guardei o referido extrato no bolso, e a situação voltou ao normal.

Certa ocasião, vendo um erro em meu saldo, apanhei o extrato de meu fax e fui até o banco, solicitar explicações, no que tange tais dúvidas.

Fui dirigido ao gerente de minha conta, coisa que eu ignorava gerente de minha conta?

Chegando à mesa e perante o gravatinha, o mesmo apresentou e perguntou-me o que eu queria? Quando puxei o extrato, via fax, o mesmo caiu numa gargalhada absurda! Então perguntei: Você está vendo algum palhaço na sua frente?

Ele justificou-se e falou-me que fazia muito tempo que não via um papel, principalmente, se tratando de fax!!!!

- Vamos ao que interessa, falou o gravatinha, puxarei o seu saldo. Quando o mesmo atentou para o meu saldo, notei que o seu rosto encheu-se de urticária; imediatamente, o mesmo afrouxou a gravata, olhou para o relógio e solicitou desculpas, no entanto, estava na hora de participar de uma importante reunião, sugerindo que eu voltasse noutro dia.

Nunca mais avistei o gravatinha na minha agência. É mole, ou quer mais!!

Sou um saudosista de carteirinha assinada e carimbada, tenho profunda saudade dos meus entes queridos que se foram, infelizmente.

Quando estou cortando a grama, olho para minha churrasqueira e vem à dita saudade; saudade de meus entes queridos que se foram, principalmente os assadores de carnes e outros alimentos.

Meu irmão, além de um excelente assador, um contador de piada nato; em visita em sua casa, assava de tudo, seja fígado, peixe, galinha carne e o escambau.

Foi embora, saudades eternas.

Meu cunhado, casado com minha irmã, assador de mão cheia, quando de alguma festa em seu lar, abundância total, seja de carne, linguiça e frango, Tinha a paciência de Jó,

Foi embora, saudades eternas.

Outro cunhado, irmão de minha esposa, além de um grande assados de carne, trazia o sorriso em seus lábios, sempre contente com a vida.

 

Foi embora, saudades eternas.

Outro concunhado, meu amigo, de Joinville, a pesca era o seu lazer extra trabalho, um cara muito legal e prestativo.

Foi embora, saudades eternas.

Minha irmã gostava de um longo bate papo, via telefone, uma pessoa alegre, contudo, com a morte de sua filhinha, minha sobrinha querida, e seu esposo, tornou-se amargurada, infelizmente.

Foi embora, saudades eternas.

A vida é uma caixinha de surpresa, às vezes, trás situações negativas e marcantes, pois, na família dessa minha querida irmã, uma fatalidade sem explicações.

Primeiramente, perdeu a sua filhinha de 18 anos, depois, perdeu o marido e, recentemente, perdeu, também, a vida. Situação difícil de explicar.

Não faz muito tempo, e a morte ceifou os seguintes parentes: meu irmão, dois cunhados, um primo, uma prima-irmã, um concunhado, uma concunhada e recentemente a minha querida irmã.

Devemos esquecer tais pessoas? Claro que não, a ausência das mesmas, cria um vazio profundo e inesquecível, dentro da gente, provocando a queima de algumas luzes de nossas vidas, sem sombras de dúvidas.

Tenho o hábito de definir a estrada da vida, como uma roseira, possui pétalas, o lado bom da vida, contudo, possui espinhos, uma estrada difícil e dolorosa de enfrentar.

Oro a Deus, todos os dias, para consolar os corações dos entes queridos, em relação aos que se foram incluindo eu e a minha família em tais orações.

Somente Deus para consolar e preencher o vazio que fica em relação aos que se foram.

Abraços do

Catarina Paranaense O saudosista de carteirinha carimbada.

 

 

domingo, 13 de setembro de 2020

ADEUS MINHA IRMÃ QUERIDA

 

A humanidade está triste, devida à pandemia reinante em todo o globo.

Na minha ótica, nada mais é, do que Deus advertindo o povo pelos meios sinuosos que estão tomando, em todos os sentidos. Com Deus não se brinca.

Agora, se você acha que se trata de uma doença que virá e passará nada mais, o problema é seu, é tanto que Deus proporciona a todos o livre-arbítrio, Não é por causa de seu modo de pensar, que às coisas não acontecerão.

Diante de tal tristeza, ainda, nossa família foi acometida com mais uma tristeza profunda, ou seja, a morte de minha irmã querida que  nos deixou no dia 09-09-2020.

Não sou contra os motivos que Deus recolheu minha irmã, contudo, sou humano e, como humano sinto a falta de um ente querido.

Éramos seis, um membro de nossa família foi recolhido, ainda quando crianças ficaram em cinco. Cinco pessoas pobres mais unidas, coesas, vivendo em paz absoluta, com a Graça do Nosso Poderoso Deus.

Com ausência de minha irmã querida, passou pela minha cabeça, os tempos gloriosos, de nossa infância, na Rua Alberto Werner, em Itajaí – Santa Catarina, pois, somos oriundos daquela bonita cidade, com muito orgulho.

Provavelmente, a casa mais simples da rua, mas, a felicidade imperava dentro  e fora da mesma, Ao lado de nossa casa de madeira, alugada, tinha um campo verde, ali passávamos o maior tempo de nosso lazer, soltando pandorga, brincando com bolinhas de vidros, meu irmão inventava um circo, com lençóis velhos de minha saudosa e querida mãe e minha irmã, dentro de sua inocência, corria atrás das pandorgas; uma alegria sem fim.

Que tempo precioso, que tempo que não volta mais, contudo, um verdadeiro paraíso.

Nossa casinha, pintada de amarelo, janelas e portas feitas de madeiras brutas, todavia, para nós um verdadeiro palácio.

O tempo foi passando, a situação piorando para meus saudosos pais, como tinha um tio que era gerente numa grande fiação, em Serra Alta, Município de São Bento do Sul – SC; o mesmo propôs uma vaga para meu saudoso pai, o qual, prontamente, aceitou, deixando eu, o filho mais velho, porém, ainda criança, na casa de meus avós maternos, em Itajaí-SC.

Após dois anos, fui chamado para Serra Alta, junto com meus saudosos pais e irmãos. Um lugar pequeno, sendo que tudo girava em torno da Fiação. Ali imperava o silêncio, a tranquilidade e um bom lugar para se viver.

Meus pais trabalhavam na fiação, a minha saudosa mãe no horário das 13h30m às 21h, creio esse o horário e, meu saudoso pai, das 21h às 5h da manhã seguinte.

Em casa, um sobrado enorme, paredes em meia com outra família ficavam eu, meu irmão e minha querida irmã.

Nossa única diversão era aos domingos, ir até os campos juntar pinhão, ETA coisa boa, e às 16h30m, esperar, na estação ferroviária, o trem vindo da cidade dos príncipes, Joinville-SC.

Serra Alta distanciava da cidade de São Bento do Sul, 4 km; ir à referida cidade, também, era um bom passeio, principalmente, passear pela serra, observando as belezas naturais.

O tempo foi passando, como meu saudoso pai, tinha terminado o curso de radiotelegrafista, tentou um concurso no Segundo Batalhão Ferroviário de Rio Negro-PR; foi admitido e transferido para Campo do Areão, um lugarejo longe, perto da cidade Lages-SC.

Lá fomos nós de mala e cuia. Um lugarejo sem nada, praticamente falando, apenas, o quartel do Exército.

No começo foi um sufoco nada a fazer, meu pai radiotelegrafista e minha saudosa mãe empregou-se na casa dos hóspedes, como cozinheira. Casa dos hóspedes, nada mais era do que um alojamento para os milicos em trânsito; minha saudosa mãe era cozinheira; uma cozinheira de mão cheia.

Em casa, eu com m/m 13 anos, meu saudoso irmão com m/m 10 anos, minha Irma querida, agora saudosa, com m/m 6 aninhos.

A casa, comida, e o escambau, por nossa conta, contudo, levávamos a vida como crianças normais e felizes.

Um mundo sem qualquer finalidade, pois, o Exército embrenhava-se pela mata, abrindo estrada, para passar os trilhos e o radiotelegrafista tinha que ir à frente, avisando seu comando, na sede em Rio Negro, a situação absoluta.

Meu saudoso pai, com bom emprego, minha saudosa mãe, também, empregada, contudo, seus filhos a ver navios.

Nosso divertimento, caçar, soltar pandorgas, brincar no terreno e nada mais.

Aos domingos, acompanhávamos nosso pai, ao mato, com um carrinho de mão, apanhar nó de pinho, para sustentação do fogão à lenha.

Lá conhecemos bugres, índios, a famosa neve, o tatu-boi e cemitério de escravos.

Meu saudoso pai, vendo a situação de seus filhos, sem qualquer tipo de futuros, jogou tudo para o alto, solicitou a demissão, junto com a nossa saudosa mãe, e sem qualquer tipo de conhecimento, seguiu viagem, junto com a família, para a capital dos paranaenses, a bela cidade de Curitiba-Pr. Com apenas um endereço no bolso, ou seja, endereço de sua cunhada, irmã de minha saudosa mãe, na Rua Guabirotuba, 247 – bairro Prado Velho.

Primeiramente, sorte, por minha saudosa tia, ainda morar no local, depois, um choque para minha saudosa tia, receber uma família, de mala e cuia, para morar com a mesma, sem qualquer tipo de aviso.

Uma atitude corajosa de meu saudoso pai, ou melhor, uma aventura arrisacada.

O começo em Curitiba foi desastroso, sem conhecer, absolutamente nada, sem emprego e quase sem dinheiro,

Começamos a remar, conseguimos empregos para mim e meu saudoso irmão, depois, para meu saudoso pai.

Depois de algum tempo, morando com minha saudosa tia, conseguimos, nos fundos de uma casa, uma meia-água; alugamos e fizemos uma festa, comemorando a nossa independência total e absoluta.

Ver a nossa saudosa mãe cozinhando num fogão totalmente seu, uma vitória incalculável.

Chegamos à capital dos paranaenses em 12 de setembro de 1957.

O tempo foi passando, moramos na Rua Guabirotuba, Rua Francisco Nunes, Rua Imaculada Conceição, Avenida Marginal, sempre no Prado Velho.

Depois fomos morar no Boqueirão e ultimamente no Bairro Hauer.

Eu casei, meu saudoso irmão casou e por última minha saudosa e irmã querida casou.

Formamos família.

Minha esposa querida gerou dois filhos e uma filha, bênção de Deus, surgindo duas noras e um genro, bênçãos de Deus, gerando dois netos e uma neta, maravilha de Deus.

Meu saudoso irmão; sua esposa gerou dois filhos e uma filha, bênçãos de Deus, gerando netos e netas, verdadeiras benção Divinas.

Minha saudosa irmã querida, junta com o saudoso cunhado, porém, mais amigo do que cunhado, geraram dois filhos e uma filha, tesouros do céu.

Tivemos exemplos de nossos saudosos pais, cuja receita para família era: viver em união, respeito e honestidade e, assim, foi aplicado.

A vida foi passando, perdemos nosso pai, depois nossa mãe.

A morte não nos largou, levou meu irmão querido, ficando sua família acéfala, pois, meu saudoso irmão era o esteio da família; uma perda desastrosa.

Da minha irmã querida, levou sua filha de 18 anos de idade e depois, seu marido, meu cunhado e amigão do peito. Um homem de postura, bom marido, bom pai e excelente avô. Uma retirada para estraçalhar qualquer família; até hoje, sua falta é notória.

Com a retirada de minha saudosa sobrinha de 18 anos e meu cunhado e amigo, minha irmã querida, sentiu suas estruturas sentimentais serem abaladas. Um baque desastroso, pior do que o resultado de uma bomba atômica.

Mesmo tentando ser forte, minha irmã querida, começou a perder para luta de ansiedade e suas consequências. Uma luta de m/m 11 anos. Perdeu a vontade de viver, esse o ponto fundamental da vida de minha irmã querida.

No dia 09-09-2020, não suportando mais o desespero, veio a falecer. Estamos todos sem chão, uma falta difícil de aceitar, uma avalanche em todos nós, principalmente para seus filhos, netos e neta.

Deixa uma família coesa, unida, exemplar, composta de dois maravilhosos e abençoados filhos, duas noras exemplares e dois netos e uma neta, representantes de Deus na terra,.

Minha irmã querida não tenho palavras para cobrir sua falta, mesmo procurando ser forte, me sinto fraco, só me resta a lamentar.

Não teremos mais você para os bons papos, via telefone, seus emails, gostosas pizzas, quando de visita em seu lar, é triste, é muito triste.

Resta-me, ou melhor, para toda a minha família, a extensão familiar que você e seu esposo, meu cunhado e amigão, pois, mesmo morto, sempre será, devido o exemplo que vocês deixaram para todos nós, seus filhos, netos e neta, exemplos de pessoas que merecem serem citadas como bom exemplo de vida, lições que os mesmos receberam de você e seu esposo.

Não é por ser minha irmã e meu cunhado, sempre defenderei vocês e sua família, pessoas de bens e merecem ser lembradas para sempre.

Quero deixar para meus sobrinhos e seus filhos, filha, queridos, o que está escrito em João16; 33:

Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.

Meus sobrinhos e filhos e filha queridos, vocês terão na vida eterna o consolo de Nosso Senhor Jesus Cristo, pelos filhos, netos e neta exemplares que estão demonstrando que tenho orgulho de dizer que vocês são nossos parentes.

Que Deus esteja sempre com Suas Mãos Poderosas sobre vocês e, como vocês são exemplos de vida, Deus jamais se esquecerá dessas vidas valiosas.

Minha irmã querida, você nos deixou; na sua partida ficou uma lacuna difícil de ser preenchida, todavia, o que nos resta de bom é que sabemos que, devido sua lição de vida, aqui na terra, você está na antissala de Deus, esperando que O Mesmo saia De Seu Santuário e faça o seguinte convite: Minha filha querida ENTRE NO GOZO DO SEU SENHOR. Aleluia, Glória ao Nosso Poderoso Deus.

Uma dedicatória de Osvanir, Áurea e Família a Família de minha irmã querida.

domingo, 7 de junho de 2020

REPORTANDO-ME.


Reportando-me ao meu blog anterior, “A Dança dos Meus Rádios”, tenho a falar o que segue: Fiquei sem rádios, contudo, um atrapalho sem fim, pois, acordo todos os dias, às 6 horas da matina, para a minha tradicional caminhadas, ou seja, 5 kms há 40 anos, além de tomar dois litros de água por dia. Esse assunto deixei um pouco de lado, pois, em tempos anteriores, falei tanto do mesmo, que se tornou laxativo, entendeu?
Como fiquei sem rádio relógio, devido à implosão do mesmo, então apelei para o que tinha em casa, uma pequena lanterna, presente de minha netinha, que trouxe da praia do futuro e o meu relógio de pulso.
Uma verdadeira encrenca para ver a hora de madrugada, pois o meu relógio apresenta seus ponteiros com a mesma cor do fundo do mesmo, atrapalhando sobremaneira, a consulta, principalmente de madrugada.
Certa madrugada, para mim seis horas, levantei, olhei para minha mulher, dormindo, conclui que a mesma não estava a fim de caminhar aquele dia.
Apanhei meu traje para caminhada, pausa: Sou sistemático radical, ou seja, tenho uma muda de roupa para caminhar, outra para usar nos sábados e domingos, outra para trabalhar e outra para trabalhar no quintal. A minha mulher não se conforma de tanta babaquice, contudo, sou assim, e não mudo e não mudarei.
O quê foi? Algum problema?
Pois bem, levantei, coloquei o uniforme apropriado para caminhada, e lá vou eu, de mala e cuia.
Estranhei a situação, muito escuro, sem ninguém na rua, inclusive, não encontrei os cachorros que sempre encontro, enfim, uma situação estranha.
Fiz a caminhada, cheguei em casa e a minha mulher perguntou: Saiu? Claro, fui caminhar.
Caminhar? Quatro horas da madrugada?
- Quatro horas?
Eis o problema de não ter um rádio relógio.
Diante de tanto apuro, o meu filho, o “TI”, chegou com um rádio relógio e falou: Comprei um rádio para vocês, chega de se bater para ver horas.
Ligou o rádio no quarto e ficou espantado, ou seja, ficamos espantados, cadê a hora?
Bate aqui, bate ali, bate acolá, nada de horas.
Verificamos em todas as repartições da casa, falamos com os vizinhos e nada de positivo.
Já temos um rádio que só funciona no escuro, agora, um rádio relógio que não apresentas às horas? É dose para mamute.
Fui dá um expirro, e olhei para cima. Para minha surpresa, estava lá, o procurado horário, ou seja, o rádio relógio só mostra o horário no teto, é mole ou quer mais?
Gritei: Olha lá, olha lá, o horário está lá no teto.
Ficamos todos de boca aberta, coisa de louco.
Trata-se de um rádio relógio positivo, otimista, só olha para cima, nada de olhar para trás, para baixo; positividade a toda prova.
Depois de muito rateio, chegamos num consenso; É bom demais, A qualquer horário que você se acorda, não há necessidade de se mexer para observar o horário, tá lá, no teto, para o bem de todos.
Agora, tenho um relógio que só trabalha no escuro e um rádio relógio que só apresenta o horário, no teto.
Posso dizer que moro numa casa diferenciada, pois, já apresentou casos estranhos, tais como: buraco escuro, goteiras rebeldes, possui uma janela entre um quarto e uma sala, não me pergunte por quê?
Agora tem um rádio que só trabalha no escuro e um rádio relógio que só apresenta o horário no teto. Coisa de louco. MEDITAÇÃO - Você está preocupado com o dia do amanhã?
Agarra-se em Deus, eis o que o Mesmo falou: “Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal”.
“Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tendes bom ânimo; eu venci o mundo”.
A humanidade precisa chegar mais perto de Deus; Deus é amor, o resto é conflito, desordens, intrigas e confusões.
O ser humano, sem Deus, é totalmente, falho.
Apareceu um bichinho invisível e virou o mundo de cabeça para baixo, sem saber o que fazer.
Deus é o princípio e o fim, não tem como contestar.
Vamos parar e refletir o que está acontecendo; será que não precisamos chegar mais perto de Deus? Solicitar sua ajuda?
Você decide.
Abraços do
Catarina Paranaense.

PS. Lucas 21:25 – E haverá sinais no sol, e na lua, e nas estrelas,e, na terra, angústia das nações, em perplexidade pelo bramido do mar e das ondas (Tsunami),
Homens desmaiando de terror, na expectação das coisas que sobrevirão ao mundo, porquanto os poderes do céu serão abalados.
E, então, verão vir o Filho do Homem numa nuvem, com poder e grande glória.

domingo, 24 de maio de 2020

A DANÇA DOS MEUS RÁDIOS


Na minha casa existem quatro rádios, ou melhor, existiam assim distribuídos:
Um instalado na cozinha, ligado 24 horas na Rádio Marumby, propagando a PALAVRA DE DEUS. Uma rádio abençoada pelo Nosso Poderoso Deus.
Um instalado na megaloja (21m2).
Dois instalados no nosso quarto, um em cada cabeceira da nossa cama, sendo que o instalado no lado de minha esposa é um rádio relógio.
De um tempo para cá o rádio da megaloja (21m2) começou a emitir um ruído esquisito, parecendo está engasgado.
Levamos o mesmo num engasgolólogo, sendo que o mesmo informou-nos que o mesmo já era fim de vida, do próprio coitado.
Destino do mesmo: Lixo que não é lixo. Lá se foi o coitado.
Não demorou muito tempo, o rádio da cozinha começou apresentar o mesmo problema, ou seja, começou a engasgar. Mas engasgar do quê? Não comeu nada que pudesse provocar o problema!
Novamente no engasgolólogo.
O mesmo prognóstico.
Só que esse na hora do exame desmaiou e deu adeus ao mundo.
Destino: Lixo que não é lixo.
Vai contabilizando o prejuízo do Catarina.
Os dois restantes, instalado em nosso quarto, sempre viveram se bicando, puro ciúme.
Era só eu mexer no meu rádio, lado de minha cabeceira, o do lado oposto começava a piscar o horário, entrando numa confusão danada.
Como já se tratava de um rádio, dentro da frescura atual, nova tecnologia, eu não manjava, absolutamente, nada, pois, quem mexia com o mesmo era minha esposa e meu filho, o “TI”.
Uma verdadeira merda, para ser bem objetivo.
O meu rádio servia para colocar meus nervos em calma, pois, quando estava com o saco cheio, praticamente todos os dias, deitava, fechava a cara, e ficava escutando um CD, seja evangélico ou, de raízes sertanejas.
Com a cara fechada, contudo, batendo o pezinho.
OK? Batendo o pezinho? Itajaiense macho não tem pezinho, tem pezão, OK?
Larga do meu pé Jacaré.
Após a morte dos dois anteriores, já mencionados, o meu rádio começou apresentar um ronco terrível, parecendo querer dormir a vida toda, desgraça total.
Tentei diversos meios, porém, sem positividade.
Levei o mesmo num roncolológo; o mesmo após uma série de exames diagnosticou: “MORTE GOELÉTICA” (?) Fim de v ida.
Destino: Lixo que não é lixo. Tristeza pouca é bobagem.
Quanto ao rádio relógio, na cabeceira da cama de minha esposa, após piscar o horário sem cessar, o meu filho teve uma ideia, ou seja, trocar o plug macho; sem demora o mesmo executou a troca.
Não demorou muito tempo, o mesmo saiu correndo, gritando: Explodiu, explodiu, explodiu.
- Bastante nervoso perguntei: Explodiu o quê, Zé de Melo?
- Após a troca do plug macho o rádio relógio explodiu, ou melhor, implodiu, não suportou a morte do seu companheiro, do outro lado da cama.
É mole ou quer mais!!!!!

Falei para minha esposa: Precisamos de mais um rádio, irei até a loja da Marechal, pois, notei diversos rádios na vitrine da mesma.
Cheguei lá e solicitei um rádio, indicando para a mesma o preferido.
- Boa escolha, papo de vendedor, excelente rádio.
- É possível testá-lo?
- Vamos lá.
- Ligou o rádio na tomada, apenas, ronco, ronco, ronco.
- Vou testá-lo com pilhas; resultado: ronco, ronco, ronco.
Testarei com a bateria; resultado: ronco, ronco e ronco.
Vamos até a rua, aqui dentro tem muitas interferências.
- Perguntei para a mesma: Trata-se de um rádio boêmio?
- KKKKKK KKKKK KKKKK.
- Já na rua, advinha o resultado; não deu outro, ronco, ronco e ronco.
Mandei-me de fininho sem olhar para trás.
Expus a situação para o meu filho e o mesmo, dentro de sua habilidade profissional, respondeu: Pae! O negócio é comprar pela Internet, não tem outro jeito.
Como eu não manjo nada de internet, correndo o risco de tentar comprar um rádio e aparecer na minha casa à entrega de um porco, faço que nem Pilatos lavam minhas mãos.
De tanto observar o meu filho pagar minhas duplicatas, via internet, tentei um dia fazer uma simulação: Moleza, moleza, moleza, vou tentar!
Pimba daqui, pimba dali, beleza, beleza pura, é só esperar o resultado.
Resultado apresentado na tela: Dentro de sua consulta, você tem direito de um empréstimo de R$ 3.000,00, é só clicar.
 Sem comentários.
O meu filho puxou alguns modelos e achamos interessante um rádio “X”.
- Pae! Esse tá muito bom, e o preço aceitável.
- Codina munitina, vamos ver que venha o referido rádio.
Alegria, alegria, vamos comemorar com um copo de Q-Suco, sabor abacaxi.
Chegou o dito cujo, chegou o referido, chegou o esperado, chegou o salvador da Pátria.
Acerto daqui, acerto dali, vamos ligar! Resultado: ronco, ronco e ronco.
Ai cheguei numa triste conclusão? Complô contra o Catarina, que desgraça.
Vamos tentar na pilha?
Vamos.
Resultado: Ronco, ronco e ronco.
Sem querer, querendo, o meu filho desligou a luz, o referido rádio abriu a boca, um som das estrelas.
Ligamos a luz, o ronco tomou conta da cozinha.
Tentamos uma série de experiência, colocando caixa de sapato em cima do mesmo, lona preta, plástico, óculos contra claridade, nada feito, ronco, ronco e ronco.
O bicho só abre a boca, no escuro, ou seja, sem luz.
Cheguei numa triste conclusão que o complô, entre os rádios, foi internacional e fim de papo.
Pensei em abrir um buraco na rua, enterrar o mesmo e deixar, apenas, a antena e o autofalante para fora; não sei o resultado, todavia, tentarei.
Uma tremenda ideia de jerico, contudo, toda tentativa é válida, mesmo para os rádios dorminhocos.
Posso saber o motivo dessas canjicas, cheias de dentes, obturações e cáries, arreganhadas? O caso é de chorar e não rir!
Larga do meu pé jacaré.
Abraços do
Catarina Paranaense.