quinta-feira, 28 de abril de 2016

"OS HERÓIS DO RIO FORMOSO."



Quando nos deparamos com um objetivo a ser cumprido, sob nossa responsabilidade, devemos abraça-lo com determinação, afinco, coragem, arrojo e boa vontade.
Procedendo assim, mesmo que o resultado não seja o esperado, o mesmo terá sabor de vitória.
Na própria Bíblia, lá em Provérbios 24:10, está escrito: “Se te mostrares frouxo no dia da angústia, a tua força será pequena.”
Atentem, atentem, para o registro abaixo, depois tirem suas conclusões.
Há três anos os holandeses tinham invadido Pernambuco.
Atacados com violência e brutalidade, os brasileiros resistiram vigorosamente. Nos primeiros tempos foi difícil para os batavos a conquista da terra invadida. Os pernambucanos com coragem e decisão, e não davam tréguas ao inimigo. Mas os recursos dos brasileiros foram escasseando, enquanto a Holanda enviava, continuamente, para Pernambuco mais soldados, mais armas, mais munições.
Com o aumento do seu poderio militar, os holandeses, apesar das grandes perdas, foram, aos poucos, conquistando terreno. Nossos redutos foram caindo, um após outro. Onde os invasores sabiam que havia brasileiros desprevenidos ou desarmados, para aí corriam os holandeses, e atacavam com forças sempre superiores.
Agora era a vez do forte do Rio Formoso, sob o comando de Pedro Albuquerque. Os invasores tinham sido informados de que esse forte era guarnecido apenas POR CEM HOMENS E DOIS CANHÕES. Apesar disso, organizaram um exército para atacá-los: mil soldados e 50 canhões! Seu comandante era o coronel Van Schkoppe.
O ataque foi realizado ao romper do dia. O comandante holandês dar uma descarga de canhões e mosquetos. E esperou a rendição do forte. Mas com surpresa, viu que os brasileiros respondiam com imensa fuzilaria! Van Schkoppe estranhou a reação. Tinha sido mal informado! Dentro do forte deviam existir pelos menos 200 HOMENS E VINTE CANHÕES!
E mandou que suas tropas redobrassem o fogo. Mas depois de duas horas de terrível canhoeio, os defensores da fortaleza ainda resistiam com firmeza.
O chefe dos holandeses de ordem para cessar o fogo.
Resolvera mandar um emissário ao forte. Em sua opinião, os brasileiros resistiam porque não sabiam que estavam sendo atacados por forças dez vezes mais poderosas. Pedro Albuquerque devia ser avisado para que não houvesse perdas inúteis de vidas. Agitou-se, então, uma bandeira branca. E, seguiram dois mensageiros para a fortaleza sitiada. Pouco depois, regressaram os dois soldados. E comunicaram a Van Schkoppe: Pedro Albuquerque manda dizer que só entregará o forte, quando lá dentro não houver mais um homem vivo para empunhar uma arma.
O chefe holandês ficou rubro de indignação e exclamou: atacar com todas as forças! E a batalha recomeçou com maior violência.
Nas primeiras horas de combate o forte resistiu a todos os assaltos, De lá jorravam torrentes de balas, que abriam grandes claros nas fileiras holandesas. Mas, ao cair da tarde, a resistência foi esmorecendo até que o forte emudeceu de todo.
Van Schkoppe ficou desconfiado. Seria uma cilada? E resolveu avançar com muita cautela sobre a fortaleza silenciosa.
Com a espada na mão, penetrou no reduto, à frente dos seus soldados.
Mas um quadro inesperado fê-lo estacar, surpreendido.
Diante dos seus olhos, caídos no chão e COBERTOS DE SANGUE, JAZIAM VINTE CORPOS. Só um dava sinais de vida, era Pedro Albuquerque. Todos os outros estavam mortos!
O comandante holandês ficou parado, cheio de admiração.
Aquele punhado de homens havia resistido a um exército!
Nesse instante, um grupo de soldados entrou no forte ruidosamente.
Com um gesto Van Schkoppe fê-los parar. E tirando o chapéu gritou: - Silêncio! Rendamos homenagem a estes heróis!
Há necessidade de tecer maiores comentários?
Diante do exposto, ainda tem embecís que falam que o passado é passado, o que interessa é o presente e o futuro.
São pessoas que se assemelham a um avental: só tem frente, não tem fundo.
Não largo o passado, sou saudosista sim senhor, e com muito orgulho.
Quando vires a nossa Gloriosa Bandeira, lá bem no alto, lembrem-se que o mastro que sustenta a mesma, foi constituído com muito sangue, vidas, mutilações e garra.
O registro acima é uma pequena amostra, como foi difícil manter a Nossa Bandeira lá no alto, bem como a nossa liberdade.
Tal registro como muitos outros, deveria ser gravado em Praças Públicas, Repartições Governamentais e outros lugares, para que esses Heróis e Heroínas, nunca fossem apagados das memórias de todos os brasileiros.
Quem é ligado à literatura sabe perfeitamente, como custou caro a nossa liberdade; graças aos nossos irmãos brasileiros que não mediram esforços para tal.
Cada vez que eu leio o registro acima e outros, fico bastante emocionado, pela luta, garra, patriotismo, não poupando nem suas próprias vidas, para usufruirmos desta liberdade total e absoluta.
Meu respeito e admiração pela luta de nossos IRMÃOS E IRMÃS HERÓIS e HEROÍNAS
“VALE MUITO MAIS ÁS LÁGRIMAS DE UMA PESSOA QUE LUTOU E NÃO VENCEU, DO QUE A VITÓRIA DE UMA PESSOA QUE VENCEU E NÃO LUTOU.”
Abraços do
Catarina Paranaense.

domingo, 24 de abril de 2016

"SER BOM!!!!!"



Ser bom!
Existe um ditado entre os antigos que diz: “Quem é muito bom, vira bobo.”.
Eu prefiro ser taxado de justo; e falo isto com muita propriedade, pois liderei muitas gentes em minha vida profissional. Sempre julguei os casos apresentados, que não foram poucos, com a razão, nunca com o coração.
Quem tem o coração muito bom, mole, não serve para liderar, em hipótese alguma.
Uma das coisas mais difíceis da vida é liderar o ser humano.
O ser humano é composto de uma complexidade a toda prova um verdadeiro teorema.
Com 15 anos de idade, já liderava 150 mecânicos, além de faxineiras, vigilantes, pedreiros, carpinteiros e outros.
Já na faixa de 25 anos, a equipe que eu liderava somava-se mais de 350 trabalhadores.
Na posição de comando sempre utilizei de alguns conselhos dados por Jesus, por exemplo:
Mateus 10:16, a saber: Sede prudentes como as serpentes e simples como as pombas.
Toda vez que vesti a capa de simplicidade e esquecia a capa da prudência encontrei armadilhas terríveis que me prejudicaram para o resto de minha vida.
Dentro do comportamento do ser humano você encontra muitos lobos e poucas ovelhas.
Comandei elementos de toda espécie, bons, ruins, malcriados, valentes, imbecís, pessoas que não aceitavam serem comandadas de jeito nenhum, fingidos, traidores, e aí vai.
Não vou me alongar muito neste assunto, caso contrário, terei que escrever um Best-Seller.
Outra orientação dada por Jesus: Mateus 22:21 = Daí, pois, a César o que é de César e a Deus, o que é de Deus.
Utilizei bastante desta colocação em minhas decisões.
Como já falei, prefiro ser taxado de justo a de bom.
Eis o que Jesus falou quando chamaram de bom: Marcos 10:18 = Porque me chamas de bom? Ninguém há bom senão um, que é Deus.
Outra atitude que utilizava em minha liderança:
Seja cortês com todos,
Social com poucos,
Familiar com alguns,
Amigo com um,
Inimigos com nenhum.
O exposto supra serviu apenas para uma introdução, eis agora, o exemplo de um homem muito bom.
Quando o Brasil foi dividido em capitanias hereditárias, Vasco Fernandes Coutinho, fidalgo português que muito se distinguira na Índia, pediu ao Rei que lhe concedesse um desses quinhões. Devido aos grandes serviços que prestara ao seu país, ele foi atendido na sua pretensão. Vendeu então os seus avultados bens para adquirir navios, provisões, ferramentas e contratar colonos necessários à exploração das terras que lhe haviam sido doados.
Chegando à sua capitania durante os festejos de Pentecostes, deu à primeira colônia que fundou o nome de Espírito Santo. Os ataques dos índios o obrigaram a fundar outra povoação, a vila de Nossa Senhora da Vitória. Vasco Coutinho ERA UM HOMEM HONESTO, GENEROSO E TRABALHADOR. Faltava-lhe, porém, a energia imprescindível para vencer as dificuldades imensas de sua áspera missão.
Dois grandes obstáculos surgiram logo à sua frente. De um lado, os índios bravios e indomáveis, que resistiram a todas as tentativas de pacificação. De outro lado, a indolência e a ambição dos colonos que trouxera da Europa. Vasco Coutinho ERA UMA ALMA BONDOSA E DELICADA. Para uma gente que precisava de manoplas de ferro, ELE USAVA LUVAS DE SEDA.
Por isso, a indisciplina, a desordem e a corrupção logo invadiram a capitania do Espírito Santo.
O dinheiro trazido de Portugal esgotou-se. Os mantimentos acabaram. Os colonos começaram a brigar entre si. E os índios foram destruindo as casas, as lavouras e as criações de Vasco Coutinho.
Desanimado e empobrecido, o donatário foi perdendo a HONRA E DIGNIDADE             . Deu para beber. Perdeu as maneiras fidalgas, Tornou-se grosseiro e brutal. Começou a homisiar, em suas terras, todos os criminosos que fugiam das outras capitanias. Poucos homens desceram tanto na escada da degradação moral como Vasco Coutinho.
Um dia resolveu reagir contra a decadência de sua capitania. E também contra a depravação de sua pessoa. Deixou de beber. Começou a trabalhar. Abandonou a companhia dos bandidos que frequentavam sua casa. Embarcou num navio e foi a Olinda na esperança de obter recursos para o reerguimento de sua capitania.
Mas era tarde, Ninguém acreditou nas suas promessas. Duarte Coelho, donatário de Pernambuco recusou recebe-lo.
Todos o desprezavam. E, ao entrar na igreja, foi-lhe proibido sentar-se nas cadeiras reservadas aos capitães-mores. No púlpito o bispo D. Pedro Sardinha, exprobou severamente seus vícios e pecados.
Vasco Coutinho voltou para o Espírito Santo. Retornou à vida antiga. Embriagava-se diariamente. Alimentava-se do que lhe ofereciam por caridade. E, pouco depois, quando morreu, não havia em sua choupana, um pedaço de pano para lhe cobrir a nudez. Foi preciso uma alma piedosa emprestasse um lençol para amortalhar o seu cadáver.
Assim findou os seus dias Dom Fernandes Coutinho, fidalgo português, herói na Índia e donatário da Capitania do Espírito Santo.

A reflexão, a conclusão, fica por sua conta, OK?
Abraços do
Catarina Paranaense.

quarta-feira, 20 de abril de 2016

"TIRADENTES."



O Mártir da Liberdade.
A morte de Tiradentes foi um dos espetáculos mais tristes e dolorosos a que assistiu o povo do Rio de Janeiro. Como se sabe, o mártir da liberdade foi enforcado nessa cidade, no Campo de Lampadosa, no dia 21 de abril de 1792.
Sua história luminosa e heroica jamais será esquecida pelo povo brasileiro. José Joaquim da Silva Xavier foi chefe da Inconfidência Mineira, movimento que pretendia libertar o Brasil do domínio português. Traído por Joaquim Silvério dos Reis, foi preso com seus companheiros de revolução. Mas foi o único a ser condenado à morte.
O governo queria que a execução de Tiradentes ficasse como uma lição na memória do povo, a fim de que ninguém tivesse mais a coragem de conspirar contra o jugo português.
Por isso, toda a população foi convidada para a triste solenidade e advertida de que incorreria no desagrado da rainha D. Maria I, quem não quisesse assistir à execução do grande patriota.
No dia em que devia morrer Tiradentes, o vice-rei, conde Resende, tudo fez para transformar o acontecimento numa grande festa pública. Mandou formar todos os batalhões aquartelados no Rio de Janeiro. Os soldados trajavam uniforme de gala e levavam ramos de flores. As ruas e as casas foram enfeitadas. As janelas estavam cheias de homens, mulheres e crianças. O povo compareceu em massa. Era natural, todo mundo tinha medo de ser preso como adepto da conspiração.
Pela manhã, o carrasco foi buscar Tiradentes na Cadeia Velha.
Como de costume, o carrasco pediu perdão ao condenado pelo que ia fazer. Como resposta, Tiradentes beijou-lhe a mão e disse que, por eles, morrera também Jesus assim.
Ao meio-dia, Tiradentes chegou ao local da execução.
Estava vestido com um camisolão branco. Tinha uma corda ao pescoço e um crucifixo nas mãos. Rezava com fervor. Seu rosto estava pálido, mas sereno. Acompanhavam-no, em procissão, a Irmandade da Misericórdia e um esquadrão de cavaleiros da guarda do vice-rei.
Com passo firme, sobe os degraus do patíbulo. Um frade aproxima-se de Tiradentes e pede para ele a piedade de Deus. A multidão reza em voz alta. Os tambores começam a tocar com força. O carrasco empurra então o condenado. O povo solta um grito de horror. Estava enforcado o mártir da independência!
Você nunca encontrou em sua carreira profissional um traidor chamado Joaquim Silvério dos Reis?
Eu esbarrei com muitos em minha vida profissional, motivo que trabalho até o dia de hoje, para trazer o sustento para minha família, caso contrário já estaria numa boa vida.
Esses abutres, energúmenos, que não tem capacidade nenhuma, usam outras armas, tal como a traição, fazendo das costas do alheio, a sua escada para ascensão profissional.
A traição, na vida profissional, tem origem da inveja, e a inveja tem origem da incapacidade mental e profissional dessa corja.
Esses impermeáveis (o assunto bate na testa e volta) não tem capacidade para levantar um problema, nem tão pouco dar andamento, ou seja: tabular, avaliar, iniciar um projeto, colocar em andamento, acompanhar e colher seus resultados.
Nós pessoas normais temos “QI – Quociente de inteligência”, eles também tem, todavia, ao inverso, a saber: “Quociente de ignorância.”
Agora, uma coisa é verdade, quanto maior a escada, servindo de degrau às costas do alheio, maior será o tombo, cujo local da caída é uma só, no colo do capeta, chifrudo, como queira.
São verdadeiros vermes da natureza.
Os maiores inimigos declarados não fazem tanto mal, quanto os pequenos e ocultos.
Abraços do
Catarina Paranaense.

terça-feira, 19 de abril de 2016

"BODAS DE OURO."



“Dia 16 de Abril de 2016, sábado p.p., viajamos com destino a “Manchester Catarinense”, a “Cidade das Flores”, a” Cidade dos Príncipes”, a “Cidade das Bicicletas”, a “Cidade da Dança”, denominada “Joinville”, no meu Glorioso Estado de Santa Catarina.
A nossa viagem teve como objetivo, participar das comemorações referentes “Bodas de Ouro”, de minha cunhada Irene, irmã de minha esposa, e de meu concunhado e amigo Bentoca, nome familiar entre nós.
50 anos de feliz convivência matrimonial, não são 50 dias, é uma vida por completa..
A receita para feliz união duradoura prende-se em respeito mútuo, união, amor e compreensão, eis o ponto de equilíbrio para tal.
A Irene e o Bentoca formaram uma família coesa, unida e admirada, composta de: 3 filhos, noras, 2 filhas, genros, 10 netos/netas e um bisneto.
Comparo a referida família com a constituição de uma corrente, pois sabemos perfeitamente que um elo só não faz a força, porém, os elos unidos formam uma resistência substancial, preparada para possíveis obstáculos.
Um casal que trilha pelo rumo da humildade, mas, com alto teor de caráter, disciplina, união e honradez.
A Irene e o Bentoca não forçaram seus filhos à disciplina rígida, todavia, estão vivendo e deixando sua família observá-los; um verdadeiro exemplo de vida a dois.
A família é a menor célula da Sociedade, contudo, Deus protege, sobremaneira, a mesma.
Dentre uma série de registros na Bíblia, concernente à família destaca-se parte do Salmo 128, a saber:
Aquele que teme a Deus será abençoado na sua família.
Bem-aventurado aquele que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos.
Pois comerás do trabalho das tuas mãos, feliz serás, e te irás bem.
A tua mulher será como a videira frutífera aos lados da tua casa; os teus filhos, como plantas de oliveira, à roda da tua mesa.
Eis que assim será abençoado o homem que teme ao Senhor!
Uma festa simples, mas com alto teor no que tange ao jantar delicioso, com variedades de pratos e bebidas, destacando-se a famosa Laranjinha bem gelada, oriunda de nosso Estado de Santa Catarina.
Não tenho palavras para detalhar tal jantar, adicionado a uma apresentação, comandadas por uma dupla de jovens, que souberam como ninguém, mandar um recado fora de sério, tanto na batida de violão como de vozes apuradas e afinadas, dentro de um repertório de músicas da terra, Bom demais.
Nossos parabéns para essa dupla maravilhosa, com um futuro promissor, sem sombras de dúvidas.
Uma comemoração para ser gravada na agenda de nossas mentes, para sempre.
Irene, Bentoca e família, com o mais sincero desejo de nossos corações,. Rogamos ao Nosso Poderoso Deus, que continue com suas Mãos Poderosas sobre vocês, dando continuidade de vida, por muitos e muitos anos.
“Somos dois? Porque somos dois, se um sem outro é só a metade! Então não somos dois, e sim, um só.”
São os votos sinceros de
Osvanir e família.




sexta-feira, 15 de abril de 2016

"É DOSE PARA MAMUTE."



Hoje amanheci alegre, é isto mesmo que você leu alegria total e absoluta.
Segundo minha mulher, eu sorria tanto que ela quase visitou o Pinel, solicitando um aconselhamento médico.
Entrei no banheiro, a alegria dobrou, pois notei a ausência do famigerado espelho. Perguntei para minha mulher e ela respondeu que levou para a lavanderia, pois o mesmo estava muito sujo.
Orientei-a deixar o espelho três dias secando, de acordo com instruções de espelhológo.
A isca foi jogada, espero ter resultado, todavia, sabendo da exigência da minha mulher por limpeza, não sei não; aguardarei.
Sentei-me à mesa do café matutino e falei: hoje estou muito alegre, O meu filho caçula já foi perguntando: o senhor tomou os remedinhos da neurologista?
A minha alegria é bissextual, por isto o espanto da família.
Já com a megaloja (21m2) aberta, numa euforia total, aproveitei a oportunidade para medir o ponto de ruptura de minhas canjicas. É que na frente da minha mesa tem um vidro, quero deixar bem claro que não se trata de espelho, todavia, tem como verificar a elasticidade canjical.
- Bonito! Muito bonito! Se abrindo todo para a parede, parecendo paraquedas, tá ficando louco ou já é por natureza. O Pinel é só atravessar a rua.
Tenha vergonha na cara, deixa de bancar uma criança.
Minha senhora madame bronqueira, estou apenas medindo a elasticidade de minha força bucal, nada mais, OK?
Vou embora, este cara não bate bem dos parafusos.
Notaram que falei de minha mesa, o que veio a lembrança quando visitei recentemente, em 1972, a Cidade de Ouro Preto. O cicerone levou para um cubículo e falou o seguinte: este espaço era o lugar preferido de Tiradentes; aqui tinha uma mesa que sumiu, mas era nela que Tiradentes fazia suas anotações.
Não observei cadeira, provavelmente, Tiradentes gostava de escrever de pé.
Analisando atentamente os dados da referida mesa desaparecida, não tenho dúvidas que se trata desta mesa que hoje está aqui comigo. Até as farpas em quantidades que o cicerone falou a minha, também, tem e como incomoda.
Certa vez, chegou um cara intitulando-se historiador, solicitando licença para olhar a minha cadeira. Tudo bem fica a vontade.
- Olhou uma numeração, na parte inferior da cadeira, fez algumas anotações, pesquisou outras, e logo foi falando: O senhor está com uma obra valiosa em suas mãos, esta cadeira, sem medo de errar, 99% de exatidão, que a mesma foi usada por Noé. O mesmo tinha o costume de usá-la quando precisava fazer alguns acabamentos na parte inferior de sua arca.
O cara tinha mais cara de bebum do que historiador, contudo, ficou o registro.
Esta cadeira foi restaurada.
Por quem?
Por mim.
Usei aquele papel contato, pois a mesma tinha um buraco no centro do assento que me deu muito trabalho e vergonha.
Gosto de usar o meu tempo em leitura, e quando leio fico concentrado no teor do livro. Assim sendo, certa vez, numa concentração total e absoluta fui entalando no buraco da dita cadeira, e quando dei por mim, estava entalado totalmente, ou seja: com os dedões dos pés, é aqueles mesmos, os da gota, forçando as sobrancelhas e o livro no meio de ambos prensado, chegando ao ponto de me faltar fôlego.
Minha salvação: minha mulher, que com muito trabalho e sacrifício, me desentalava.
Certo dia, a minha mulher foi fazer um depósito, na conta de minha megaloja (21m2), sendo que a orientei a tomar cuidado total, pois, a quantia era volumosa, R$ 30,00.
Fiquei sozinho na loja e comecei uma leitura de um livro: “A volta dos que não foram”.
Dentro deste tema extraordinário, não deu outra, entalei, novamente, no buraco da cadeira. Mas foi um entalo que vocês perderam, fiquei grudado, ou melhor, 100% dobrado.
Nisto chegou uma senhora e sua filha, ocasião que solicitei ajuda para desentalar.
A senhora, um tanto desesperada, não sabia como proceder. A filha puxou pelos sapatos, aqueles comprados nas lojas do Barão do Rio Branco, desesperada arrancou os sapatos. Puxou pelas meias, estas compradas nas Casas Sul América, coisa de louco, também as arrancou.
Quando tentou puxar pelas bainhas da calça, eu gritei: Puxa pelos pés, caso contrário, ficarei sem a calça e, apenas, de cueca, situação que Napoleão perdeu a guerra.
Fiquei pensando, entalado só de cueca, chega à imprensa e eis o noticiário nos jornais:  “Fica entalado no buraco de uma cadeira só de cueca. Como ficará a minha reputação? Afinal de contas sou proprietário da Casa Ponto Positivo.
Falei para a mulher: puxa pela cabeça, ocasião em que a mesma respondeu, puxarei pelas orelhas, são bem mais firmes do que a sua cabeça.
Puxa, puxa, puxa, ufa, desentalei.
Obrigado, muito obrigado.
- Você é louco ou bobo alegre, quase nos matou de sustos.
Vamos embora minha filha, este cara não bate muito bem dos pinos.
Este o motivo que forrei com papel contato, chega de entalamento.
Lá vem o mamutão, o cara tem 2,10m de altura e 110 kgs de gordura.
Sua profissão: carregar areia e pedra, num caminhão.
Depois de seu trabalho e comprar o que precisa em outras lojas, vem me visitar, ou seja, contar uma série de mentiras e eu ratificá-las. Quero morrer amigo do mamutão
Quando ele chega eu já vou sentando, pois o mesmo tem o hábito de falar com a gente e bater na minha testa. Certo dia contou um caso que demorou três voltas na área da loja. Quando o mesmo saiu já gritei: Mulher trás um Dorflex urgente.
Falou da crise brasileira, puxou a referida cadeira, colocou bem na porta da megaloja (21m2) e sentou-se. Pensei, se o cara atolar tenho que chamar um guincho, sem sombras de dúvidas; ele contava um caso levantava-se, sentava, levantava e eu, nas pontas do pés.
Graças, o papel contato segurou muito bem o trazeiro de elefante.
Começou a contar um assalto que sofreu, porém, falou que conseguiu segurar o malandro contra a porta de seu caminhão e foi prensando o cara.
Quando notei o mesmo estava com aquelas patas segurando meu rosto contra a parede da megaloja (21m2), querendo mostrar como fez com o assaltante. Já estava me faltando fôlego, nisto chegou uma senhora e gritou: “Meu Deus”! Está matando o coitado do Catarina, socorro!
O mamutão assustou-se e soltou-me e justificou para a mulher desesperada: nada disto minha senhora!Nada disto, estou, apenas, mostrando para o vizinho, como segurei um assaltante, mão é mesmo vizinho? É, é, é isto mesmo.
A mulher olhou para mim e perguntou: Tá falando fino, não tem vergonha não, de assustar os outros? Mané!
Foi embora.
Que sufoco.
Cada vez que eu avisto o mamutão entrando em minha megaloja (21m2) eu fico apavorado.
O cara é um gigante coberto de capa de ignorante, é mole?
Estou com ideias fixas na cabeça, mudar o segmento de minha megaloja (21m2), ou seja: “MUSEU DE ANTIGUIDADES”.
Já tenho a mesa de Tiradentes, a Cadeira de Noé, minhas sandálias Franciscanas, uma foto do Bauzão, que, também, faz parte da Megaloja (21m2), tenho diversas fotos, desde minha adolescência até agora, mostrando ao mundo, a degeneração do ser humano, assunto bastante importante, tenho fotos do Deixa Que Eu Chuto, do Bicanca, do Marinheiro e outras.
A ideia é excelente, basta calcular o valor de entrada.
- Fornecedor também paga?
- Claro que paga, em dobro.
Abraços do
Catarina Paranaense.