Você tem como definir um blog sem pés e sem cabeça? Claro
que não, caso positivo, trata-se de um tremendo mentiroso e mentirosa.
O mesmo tem tal título, pois, foi escrito dentro de uma
máquina de moer carne, isso mesmo, dentro de uma máquina de moer carne.
A minha vida é cheia de armadilhas, quando observo, sou
empurrado para dentro de uma máquina de moer carne; lá sou triturado, esmagado,
espremido, torturado, rasgado e moído.
Tenho dito que, quando nasci, ao invés de brilhar uma
estrela, brilhou uma cruz, fazer o quê!
O quê foi? Ah! Você
não tem nada haver com o caso? Claro que não tem, ou melhor, não deve ter,
pois, o problema é meu, e não seu então não me venha com churumelas.
O essencial na vida é abrir caminho ou cavar a sepultura,
entretanto, porém, mas, contudo, todavia, a vida, quando nasci, já colocou uma
pá em minhas mãos, evidentemente, avisando que deveria cavar a sepultura, mas, como
sou teimoso e persistente, com a referida pá estou abrindo caminho; é difícil,
contudo, não impossível. Para mim, para o degas, não existe a palavra
impossível; quando não vai, eu empurro.
Antes que eu esqueça, ontem, junto com o meu filho, fiz o
que gosto, ou seja, fui pintar a sepultura de meu pai, saudades imensas.
Cemitério, lugar de silêncio, lugar de reflexão, um
excelente lugar, isso na minha ótica, sem querer saber da sua, não tenho o
mínimo interesse de saber, problema é seu.
Certo dia chegou à minha megaloja (21m2) um vendedor, um
cara chato, sem graça, falando o seguinte: Queria pedir desculpas para você,
pois, não irei ao seu velório, em face de você não ir ao meu, minhas sinceras
desculpas.
Falei: Claro que irei ao seu velório, você é que não
poderá ir ao meu, não queira inverter a situação.
- Como é que você sabe que morrerei primeiro do que você?
Falou o vendedor sem graça.
- Não preciso de explicações, basta o senhor olhar no
espelho, vide a sua cor pálida, cadavérica, seu andar balanceado, sua magreza
sem fim e sua cara encovada, ou melhor, resumindo, você está com os pés na
cova, sem medo errar.
O vendedor fechou a cara e se mandou. Velho babaca.
Não é de graça que me defino como: Eu sou um homem pobre,
humilde, pequeno, pouca sombra, nanico invocado, sem graça, acostumado às
coisas pequenas e ao silêncio.
O quê foi? Falei alguma piada que forçou você abrir suas
canjicas, cheias de dentes, obturações e cáries? Larga do meu pé jacaré.
Ai, ai, ai, eu sou filho do meu Pai.
Ô, ô, ô, eu sou neto do meu avô.
A origem da sabedoria, a nascente dos grandes Poemas,
está fluindo, tais poemas, já devem está correndo o mundo, coisa de sábios, um
poeta inteligente, sem sombras de dúvidas.
- Chefia! Chefia! Eis um poema clássico, uma obra de
minha cabeça:
Sentado sobre uma pedra
A beira de um caminho
De repente eu avistei
Uma cruz e um passarinho
Que contraste interessante
Difícil de explicar
A cruz guardando silêncio
E o pássaro vivendo a cantar
Assim é a vida do
Catarina
No dia-a-dia de seu labutar
Com os bolsos cheios de duplicatas
Sem um tostão para pagar
Chega dar pena de olhar
Jaca! Meu amigo Jaca! Com esse poema a meu respeito, você
acaba de perpetuar o couro mais fino do meu sa.................. sapato.
Mergulharei na semana vindoura, muitas duplicas para
serem quitadas, pouco estoque, pouco movimento, uma verdadeira quizumba
quizumbada.
Por hoje chega, passa a régua e fecha a conta.
Abraços do
Catarina Paranaense.
OS – Enfrenta o Sol e a sombra cairá atrás de você.