Após minha caminhada matinal, olhei para o meu tênis e
cheguei à seguinte conclusão: ou faço um post de meu tênis, ou faço uma nova
aquisição, pois a situação do mesmo dispensa qualquer tipo de comentários.
Entretanto, no caso de uma aquisição do mesmo, não falarei
para ninguém, caso contrário, já virá aquele velho papo: “compra no shopping,
compra no shopping, lá você encontrará coisa boa.
Definição de shopping: a massa humana andando prá cá e prá
lá, sem comprar piculinas nenhuma, vendo sempre às mesmas coisas.
Na hora das refeições, dirigisse à ala de alimentação, enche
bem a pança e volta para casa com dever cumprido, fui ao shopping. Sai de mim
jacaré.
Sei perfeitamente os locais para adquirir um tênis muito
bom, ou seja, Av. Barão do Rio Branco ou Rua Riachuelo, sem sombras de errar.
Cheguei, entrei, chamei uma atendente, apontei para um
tênis, marca MB, e vamos para a prova.
A atendente explicou que o referido tênis é calçado no
tranco, assim sendo, a mesma daria uma ajuda para provar o mesmo.
Quando tirei o sapato, um espanto, o dedão fora da meia. A
atendente quando viu aquela cena, soltou uma risada, abrindo uma boca que
deixou todos de boca aberta
Como sou chegado em estatística, aproveitei a ocasião, bem
como a tampa da caixa do referido tênis, e fiz a seguinte tabulação: quatro
obturações, três cáries, e dois ganchos segurando um dente que mais parecia
anzóis para pescar tubarões, é mole!
A mesma não suportando as risadas, saiu de fino, vindo em
seu lugar, um gravatinha, apresentando-se como gerente da loja, procurando me
ajudar.
Porém, quando viu aquela cena, o dedão fora da meia, abriu
uma gargalhada, colocando em risco suas dentaduras, superior e inferior, às
quais vibravam que nem um diapasão.
Coloquei a mão no peito do mesmo e falei: calma, calma,
muita calma, não se trata do bifão do “Le Magú”, é apenas o meu dedão.
Se eu não tomasse tal atitude, ficaria, com certeza, sem o
dedão.
O cara cabisbaixo sacou o ticket e solicitou que eu fizesse
o devido pagamento no caixa.
Paguei, apanhei o tênis e fui para minha casa, com a missão
cumprida.
Tenho certeza que você está curioso, curiosa, para saber a
marca do tênis, ou seja, “MB.”
A curiosidade está arrepiando todos os pelos do corpo, uma
coisa doentia, então, para sanar tal curiosidade, vai lá: “MB” = Meia Boca.
Sanou a curiosidade? Tá calminho ou calminha? Mané, Maná.
Cheguei a casa, tirei o sapato, a meia, e fiz um feedback
familiar.
Gritei: quem começa?
-Os dedos vizinhos do dedão culparam a unha cumprida do
dedão.
- O dedão respondeu que se trata de pura inveja, pois, os
mesmos não tinham habilidade de fabricar telha goiva para a chefia.
- Aqui cabe uma explicação: só corto a unha do dedão,
através da tesoura para cortar telas de metais, quando a mesma atinge a medida
de uma telha goiva, pois, aproveito a mesma para vender em meu estabelecimento.
- A unha culpou a meia, frisando que às fibras da mesma já
estavam em estado final de uso.
- A meia deixou bem claro que ela foi adquirida já no cestão
e, quando a mesma vai para o devido cestão, já está em fase terminal de vida.
Acreditar em quem?
O quê foi? Achou o conteúdo, a essência, o núcleo deste post
pobre, sem graça?
Eis a minha resposta: to nem aí, to nem aí.
Quer saber se jogarei a meia fora?
Meu caro, minha cara, o que é que uma agulha e um ovo não
resolvem heim?
Ah! Acha que ovo é só para encher a pança?
Quer saber o que farei com um ovo junto de uma agulha?
Pesquisa, pesquisa, usa a massa cinzenta e fim de papo.
Abraços do Catarina Paranaense – já costurando o furo da
meia.
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