terça-feira, 12 de junho de 2012

"UM DIA DO AVESSO."


Minha mulher fez um convite para nós, ou seja, vamos ao shopping.
Tomei a palavra e deixei bem claro, não sou muito chegado ao dito, entretanto, tendo “Le Magu”, entende-se bifão, vamos lá.
Combinado, destino Barigui, aquela velha frescura
Após aquela velha palhaçada, ou seja, visitar as lojas, ala de alimentação.
Minha mulher olhou para mim e falou: hoje, também, quero o bifão, contudo, sem feijão.
Para mim, quero o pacote completo, bifão, feijão, arroz, batatinha, farofa, talheres, guardanapos, copo e chá, aquela velha festa.
Olhei para o meu filho, quieto com uma trena na mão, perguntei-o: não irá fazer a pedida?
- Deixa o pai trazer o bifão para medir o espaço disponível, assim sendo, farei a pedida dentro do espaço disponível.
Pimba! Pedido feito, senha 83, e só esperar pela jóia.
Pronto! Tá na mão, ou melhor, tá no balcão.
Quando cheguei com a jóia, uma gargalhada só. Perguntei o motivo. Eis a resposta: olha o bifão do pai e da mãe!
O bifão da mulher, aquele mapão do Chile, o meu, enrugou.
Não pensei duas vezes, apanhei o prato e fui ao balcão. Senhores! Sou o maior triturador do bifão, agora, olhe para o mesmo, totalmente raquítico, uma aberração!
- Senhor bifólogo! Cabe uma explicação: até então vínhamos homenageando o mapa do Chile, porém, agora é a vez do mapa do Paraná. O peso é o mesmo, basta aferir.
Aceitei numa boa, todavia, não convenceu, entendeu jacaré?
O meu filho, após metragem, solicitou um prato a altura do espaço disponível; coisas do veio (é)!
Todo mundo com a pança cheia, mas um pedido da minha mulher: vamos numa loja de roupas masculinas, quero comprar um presente, referente ao dia dos namorados, para o meu marido.
Lá fomos procurar calças.
-Falei! Precisa provar?
- Claro que sim, respondeu a mulher.
Duas calças número 44.
Já no provador, bucho cheio, um frio de lascar; eu com camiseta, camisa, colete, blusa e algo mais, como fazer para provar?
Não conseguia agachar para vestir a calça, o único jeito foi deitar no sofá, colocar as pernas para cima e encaixar a dita calça.
Situação que Napoleão perdeu a guerra.
Quando levantei a calça, as extremidades da abertura, que deveria fechar, ficaram nas laterais da barriga.
Chamei minha mulher e falei: tem condições?
-Ela respondeu: tem que provar, pois, você se achatou nos pólos e estufou-se nas laterais.
Vamos trocar, vamos trocar.
-Frisei, agora já temos noções do tamanho, chega de provação, caso contrário, colocarei o bifão pela boca.
Conclusão: você quer mesmo saber a conclusão? Tá curioso ou curiosa para saber a conclusão? As veias estão se dilatando, o sangue está fervendo de tanta curiosidade?
Então vamos lá, provei uma calça número 44 e levei um número 58, é mole?
Quando cheguei em casa, mais tranqüilo, fui provar, novamente às calças.
Conclusão: quando vesti a mesma, passou da base da cabeça, ou seja, ao invés de uma calça, tornou-se um conjunto único.
Falei para minha mulher: eis uma nova moda, não se trata de terno, nem de conjunto com duas peças, mas sim, um conjunto único. Você fecha o zíper na cabeça e olha pela abertura, coisa fenomenal, sem querer lancei uma nova moda masculina, coisa de louco.
A minha nora olhou para minha mulher e falou: sogrinha! Quando voltar da costureira, traga a sobra para mim, OK?
Intento da nora, fazer, da sobra, duas calças e uma bermuda para o meu filho, seu marido.
Que dia do cão, ou melhor, do avesso.
O quê foi? Mostrando às canjicas por quê? Algum motivo para riso?
Abraços do Catarina Paranaense – O lançador de modas.




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