sexta-feira, 28 de setembro de 2012

"A APARÊNCIA."


Depois do Big-Bang da pressão arterial elevada, da pressão arterial alpinista, a minha aparência mudou, mudou para pior, ou melhor, para bem pior.
Antes eu era parecido com a minha falecida mãe, com a minha avó maternal; hoje não sou parecido com ninguém apenas, comigo mesmo.
Uma pessoa que só se parece consigo não existe, é único, solo, exclusivo, coisa sem pé e sem cabeça.
Olho para o espelho vejo aquela imagem abstrata cadavérica, sem vida, mumificada e saber que é a minha cara, é dose para mamute, a pulga itajaiense.
Eu mudei
Mudei para pior
Não sou mais parecido
Com a minha avó
Estou parecendo
Um verdadeiro cipó
Quando não tem calo
É cheio de nó
O pessoal olha para mim
E falam
Que dó.
O quê foi? Tá achando que eu fiquei maluco?
Só por quê sou vizinho do Pinel to doidão?
Sai de mim socó do banhado.
Vamos fazer uma análise individual, sem tocar no conjunto:
- cabelos – eu tinha um cabelo volumoso, jogava para trás, para frente, para os lados, adicionando um pouco de brilhantina ficava fora de sério.
Até pouco tempo atrás, a coisa mudou, já tinha que pentear o mesmo de um lado para o outro, tentando cobrir às falhas.
Agora, penteio para o lado, entretanto, o mesmo volta e ficam duas asinhas.
Você lembra-se de uma personagem do professor Raimundo, creio que se chamava senhor Galeão; às minhas asinhas no cabelo são iguais ao do dito cujo.
O cabelo é a moldura do rosto, agora quando você perde 70% do mesmo, algo se sobressaí, por exemplo, às orelhas e o nariz dão uma impressão de ficarem maiores, é mole?
A boca ficou uma meia boca. Chegou um pedreiro na minha loja e solicitei ao mesmo passar um nível na minha boca, o mesmo após a aferição, informou-me que tinha de fazer um enchimento de massa corrida no lado direito.
As faces do rosto ficaram encovadas.
Fiquei com uma cor amarelada, um amarelo fulo.
Os antigos tinham uma expressão para tal situação, mas não vejo necessidade de registrar, pois, trata-se de um termo baixo, por exemplo, o cara tá com uma cor de p.......................
E tem como apurar a cor do P? Claro que tem na tecnologia moderna tudo é possível.
A análise individual ainda é aceitável, agora, quando você olha o conjunto, no fechar da roda, o próprio conjunto não agrada, sacou jacaré?
To acabado, triturado e sem perspectivas de melhoras.
Tá dado o recado, agora, quando me ver não venha fazer aquela cara de assustado ou assustada, primeiro, dê uma olhadela no espelho, O.K?
Abraços do Catarina Paranaense.











quinta-feira, 27 de setembro de 2012

" SAUDADE."


Alô, alô, alô, alôalôalôalô, engasgou jacaré do papo amarelo?
Chefia, chefia, sou eu o Pitico!
Pitico! Que saudade! Que saudade! Como é que você vai na terra dos douradenses?
Observei num dos jornais o rodeio para amadores, com tendência ao profissionalismo, nessa Cidade; você participou?
- Participei chefia, participei um vexame total, uma situação vexatória, que jamais esquecerei na minha vida.
- Como assim?
- Na hora de eu montar no bezerro, apareceu um bode, não sei da onde, cutuquei o mesmo com as esporas, o mesmo saiu que nem um capeta perdi o equilíbrio, me enrolei todo no rabo do mesmo; o mesmo provocou um desarranjo intestinal, cuja rachada, parecia a mangueira nº 10 dos bombeiros.
A platéia começou a gritar: essa apresentação começou muito mal, o Pitico transformou-se num bolo fecal.
Quando dei por mim estava sendo lavado com mangueira de jardim, é mole?
No outro dia, eis a manchete do jornal:
“Pitico decepcionou o povo douradense.”
“Pitico perdeu para o seu próprio intestino.”
“Pitico um vexame intestinal.”
No dia seguinte fui até a redação do jornal, tentando justificar a situação, pois o culpado foi o bode e não eu, como todo mundo focou.
Os caras da redação, com cara de deboche me atenderam, porém, eis a manchete do dia seguinte: “Pitico sujou, sentou em cima e agora quer limpar, porém, não encontra papel adequado para a situação.”
Longe da família, desamparado, pensei logo na minha gata; não pensei duas vezes, me dirigir para a casa dela. “De longe observei todos parentes da mesma na área de sua casa, senti certo conforto, quando cheguei perto da mesma, ela abriu os braços e falou: Atira-te nos meus braços, meu ‘GATO CAGÃO.”
Foi o fim de nosso relacionamento.
Chefia! Já estou pensando numa nova modalidade, ou seja: “O CHICOTE.”
Já criei até um slogan: “PITICOTE – o estalo na medida exata.”
- Pitico? Tenta mais uma vez, não desista já na primeira tentativa.
Eis uma recomendação: da próxima vez, antes de montar, toma uma baga de carvão vegetal e um chá de folha de pitanga. O correto seria chupar bastante jabuticaba sem casca, a única dificuldade é que após o efeito, você terá que puxar com anzol.
-Tomtomtomtomtomtomtom.
- Desligou, o Pitico está precisando de ajuda imediatamente.
Chicote! Gostei; já pensou: “Catarinacote – O rei infalível do chicote.”
Pensarei seriamente no assunto.
O quê foi? Já abriu essa boca cheia de dentes?
Abraços do Catarina Paranaense – Já pesquisando o preço do chicote.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

"A CONSULTA."


Diante da pressão arterial elevada, ou seja, uma pressão arterial alpinista, a prole achou por bem marcar uma consulta com o discípulo de Freud, é mole?
Cuja finalidade é ajudar-me a achar o ponto de equilíbrio; ponto que nunca perdi.
Consulta marcada para 13h30m, porém, cheguei às 12h15m.
Eis o desenrolar da consulta:
- Boa tarde.
- Boa tarde.
- Marquei uma consulta, com o doutor, às 13h30m, qual a sala do consultório?
- Um minuto, falou a secretária, entrarei em contato com doutor.
- Doutor! O seu cliente das 13h30 m, já está aqui!
- Mas é 12h15m, e o cara já chegou?
- Sim senhor!
- Como é que ele está?
- Bem tranqüilo, porém, parece ser Catarina, pois, fala bem alto.
- Diga para o mesmo aguardar.
- Aguarde um pouquinho até o doutor chegar, fica a vontade.
13 horas.
- O senhor pode entrar sala número 2.
- Boa tarde doutor!
- Boa tarde, ainda estou arrumando a mesa, pois acabo de chegar.
- O senhor acha que a minha mesa está bagunçada?
- Bastante bagunçada doutor!
- O que você acha da colocação dos objetos na mesa?
- A agenda, haja vista, que a mesma deveria está perto de suas mãos e não na ponta da mesa, pois cada vez que o senhor querer anotar ou observar algo, terá que se esticar todo, para alcançar a mesma, dando a impressão que está dando uma tacada de sinuca.
- O senhor joga sinuca?
- Não doutor, entretanto, às vezes aplico umas tacadas na vida.
- Doutor! Possuo a síndrome do jaleco branco e não gosto de consultório médico, sacou jacaré?
- Não visto jaleco branco, não mordo e não sou jacaré.
- Vamos entrar diretamente na consulta, farei algumas perguntas.
- Chuta.
- O que é que o senhor tem na cabeça?
- Uma cabeleira futebolística.
- Como assim?
- Onze fiapos para cada lado e o Juiz no meio.
- Eu perguntei o que o senhor tem dentro da cabeça Mané?
- Doutor! Temos que entrar num consenso, afinal de contas quem é o médico?
- Sou eu, evidentemente.
- Tá bom, tá bom, responderei a sua pergunta; dentro da cabeça tenho uma CNH, ou seja, uma Carteira Nacional de Habilitação
- Ah! Você tem uma Carteira Nacional de Habitação.
Poderá me explicar detalhadamente.
- Sim senhor.
Estava na minha megaloja (21m2), sentado no cepo (a cadeira que desmunhecou), aí chegou um senhor da idade da felicidade, nervoso, desesperado, falando que reprovou na renovação da CNH.
- Perguntei qual o motivo da reprovação.
- Ele falou na aferição da pressão arterial.
- Mas o DETRAN não mede pressão arterial!
- Claro que mede doutor, eis aí a circular do DETRAN.
- Me deixa dar uma olhadela.
Pressão máxima aceitável 16x10?
A minha é 20x16 e não baixa!
Você veio aqui esquentar a minha cabeça com esse negócio de renovação de carteira.
- Doutor! Estou aqui para resfriar a minha cabeça, não esquentar a cabeça dos outros, ora bolas.
Como tenho a pressão arterial elevada, uma pressão alpinista, pois a mesma só quer viver nos picos, estou solicitando ajuda médica!
- Como é que o senhor come?
- Apanho a gororoba coloco no prato, levo a mesma, através de uma colher, pois não uso garfo nem faca, longe de mim tal frescura, à cavidade bucal, depois de formado o bolo alimentar, pimba, jogo para o estômago.
Só errei uma vez, joguei para o estômago, o mesmo desviou, foi direto para o intestino, este, também, desviou, e o referido bolo alimentar foi parar no calcanhar.
- Perguntei o jeito de comer, mastigar, rápido, médio ou lento?
- Depende da fome doutor, depende da fome.
Se estiver faminto, trituro, esgano o mesmo.
- Para, para e para.
Você falou que esgana, posso saber maiores detalhes?
- Coloco o bife, a lingüiça, o ovo, seja lá o que for à boca e giro para os lados até engolir o mesmo.
Agora, se estou com pouca fome, vai mais devagar e quando estou sem fome, vai uma sopa, um mingau de aveia e por aí a fora.
- O pãozinho francês, em quantas mordidas você fatura o mesmo?
- Depende doutor, depende; se for o pão do baiano, em quatro mordidas, agora, se for o pão do polaco, em três mordidas.
Tentei, certa vez, comer o pão do baiano em duas bocadas, entretanto, o mesmo entalou na boca, e se não fosse a respiração pela chaminé, tinha batido às botas.
- Como pela chaminé?
- Pelo nariz doutor!
- Como é que você conseguiu se safar da referida situação?
- Apanhei um saca rolha enfiei no pão e puxei-o.
- Veio com dentadura e tudo?
- Não senhor, não tenho dentadura; agora, se fosse o senhor sim, ficaria com a boca como nasceu, ou seja, banguela.
- Como é que você sabe que uso dentadura?
- Fácil, muito fácil, não existe harmonia entre a sua bocarra e a dentadura, inclusive, o senhor deveria fazer uma reunião com sua boca e dentadura, para que os mesmos entrem num acordo, caso contrário ficará notório a presença da referida dentadura.
- É dose para mamute.
Você sabe o que é um mamute?
- Claro que sei doutor, apenas uma pulga itajaiense.
- Você acha que eu tenho a boca grande?
O máximo que abro é assim. Doutor fecha a bocarra, por favor, juro que contarei a verdade, apenas a verdade, nada mais.
Quanto ao termo jacaré, justificaria como força de expressão, entretanto, vou eliminar a força de expressão, ficando, apenas, o jacaré, com uma ressalva: o senhor ganha, facilmente, do jacaré, no quesito boca. Tá louco
- Você já foi em outros médicos?
- Sim senhor, fui num clínico geral, agora, o senhor e depois irei num veterinário.
- Você tem algum tipo de bicho de estimação?
- Não senhor, a consulta é para mim.
- O quêêêêêê?
- Calma doutor, muito calma, irei ao veterinário, apenas, para tirar uma dúvida, quero saber se a terapia da rinchada é melhor que a terapia do grito.
- Você sabe rinchar?
- Sim senhor.
- Aprendeu com quem?
- Com os cavalos de meu falecido sogro.
- Como assim?
- O meu sogro colocava ração para os mesmos no cocho, ocasião em que eu estava junto dos cavalos, separando às rodelas de cana caiana. Ficava com as rodelas da cana e comia, ali mesmo no cocho, jun tos aos cavalos, ocasião em que aprendi a rinchar.
Seis, também, soltar coice cascudo.
- Coice cascudo?
- É muito fácil doutor, você cutuca a canela do cara na base do raspão, ou seja, vapt vupt.
- O senhor aceita um coice cascudo na canela?
- Não e não, minha canela não é caixa de pancadaria.
- Doutor! O senhor aceita ouvir a minha rinchada?
- Não, não e não.
Este prédio e lotado de consultórios, inclusive o vizinho, além de médico e vaqueiro, você pode observar que o seu consultório é decorado com chicotes e laços, se o mesmo ouvir uma rinchada, é possível sair de sua sala a cavalo, aprontando uma quizumba do cão.
O mesmo já não bate bem da cuca, portanto, vamos evitar aborrecimentos.
Deixa para rinchar lá no veterinário.
- Você mora em Curitiba?
- Sim senhor.
- Existe um ponto de referência?
- Bairro Hauer, vizinho do Pinel.
- O quêêêêêêêêê?
- Vizinho do Pinel.
- Quantos metros têm o muro do Pinel?
- 3,5 m.
- Você tem escada em casa?
- Tenho aquela de abrir, com 5 metros.
- Já tentou pular para o lado de lá, ou seja, do Pinel?
- Muitas vezes.
- Posso saber o motivo?
- Fugir desta sociedade louca e maluca.
- Está filosofando?
- Não, apenas falando a verdade.
- Receitarei um remédio que, provavelmente, fará você dormir bem melhor, inclusive tirará o alpinista do Pico, O.K.?
Não se esqueça de contatar comigo, após o seu exame para renovação da carteira, O.K?
- Tá interessado em doutor?
- Claro você deixou-me com a cabeça quente, com este negócio de pressão arterial.
- Obrigado doutor e bons negócios.
- Sucesso Catarina.
Abraços do Catarina Paranaense – ainda no pico.

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terça-feira, 25 de setembro de 2012

"A JUSTIFICATIVA."


Eu voltei
Voltei para ficar
Só que agora
Não tenho ninguém
No lado de lá
Para ouvir
O que tenho a falar.
Levei um sumiço da tela, entretanto, plenamente justificável.
Agora, o que me deixa cabreiro é que ninguém observou a minha ausência, é mole jacaré?
Além do mais, perdi os doze seguidores, os quais optaram por outros caminhos, restando, apenas, o contato com o “NIHIL.”
Vamos à justificativa de minha ausência: já na minha megaloja (21m2), sentado no cepo (a cadeira que desmunhecou), chegou um cidadão da idade da felicidade (engana que eu gosto), desesperado, descabelado, desorientado, nervoso, estressado e desequilibrado.
- Perguntei ao mesmo: foi assaltado?
- Nãããããããããããõ.
- Viu o capeta de cueca?
- Nããããããããããão.
- Qual o motivo de tanto desespero?
- Fui reprovado na renovação da Carteira Nacional de Habilitação.
- Qual o motivo?
- Na aferição de pressão arterial.
- O quêêêêê?
- Sim senhor, na aferição da pressão arterial.
- Os caras estão aferindo a pressão arterial?
- Não só aferindo, como reprovando, caso não esteja dentro dos padrões da saúde.
- Neste momento a minha panela de pressão chiou dentro do ouvido esquerdo, o meu cérebro tentou fugir de dentro da cabeça, entretanto, eu apanhei pelo rabo e falei: nada de fugir jacaré vamos enfrentar este pepino juntos.
Comecei a levitar.
- O da idade da felicidade falou: agora, é o senhor que viu o capeta de cueca?
Após tal expressão se mandou.
Existem pessoas com pressão arterial normal, outros pressão alta e outros elevadas, o meu caso.
Creio que a minha pressão arterial é alpinista, pois só gosta de viver nos picos, é mole?
Dentro do desespero, haja vista, que eu tinha de renovar a maldita carteira, comecei a delirar.
O remédio para pressão arterial que eu tomava pela manhã comecei a tomar, também, à noite.
Dorflex, Novalgina, Torlós, Sete Sangrias com Melissa, e chá de folha de pitanga para diarréia emocional, afinal de contas, ninguém é de ferro.
A minha pressão arterial é tão elevada que certa vez cheguei num consultório médico, para consulta de rotina, porém, cheguei levitando, o médico quando viu tal situação, caiu de joelhos e fez o sinal da cruz, é mole?
Diante da situação neurótica que fiquei, fui parar, por opções de meus filhos, num médico discípulo de Freud, coisa de louco.
Esta consulta merecerá um post a parte, aguarde a matéria.
Ah! Você quer saber se a remedada melhorou a minha pressão elevada?
Saiu dos picos e foi para as nuvens; continuo levitando.
Uma coisa é certa, no dia do exame corro o risco de ser reprovado, contudo, deixarei o médico de boca aberta, afinal de contas, sou medalha de ouro, no que tange a pressão arterial elevada.
Vou por um fim neste post, pois já está na hora de tomar o chá da folha de pitanga.
O boca larga já está chiando.
Abraços do sumido, o tremendo Catarina Paranaense – ainda levitando.









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