domingo, 24 de maio de 2020

A DANÇA DOS MEUS RÁDIOS


Na minha casa existem quatro rádios, ou melhor, existiam assim distribuídos:
Um instalado na cozinha, ligado 24 horas na Rádio Marumby, propagando a PALAVRA DE DEUS. Uma rádio abençoada pelo Nosso Poderoso Deus.
Um instalado na megaloja (21m2).
Dois instalados no nosso quarto, um em cada cabeceira da nossa cama, sendo que o instalado no lado de minha esposa é um rádio relógio.
De um tempo para cá o rádio da megaloja (21m2) começou a emitir um ruído esquisito, parecendo está engasgado.
Levamos o mesmo num engasgolólogo, sendo que o mesmo informou-nos que o mesmo já era fim de vida, do próprio coitado.
Destino do mesmo: Lixo que não é lixo. Lá se foi o coitado.
Não demorou muito tempo, o rádio da cozinha começou apresentar o mesmo problema, ou seja, começou a engasgar. Mas engasgar do quê? Não comeu nada que pudesse provocar o problema!
Novamente no engasgolólogo.
O mesmo prognóstico.
Só que esse na hora do exame desmaiou e deu adeus ao mundo.
Destino: Lixo que não é lixo.
Vai contabilizando o prejuízo do Catarina.
Os dois restantes, instalado em nosso quarto, sempre viveram se bicando, puro ciúme.
Era só eu mexer no meu rádio, lado de minha cabeceira, o do lado oposto começava a piscar o horário, entrando numa confusão danada.
Como já se tratava de um rádio, dentro da frescura atual, nova tecnologia, eu não manjava, absolutamente, nada, pois, quem mexia com o mesmo era minha esposa e meu filho, o “TI”.
Uma verdadeira merda, para ser bem objetivo.
O meu rádio servia para colocar meus nervos em calma, pois, quando estava com o saco cheio, praticamente todos os dias, deitava, fechava a cara, e ficava escutando um CD, seja evangélico ou, de raízes sertanejas.
Com a cara fechada, contudo, batendo o pezinho.
OK? Batendo o pezinho? Itajaiense macho não tem pezinho, tem pezão, OK?
Larga do meu pé Jacaré.
Após a morte dos dois anteriores, já mencionados, o meu rádio começou apresentar um ronco terrível, parecendo querer dormir a vida toda, desgraça total.
Tentei diversos meios, porém, sem positividade.
Levei o mesmo num roncolológo; o mesmo após uma série de exames diagnosticou: “MORTE GOELÉTICA” (?) Fim de v ida.
Destino: Lixo que não é lixo. Tristeza pouca é bobagem.
Quanto ao rádio relógio, na cabeceira da cama de minha esposa, após piscar o horário sem cessar, o meu filho teve uma ideia, ou seja, trocar o plug macho; sem demora o mesmo executou a troca.
Não demorou muito tempo, o mesmo saiu correndo, gritando: Explodiu, explodiu, explodiu.
- Bastante nervoso perguntei: Explodiu o quê, Zé de Melo?
- Após a troca do plug macho o rádio relógio explodiu, ou melhor, implodiu, não suportou a morte do seu companheiro, do outro lado da cama.
É mole ou quer mais!!!!!

Falei para minha esposa: Precisamos de mais um rádio, irei até a loja da Marechal, pois, notei diversos rádios na vitrine da mesma.
Cheguei lá e solicitei um rádio, indicando para a mesma o preferido.
- Boa escolha, papo de vendedor, excelente rádio.
- É possível testá-lo?
- Vamos lá.
- Ligou o rádio na tomada, apenas, ronco, ronco, ronco.
- Vou testá-lo com pilhas; resultado: ronco, ronco, ronco.
Testarei com a bateria; resultado: ronco, ronco e ronco.
Vamos até a rua, aqui dentro tem muitas interferências.
- Perguntei para a mesma: Trata-se de um rádio boêmio?
- KKKKKK KKKKK KKKKK.
- Já na rua, advinha o resultado; não deu outro, ronco, ronco e ronco.
Mandei-me de fininho sem olhar para trás.
Expus a situação para o meu filho e o mesmo, dentro de sua habilidade profissional, respondeu: Pae! O negócio é comprar pela Internet, não tem outro jeito.
Como eu não manjo nada de internet, correndo o risco de tentar comprar um rádio e aparecer na minha casa à entrega de um porco, faço que nem Pilatos lavam minhas mãos.
De tanto observar o meu filho pagar minhas duplicatas, via internet, tentei um dia fazer uma simulação: Moleza, moleza, moleza, vou tentar!
Pimba daqui, pimba dali, beleza, beleza pura, é só esperar o resultado.
Resultado apresentado na tela: Dentro de sua consulta, você tem direito de um empréstimo de R$ 3.000,00, é só clicar.
 Sem comentários.
O meu filho puxou alguns modelos e achamos interessante um rádio “X”.
- Pae! Esse tá muito bom, e o preço aceitável.
- Codina munitina, vamos ver que venha o referido rádio.
Alegria, alegria, vamos comemorar com um copo de Q-Suco, sabor abacaxi.
Chegou o dito cujo, chegou o referido, chegou o esperado, chegou o salvador da Pátria.
Acerto daqui, acerto dali, vamos ligar! Resultado: ronco, ronco e ronco.
Ai cheguei numa triste conclusão? Complô contra o Catarina, que desgraça.
Vamos tentar na pilha?
Vamos.
Resultado: Ronco, ronco e ronco.
Sem querer, querendo, o meu filho desligou a luz, o referido rádio abriu a boca, um som das estrelas.
Ligamos a luz, o ronco tomou conta da cozinha.
Tentamos uma série de experiência, colocando caixa de sapato em cima do mesmo, lona preta, plástico, óculos contra claridade, nada feito, ronco, ronco e ronco.
O bicho só abre a boca, no escuro, ou seja, sem luz.
Cheguei numa triste conclusão que o complô, entre os rádios, foi internacional e fim de papo.
Pensei em abrir um buraco na rua, enterrar o mesmo e deixar, apenas, a antena e o autofalante para fora; não sei o resultado, todavia, tentarei.
Uma tremenda ideia de jerico, contudo, toda tentativa é válida, mesmo para os rádios dorminhocos.
Posso saber o motivo dessas canjicas, cheias de dentes, obturações e cáries, arreganhadas? O caso é de chorar e não rir!
Larga do meu pé jacaré.
Abraços do
Catarina Paranaense.


domingo, 10 de maio de 2020

MÃE AURINHA


Já com 29 anos de idade, achei que não me casaria; inclusive falei para minha saudosa mãe: Creio que não casarei, pois, não consigo achar uma alma gêmea, que corresponda às minhas perspectivas.
Mesmo participando da mocidade da igreja que frequento, não conseguia alguém para dividir o mesmo lar, apenas, amizade, amizade e amizade.
Sou natural da bela cidade de Itajaí, santa Catarina, porém, me criei da Capital dos Paranaenses, a linda Curitiba, Terra dos Pinheirais.
Vivia e trabalhava em Curitiba, porém, minhas merecidas férias, eram passadas na minha Terra Natal, Itajaí.
Certa vez, o meu saudoso pai olhou para mim e disse o seguinte: Você passa todas suas férias em Itajaí, porém, nunca visitasse a minha terra, ou seja, Itajuba – Santa Catarina.
Assim sendo, passando minhas férias em Itajaí, perguntei para um primo se Itajuba ficava muito longe de Itajaí?
- O mesmo respondeu: Parente! È muito perto, quer ir até lá eu te levo.
Não deu outra, topei na hora.
A única referência que eu tinha, por parte de meu pai, era que deveria chegar à venda do senhor Plácido, perguntar pela casa do senhor Tota.
Dito e feito, seguimos a orientação de meu pai e deu tudo certo.
Já na casa do Senhor Tota, por sinal, parente de meu pai, por parte de sua esposa, encontrei um casal feliz, com seis filhos adolescentes, dois garotos e quatro garotas.
A partir Dalí, mudei o meu rumo, no que tange a passagem de minhas férias, ao invés de Itajaí, agora, Itajuba.
Após muito tempo de estada, férias, em casa do Senhor Tota, comecei a me interessar por uma das garotas, até que cheguei nos finalmente, ou seja, iniciar um tempo de namoro com uma delas.
Eis às coincidências da vida: Perguntei para futura sogra, entre quatro nomes de suas filhas, o motivo da minha interessada, chama-se “AUREA”.
Explicação de minha futura sogra: Quando solteira, gostava muito de minha amiga, Aurea, por sinal sua futura mãe. Assim sendo, falei para sua mãe, claro, ainda solteira, tanto eu, como ela, que, caso viesse a me casar, e tivesse uma filha, colocaria o nome dela, ou seja, “AUREA”, por sinal de nossa grande amizade.
Para resumir: Cheguei em Itajuba, sem conhecer ninguém, por interferência e solicitação de meu pai, visitar seus familiares, e casei com a garota, chamada “AUREA”, xará de minha saudosa “MÃE”.
Trata-se, ou não se trata de sonhos de fadas, Heim? Você decide.
Para quem achou que não se casaria, pois, com 29 anos de idade, não conseguia achar a mulher de seus sonhos, Graças ao Bom Deus e ao meu saudoso pai, encontrei a garota de meus sonhos, Obra de Meu Querido Deus, Único e Verdadeiro.
Somos casados há 47 anos, na véspera de 48, felizes para sempre.
Minha querida esposa deu-me três preciosos filhos, dois filhos e uma filha, nossos tesouros.
Construímos uma família feliz, coesa, unida e o principal, todos tementes e seguidores do Deus Único e Verdadeiro.
Não somos ricos, não temos ouro nem prata, contudo, o nosso tesouro é superior a tudo que existe de materialismo, nessa terra, ou seja, a união familiar, cujo GRUDE, chama-se Deus e Graças A Ele.
A minha querida esposa e mãe, aos meus filhos, minhas noras, meu genro, e meus três netos, dois garotos e uma graciosa menina, meu muito obrigado, por Deus lembrar-se de mim, dando todos vocês como uma recompensa de minha vida.
Meus queridos, minhas queridas, que Deus recompense todos vocês, por essa alegria sem fim.
Deus seja louvado.
Minha querida esposa, pelo seu dia de “MÃE”, minha gratidão.
Feliz é a família, cujo Deus é o Senhor.
Uma dedicatória a minha querida esposa e minha família.
Deus seja com todos vocês.
Osvanir de Almeida.