quinta-feira, 28 de julho de 2016

"A PROMESSA DE FRONTIN."



Eu falei, falo e falarei, ou seja, não me adapto muito bem com a teoria, bem como, as pessoas teóricas,
Existe um abismo entre a teoria e a praticidade.
A teoria é boa para inflamar os discursos dos políticos, bem entendido, desde que os mesmos tenham eloquência, caso contrário não terá utilidade nenhuma.
Vou registrar um caso verídico, que tem muito haver com o enfoque supramencionado.
Vamos ao detalhe.
Durante o ano de 1889, antes da proclamação da República, foi terrível a falta d’água no Rio de Janeiro. Não havia água nem para beber. O pior é que, nessa ocasião a febre amarela estava assolando a cidade.
A população ficou revoltada, achando que a culpa era do governo. Os republicanos aproveitaram-se disso para fazer campanha contra a monarquia. Fizeram um comício na Lapa que acabou em conflito sangrento.
O imperador D. Pedro II, que se achava em Petrópolis, ao saber do que ocorria, desceu para o Rio e tomou providências para ver se resolvia logo a situação. Mas não o conseguiu. Os engenheiros diziam que seriam precisos no mínimo oito meses para trazer água para a cidade. Todo o mundo começou a ficar desanimado.
Nessa ocasião, apareceu um jovem engenheiro afirmando que se o governo lhe fornecesse recursos, daria água à cidade em seis dias! Chamava-se Paulo de Frontin, tinha apenas 18 anos e já era professor da Escola de Engenharia!
Ninguém acreditou na promessa do rapaz. Quem poderia trazer água, em seis dias, de um lugar que ficava a dezenas de quilômetros da cidade? Como poderia, nesse tempo, abater matas, atravessar pântanos, rebentar pedreiras, desviar o curso de rios? Qual, não era possível!
Mas o imperador acreditou no jovem engenheiro. Assistira ao seu brilhante concurso para professor e, por isso, confiava nas suas palavras. Aceitou o seu oferecimento e forneceu-lhe todos os recursos necessários ao êxito da obra.
Paulo Frontin não perdeu tempo. Reuniu 30 mil operários e começou a trabalhar dia e noite. Acidade inteira acompanhava ansiosa, a marcha dos trabalhos. No fim de seis dias, estava cumprida a promessa do grande engenheiro. Vinte milhões de litros d’água jorravam das torneiras do Rio de Janeiro.
O povo delirou de alegria. Durante mais de uma semana  festejado o grande acontecimento. Dando água ao povo, Paulo de Frontin iniciava a série de benefícios que prestaria à sua cidade natal.  Foi ele, sem dúvida um dos mais notáveis engenheiros de seu tempo, e um dos maiores pioneiros do progresso do Rio de Janeiro.
Eu fico imaginando as caras dos engenheiros que falaram que seriam necessários oito meses para o referido serviço.
Consigo imaginar, todos em volta de uma mesa redonda, fumando e tomando café, dentro de uma teoria estúpida e sem base.
Participei de muitas reuniões e os ingredientes presentes: cigarro e café.
Quanto ao cigarro, responsável por muitos inquilinos na cidade dos pés juntos, fica a minha pobre colocação: se o nariz do ser humano fosse talhado para soltar fumaça, Deus, provavelmente teria colocado os orifícios do mesmo, para cima e, não para baixo.To errado?
Existe uma frase muito usada, porém, no meu modo de entender, ficou pela metade, ou seja: Quem sabe faz ao vivo, porém, quem não sabe se esconde.
Os engenheiros bam bam bam, oito meses para colocar água. Chega o jovem engenheiro, 18 anos, e crava, dentro de uma praticidade absoluta: se me derem condições, coloco água em seis dias. É muita confiança, sabia o que estava dizendo.
É dos meus, ou seja, mata a cobra e mostra o pau, sem nhãnhãnhã.
Paulo de Frontin! Aceite minhas palmas in memorian. Existe este termo? Se não existe, agora existe; pedirei licença para Pilatos para repetir sua famosa frase, ou seja: O que escrevi, escrevi; passa a régua e fecha a conta.
Abraços do
Catarina Paranaense.


quinta-feira, 21 de julho de 2016

"PAUSA PARA REFLEXÃO."



A humanidade está confusa, deprimida, presa dentro de sua própria casa, desesperada, sem rumo certo, desanimada, destruturada, desconfiada no que tange assaltos, mortes, terrorismo, explosões e outros mais.
Antigamente era notório ouvir o seguinte: na minha aposentadoria mudarei para o interior, chácaras, fazendas, sítios e demais; viver uma vida tranquila, feliz e duradoura.
Hoje, esta ótica já mudou de endereço, pois, sabemos perfeitamente que o referido sossego foi abalado por explosões em bancos, supermercados, postos de gasolina e outros.
Sítios, chácaras e fazendas, ainda são piores, pois, a segurança em tais locais é mínima, ficando o proprietário a mercê da bandidagem.
Conclusão: não se tem segurança em nenhum lugar ou local.
A tendência, infelizmente, é piorar, sim senhor, sim senhora.
Procuram uma série de soluções, contudo, sem resultados positivos.
Agora, tudo isto tem explicações, ou seja, o afastamento do ser humano do Poderoso Deus.
O próprio povo escolhido por Deus, os hebreus, passavam por tais problemas, quando se distanciavam de Deus Verdadeiro, procurando outros deuses, criado pela mão do homem, levavam pauladas no lombo; a situação ficava muito apertada, corria aos pés do Deus todo Poderoso, e Deus Misericordioso, livrava seu povo da canga pesada.
Hoje, infelizmente o deus de muitos é a famosa internet.
Tem pessoas que não desgrudam do celular nem para dormir, estão totalmente viciadas na internet.
Observo em restaurantes, ônibus, e outros lugares, pessoa fita ao celular, esquecendo até do ambiente que estão localizados.
Aqui na minha megaloja (21m2) tem gente que entra com o celular no ouvido, ou procurando dados diversos, esquecendo, inclusive que estão dentro de uma loja e nem sabe  a que vieram procurar.
É uma situação medonha, o ser humano escravizado pela tal da internet.
Nas refeições, junto à família, ninguém se comunica, nem sequer almoçam direito, um verdadeiro absurdo.
Faça você mesmo uma experiência: Quando encontrar um grupo de pessoas trocando mensagens, peça licença e fale o seguinte: Pare um minuto gente, vamos estudar a Bíblia, OK?
A reação é imediata, mandarão você sair da rodinha e taxarão como cafona, sem sombras de dúvidas.
Religião não salva ninguém, pois os quartéis são diferentes, entretanto, o Comandante é um só, ou seja, Deus.
O Bíblico ou religioso é taxado de cafona, quadrado e ignorante.
Noé quando começou a construir a Arca, enfrentou os mesmos problemas, taxado de velho gagá, louco, fora do juízo e outros xingamentos.
Todavia, quando a água do dilúvio começou a bater no trazeiro de cada um, aí sim, veio o desespero, berrando para Noé abrir a porta da arca, contudo, já bastante tarde,
Quem fechou a porta da arca não foi Noé e, sim Deus. Sabemos perfeitamente que a porta que Deus abre ninguém fecha, e  porta que Deus fecha, ninguém abre.
Tem pessoas que vão a uma missa, um culto, todavia, por questões de consciências, contudo, o seu pensamento está lá fora, na festinha de aniversário de colega de seu filho ou filha, um casório, um jogo de futebol, beber todas, e assim vai.
Deus não se deixa enganar, meu caro, minha cara.
Eis o que Deus falou neste sentido: Este povo honra-me com os seus lábios, mas o seu coração está longe de mim. Mateus 15:8.
Em Mateus 17:17, Ele falou: Ó geração incrédula e perversa. Até quando estarei eu convosco e até quando vos sofrerei?
Deus procura nos dá uma palavra de conforto, principalmente para os aflitos e preocupados com dia do amanhã.
Mateus 6:34 = Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidara de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal.
Deus ensina como pedir algo: Mateus 7:7, está escrito: Pedi, e dar-se-vos-á, buscarei e encontrarei : batei, e abrir-se-vos-á.
Porque aquele que pede recebe: e o que busca encontrará, e, ao que bate se abre.
Está cansado, eis o convite de Jesus: Mateus 11:28 a 30, a saber: Vinde à mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.
Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para a vossa alma.
Porque o meu jugo e suave,, e o meu fardo é leve.
Tenhas Fé, eis o que Cristo falou, em João 11:40 = Não te hei dito que, se creres, verá a Glória de Deus?
Devemos chegar bem perto de Deus e ouvir os seus ensinamentos, caso contrário, passaremos pela mesma condição que passou Saulo, quando perseguia o Senhor, através de seus discípulos.
Tá lá em Atos 9:5, a saber: Deus falando para Saulo: Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Duro é para ti recalcitar contra os aguilhões.
Todavia, Deus é justo e misericordioso, não obriga ninguém a nada, porém, oferece-nos o livre arbítrio: tá lá em Deuteronômio 30:19, a saber: Os céus e a terra tomo, por testemunhas contra ti, que te tenho proposto a vida e a morte, a benção e a maldição: escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e tua semente.
Meu caro, minha cara, o mundo não tem condições de apresentar tranquilidade e paz, todavia, o Deus verdadeiro é bom e te ama, portanto, não perca tempo, corra aos pés de Deus; você verá a transformação imediata.
Deus é bom, Deus é amor.
Deus não move uma palha em relação às coisas que nos competem, no entanto, Ele move o mundo para realizar aquilo que não somos capazes de fazer.
Que a paz do Nosso Deus Todo Poderoso seja com você e sua família.
Abraços do
Catarina Paranaense.




sexta-feira, 15 de julho de 2016

"A OBRA DO ALEIJADINHO."



Problemas existiram, existem e existirão para sempre.
Uns difíceis, outros mais amenos, porém, nunca deixarão de existir.
Existem os problemas individuais, ou seja, cada um tem que carregar a sua cruz, umas mais leves, outras mais pesadas, porém, temos que carregar.
Uns conseguem administrar o seu problema, outros são engolidos pelos mesmos.
Agora, tem o problema coletivo, o que estamos atravessando, sem ter culpas em cartório.
Sem querer, fomos intitulados ‘ADMINISTRADORES DO PASSIVO’, ou seja, os calhordas, os energúmenos, os critinos, paparam o bom e deixaram a cor vermelha para ser administradas pelos brasileiros. Estou falando dos brasileiros trabalhadores, aqueles que se dedicam de sol a sol, para ganhar o sustento do dia a dia.
Existe uma frase bastante conhecida, porém, em desuso e desatualizada, ou seja:
Todo brasileiro (a) tem a obrigação de trabalhar e o direito de vencer.
Vamos atualizar: Todo brasileiro (a) tem a obrigação de trabalhar como escravo, para os larápios, os futuros residentes do inferno, possa viver de papo para o ar; bem entendido, até o fogo chegar.
To errado? To coisa nenhuma, to muito certo, sim senhor, sim senhora.
Quero destacar aqui, um cidadão brasileiro, que soube como nenhum, administrar, superar, os problemas em sua vida, no que tange a enfermidade.
Superando todos com maestria e conseguindo atingir seus objetivos, ou seja, através do trabalho em madeira e pedra sabão, mostrar ao mundo suas artes finais. Com genialidade a toda prova.
Vamos ao que interessa.
Antônio Francisco Lisboa, o “Aleijadinho”, foi o maior artista brasileiro da época colonial. Nasceu na cidade de Ouro Preto, em Minas Gerais, no ano de 1730. Era filho de um arquiteto português e de uma escrava africana, chamada Isabel. Com seu pai, Antônio Francisco aprendeu a ler e a escrever, bem como o desenho, a escultura e a arquitetura.
Foi apelidado de “Aleijadinho”, aos 47 anos, em virtude de uma doença terrível que lhe deformou o corpo, fazendo cair os dedos das mãos e pés. Além disso, ficou com o queixo torto, o lábio inferior descaído e as pálpebras inflamadas. Só podia andar de joelhos ou carregado às costas de um escravo.
Apesar de atormentado pela enfermidade, Antônio Francisco jamais deixou de trabalhar. O sofrimento não sufocou a sua poderosa inspiração nem o seu desejo ardente de criar obras de arte. Sua atividade artística, intensa e variada, somente cessou, quando, ao atingir a avançada idade de 84 anos, ele ficou cego.
As obras de entalhe e escultura do “Aleijadinho” foram todas realizadas durante o período de sua enfermidade. E como trabalhava se não tinha dedos? Um escravo, chamado Maurício, amarrava-lhe aos pulsos, isto é, aos cotos dos braços, as ferramentas necessárias ao exercício de sua arte. Além disso, adaptava a seus joelhos peças de couro, que lhe permitiam subir escadas e andaimes.
As criações artísticas do “Aleijadinho” ainda hoje existem.
Algumas foram alteradas pela ação destruidora do tempo. Mas não perderam a beleza da forma nem o alento da inspiração do seu autor. Certos trabalhos de Antônio Francisco são verdadeiras obras primas. E o que causa maior admiração é o fato desse artista genial não ter conhecido as obras dos grandes mestres universais e de ter trabalhado sem possuir o órgão que mais concorre para aprimorar as obras de escultura – as mãos.
Seus trabalhos foram, assim, o resultado de um extraordinário gênio artístico aliado a uma formidável forca de vontade!
Horrivelmente mutilado pela doença, era tão feio e repulsivo o seu aspecto que ele não gostava de ser visto. Trabalhava, nas igrejas, escondido sob um toldo. Chegava ao trabalho antes de romper do dia e voltava para casa a altas horas da noite,
Mas tinha um coração de ouro. Todo o dinheiro que ganhava repartia com os pobres.
As obras do “Aleijadinho” se encontram nas capelas e igrejas das cidades de Ouro Preto, S. João Del Rei, Sabará, Mariana, Santa Luzia e Congonhas do Campo. Em Ouro Preto, é obra sua, na igreja de S.Francisco, a talha e escultura do frontispício, bem como os dois púlpitos, o chafariz da sacristia, as imagens das três Pessoas da Santíssima Trindade, a ressurreição de Cristo, a imagem de S. Jorge. Em Congonhas do Campo, deixou entalhada em pedra, os profetas e os Três Passos da Ceia, da Prisão e do Horto.
Antônio Francisco ganhou muito dinheiro, mas morreu paupérrimo. Seus salários eram divididos com os necessitados.
Era, por isso, muito querido pelo povo, especialmente pelos pobres. Durante a sua vida, foi auxiliado por três escravos: Maurício, Januário e Agostinho. Seu corpo está sepultado na igreja de Antônio Dias, na cidade mineira de Ouro Preto.
Será necessário comentar mais alguma coisa referente esse gênio?
Tentaram para um detalhe? Ganhava muito dinheiro, porém, repartia com os paupérrimos!
Um bom exemplo para os dias de hoje, cujo processo é o inverso, ou seja, tirar de quem não tem, para dar ao que já tem muito; uma verdadeira gracinha.
O exemplo desse gênio deveria está espalhada por diversos locais deste imenso país.
Conheci às cidades históricas de Minas Gerais e confesso, são simplesmente maravilhosas as obras desse dinâmico, arrojado, vitorioso, “Aleijadinho”, um orgulho brasileiro.
Em provérbio 24:10, está escrito: Se te mostrares frouxo no dia da angústia é porque a tua força é pequena.
Abraços do
Catarina Paranaense.




sexta-feira, 8 de julho de 2016

" OS DEZOITO DE COPACABANA."



Eis uma receita para tentar atingir um objetivo traçado.
Neste caso foi  aplicado determinação, coragem, heroísmo e persistência.
Vamos juntos.
Em julho de 1922, um grupo de oficiais de nossas forças armadas organizou uma revolução contra o governo, que consideravam injustos e prepotentes. Eram moços dignos, altivos e idealistas  que desejavam apenas que, em nossa pátria, reinassem a liberdade e a justiça; Informado do movimento por ALGUNS TRAÍDORES, o governo, agindo com rapidez, conseguiu sufocar os centros da revolta e prender todos os seus chefes.
Houve, porém, um reduto revolucionário que não pode ser dominado. Foi à fortaleza de Copacabana. Graças ao destemor e a intrepidez de sua guarnição, esse forte não pode ser conquistado. Mas a sua sorte estava selada, pois todos os seus aliados, no movimento revolucionário, tinham fracassado, uns presos, outros vencidos, OUTROS TRAÍDOS, outros, enfim, acovardados na hora decisiva.
O comandante do forte, capitão Euclides Hermes da Fonseca, diante do insucesso da revolta, tentou obter das autoridades do governo uma  rendição honrosa para seus companheiros. Mas, ao sair da fortaleza, foi aprisionado traiçoeiramente.
Perdidas as esperanças de vitória pelas armas ou de rendição digna, os revolucionários comunicaram aos soldados do forte o fracasso de seus planos, permitindo saída livre aos que quisessem desistir da luta. Somente os oficiais ali ficariam assumindo a responsabilidade do movimento que tinham chefiado.
Permaneceram, entretanto na fortaleza 13 soldados, sob o comando de 4 oficiais, cujos nomes passariam à história como símbolo de bravura e de patriotismo. Siqueira Campos, Eduardo Gomes, Newton Prado e Mário Carpenter. Eram, ao todo, 17 homens que não desejavam entregar-se às forças do governo e que preferiam resistir até à morte, para que o seu sacrifício servisse de exemplo e de estímulo aos que desejassem lutar pela LIBERDADE DO BRASIL.
Poderiam ter utilizado a poderosa artilharia do forte para bombardear os quartéis das forças governamentais. Mas desistiram de tal ideia diante da possibilidade da destruição da cidade e da morte de milhares de inocentes. Não, isso jamais faria!
Resolveram então sair do forte e enfrentar, em campo raso, as tropas legais. Nada os esperava senão a morte. Mas seu ato de heroísmo haveria de ecoar pela nação inteira, alertando o povo e despertando, nas consciências adormecidas, o ideal de lutar pela liberdade e pela justiça, no seio da pátria brasileira.
Com esse pensamento, os dezessete heróis, empunharam seus fuzis e marcharam para o combate. Antes de saírem do forte, Siqueira Campos cortou a bandeira brasileira em dezessete pedaços e deu um deles a cada companheiro, guardando, para si, o último. Esses fragmentos do pavilhão nacional foram pregados na farda dos rapazes, bem na altura do coração.
Em seguida, desfilaram pela praia ao encontro das tropas do governo. Na passagem, um jovem alto e bem trajado, de fisionomia serena e iluminada, ofereceu-se para companhar os heróis do forte em sua marcha para a morte gloriosa. Chamava-se Otávio Correia e era natural do Rio Grande do Sul.
Os rapazes abraçaram-no e Siqueira Campos deu-lhe um fuzil.
Caminharam para frente. Mais adiante, surgiram as tropas do governo. Os revoltosos entricheiraram-se atrás de uma murada, na praia, e começou a luta desigual. Tremenda fuzilaria ecoou pelo espaço. Otávio Correia foi um dos primeiros a serem abatidos. Depois, tombaram outros bravos. E a peleja continuou intensa e furiosa, até que caíram mortos ou feridos, sobre o lençol branco das areias, os dezoito do forte de Copacabana.
O que deu errado? Por parte dos dezoito nada, todavia, encontraram um dos tentáculos infernais mais poderosos, ou seja, a traição, a arma dos covardes.
Ratifico, as armas mais poderosas dos covardes é justamente a traição e a inveja.
Tais tentáculos diabólicos me causam urticárias, pois fui vítima, em toda a minha carreira profissional, devido a tais tentáculos.
Há uma certeza, tais calhordas, um dia beberão de seu próprio veneno e aí sim, cairão onde merecem estar, no colo do capeta para sempre.
- Cruél?
Se contar o que passei nas mãos desses bolos fecais, vocês derramariam, sem sombras de dúvidas, lágrimas de sangue.
Um registro como os dezoito de Copacabana me deixa revoltado, pois, volto ao passado e a fisionomia dos suínos que me prejudicaram sobremaneira, vêm à tona, infelizmente.
Abraços do
Catarina Paranaense – bastante revoltado.

domingo, 3 de julho de 2016

"O OLHO DO CACIQUE."



Entrei numa crise de gota que faltou gente parta apreciar.
Nenhuma dor é bem vinda, entretanto, a dor de gota é quase insuportável, graças a uma injeção que foi aplicada na cidade de São José dos Pinhais, contornou a situação.
Tá certo. Tá muito certo, você não tem nada a ver com o peixe, acontece que a minha vida é diferente da sua, é um verdadeiro livro aberto e, graças tal atitude, já me sair de problemas diversos.
Outra coisa, você está confundindo às goteiras de minha casa com a gota, propriamente dita, ou melhor, você está confundindo centavos novos com sentar nos ovos. Não me venha com churumelas.
Vamos ao blog.
Atentem para uma novela da vida real, cujo combustível principal é o AMOOOOOOOOOOOOR.
Entrem comigo dentro do coração de uma índia, que por sinal, é um ser humano igual a todos nós.
TABIRA era o cacique dos Tabajaras. Sua tribo vivia na região, onde está hoje situada a cidade de Olinda. Como Duarte Coelho se apoderasse dessa região, os índios declararam guerra aos portugueses.
Num dos combates travados contra os Tabajaras, Jerônimo de Albuquerque, cunhado de Duarte Coelho, recebeu uma flechada no rosto e foi aprisionado. Conduzido à aldeia dos índios, foi condenado à morte. Os prisioneiros, apanhados com armas na mão, eram executados. Mas os selvagens não matavam os inimigos no momento de sua prisão. Deixavam isso para mais tarde, numa solenidade especial. Antes da execução, tratavam bem dos condenados.
Uma observação apropriada: na nossa sociedade os inimigos invisíveis mordem, depois, sopram, com os índios Tabajaras é o inverso, eles sopram depois mordem.
Estavam-se doentes, eram curados.
Geralmente, escolhiam as moças mais belas da tribo para cuidarem dos prisioneiros. Para velar por Jerônimo, foi encarregada uma princesa, a filha do cacique Tabira. Essa índia que, mais tarde, seria batizada com o nome de Maria do Espírito Santo, APAIXONOU-SE pelo guerreiro português.
Chega o dia da execução de Jerônimo. A tribo reúne-se para assistir à cerimônia. Um guerreiro levanta a tangapema (tacape ou pau pesado) para esmagar o crânio do prisioneiro. Nesse instante, OUVE-SE UM GRITO NO MEIO DA MULTIDÃO. É A PRINCESA MANDANDO SUSTAR O GOLPE DECISIVO. Todos os selvagens ficam espantados com a ordem.
Tabira, indignado, interroga a filha sobre o motivo de sua atitude. E A ÍNDIA. ENTRE LÁGRIMAS, CONFESSA QUE ESTÁ APAIXONADA PELO CHEFE PORTUGUÊS. SE O MATAREM ELA ACABARÁ COM A PRÓPRIA VIDA. O cacique reluta em atender à filha. Mas o receio de perdê-la faz com que ceda ao se apelo. Manda suspender a execução. Liberta o prisioneiro.
JERÔNIMO DE ALBUQUERQUE FICA COMOVIDO COM O GESTO DA ÍNDIA. E, RESOLVE CASAR-SE COM A FILHA DE TABIRA. Desde então, os tabajaras se tornam aliados dos portugueses. Pouco depois, Jerônimo e sua esposa fundam, em Olinda, o primeiro engenho de açúcar.
Daí por diante os Tabajaras ajudam os portugueses em todas as suas lutas. O auxílio desses índios é de grande valor, por causa da bravura e lealdade de Tabira. Contam-se vários atos de heroísmo desse grande cacique. Um dos mais conhecidos é o que aconteceu num combate contra os índios Caetés.
Lutava Tabira contra essa tribo, quando uma flecha veio feri-lo num dos olhos, cegando-o. E o cacique invencível, sem hesitar, arranca a seta do olho e, apenas com uma vista, continua a pelejar, como se nada tivesse acontecido!
Gostaram?
É bastante complicado quando se fala com uma turma mumificada; não falam nada, não dizem nada, Não se mexem, um verdadeiro complô quanto à minha pessoa.
Abraços do
Catarina Paranaense.