domingo, 3 de julho de 2016

"O OLHO DO CACIQUE."



Entrei numa crise de gota que faltou gente parta apreciar.
Nenhuma dor é bem vinda, entretanto, a dor de gota é quase insuportável, graças a uma injeção que foi aplicada na cidade de São José dos Pinhais, contornou a situação.
Tá certo. Tá muito certo, você não tem nada a ver com o peixe, acontece que a minha vida é diferente da sua, é um verdadeiro livro aberto e, graças tal atitude, já me sair de problemas diversos.
Outra coisa, você está confundindo às goteiras de minha casa com a gota, propriamente dita, ou melhor, você está confundindo centavos novos com sentar nos ovos. Não me venha com churumelas.
Vamos ao blog.
Atentem para uma novela da vida real, cujo combustível principal é o AMOOOOOOOOOOOOR.
Entrem comigo dentro do coração de uma índia, que por sinal, é um ser humano igual a todos nós.
TABIRA era o cacique dos Tabajaras. Sua tribo vivia na região, onde está hoje situada a cidade de Olinda. Como Duarte Coelho se apoderasse dessa região, os índios declararam guerra aos portugueses.
Num dos combates travados contra os Tabajaras, Jerônimo de Albuquerque, cunhado de Duarte Coelho, recebeu uma flechada no rosto e foi aprisionado. Conduzido à aldeia dos índios, foi condenado à morte. Os prisioneiros, apanhados com armas na mão, eram executados. Mas os selvagens não matavam os inimigos no momento de sua prisão. Deixavam isso para mais tarde, numa solenidade especial. Antes da execução, tratavam bem dos condenados.
Uma observação apropriada: na nossa sociedade os inimigos invisíveis mordem, depois, sopram, com os índios Tabajaras é o inverso, eles sopram depois mordem.
Estavam-se doentes, eram curados.
Geralmente, escolhiam as moças mais belas da tribo para cuidarem dos prisioneiros. Para velar por Jerônimo, foi encarregada uma princesa, a filha do cacique Tabira. Essa índia que, mais tarde, seria batizada com o nome de Maria do Espírito Santo, APAIXONOU-SE pelo guerreiro português.
Chega o dia da execução de Jerônimo. A tribo reúne-se para assistir à cerimônia. Um guerreiro levanta a tangapema (tacape ou pau pesado) para esmagar o crânio do prisioneiro. Nesse instante, OUVE-SE UM GRITO NO MEIO DA MULTIDÃO. É A PRINCESA MANDANDO SUSTAR O GOLPE DECISIVO. Todos os selvagens ficam espantados com a ordem.
Tabira, indignado, interroga a filha sobre o motivo de sua atitude. E A ÍNDIA. ENTRE LÁGRIMAS, CONFESSA QUE ESTÁ APAIXONADA PELO CHEFE PORTUGUÊS. SE O MATAREM ELA ACABARÁ COM A PRÓPRIA VIDA. O cacique reluta em atender à filha. Mas o receio de perdê-la faz com que ceda ao se apelo. Manda suspender a execução. Liberta o prisioneiro.
JERÔNIMO DE ALBUQUERQUE FICA COMOVIDO COM O GESTO DA ÍNDIA. E, RESOLVE CASAR-SE COM A FILHA DE TABIRA. Desde então, os tabajaras se tornam aliados dos portugueses. Pouco depois, Jerônimo e sua esposa fundam, em Olinda, o primeiro engenho de açúcar.
Daí por diante os Tabajaras ajudam os portugueses em todas as suas lutas. O auxílio desses índios é de grande valor, por causa da bravura e lealdade de Tabira. Contam-se vários atos de heroísmo desse grande cacique. Um dos mais conhecidos é o que aconteceu num combate contra os índios Caetés.
Lutava Tabira contra essa tribo, quando uma flecha veio feri-lo num dos olhos, cegando-o. E o cacique invencível, sem hesitar, arranca a seta do olho e, apenas com uma vista, continua a pelejar, como se nada tivesse acontecido!
Gostaram?
É bastante complicado quando se fala com uma turma mumificada; não falam nada, não dizem nada, Não se mexem, um verdadeiro complô quanto à minha pessoa.
Abraços do
Catarina Paranaense.

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