Problemas existiram, existem e existirão para sempre.
Uns difíceis, outros mais amenos, porém, nunca deixarão de
existir.
Existem os problemas individuais, ou seja, cada um tem que
carregar a sua cruz, umas mais leves, outras mais pesadas, porém, temos que
carregar.
Uns conseguem administrar o seu problema, outros são
engolidos pelos mesmos.
Agora, tem o problema coletivo, o que estamos atravessando,
sem ter culpas em cartório.
Sem querer, fomos intitulados ‘ADMINISTRADORES DO PASSIVO’,
ou seja, os calhordas, os energúmenos, os critinos, paparam o bom e deixaram a
cor vermelha para ser administradas pelos brasileiros. Estou falando dos
brasileiros trabalhadores, aqueles que se dedicam de sol a sol, para ganhar o
sustento do dia a dia.
Existe uma frase bastante conhecida, porém, em desuso e desatualizada,
ou seja:
Todo brasileiro (a) tem a obrigação de trabalhar e o direito
de vencer.
Vamos atualizar: Todo brasileiro (a) tem a obrigação de
trabalhar como escravo, para os larápios, os futuros residentes do inferno,
possa viver de papo para o ar; bem entendido, até o fogo chegar.
To errado? To coisa nenhuma, to muito certo, sim senhor, sim
senhora.
Quero destacar aqui, um cidadão brasileiro, que soube como
nenhum, administrar, superar, os problemas em sua vida, no que tange a
enfermidade.
Superando todos com maestria e conseguindo atingir seus
objetivos, ou seja, através do trabalho em madeira e pedra sabão, mostrar ao
mundo suas artes finais. Com genialidade a toda prova.
Vamos ao que interessa.
Antônio Francisco Lisboa, o “Aleijadinho”, foi o maior
artista brasileiro da época colonial. Nasceu na cidade de Ouro Preto, em Minas
Gerais, no ano de 1730. Era filho de um arquiteto português e de uma escrava
africana, chamada Isabel. Com seu pai, Antônio Francisco aprendeu a ler e a
escrever, bem como o desenho, a escultura e a arquitetura.
Foi apelidado de “Aleijadinho”, aos 47 anos, em virtude de
uma doença terrível que lhe deformou o corpo, fazendo cair os dedos das mãos e
pés. Além disso, ficou com o queixo torto, o lábio inferior descaído e as
pálpebras inflamadas. Só podia andar de joelhos ou carregado às costas de um
escravo.
Apesar de atormentado pela enfermidade, Antônio Francisco
jamais deixou de trabalhar. O sofrimento não sufocou a sua poderosa inspiração
nem o seu desejo ardente de criar obras de arte. Sua atividade artística,
intensa e variada, somente cessou, quando, ao atingir a avançada idade de 84
anos, ele ficou cego.
As obras de entalhe e escultura do “Aleijadinho” foram todas
realizadas durante o período de sua enfermidade. E como trabalhava se não tinha
dedos? Um escravo, chamado Maurício, amarrava-lhe aos pulsos, isto é, aos cotos
dos braços, as ferramentas necessárias ao exercício de sua arte. Além disso,
adaptava a seus joelhos peças de couro, que lhe permitiam subir escadas e
andaimes.
As criações artísticas do “Aleijadinho” ainda hoje existem.
Algumas foram alteradas pela ação destruidora do tempo. Mas
não perderam a beleza da forma nem o alento da inspiração do seu autor. Certos
trabalhos de Antônio Francisco são verdadeiras obras primas. E o que causa
maior admiração é o fato desse artista genial não ter conhecido as obras dos
grandes mestres universais e de ter trabalhado sem possuir o órgão que mais
concorre para aprimorar as obras de escultura – as mãos.
Seus trabalhos foram, assim, o resultado de um
extraordinário gênio artístico aliado a uma formidável forca de vontade!
Horrivelmente mutilado pela doença, era tão feio e repulsivo
o seu aspecto que ele não gostava de ser visto. Trabalhava, nas igrejas,
escondido sob um toldo. Chegava ao trabalho antes de romper do dia e voltava
para casa a altas horas da noite,
Mas tinha um coração de ouro. Todo o dinheiro que ganhava
repartia com os pobres.
As obras do “Aleijadinho” se encontram nas capelas e igrejas
das cidades de Ouro Preto, S. João Del Rei, Sabará, Mariana, Santa Luzia e
Congonhas do Campo. Em Ouro Preto, é obra sua, na igreja de S.Francisco, a talha
e escultura do frontispício, bem como os dois púlpitos, o chafariz da
sacristia, as imagens das três Pessoas da Santíssima Trindade, a ressurreição
de Cristo, a imagem de S. Jorge. Em Congonhas do Campo, deixou entalhada em
pedra, os profetas e os Três Passos da Ceia, da Prisão e do Horto.
Antônio Francisco ganhou muito dinheiro, mas morreu
paupérrimo. Seus salários eram divididos com os necessitados.
Era, por isso, muito querido pelo povo, especialmente pelos
pobres. Durante a sua vida, foi auxiliado por três escravos: Maurício, Januário
e Agostinho. Seu corpo está sepultado na igreja de Antônio Dias, na cidade
mineira de Ouro Preto.
Será necessário comentar mais alguma coisa referente esse
gênio?
Tentaram para um detalhe? Ganhava muito dinheiro, porém,
repartia com os paupérrimos!
Um bom exemplo para os dias de hoje, cujo processo é o
inverso, ou seja, tirar de quem não tem, para dar ao que já tem muito; uma
verdadeira gracinha.
O exemplo desse gênio deveria está espalhada por diversos
locais deste imenso país.
Conheci às cidades históricas de Minas Gerais e confesso, são
simplesmente maravilhosas as obras desse dinâmico, arrojado, vitorioso, “Aleijadinho”,
um orgulho brasileiro.
Em provérbio 24:10, está escrito: Se te mostrares frouxo no
dia da angústia é porque a tua força é pequena.
Abraços do
Catarina Paranaense.
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