sexta-feira, 8 de julho de 2016

" OS DEZOITO DE COPACABANA."



Eis uma receita para tentar atingir um objetivo traçado.
Neste caso foi  aplicado determinação, coragem, heroísmo e persistência.
Vamos juntos.
Em julho de 1922, um grupo de oficiais de nossas forças armadas organizou uma revolução contra o governo, que consideravam injustos e prepotentes. Eram moços dignos, altivos e idealistas  que desejavam apenas que, em nossa pátria, reinassem a liberdade e a justiça; Informado do movimento por ALGUNS TRAÍDORES, o governo, agindo com rapidez, conseguiu sufocar os centros da revolta e prender todos os seus chefes.
Houve, porém, um reduto revolucionário que não pode ser dominado. Foi à fortaleza de Copacabana. Graças ao destemor e a intrepidez de sua guarnição, esse forte não pode ser conquistado. Mas a sua sorte estava selada, pois todos os seus aliados, no movimento revolucionário, tinham fracassado, uns presos, outros vencidos, OUTROS TRAÍDOS, outros, enfim, acovardados na hora decisiva.
O comandante do forte, capitão Euclides Hermes da Fonseca, diante do insucesso da revolta, tentou obter das autoridades do governo uma  rendição honrosa para seus companheiros. Mas, ao sair da fortaleza, foi aprisionado traiçoeiramente.
Perdidas as esperanças de vitória pelas armas ou de rendição digna, os revolucionários comunicaram aos soldados do forte o fracasso de seus planos, permitindo saída livre aos que quisessem desistir da luta. Somente os oficiais ali ficariam assumindo a responsabilidade do movimento que tinham chefiado.
Permaneceram, entretanto na fortaleza 13 soldados, sob o comando de 4 oficiais, cujos nomes passariam à história como símbolo de bravura e de patriotismo. Siqueira Campos, Eduardo Gomes, Newton Prado e Mário Carpenter. Eram, ao todo, 17 homens que não desejavam entregar-se às forças do governo e que preferiam resistir até à morte, para que o seu sacrifício servisse de exemplo e de estímulo aos que desejassem lutar pela LIBERDADE DO BRASIL.
Poderiam ter utilizado a poderosa artilharia do forte para bombardear os quartéis das forças governamentais. Mas desistiram de tal ideia diante da possibilidade da destruição da cidade e da morte de milhares de inocentes. Não, isso jamais faria!
Resolveram então sair do forte e enfrentar, em campo raso, as tropas legais. Nada os esperava senão a morte. Mas seu ato de heroísmo haveria de ecoar pela nação inteira, alertando o povo e despertando, nas consciências adormecidas, o ideal de lutar pela liberdade e pela justiça, no seio da pátria brasileira.
Com esse pensamento, os dezessete heróis, empunharam seus fuzis e marcharam para o combate. Antes de saírem do forte, Siqueira Campos cortou a bandeira brasileira em dezessete pedaços e deu um deles a cada companheiro, guardando, para si, o último. Esses fragmentos do pavilhão nacional foram pregados na farda dos rapazes, bem na altura do coração.
Em seguida, desfilaram pela praia ao encontro das tropas do governo. Na passagem, um jovem alto e bem trajado, de fisionomia serena e iluminada, ofereceu-se para companhar os heróis do forte em sua marcha para a morte gloriosa. Chamava-se Otávio Correia e era natural do Rio Grande do Sul.
Os rapazes abraçaram-no e Siqueira Campos deu-lhe um fuzil.
Caminharam para frente. Mais adiante, surgiram as tropas do governo. Os revoltosos entricheiraram-se atrás de uma murada, na praia, e começou a luta desigual. Tremenda fuzilaria ecoou pelo espaço. Otávio Correia foi um dos primeiros a serem abatidos. Depois, tombaram outros bravos. E a peleja continuou intensa e furiosa, até que caíram mortos ou feridos, sobre o lençol branco das areias, os dezoito do forte de Copacabana.
O que deu errado? Por parte dos dezoito nada, todavia, encontraram um dos tentáculos infernais mais poderosos, ou seja, a traição, a arma dos covardes.
Ratifico, as armas mais poderosas dos covardes é justamente a traição e a inveja.
Tais tentáculos diabólicos me causam urticárias, pois fui vítima, em toda a minha carreira profissional, devido a tais tentáculos.
Há uma certeza, tais calhordas, um dia beberão de seu próprio veneno e aí sim, cairão onde merecem estar, no colo do capeta para sempre.
- Cruél?
Se contar o que passei nas mãos desses bolos fecais, vocês derramariam, sem sombras de dúvidas, lágrimas de sangue.
Um registro como os dezoito de Copacabana me deixa revoltado, pois, volto ao passado e a fisionomia dos suínos que me prejudicaram sobremaneira, vêm à tona, infelizmente.
Abraços do
Catarina Paranaense – bastante revoltado.

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