Eis uma receita para tentar atingir um objetivo traçado.
Neste caso foi
aplicado determinação, coragem, heroísmo e persistência.
Vamos juntos.
Em julho de 1922, um grupo de oficiais de nossas forças
armadas organizou uma revolução contra o governo, que consideravam injustos e
prepotentes. Eram moços dignos, altivos e idealistas que desejavam apenas que, em nossa pátria,
reinassem a liberdade e a justiça; Informado do movimento por ALGUNS TRAÍDORES,
o governo, agindo com rapidez, conseguiu sufocar os centros da revolta e
prender todos os seus chefes.
Houve, porém, um reduto revolucionário que não pode ser
dominado. Foi à fortaleza de Copacabana. Graças ao destemor e a intrepidez de
sua guarnição, esse forte não pode ser conquistado. Mas a sua sorte estava
selada, pois todos os seus aliados, no movimento revolucionário, tinham
fracassado, uns presos, outros vencidos, OUTROS TRAÍDOS, outros, enfim,
acovardados na hora decisiva.
O comandante do forte, capitão Euclides Hermes da Fonseca,
diante do insucesso da revolta, tentou obter das autoridades do governo
uma rendição honrosa para seus
companheiros. Mas, ao sair da fortaleza, foi aprisionado traiçoeiramente.
Perdidas as esperanças de vitória pelas armas ou de rendição
digna, os revolucionários comunicaram aos soldados do forte o fracasso de seus
planos, permitindo saída livre aos que quisessem desistir da luta. Somente os
oficiais ali ficariam assumindo a responsabilidade do movimento que tinham
chefiado.
Permaneceram, entretanto na fortaleza 13 soldados, sob o
comando de 4 oficiais, cujos nomes passariam à história como símbolo de bravura
e de patriotismo. Siqueira Campos, Eduardo Gomes, Newton Prado e Mário
Carpenter. Eram, ao todo, 17 homens que não desejavam entregar-se às forças do
governo e que preferiam resistir até à morte, para que o seu sacrifício
servisse de exemplo e de estímulo aos que desejassem lutar pela LIBERDADE DO
BRASIL.
Poderiam ter utilizado a poderosa artilharia do forte para
bombardear os quartéis das forças governamentais. Mas desistiram de tal ideia
diante da possibilidade da destruição da cidade e da morte de milhares de
inocentes. Não, isso jamais faria!
Resolveram então sair do forte e enfrentar, em campo raso,
as tropas legais. Nada os esperava senão a morte. Mas seu ato de heroísmo
haveria de ecoar pela nação inteira, alertando o povo e despertando, nas
consciências adormecidas, o ideal de lutar pela liberdade e pela justiça, no
seio da pátria brasileira.
Com esse pensamento, os dezessete heróis, empunharam seus
fuzis e marcharam para o combate. Antes de saírem do forte, Siqueira Campos
cortou a bandeira brasileira em dezessete pedaços e deu um deles a cada
companheiro, guardando, para si, o último. Esses fragmentos do pavilhão
nacional foram pregados na farda dos rapazes, bem na altura do coração.
Em seguida, desfilaram pela praia ao encontro das tropas do
governo. Na passagem, um jovem alto e bem trajado, de fisionomia serena e
iluminada, ofereceu-se para companhar os heróis do forte em sua marcha para a
morte gloriosa. Chamava-se Otávio Correia e era natural do Rio Grande do Sul.
Os rapazes abraçaram-no e Siqueira Campos deu-lhe um fuzil.
Caminharam para frente. Mais adiante, surgiram as tropas do
governo. Os revoltosos entricheiraram-se atrás de uma murada, na praia, e
começou a luta desigual. Tremenda fuzilaria ecoou pelo espaço. Otávio Correia
foi um dos primeiros a serem abatidos. Depois, tombaram outros bravos. E a
peleja continuou intensa e furiosa, até que caíram mortos ou feridos, sobre o
lençol branco das areias, os dezoito do forte de Copacabana.
O que deu errado? Por parte dos dezoito nada, todavia,
encontraram um dos tentáculos infernais mais poderosos, ou seja, a traição, a
arma dos covardes.
Ratifico, as armas mais poderosas dos covardes é justamente
a traição e a inveja.
Tais tentáculos diabólicos me causam urticárias, pois fui
vítima, em toda a minha carreira profissional, devido a tais tentáculos.
Há uma certeza, tais calhordas, um dia beberão de seu
próprio veneno e aí sim, cairão onde merecem estar, no colo do capeta para
sempre.
- Cruél?
Se contar o que passei nas mãos desses bolos fecais, vocês
derramariam, sem sombras de dúvidas, lágrimas de sangue.
Um registro como os dezoito de Copacabana me deixa
revoltado, pois, volto ao passado e a fisionomia dos suínos que me prejudicaram
sobremaneira, vêm à tona, infelizmente.
Abraços do
Catarina Paranaense – bastante revoltado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário