sexta-feira, 27 de abril de 2012

"UMA LIÇÃO DE VIDA."


O ser humano é um inconformado, por excelência. Reclama de tudo e de todos, por exemplo, chover por dois ou três dias: lá vem a reclamação: meu Deus! Que tanta água?Se continuar neste ritmo, viraremos sapos.
Sol por dois ou três dias: tá danado, tá danado, não suporto mais este calor tremendo, vamos aguardar uma chuvinha, caso contrário, morreremos todos queimados.
Uns dias de frio: Santo Deus! Estou com as mãos congeladas, não consigo trabalhar nestas condições, tomara que surja um sol, caso contrário viraremos pingüins.
Comida com muito sal, sem sal, comida fria, quente demais e por aí vai.
Come que nem um cavalo, regato com bebidas e depois vem a reclamação: esta comida não desceu muito bem, estou estufado e enjoado.
Eu, também, não posso me abster, pois sou chegado numa reclamação, infelizmente.
Dias atrás fomos num shopping almoçar (eu e minha família).
Cada um procurou a sua preferência; fui correndo para o Le Magu, a procura de meu bifão.
O dito cujo, apresentou-se muito grande, ultrapassando as bordas da travessa, coisa de louco.
A minha nora e meu filho seguraram as pontas do bifão que ficaram fora da travessa, enquanto eu triturava o mesmo do meio para as pontas, até o mesmo encurtar e encaixar-se dentro do prato.
Diante dos olhares da família, faturei o bifão, sem deixar nada, nem sequer um grão de arroz, nem um pedacinho de batatinha frita beleza pura.
Para terminar o saboroso almoço, 300 ml de suco de manga.
Inventaram de pedir uns docinhos de chocolate como sobremesa; eu detesto chocolate, mais aquele velho papo: é só a casquinha de chocolate, o resto é de morango. Aceitei pronto, lá veio o estufamento total, parecendo um balão. Não pensei duas vezes, eis a reclamação: falei, eu falei que não gosto de chocolate, agora fico nesta situação desagradável.
Cheguei em casa, fiz um chá de boldo, um balde propriamente dito, e vamos nós, uma xícara de chá e uma porção de reclamação; este lero lero durou dois dias, é mole?
Num certo dia, já dentro da megaloja (21m2), de praxe, estava usando a loja como muro das lamentações: a coisa não vai, trabalho de domingo a domingo, porém, um comer para não morrer, subo um degrau, volto dois, a escada dos outros é para cima, a minha é para baixo, e vai reclamação.
De repente chega um senhor vendendo felicidades, tais como:
- bom dia, muito bom dia, que dia lindo muita chuva, Deus é bom, precisamos de chuva.
O senhor me venda um par de luvas de fios, pois a minha chegou ao limite, e sem às mesmas não tenho como me locomover.
-Olhei o referido senhor sentado numa cadeira de rodas, todo molhado,
A luva solicitada era para proteger suas mãos, pois necessitava das mesmas para impulsionar às rodas da cadeira, um meio de se locomover.
- Já tirei um pedido, mas se Deus quiser, ainda tirarei mais uns dois no mínimo, haja vista, que o dia está começando.
- Entreguei às luvas.
- Até logo, fica com Deus, bons negócios e até outro dia.
- Deixei o feliz da vida se mandar, corri para o espelho e notei uma imagem de um babaca, inerte, sem vida.
Aproveitei e soltei o verbo para mim: bundão, babaca, Zé de melo, fracassado, com toda a saúde que Deus lhe deu, só vive reclamando. Olha para o espelho, nem uma bomba de oxigênio no nariz para respirar, tudo em dia, viu a lição de vida daquele senhor? Aprenda Mané!
Venha cá, venha cá, considere-se admoestado, ouviu jacaré?
Voltei para a minha cadeira, mais conhecida como cepo e fiquei batendo os dedinhos.
Calma lá, calma lá, já frisei, por diversas vezes, que itajaiense não tem dedinhos, tem dedaço, uma mistura de carne com aço, vamos com muita calma.
Só estou esperando o trânsito se acalmar para fazer um verdadeiro show com minhas esporas, um verdadeiro atrito de fogo, parecendo uma fogueira de São João.
O quê foi? O quê foi? Falei em fogueira de São João, a canjica já funcionou, parecendo uma verdadeira sanfona, em festas juninas. Deita e rola cambada.
Jesus disse: bem aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus.

Continua chovendo, até quando vai chover? Não suporto mais tanta água.
Abraços do Catarina Paranaense – o admoestado, porém, continua reclamando.




segunda-feira, 23 de abril de 2012

CRÔNICA = "POR QUÊ?"


Deus! Meu Deus!
A minha alma está angustiada, o meu espírito está quebrantado, em face da situação da humanidade, totalmente desnorteada, com um rumo contramão, aos seus ensinamentos, além do antagonismo entre muitos seres vivos.
Senhor! Por quê?
- Uns vivem no pico, outros vivem no vale?
- Uns dormem em confortáveis camas, outros dormem no relento?
- Uns comem carne, outros roem o osso?
- Uns nascem para viver, outros nascem para sofrer?
- Uns vivem em palacetes, outros vivem em taperas?
- Uns vivem na mais perfeita saúde, outros vivem doentes?
- Uns vivem para vencer, outros vivem para perder?
- Uns se dão bem, através de trapaças, outros se dão mal, mesmo dentro da honestidade?
- Uns se mantém sóbrios, outros enterrados nos vícios?
- Uns são honestos, outros fazem questão de serem desonestos?
Por acaso acharemos respostas em seu sermão da montanha, cujas suas palavras damos a seguir:
E Jesus, vendo a multidão subiu a um monte, e, assentando-se, aproximaram-se Dele os seus discípulos.
E abrindo a sua boca, os ensinava, dizendo:
Bem aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus.
Bem aventurados os que choram, porque eles serão consolados.
Bem aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra.
Bem aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos.
Bem aventurados os misericordioso, porque eles alcançarão misericórdia.
Bem aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus.
Bem aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus.
Bem aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus.
Bem aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem, e mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.
Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.
Teremos, também, como base, a fé do Pai Abraão, que recebeu uma ordem de Deus e, sem duvidar cumpriu, ou seja: Sai-te da tua terra, e da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei.
Adão sem duvidar, seguiu o pedido de Deus.
E era Abrão da idade de setenta anos, quando saiu de Harã.
E farei a tua semente como o pó da terra; de maneira que se alguém puder contar o pó da terra, também a tua semente será contada.
Então o levou fora, e disse: olha agora para os céus, e conta as estrelas, se as podes contar. E disse-lhe: assim será a tua semente.
E creu Abraão no Senhor, e foi-lhe imputado isto por justiça.
É bom registrar que o Pai da Fé já tinha uma certa idade e, sua mulher Sarai, depois Sara, era estéril.
Com 80 anos de idade, Abraão foi pai, através de um filho concebido por sua serva Haggar.
Nome do filho = Ismael.
Deus falou para Abraão que faria de Ismael uma grande nação, porém, o meu concerto estabelecerei com Isaque, o qual Sara te dará neste tempo determinado,
Então caiu Abraão sobre o seu rosto, e riu-se e disse no seu coração: a um homem de cem anos há de nascer um filho? E conceberá Sara na idade de noventa anos, ainda estéril?
Porém, era Abraão da idade de cem anos quando lhe nasceu Isaque seu filho.
Vem mais uma prova, Abraão e Sara em idades avançadas, apenas, com o filho da promessa, Isaque, agora vejam a outra ordem de Deus: Abraão! E ele disse: eis-me aqui.
E disse: toma agora o teu filho, o teu único filho Isaque, a quem amas, e vai-te a terra de Moriá, e oferece-o ali em holocausto sobre uma das montanhas, que eu te direi.
E sem duvidar, seguiu a risca às ordens do Senhor Deus.
E tomou Abraão a lenha do holocausto, e pô-la sobre Isaque, seu filho: e ele tomou o fogo e o cutelo na sua mão e foram ambos juntos.
Então falou Isaque a Abraão seu pai e disse: Meu pai! E ele disse: eis me aqui meu filho! E ele disse: eis aqui o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto?
E disse Abraão: DEUS PROVERÁ para si o cordeiro para o holocausto, meu filho.
E como já é do conhecimento de todos, Isaque não foi morto, Deus providenciou um cordeiro para o holocausto, no lugar de Isaque, e a fé do Pai Abraão foi ratificada.
Quanto à semente de Abraão, quanto ao povo Hebreu dispensa maiores comentários.
Teríamos a fé de Abraão? Obedeceríamos às ordens de Deus na íntegra, quanto ao único filho amado? Pense nisto!
Deus! Tenha misericórdia de todos nós; fortalece a nossa fé, para que possamos continuar nos teus abençoados caminhos e alcançar o céu.
Abraços do Catarina Paranaense.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

"NA ERA DA PALMATÓRIA."


Mais um dia, abertura da megaloja (21m2), e de cara recebi a visita de um ancião, ou melhor, um senhor da melhor idade ou da idade da felicidade,  (me engana que eu gosto), e já foi desejando um bom dia, com muita graça.
Um bom vivant, alegre, sorridente, comunicativo e de bem com a vida. Idade, 96 anos.
Uma lição de vida envelheceu com muita saúde,
Segundo o mesmo, nunca bebeu bebidas alcoólicas, nunca fumou e sempre foi exigente com a maneira de se alimentar.
Um professor aposentado, porém, bem atualizado e com boas histórias do passado, pois foi do tempo da palmatória.
O dito cujo não comprou absolutamente nada, mas a sua visita foi superior a uma boa compra, sem sombras de dúvidas.
Vocês já notaram que eu falo muito pouco do meu volume de vendas? O papo gira em torno dos diversos artistas que recebo?
Tenho uma preocupação constante, pois temo o meu comércio virá num verdadeiro circo.
É realmente estou preocupado com essa possibilidade.
Caso tal situação se concretize, já pensaram quem será o palhaço?
- Queremos apresentar o palhaço Catarina, vindo diretamente da cidade de Itajaí.
- A caçapa tinha que meter a colher aonde não lhe pertence. Sai de mim bocarra.
Falando em palmatória, veio a minha mente um caso bastante interessante, também, da época da palmatória, a saber:
Um professor bem velhinho entrou na sala de aula, abriu o livro e iniciou a chamada:
Antônio, Beatriz, Carlos, Carla, Dionísio, Dora e quando chegou à letra “q”, lascou:
Quinhentos Réis de Bosta repetiu Quinhentos Réis de Bosta! Os alunos entraram num silêncio profundo e absoluto.
Neste ínterim, chegou um aluno assustado e bateu no braço do professor; professor! Professor!
- Não me interrompa, não está vendo que estou efetuando a chamada?
- Professor! Não é Quinhentos Réis de Bosta!
- Qual é o seu nome?
- “QUINTINO REIS DE BASTOS!”
Gostou da piada ou do registro?
Então não se poupe, solte a canjica até o dia clarear, ora bolas!
Abraços do Catarina Paranaense – o possível futuro pal.........








quarta-feira, 18 de abril de 2012

"COISAS ESTRANHAS."


Olhei para minha cadeira giratória, com roldanas e pensei: vou plantar uma bananeira em cima da dita cadeira, para sentir o mundo de pernas para o ar.
Toda tentativa é válida, mas para isto temos que ter um percentual mínimo de certeza que a coisa vai dar certo.
No meu caso, o percentual de certeza é zero, pois já sei que perderei o equilíbrio da dita cadeira, e darei com a cara no chão, ou melhor, quebrarei a cara.
O chão é duro com uma forração meia boca, pois carpete é coisa de fresco.
Esta forração foi colada e impactada com o sapatear das botas e cortada com a lâmina da espora. ETA cara machochô.
Dias atrás estava pensando em criar um exercício para a poderosa língua.
A minha vida agora é pensar; penso, logo existo; já o meu avô tinha um dizer: pensando morreu um burro.
Eu, o Catarina, ora penso, ora não penso, ora penso demais, ora não penso piculinas nenhuma, e, estou muito vivo, de olho em você, sacou?
Pesquisei alguns exercícios para a poderosa língua, e dentre muitos, achei interessante o seguinte exercício: tentar encostar a ponta da língua na ponta do nariz.
Tenho que treinar muito, pois a minha língua quase nem sai de dentro da boca.
Certo dia, já dentro da megaloja (21m2) comecei o referido exercício; sem perceber entrou um cliente, um xaropaço e gritou: ficou louco! O Pinel é no outro lado da rua.
Loucura coisa nenhuma, estou exercitando a poderosa língua.
- E têm exercício para a língua?
- Claro que têm você procura encostar a ponta da mesma na ponta do nariz.
O xarope abriu a bocarra e soltou uma lapa de língua que eu não perdi a oportunidade, dei voz de comando: sentido! A linguaça parou na hora. Apanhei uma régua e, para o meu espanto, faltou um centímetro para encostar na sobrancelha.
Dei outra voz de comando: descansar! A bicha voltou para dentro da boca.
Chamei o dito cujo para perto de mim e falei: não leva para o lado mal, entretanto, tenho que fazer uma pergunta: você é parente da família do tamanduá?
- Nada disto, nada disto, sou de uma família de língua comprida.
- Então vocês são uma família de linguarudos?
- No bom sentido, no bom sentido, somos pessoas de bens e muitas amizades.
- Dentre vocês qual o que têm a maior língua?
- Meu irmão caçula, pois o mesmo penteia o cabelo com a língua.
- Tenho que ir, bons negócios.
- Boa sorte seu tamanduá.
- O linguarudo entrou, não comprou absolutamente nada, ficando, apenas no papo.
- Minha culpa, não tinha nada em meter a língua em negócios.
De imediato entrou uma senhora desesperada e foi logo pedindo: o senhor tem aquela coisa que pega uma coisinha nojenta?
Pausa: nojenta é com “g” ou com “j”? Vamos verificar o amansa burro.
Eis o que diz: geralmente é com “g”, mas sempre foi com “s”. É, estou certo.
Não entendeu nada né jacaré?
Olhei para a senhora madame cidadã e falei: calma, calma e calma. Puxa o ar de vagar, agora solta o ar, faça isto três vezes, OK?
A senhora teria condições de fornecer o nome ou da coisa, ou da coisinha nojenta?
- Não.
- Vamos pensar juntos, por acaso é barata?
- Não, barata não, tenho horror por este bicho.
- Mesmo que fosse não poderia ajudá-la, pois não vendo barateira.
- Gato, onça, elefante, girafa, leão, cobra?
- Não, o senhor está me deixando nervosa.
- Captei, captei, senhora madame cidadã, por acaso não venha ser um rato?
- É isto mesmo, este bicho nojento.
- A senhora têm noções do tamanho do roedor?
- Não, não e não.
- Está aqui a coisa que a senhora procura uma ratoeira.
- Esta coisa vai pegar a coisinha nojenta?
- Minha senhora assustada, esta ratoeira pega qualquer bicho, não interessa a espécie, botou a cabeça para comer, pimba, já era.
- Quero duas, pois, uso uma por dia.
- Menos mal, o negócio é vender.
- A senhora está absolutamente certa, é um meio de testar a coisa, se não pegou a coisinha nojenta, sinal de péssima qualidade, o negócio é usar outra. Tenho estoque para 20 dias.
- Lá foi à senhora cidadã assustada, com as duas ratoeiras.
Chegou outra desesperada, boa tarde! Boa tarde! O senhor tem aquela ratoeira, que além de desmunhecar o rato, possui uma goma pegajosa, que não deixa o bicho escapar?
- Minha senhora! Além de quebrar o pescoço do infeliz, a senhora ainda quer deixar o bichinho preso? Não, não tenho, porém, se tivesse o referido produto não venderia, é muita desgraça para um rato.
- Acharei em outro ponto de vendas, passe muito bem.
- Facínora.
Segmento: materiais para construção, porém, a procura é por ratoeira, pode?
Abraços do Catarina Paranaense – Comerciante sofre!








quinta-feira, 12 de abril de 2012

"O DESENTENDIMENTO."


Creio que não estou conseguindo transmitir para o público, o segmento de meu comércio, ou existem uns engraçados que estão querendo tirar sarro de minha cara. Se bem que, na minha ótica, trata-se de pura ignorância, sem querer subestimar ninguém.
Dia chuvoso novidade na terra da capital dos paranaenses (?).
Oito horas da matina, abertura da megaloja (21m2), vamos aos clientes.
1 – Chegou uma senhora madame cidadã anciã, toda ensopada, de cabo ao calcanhar, fica melhor tal expressão.
- Meu filho do céu, meu filho do céu, me venda uma sombrinha ou um guarda-chuva, pelo amor de Deus!
- Minha senhora anciã! É claro, é óbvio, é evidente, que eu quero ir para o céu, porém, me poupe mais um bom tempo aqui na terra, por isso, mude o termo chamativo, ou seja, troca meu filho do céu por meu filho da terra, OK?
Os produtos solicitados são de bom giro, principalmente nesta Capital aquática, porém, não tenho nenhum dos dois, infelizmente.
- Deveria ter, pois, todas às lojas de R$ 1,99, lá perto de casa, têm.
Veja a minha situação, agora tenho que ir embora nestas condições?
Passe muito bem e procura manter um melhor estoque.
2 – Bom dia.
- Bom dia minhas senhoras.
- Que tipo de pés de sofás o senhor vende?
- Minhas sofadeiras, não têm este tipo de mercadoria.
- Como não têm? Aqui não é a casa dos marceneiros?
- Não, não é a casa dos marceneiros, esta casa fica mais adiante, meia quadra daqui.
3 – O senhor vende cigarros avulsos?
- Não! Nem avulso, nem em carteira e nem em outra embalagem.
- Deveria ter, ganharia mais um bom dinheiro, sem sombras de dúvidas.
- Pensarei na sua sugestão.
4 – Ainda bem que aqui têm de tudo, necessito de seis agulhas.
- Meu caro amigo, não vendo agulha, entretanto, a título de curiosidade, o senhor é alfaiate?
Não. O senhor é costureiro? Nãããããããããão!
- Que dentadura bem feita que o senhor têm?
- Eu não uso dentadura, são dentes naturais.
- Desculpe a minha falha.
- Você está fazendo uma confusão danada, pois, solicitei agulha para desentupir boca de fogão, sou técnico de consertos de fogões e ramificações.
- Então o senhor é chegado numa boca?
- Você é muito engraçado para o meu gosto.
Falando em agulha, lembrei-me de uma situação contada por alguém:
Um prefeito de certa cidade, após longa viagem, inclusive, com uma duradoura estada em Itajaí, à cidade que não erra em absoluto, regressou a sua cidade.
Com uma boa dose de experiência em todos os sentidos, observou que os painéis, placas, fachadas, muros, outdoors e outros letreiros, estavam todos com a escrita totalmente errada; a ortografia que é necessária foi desprezada.
O prefeito ficou irritado, principalmente, depois que passou em Itajaí, aonde a palavra “erro” é desconhecido por todos.
Reuniu seu secretariado e foi para as ruas, observar o tremendo vexame.
Num certo momento, o prefeito gritou: olha lá! Olha lá! Olha lá! Que coisa Maravilhosa, que coisa instrutiva, extraordinária, “Alfaiataria Águia de Ouro”, vamos parabenizar o referido cidadão.
Entraram aqueles gravatinhas, parabéns daqui, parabéns dalí, e o prefeito tomou a palavra: queremos parabenizá-lo pelo belo nome de seu estabelecimento, corretamente correto, ou seja: Águia de Ouro, estupendo!
O assustado alfaiate abriu a boca, que Águia de Ouro, que Águia de Ouro, o nome do meu estabelecimento é “Aguia (agulha) de Ouro, ora bolas!
Mereceu uma canjica aberta? Então abra a bocarra com gosto.
Abraços do Catarina Paranaense – o duvidoso com seus clientes.











terça-feira, 10 de abril de 2012

"UMA VERDADEIRA CONFA."


Ando assustado, ou seja, muito assustado, por dois motivos:
1º - Coloquei na cachola que a terra vai cair em cima da minha cabeça. É isto mesmo, cairá em cima da minha cabeça.
Coisa de louco? Que seja, entretanto, não consigo tirar este problema da cuca.
Já pensaram as manchetes em todos os jornais do mundo?
- Catarina confunde a terra com uma bola.
- A terra escolhe a cabeça do Catarina para aterrizar.
- Adeus origem da sabedoria.
- Um impacto infalível.
- Um Catarina sem a sua cabeça.
- E outros mais.
2º - Chegando em casa observei o meu filho e minha nora vendo uma caixa de fotos antigas.
Na chegada o meu filho falou: paeeeeeeeeeeeeeeeeeee, paeeeeeeeeeeeeee, esta foto é sua?
Olhei um verdadeiro galã, uma verdadeira pintura.
Respondi: minha foto, quando tinha 15 anos.
Chamou-me novamente atenção: e esta também é sua? Olhei, olhei, não reconheci, solicitei ajuda de minha mulher: você conhece esta anta na fotografia?
- Minha mulher respondeu, é uma foto sua atual!
- Fiquei quieto, entretanto, já comecei a ficar muito assustado.
Despistei, apanhei a foto de 15 anos, a foto atual, e me dirigi para o espelho.
Já de frente para o espelho, coloquei a foto de 15 anos na mão esquerda, eu fiquei no meio, e coloquei a foto atual na mão direita.
Fiquei observando; nada de semelhança entre as três imagens no espelho.
Chamei novamente a minha mulher e fiz a seguinte pergunta: mulher! Quais das três são mais parecidas comigo.
- A mulher respondeu: você está ficando louco? É claro que é a sua imagem, pois, trata-se de você ao vivo, não tem como negar.
Como o tal espelho vive me sacaneando, apelei para a tela do computador.
Análise nada animadora, pois, a foto dos 15 anos apresentava tudo no devido lugar e com excelente formação, seja a orelha, o nariz, a testa, os olhos, as sobrancelhas, a boca e todo o conjunto.
Agora, a foto atual, uma verdadeira quizumba; orelhas salientes, cabelo crescendo para os lados, muito semelhante ao cabelo de um dos personagens dos três patetas, uma bocarra, um nasal nada familiar, enfim um desajuste total e absoluto. Dá-se a impressão que os ingredientes foram tirados e na hora de colocá-los, fizeram uma mistura do cão, não caprichando no conjunto. Ainda estou em dúvida quanto à referida foto ser de verdade minha; tenho minhas dúvidas.
Um dos pontos que me apego é o formato da cabeça, pois na foto de 15 anos tinha a mesma bem arredondada, agora na atual uma cabecinha comprometedora.
Calma lá, calma lá, Catarina não tem cabecinha, Catarina tem cabeçote, cabeção. Se bem que cabeçote e cabeção não pega muito bem, tenho que achar um termo mais viável.
- Cabeça de balaio.
- Balaio é o teu traseiro Jacaré.
Aproveitei a oportunidade para me olhar ao vivo, conclusão: é melhor não comentar.
Para meu conforto e próprio bem, discordo que tais imagens sejam de minha pessoa.
To doidão, To doidão, fiquei sem cueca e também sem um tostão.
O quê foi? To cantando, não existe um ditado dos antigos que quem canta seus males espanta?
Cante comigo, vamos: lálárárá, liliriri, uai, uai. Pare, pare, pare. Lembrei do carro de boi de meu sogro subindo o morro.
Parece à agonia da morte, um verdadeiro agouro.
Ouça a minha voz, uma voz macia, suave, aveludada e cativante.
Nada disto, nada disto, quando o Catarina canta parece um verdadeiro trovão, acompanhado do fundo musical, ou seja, o atrito das esporas.
Um conselho amigo: nunca mais abra a sua canjica para cantar; canjica fechada não entra mosquito.
Sai de mim coisa do outro mundo.
Depois que este cara abriu a canjica para cantar, só me resta uma atitude, encerrar este post, para o bem de todos.
Abraços do Catarina Paranaense – Tais fotos e imagem não são minhas, podem acreditar.


 


quarta-feira, 4 de abril de 2012

"NUM BECO SEM SAÍDA."


Nem sequer deixei o vale da vida, já estou com um baita problema, estritamente pessoal, para resolver.
O meu tronco e membros querem, por que querem expulsar a minha cabeça do conjunto. É mole?
Fiz um feedback com os três, ou seja, cabeça, tronco e membros, procurando ouvir e solucionar o problema, todavia, em vão.
O tronco falou que não suporta mais sustentar esta cabeça de vento, sem eira nem beira.
Aqui cabe uma explicação; cabeça de vento na ótica do tronco, respeito, entretanto, esta cabeça nada mais é do que a origem da sabedoria, mal interpretada pelo crítico tronco, fazer o quê?
Os membros, principalmente, os inferiores, falaram que não agüentam mais as caminhadas, para lugares inviáveis, comandados pela cabeça.
Isto não é problema, mas, uma horta de pepinos, ou melhor, abobrinhas de pescoço.
Para amenizar a situação e refrescar a cuca, nada melhor do que algumas piadinhas, a saber:
1 – Um médico, recém-formado, foi enviado para uma cidade do interior. Lá existia uma patota, filhinhos de papais, dentre os quais, um tremendo gozador que olhando para a galera falou: vou tirar um sarro deste médico novato na cidade.
Marcou a consulta e foi à visita médica. Lá no consultório, após cordialidades, o médico perguntou-lhe: em que posso ser útil?
- O gozador passou o problema, doutor! Estou sentindo uma bola no estômago, a qual, ora sobe, ora desce, um incômodo total.
- O médico solicitou para o gozador deitar na cama. Examinou, examinou e disse: problema resolvido já detectei a sua doença, chama-se PED.
- O gozador, o que venha ser isto doutor?
- Chama-se “Peido Estrepitoso Duvidoso, é que você tem cara de bunda, então o mesmo não sabe se sai por cima ou por baixo.
Pronto! Acabou a piada!
O quê? Não abriu a canjica? Acha que eu apelei na referida?
Então, vamos para outra:
2 – Um casal de namorados apaixonados, benzinho daqui, amorzinho dalí, minha pétala de rosa, meu cravo encantado, cheeeeeega, cheeega, este papo está virando vaselina, sai de mim jacaré.
A namorada encantada convidou o seu amado para conhecer a sua casa e seus familiares; acontece que o cara estava com um quadro aerofágico ( soltar pum-pum, entendeu pé de valsa?)
Porém, diante da insistência da garota, aceitou. Chegando lá, após toda a cordialidade, aquela velha frescura, todos sentaram. O cara não suportava mais segurar os ditos cujos (pum-pum).
Entretanto, o Mopi, o cachorrinho da casa, foi deitar-se debaixo da cadeira do referido namorado da moça.
O cara, muito vivo, cada vez que soltava um pum, batia com o pé e falava: sai Mopi, sai Mopi. Repetiu tal expressão por diversas vezes. Porém, o pai da senhorita foi se enchendo com aquilo, até que em certo momento, não agüentando mais a situação, levantou-se e gritou: sai Mopi, sai Mopi, caso contrário ele te sujará todo.
Não gostou da piada? Não abriu a canjica novamente? Então eu vou rir: AHAHAHAHAHAHAHahahahahahahahahah; aqui cabe uma explicação, AH maiúscula, é a abertura total da canjica, atingindo o ponto máximo; mais um AH, cairei no ponto de ruptura. Agora ah minúsculo, trata-se de um sorriso light, coisa de fresco.
Pronto! Acabou! Cheio de pepinos e abobrinhas de pescoço, conto duas piadas, ninguém abre a canjica; só me resta uma atitude, colocar ponto final e até a próxima.
Abraços do Catarina Paranaense – ainda no vale.

terça-feira, 3 de abril de 2012

" A GANGORRA DA VIDA."


A vida é uma verdadeira gangorra, ora no pico, ora no vale, ora lá em cima, ora aqui em baixo.
Fiquei uns dias ausentes, pois passei pelo vale da vida.
O vale da vida não tem muito que apresentar apenas o veneno do ser humano, em forma de inveja, ódio, traição, olho gordo, malícia, doenças, situações financeiras, enfim, um verdadeiro lamaçal da própria vida.
O lado positivo disto tudo se prende em você testar a sua estrutura, seja ela familiar ou espiritual.
O comportamento do ser humano pode ser apresentado de três maneiras: pessimista, realista ou otimista.
Eu prefiro o realista, logicamente, com projeções de tendências e metas.
Agora, não adianta o cara comer sardinha e arrotar caviar.
Tá numa lona tremenda e vem para cá com aquele velho papo para boi dormir; to numa boa, tudo vai muito bem, to progredindo, e assim por diante.
Existe uma diferença muito grande em ser pessimista e realista.
Pessimista é o cara falido em todos os aspectos da vida, agora, realista, é o cara projetar o seu futuro, entretanto, com pés no chão.
Se você é daquelas pessoas que analisa qualquer situação negativa com as seguintes observações: não devemos falar de coisa ruim, coisa negativa e algo mais, nem leia esta matéria, pois, você não tem qualquer tipo de estrutura.
Que queira ou não queira, temos que encarar a realidade nua e crua, sem rodeios.
Não ficar na negatividade, entretanto, usar os princípios de pesquisa de mercado, ou seja: levantar os problemas, tabular, analisar e tomar atitudes para sair do mesmo, isto é amadurecimento e pés no chão. Agora, viver como um bobo alegre, criar um mundo que você não está vivendo, e pura babaquice e falta de maturidade.
Todo mundo passa pelo vale da vida, inclusive os donos do dinheiro. Existem muitos palácios que são verdadeiros infernos, entretanto, existem muitas favelas que reina a paz, o amor a união e temor de Deus. Tudo na vida é relativo, que você queira ou não queira.
Há muitos anos atrás, mas muitos anos mesmo, meu falecido pai, instalou um Armazém de Secos e Molhados, dentro da favela Boca Quente, em Curitiba. Vivemos três anos com os favelados; lá eu pude observar a vida propriamente dita, de seus moradores; pessoas distintas, sérias, trabalhadoras, conscientes com a razão; famílias unidas, distribuindo muito amor, felicidades, união e disciplina.
Eis um motivo que dou razão absoluta para a praticidade, ver para crer, longe da teoria, ou seja, prega-se o que não sente, não viu e não participou.
Foram os três melhores anos de nossa vida, junto com os favelados, ou melhor, com pessoas que nem a gente, com seus defeitos, seus problemas, mas também, participantes da felicidade, juntos aos seus.
O sofrimento é passageiro, agora, a desistência e para sempre. Quem sabe combater é digno de liberdade.
Era notório ver aqueles chefes de famílias saírem pela manhã, com suas cestas lotadas de cocadas, amendoim torrados, pipocas, pé de moleque e outros produtos para venderem, buscando o pão de cada dia.
Já no período da tarde, observávamos os mesmos alegres, sorridentes, com suas cestas vazias, entrando em nosso Armazém, a fim de comprar o alimento para suas famílias.
É óbvio que observando um palacete e uma favela, a tendência é analisar o palacete com um meio de vida favorável, mas cuidado, muito cuidado, a análise pode estar destorcida, sem sombras de dúvidas.
Eu, Graças a Deus, tenho uma boa estrutura familiar, deixada pelos meus pais e passado para minha família, quanto ao espiritual, prendo-me no Livro da Capa Preta, A Bíblia, no Livro dos Salmos, Capítulo 91, destacando-se o versículo 7, a saber: Mil cairão ao teu lado, e dez mil à tua direita, mas tu não serás atingido; Graças à Deus.
Abraços do Catarina Paranaense.