terça-feira, 10 de abril de 2012

"UMA VERDADEIRA CONFA."


Ando assustado, ou seja, muito assustado, por dois motivos:
1º - Coloquei na cachola que a terra vai cair em cima da minha cabeça. É isto mesmo, cairá em cima da minha cabeça.
Coisa de louco? Que seja, entretanto, não consigo tirar este problema da cuca.
Já pensaram as manchetes em todos os jornais do mundo?
- Catarina confunde a terra com uma bola.
- A terra escolhe a cabeça do Catarina para aterrizar.
- Adeus origem da sabedoria.
- Um impacto infalível.
- Um Catarina sem a sua cabeça.
- E outros mais.
2º - Chegando em casa observei o meu filho e minha nora vendo uma caixa de fotos antigas.
Na chegada o meu filho falou: paeeeeeeeeeeeeeeeeeee, paeeeeeeeeeeeeee, esta foto é sua?
Olhei um verdadeiro galã, uma verdadeira pintura.
Respondi: minha foto, quando tinha 15 anos.
Chamou-me novamente atenção: e esta também é sua? Olhei, olhei, não reconheci, solicitei ajuda de minha mulher: você conhece esta anta na fotografia?
- Minha mulher respondeu, é uma foto sua atual!
- Fiquei quieto, entretanto, já comecei a ficar muito assustado.
Despistei, apanhei a foto de 15 anos, a foto atual, e me dirigi para o espelho.
Já de frente para o espelho, coloquei a foto de 15 anos na mão esquerda, eu fiquei no meio, e coloquei a foto atual na mão direita.
Fiquei observando; nada de semelhança entre as três imagens no espelho.
Chamei novamente a minha mulher e fiz a seguinte pergunta: mulher! Quais das três são mais parecidas comigo.
- A mulher respondeu: você está ficando louco? É claro que é a sua imagem, pois, trata-se de você ao vivo, não tem como negar.
Como o tal espelho vive me sacaneando, apelei para a tela do computador.
Análise nada animadora, pois, a foto dos 15 anos apresentava tudo no devido lugar e com excelente formação, seja a orelha, o nariz, a testa, os olhos, as sobrancelhas, a boca e todo o conjunto.
Agora, a foto atual, uma verdadeira quizumba; orelhas salientes, cabelo crescendo para os lados, muito semelhante ao cabelo de um dos personagens dos três patetas, uma bocarra, um nasal nada familiar, enfim um desajuste total e absoluto. Dá-se a impressão que os ingredientes foram tirados e na hora de colocá-los, fizeram uma mistura do cão, não caprichando no conjunto. Ainda estou em dúvida quanto à referida foto ser de verdade minha; tenho minhas dúvidas.
Um dos pontos que me apego é o formato da cabeça, pois na foto de 15 anos tinha a mesma bem arredondada, agora na atual uma cabecinha comprometedora.
Calma lá, calma lá, Catarina não tem cabecinha, Catarina tem cabeçote, cabeção. Se bem que cabeçote e cabeção não pega muito bem, tenho que achar um termo mais viável.
- Cabeça de balaio.
- Balaio é o teu traseiro Jacaré.
Aproveitei a oportunidade para me olhar ao vivo, conclusão: é melhor não comentar.
Para meu conforto e próprio bem, discordo que tais imagens sejam de minha pessoa.
To doidão, To doidão, fiquei sem cueca e também sem um tostão.
O quê foi? To cantando, não existe um ditado dos antigos que quem canta seus males espanta?
Cante comigo, vamos: lálárárá, liliriri, uai, uai. Pare, pare, pare. Lembrei do carro de boi de meu sogro subindo o morro.
Parece à agonia da morte, um verdadeiro agouro.
Ouça a minha voz, uma voz macia, suave, aveludada e cativante.
Nada disto, nada disto, quando o Catarina canta parece um verdadeiro trovão, acompanhado do fundo musical, ou seja, o atrito das esporas.
Um conselho amigo: nunca mais abra a sua canjica para cantar; canjica fechada não entra mosquito.
Sai de mim coisa do outro mundo.
Depois que este cara abriu a canjica para cantar, só me resta uma atitude, encerrar este post, para o bem de todos.
Abraços do Catarina Paranaense – Tais fotos e imagem não são minhas, podem acreditar.


 


Nenhum comentário:

Postar um comentário