quinta-feira, 12 de abril de 2012

"O DESENTENDIMENTO."


Creio que não estou conseguindo transmitir para o público, o segmento de meu comércio, ou existem uns engraçados que estão querendo tirar sarro de minha cara. Se bem que, na minha ótica, trata-se de pura ignorância, sem querer subestimar ninguém.
Dia chuvoso novidade na terra da capital dos paranaenses (?).
Oito horas da matina, abertura da megaloja (21m2), vamos aos clientes.
1 – Chegou uma senhora madame cidadã anciã, toda ensopada, de cabo ao calcanhar, fica melhor tal expressão.
- Meu filho do céu, meu filho do céu, me venda uma sombrinha ou um guarda-chuva, pelo amor de Deus!
- Minha senhora anciã! É claro, é óbvio, é evidente, que eu quero ir para o céu, porém, me poupe mais um bom tempo aqui na terra, por isso, mude o termo chamativo, ou seja, troca meu filho do céu por meu filho da terra, OK?
Os produtos solicitados são de bom giro, principalmente nesta Capital aquática, porém, não tenho nenhum dos dois, infelizmente.
- Deveria ter, pois, todas às lojas de R$ 1,99, lá perto de casa, têm.
Veja a minha situação, agora tenho que ir embora nestas condições?
Passe muito bem e procura manter um melhor estoque.
2 – Bom dia.
- Bom dia minhas senhoras.
- Que tipo de pés de sofás o senhor vende?
- Minhas sofadeiras, não têm este tipo de mercadoria.
- Como não têm? Aqui não é a casa dos marceneiros?
- Não, não é a casa dos marceneiros, esta casa fica mais adiante, meia quadra daqui.
3 – O senhor vende cigarros avulsos?
- Não! Nem avulso, nem em carteira e nem em outra embalagem.
- Deveria ter, ganharia mais um bom dinheiro, sem sombras de dúvidas.
- Pensarei na sua sugestão.
4 – Ainda bem que aqui têm de tudo, necessito de seis agulhas.
- Meu caro amigo, não vendo agulha, entretanto, a título de curiosidade, o senhor é alfaiate?
Não. O senhor é costureiro? Nãããããããããão!
- Que dentadura bem feita que o senhor têm?
- Eu não uso dentadura, são dentes naturais.
- Desculpe a minha falha.
- Você está fazendo uma confusão danada, pois, solicitei agulha para desentupir boca de fogão, sou técnico de consertos de fogões e ramificações.
- Então o senhor é chegado numa boca?
- Você é muito engraçado para o meu gosto.
Falando em agulha, lembrei-me de uma situação contada por alguém:
Um prefeito de certa cidade, após longa viagem, inclusive, com uma duradoura estada em Itajaí, à cidade que não erra em absoluto, regressou a sua cidade.
Com uma boa dose de experiência em todos os sentidos, observou que os painéis, placas, fachadas, muros, outdoors e outros letreiros, estavam todos com a escrita totalmente errada; a ortografia que é necessária foi desprezada.
O prefeito ficou irritado, principalmente, depois que passou em Itajaí, aonde a palavra “erro” é desconhecido por todos.
Reuniu seu secretariado e foi para as ruas, observar o tremendo vexame.
Num certo momento, o prefeito gritou: olha lá! Olha lá! Olha lá! Que coisa Maravilhosa, que coisa instrutiva, extraordinária, “Alfaiataria Águia de Ouro”, vamos parabenizar o referido cidadão.
Entraram aqueles gravatinhas, parabéns daqui, parabéns dalí, e o prefeito tomou a palavra: queremos parabenizá-lo pelo belo nome de seu estabelecimento, corretamente correto, ou seja: Águia de Ouro, estupendo!
O assustado alfaiate abriu a boca, que Águia de Ouro, que Águia de Ouro, o nome do meu estabelecimento é “Aguia (agulha) de Ouro, ora bolas!
Mereceu uma canjica aberta? Então abra a bocarra com gosto.
Abraços do Catarina Paranaense – o duvidoso com seus clientes.











Nenhum comentário:

Postar um comentário