sábado, 23 de fevereiro de 2013

"A VOLTA DO PITICO NO BOTICO."



Olha! Olha! Olha! Quem está chegando!
Pitico No Botico seja bem-vindo ao nosso lar.
- Chefia, chefia, o bom filho a casa retorna.
- Como foi de viagem?
- Bem chefia, muito bem.
- E a estada em Floripa tudo bem?
- Chefia! Jurei que não falaria sobre esta minha viagem, vexame em cima de vexame.
- Por quê? Não foi bem atendido na casa de meu filho e minha nora?
- Muito bem recebido, nada a registrar negativamente, entretanto, quanto à gata Mianxa, um verdadeiro porre, ETA gata fresca e cheia de nhec-nhec.
- O que houve de errado?
- Cheguei numa noite enluarada, logo veio na minha mente fazer uma serenata para a gata maneca.
- E daí?
- Lasquei uma poesia, eis:
Mianxa, Mianxa
Quando penso em você
Meu coração balança,
Porém, o que eu queria neste momento
Seria alimento para encher a minha pança.
A gata apareceu na sacada e lascou: que gato brega, que cafonice sem igual.
- Pitico do céu, ou melhor, da terra, você falar em pança numa serenata?
- Chefia! Não tenho culpa do estômago falar mais alto do que o coração!
Adentrei na casa da mesma já meio encabulado, porém, a mesma fez a seguinte pergunta:
- Qual o seu pedigree?
- Pensei, a pergunta é em inglês.
Lasquei a resposta: sou gamado no Internacional de Porto Alegre.
- A mesma respondeu: além de brega, cafona é burro.
- Chefia! Gato tem pedigree?
- A mesma fez mais uma pergunta: qual o seu “QI?”
- Joguei alto chefia, joguei alto, 220 gata do cão.
- A mesma respondeu: respondeu a altura de sua burrice, pois, perguntei propositalmente o seu quociente de ignorância, e o resultado foi dentro do que eu esperava.
- Mais uma pergunta pela madame: você gosta de gatunar:
- Respondi: é justamente a minha especialidade.
Depois verificando o dicionário, gatunar refere-se a furtar e roubar.
- Logo em seguida justifiquei-me da má interpretação da pergunta.
Já no dia da manhã seguinte, em direção à praia, mais pergunta.
- Você trouxe trajes para antes, no banho e após banho?
- Respondi: irei com pelo, tomarei banho com pelo e sairei da praia pelado.
- A mesma ficou uma arara e lascou: quer sair pelado vá para as praias de nudismo seu cafona.
- Errei o termo novamente: o meu intuito seria falar: sair da praia com pelo e não pelado.
Apanhei minha mala e dei no pé, chega, chega e chega.
- Chefia! Uma pausa para o descanso.
Fazer o quê?
Abraços do Catarina Paranense.







quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

" O TEOREMA DO ARAÇÁ."



Você sabe o que é um araçá?
Não sabe, é claro que não sabe, ou melhor, não sabe nada.
O araçá é o fruto do araçazeiro; resumindo, uma goiaba reduzida.
O quêêêêêêê? Você não sabe o que é uma goiaba?
Não conhece piculinas nenhuma, um verdadeiro impermeável.
- Eu conheço Itajaí, passei lá na banca de peixe e comí camarão.
- Deve ser um japonês ou chinês, pois, na banca, ou melhor, no maior mercado de pescados do mundo, só se vende camarão cru.
Eu prefiro camarão ensopado com palmito, adicionado ao arroz soltinho, uma verdadeira delícia, não se esquecendo do prato Brasileirinho, de Eldorado/MS, o qual não tem camarão, porém, um prato apetitoso, o que não me deixa mentir o meu amigo Nê.
Mas vamos ao que interessa a minha esposa convidou-me para comer araçá, domingo, logo após do almoço. Não poderia perder esse majestoso programa. Passei o meu terno, camisa, gravata, cueca  e meia, escovei o bigode e vamos nós.
Dirigimo-nos para o pé de araçá, no nosso quintal e iniciamos a comer o bendito fruto.
1º araçá – pimba, 2º - pimba – 3º pimba – 4º pimba – 5º pimba – 6º pumba, pumba e pumba.
Aguardei a sua pergunta, porém, não fez; é mesmo assim, quando se deve perguntar, não pergunta, agora, quando não é para perguntar, aí sim, pergunta.
Deveria perguntar por quê até o 5º araçá falei pimba e 6º pumba?
É que no pumba, ao mastigar a semente do araçá, trinquei o dente ou, expulsei uma obturação. Acabou-se a festa, o dente trincado começou a roçar na língua e bagunçou o coreto, entendeu reco- reco?
Surgiu outro problema, a questão do preço que o Tiradentes irá cobrar.
Sexta à noite, terei que esperar até a próxima segunda para resolver o incidente.
Partirei para uma pesquisa perante os meus clientes, afinal de contas, quem não se comunica se trumbica.
1º cliente – O canhanha – grande canhanha.
Canha? Na trituração de um araçá quebrei o dente ou coisa parecida, dê-me uma idéia, quanto o do dente irá cobrar pelo serviço?
- Depende do dente, entretanto, pode desembolsar cento e cinqüenta mangos.
2º - Bicanca – grande bicanca.
Bicanca? Faturei um dente, comendo uma semente de araçá, quanto o dentista irá cobrar você que é vizinho do mesmo?
- Recentemente surgiu uma cárie na minha dentadura, devido altas cachaças, o mesmo me cobrou cento e vinte pilas, é por aí.
3º - Deixa que eu chuto.
Dechu? Furei ou quebrei um dente, quanto você acha que o da boca irá cobrar?
- Esses caras tocam a faca, por baixo 100 paus.
4º - Chegou um cara cabeludo de boné, desconhecido, porém, aproveitei a oportunidade para ouvir o desconhecido: gadeia? Ao mastigar a semente de um araçá trinquei um dente ou expulsei uma obturação, você tem idéia quanto pagarei para consertar o prejuízo?
- Meu caro! Tem que verificar a gravidade da cárie ou orifício; por exemplo: gravidade da cárie, ou seja, primária, secundária, universitária, PHD, e outros bichos mais. No entanto, pode preparar duzentos cascalhos, por baixo.
- O senhor é dentista?
- Não! Sou encanador profissional
Em média, arredondando, 140 mangos, um absurdo.
Já no consultório, aquela velha frescura: bom dia doutor!
- Bom dia! O que houve?
- Ao abater um araçá, mastigando a semente do mesmo, pimba, trinquei ou expulsei uma obturação.
- Vamos sentar.
Abra a bocarra.
- Um momento doutor, um momento, depois quer que o brasileiro arrume os dentes, um verdadeiro antagonismo, a maioria ganha uma merreca, outros o salário mínimo, então eu pergunto e o senhor responda? Como tratar os dentes?
Só para tapar esse furinho o senhor quer cobrar 140 contos, não tem como!
- Araçá! Nem olhei a situação do seu dente e você já está colocando palavras e preços na minha boca, vamos com calma.
Doutor eu tenho aqui, dentro de minha carteira, cinqüenta cascalhos, mais cartão de débito, CNH, CPF, CI, documento de um Verona 94, com escape a ser soldado e alguns botões, o senhor decide?
- Butiá! Faremos uma avaliação.
- Doutor! Deixa o seu butiá para lá, vamos com muita calma, a origem é araçá, araçá, entendeu pescoçudo?
Prá cá com essa.
- É, uma trinca; quanto é que você tem na carteira?
- Vou aferir não sei se é vintão ou cinqüentão.
- Verifica, verifica, pois, se for vintão, farei, apenas, um terço da restauração, não venha com gozação prá cima de mim
- Taquí, olha o cinqüentão, já foi feito a despedida lá em casa, agora é só transferir para o senhor, fazer o quê?
Pega logo a nota butiá!
- Calma, calma, ainda não terminei o serviço.
- Doutor? Posso fazer uma pergunta?
- Faça.
- Qual a boca maior que o senhor já enfrentou?
- Chegou um cidadão, na hora de abrir a bocarra, olhei para a mesma, joguei a minha banqueta fora e pulei para dentro da boca do mesmo, usando a sua língua como banqueta, uma verdadeira tranqüilidade, apenas, fiquei preocupado no sentido do mesmo fechar a boca, mas correu tudo bem.
Uma boca de jacaré.
- Pronto! Tai o cinqüentão, vim com ele e volto sem ele, fazer o quê?
- Obrigado doutor.
- Um momento.
- Pois não doutor!
- Da próxima vez traga um quilo de butiá, OK/
- Doutor! Doutor! É araçá Zé da broquinha.
O quê foi? Alguma graça para abrir essa boca cheia de dentes?
Abra a boca para o Tiradentes, meu caro, não para mim.
Aceita um araçá com bastante semente?
Abraços do Catarina Paranaense.











segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

"TO NOS CASCOS."



- O quê foi?
- Escreva que eu quero ler.
- Mas o título já diz absolutamente tudo, ou seja, to nos cascos.
- Escreva que eu quero ler.
- O jaca é uma verdadeira praga, o bicho é mente curta, não adianta insistir.
Vai lá jacaré.
A cambada está foliando de noite e dormindo de dia, eu abro a megaloja (21m2) de dia e durmo de noite. Está havendo um desencontro entre o meu comércio e a clientela, ficando muito difícil faturar.
Já descascando os cascos, chega uma senhora e pergunta: Zé! Você pode me informar se passará, nesta rua, o bloco Galo do Sereno?
- Minha senhora madame cidadã carnavalesca, não sei de galo, pinto, marreco, galinha e o escambau, nem tão pouco de bloco, o meu negócio é outro.
- Nossa que humor heim?
Coloca a fantasia de vovô e cai na folia galo cego.
- Fantasia de vovô tá descartada, mas, galo cego é um assunto a pensar. Será que se eu me fantasiasse de galo cego para atender a clientela teria retorno?
Chega, chega e chega to nos cascos e fim de papo.
Prá cá com essa.
O Catarina Paranaense – descascando os cascos.

domingo, 10 de fevereiro de 2013

"O MEU BANHEIRO."



Hoje falarei no que tange ao meu banheiro.
- Banheiro?
- Sim senhor, banheiro, casinha, patente, water closet, WC, lugar solitário, aonde o covarde e o corajoso fazem a mesma coisa e aí por diante.
O meu banheiro é muito simples, entretanto, bastante espaçoso e confortável.
Tudo o que é meu e de minha mulher expressa à simplicidade absoluta, pois, eu sou um homem pobre, humilde, acostumado às coisas pequenas e ao silêncio.
Entretanto, o meu tesouro está na coesão de minha família, cuja união é a base fundamental.
Meu banheiro mede 4 x 2 metros.
É a casa do PPU, boca larga e do chuveiro.
- O que é PPU?
- Já falei do mesmo em diversos blogs, contudo, o jacaré ainda não entendeu.
PPU= pinico, penico ou urinol, sacou Zé de melo?
O referido PPU, agora está gozando de sua merecida aposentadoria, entretanto, não foi nada fácil a sua jornada de trabalho, pois, o mesmo perdeu uma alça devido uma pressão apreciável de um tijolo com 4,5 libras. Você entendeu não é mesmo?
O PPU recebia cargas de toda intensidade, com variações de 1,5 a 4,5 libras.
- O que é boca larga?
- Boca larga nada mais é do que o vaso sanitário.
Saiu o Pitico ficou o jacaré.
O Pitico ainda esperneava, discutia, enfrentava a situação, agora o jacaré usa uma metodologia diferenciada, ou seja, aplica o princípio da coruja, observa muito, mas não fala piculinas nenhuma, eu mereço.
O espaço de meu banheiro tem uma justificativa. O banheiro anterior era tão apertado, mais tão apertado, que o chuveiro ficava em cima do boca larga.
Você sentava no boca, não demorava para o chuveiro começar a pingar, então criava-se um problema, você não tinha como se concentrar, pois,  se concentrava no pingo, ou no ato sublime, uma encrenca dos infernos.
Eu quando sentava no boca larga já levava a chave de cano (grifo), usando a seguinte sistemática: colocava a chave de cano por cima da cabeça, engrenava no registro de pressão e, de acordo que o chuveiro pingava eu ia apertando o registro.
Apertava tanto que dispensava o vaso, ficava em posição de sentado, porém, pendurado na própria chave. Tal posição tornou-se um hábito que cheguei a pensar dispensar o vaso.
Tenta imaginar o degas agarrado na chave de cano, pendurado, na posição de sentado, coisa de louco.
Devido o grande espaço do banheiro, você não precisa ficar numa posição só, ou seja, aquela posição estática, olhando para o mesmo ponto, pois, o espaço permite você aplicar o ato sublime em 3D, ou seja, girar 360° em volta do boca larga, é mole?
Agora, o boca apresenta pontos negativos, na exceção é claro, ou seja: quando o mesmo é usado por visitas, como já falei, nem sempre tal situação acontece, mas às vezes o mesmo atrofia-se, engasga, afoga-se.
Explicarei: ao invés do volume descer , quando provocada a descarga, o mesmo sobe; uma situação incomoda.
Para sanar a situação, já deixei ao lado do boca diversos desentupidores com diversas tipos de borrachas, a saber: borracha mole, semi dura, dura e nitrílica, para grandes bombadas.
Já pensei em instalar um cilindro de ar comprimido, idêntico aqueles usados pelas desentupidoras, entretanto, corro o risco de problemas sérios.
Tais cilindros têm que ser aplicados, apenas, com um leve toque, devido a pressão liberada, agora, caso o do ato sublime não se apegar a tais princípios e, na hora de levantar, colocar todo o apoio das mãos sobre os tais, haja vista, que a idéia e colocar um em cada lado vaso, haverá uma liberação pesada do ar comprimido, correndo o risco do usuário sair voando pelo telhado, ainda, com uma agravante, ou seja, sem roupa. Já pensou o mesmo cair, por exemplo, em plena Praça Tiradentes?
Tal aplicação tem que ser estudada com muita propriedade e análise
Dentro da exceção, como já expliquei, quando acontece a degola no vaso, o usuário, de tanto usar o desentupidor, sai do banheiro vermelho como um verdadeiro camarão.
O meu chuveiro é coisa de louco, o frio sai água morna, o morno, sai água quente e o quente sai água fervendo, motivo do usuário já levar chá para aproveitar a ocasião.
Ele também tem um lado negativo, apenas, quando utilizado por visita, nas exceções, é lógico, ainda bem.
Ponto negativo do chuveiro: apresenta apagão.
Para amenizar tal situação, quando a visita dirige-se para o banho, um de nós acende a luz da cozinha, outro fica na porta, outro na quina da casa, lado externo e outro no relógio.
Aconteceu o incidente, vendo a luz apagar, todos gritam: apagou; o que está no relógio inicia a operação: liga, desliga, liga, desliga até a luz acender, aí a operação termina. Coisa de louco.
Acabo de apresentar o meu banheiro, aceita praticar o ato sublime ou tomar um bom banho no mesmo? Fica muito a vontade.
Abraços do Catarina Paranaense.





.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

"ENTREI EM PARAFUSO, OU MELHOR, PARAFUSEI."



Estão tentando quizumbar a quizumba da minha megaloja (21m2).
1 - coloquei a maquininha, beleza pura, agora é só faturar.
Pimba daqui, pimba dalí, e vai cartão e mais cartão, de tudo que é tipo.
Na hora de checar o extrato bancário, ao invés de aumentar o meu saldo, o desgraçado minguou, ou seja, está diminuindo, é mole jacaré?
Depois de quebrar a cabeça em busca do ocorrido, notou-se que a famigerada maquininha aceita qualquer tipo de cartão, inclusive papel higiênico; agora, na hora de transmitir os dados para o banco, ela escolhe apenas alguns, os demais ela retém.
Conclusão: está diminuindo o meu estoque, o meu saldo bancário e eu, por sinal, também, estou diminuindo, pois, a cada três meses tenho que mandar encolher às minhas calças.
Tá rindo jacaré? Deveria está chorando.
2 – Já com a megaloja (21m2) aberta, sentado no cepo, chega o primeiro cliente.
Caro colega quanto custa o aparelhinho de escamar peixes?
- O senhor quer descamar não é? Pois o dito cujo já está escamado.
- Isto mesmo, quanto custa?
- Caro colega desconhecido vamos até lá fora, olha para o muro, olhou?
- Olhei!
- Lá no muro está escrito: peixaria?
- Nããããããõ.
- Respondeu errado, ou é sim, sim, ou, não, não.
Não sou surdo, não precisa dar elasticidade na palavra.
Responda novamente.
- Não.
- Agora sim.
- Lá no muro está escrito: casa do pescador?
- Não.
- Lá no muro está escrito: utilidades, apetrechos, utensílios para pesca e pescador?
- Não.
- Então, meu caro, vai descamar em outro lugar.
Prá cá com essa.
3 – Chegou um casal, amor daqui, amor dalí; então perguntei-o: o que os amoricos vão precisa?
O cara me olhou com um olhar patriota
Você sabe o que é um olhar patriota?
Não sabe coisa nenhuma, a única coisa que você sabe é encher o meu saco.
Explicarei: olhar patriota, é aquele em que o sujeito baixa a cara e te encara com os cantos dos olhos, parecendo um boi indo para o pano do toureiro, sacou?
- A senhora perguntou-me: o senhor tem caixa para colocar bagulho?
- Aproveitei a oportunidade e devolvi o olhar patriota para o candango.
- Ele entendeu que o bagulho, no meu modo de interpretar, era o próprio.
- Veio uma vontade danada de falar: para quê caixa? Joga direto no caminhão do lixo.
Não tenho não, minha senhora; agora, por coincidência, o caminhão que apanha lixo está passando ai na frente da loja.
4 – Chegou uma senhora e falou: necessito de sua ajuda, tenho uma porta larga, composta de uma folha de vidro outra de madeira, porém, quando às mesmas se encontram emitem um ruído irritante, como poderei sanar tal ruído?
- Respondi: a senhora tem que convocar um marceneiro e um vidraceiro.
Reúna os mesmos com a senhora, numa mesa redonda, e coloca o assunto em pauta.
Eles, certamente, estudarão se existe alguma rixa, entre o vidro e a madeira, incompatibilidade de viverem juntos e outros mais.
Deverão chegar num consenso e tomarão às providências cabíveis.
- Obrigada.
- Sempre às suas ordens, senhora madame cidadã.
Saudade do Pitico No Botico; o mesmo está usufruindo das belezas da bela cidade de Floripa.
Chega, chega e chega.
Nada mais a registrar.
Abraços do Catarina Paranaense.
PS Com todo o respeito, achei  a essência deste blog, uma verdadeira babaquice.





terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

"ORAÇÃO DE UM PAI."



Senhor! Dá-me um filho que seja bastante forte para saber quanto é fraco; e corajoso bastante para se enfrentar a si mesmo quando tiver medo.

Um filho que seja orgulhoso e inflexível na derrota inevitável, mas humilde e manso na vitória.

Dá-me um filho cujo esterno não esteja onde devia estar à espinha dorsal.

Um filho que te conheça e saiba que conhecer-se a si mesmo é a pedra singular do saber.

Guia-o, eu te suplico, não pelo caminho fácil do conforto, mas sob a pressão e o aguilhão das dificuldades e dos obstáculos.

Que aprenda a manter-se ereto na tempestade; e a ter compaixão dos malogrados.

Um filho que saiba dominar-se antes de procurar dominar os outros.

Um filho que aprenda a rir, mas que não desaprenda a chorar.

Um filho que tenha olhos para o futuro, mas que nunca esqueça o passado.

E depois que lhe tiveres concedido todas estas coisas, dá-lhe compreensão bastante para que seja sempre um homem sério, sem, contudo se levar demasiado a sério.

Dá-lhe humildade, Senhor, para que possa ter sempre em mente, a simplicidade da verdadeira grandeza, a tolerância da verdadeira sabedoria, a humildade da verdadeira força.

Então, eu, seu pai, ousarei murmurar:
NÃO VIVI EM VÃO.

Gostou? Não escorrega nem um tostão, mão de vaca.

Abraços do Catarina Paranaense.




"PROVÉRBIO ÁRABE."



Provérbio Árabe, na realidade é um provérbio Itajaiense, contudo, como Itajaí pulveriza provérbio para o mundo, Marte e Lua, deixa quieto; faça de conta que é um verdadeiro provérbio árabe, sacou jacaré?
Vamos lá:

Não diga tudo o que sabes
Não faça tudo o que podes
Não acredite em tudo o que ouves
Não gaste tudo o que tens.

Porque:

Quem diz tudo o que sabe
Quem faz tudo o que pode
Quem acredita em tudo o que ouve
Quem gasta tudo o que tem.

Muitas vezes,
Diz o que não convém
Faz o que não deve
Julga o que não vê
Gasta o que não pode.

Proceda assim!
Seja Feliz.

Vocês observaram a riqueza das palavras,
A profundeza da filosofia prática?
Tudo de graça, sem cobrar um mísero tostão e você, uma mão de boneca, um murrinha do cão, um verdadeiro pão duro, nem sequer me oferece um centavo.
Sai de mim parasita, sai de mim.
Já notaram que eu estou muito invocado, ou melhor, já passei para o estágio de invocadérrimo e, quando um baixinho fica invocado, o melhor é sair de perto.
Prá cá com essa.
Abraços do Catarina Paranaense.