domingo, 29 de abril de 2018

"A VACINA".


Por mais uma vez, informo a todos, que tais registros são estritamente confidenciais, pois, se trata de assuntos relacionados ao degas, portanto, não metam o bedelho. Fim de papo.
Tais registros são elaborados de 100 em 100 anos, para o meu conhecimento.
Passei o domingo tentando eliminar mais uma goteira, sem sucesso. Não sei andar por cima do telhado, a última vez que tentei, das dez telhas pisadas, quebrei sete, é mole ou quer mais.
Sobra, portanto, uma única saída, ir pelo forro, tentando chegar até o local desejado; lá serrar o sarrafo, destelhar e fazer o serviço desejado.
Deveria existir uma lei que toda construção, no que tange a altura do forro ao telhado, fosse, no mínimo de 2,50m, no meu caso, é lógico. A merda é que a altura vai de 1m a 1,60m, nesses casos tenho que andar de gatinho.  A altura foi feita para nanico e não para mim.
O quê foi? Por acaso contei alguma piada? Larga do meu pé jacaré.
Não foi possível chegar ao local desejado, assim sendo, fiquei de cócoras, olhando com uma cara de ninguém para a goteira, e o jeito foi voltar. Uma verdadeira merda.
Envolvi escada, tábuas, e o escambau, a título de nada, absolutamente, nada.
Fica o registro.
Estou desanimado, cabisbaixo, triste, enjoado, desbundado, sem vontade de fazer nada e sem respectiva.
Diante de tal poço de misericórdia, nada melhor, para dar uma balançada, assistir o filme, que está explodindo no mundo, sucesso, absoluto, de bilheterias.
Nome dessa explosão cinematográfica: “TARZAN – O FILHO DAS SELVAS”.
Já dentro do filme, foi feito uma chamada de urgência, ou seja: “FOI LIBERADA A VACINA PARA A MELHOR IDADE”.
Pulei do sofá, fiquei em posição de sentido e falei: Mulher! Chegou a nossa vez!
Fui correndo para o quarto, abrir o cofre... Pausa... Cofre, na realidade, refere-se a uma caixa de sapato de ferro, com uma tampa e uma fechadura, contudo, apelidamos de cofre, um nome
pomposo , principalmente, quando se fala perante visitas.
Dentro do cofre achei aquela joia, uma verdadeira preciosidade, a carteira de vacinação.
Apanhei a mesma, coloquei em cima da penteadeira e solicitei para minha mulher o seguinte: uma camisa de mangas curtas, ou sem mangas.
Já deitado, pensei: Não é uma boa deixar a carteira em cima da penteadeira, toda precaução é salutar, principalmente, em se tratando de um documento tão importante.
Já pela manhã seguinte tomei aquele café gostoso, de posse da roupa, apanhei um pedaço de esparadrapo, pois, nem sempre fornece o mesmo, após a vacinação, e fui para o local da vacinação, um postinho da PMC.
Lá chegando, aquele tumulto infernal, todavia, o importante era apanhar a senha. Não pensei duas vezes, solicitei informações para uma funcionária que, com aquela educação peculiar, foi dizendo: “Vá para frente”.
Já na fila, para apanhar a senha, a motivação era total; chegando a minha vez solicitei: “Quero a senha para vacinação”! Tá na mão codina munitina. Epa! Larga do meu pé jacaré.
Já na fila de vacinação, encontrei gente da 3ª, 4ª, 5ª, 6ª e 7ª, da MELHOR IDADE.
Entre eles, um papo construtivo, só se falava de: Osteopenia, Osteoplastia, Osteoporose, Osteose, Osteotomia, Reumatismo, Artrite e Artrose. Eu estava anotando tudo, ocasião que chegou um senhor da 6ª melhor idade, e perguntou-me: “Você é jornalista? Pois está tomando nota de tudo! Não senhor, não sou jornalista, estou tomando nota de tudo, para consultar, em casa, no dicionário”!
Outro da 4ª melhor idade falou-me: “Já falamos de tudo, agora, chegou a sua vez”!
Pois bem, falarei de gota.
- Nossa gota! Já me mandei de casa para não ouvir mais a minha mulher falar de goteiras, agora, vem você com esse papo!
Senhor! A gota que me refiro é uma doença, tipo artrite, relacionado ao ácido úrico. É caracterizada por inflamações nas articulações.
Todavia, tenho problemas de goteiras em minha casa, contudo, às mesmas são diferentes, pois, são inteligentes, enganadoras e fugitivas.
Aparecem na sala, chego até lá, elas aparecem na cozinha, chego até lá, elas fogem para o quarto, e assim, sucessivamente.
Diante de uma chuva torrencial, não tendo o que fazer, em relação às goteiras, fui dormir de raiva. Já quase dormindo, senti umas cutucadas na testa; levei a mão e dei uma cacetada, todavia, a minha mão estava molhada, olhei para cima e nada mais, nada menos, do que uma famigerada goteira. Coisa de louco.
Agora, tenho uma goteira de estimação na megaloja (21m2). Ela aparece quando não deve.
Certa feita, diante de uma chuva torrencial, chegou uma madame, vinda do cabeleireiro, com um penteado, parecendo uma torta alemã.
Chegou desesperada, informando que já estava atrasada para o casamento, porém, necessitava de uma torneira. Parou e ficou olhando para as torneiras, uma exposição sem fim (três no total).
Ficou falando: Não sei qual que eu levo dúvida cruel.
Ela parou bem no local que pingava a goteira. Pensei! Isso vai dar merda, pois, a torta alemã, da mulher, estava recebendo a goteira numa velocidade muito grande.
Apanhei as torneiras e coloquei em cima da mesa, justificando-me da seguinte maneira: Minha Senhora! Aqui está mais claro, fica a vontade.
Por trás do pescoço da madame já era notório, um filamento colorido, é mole?
Pensou, pensou, e até que enfim, levou a torneira.
Olhei por cima da cabeça da mesma e observei que a torta alemã estava ensopada, ou seja: Uma torta alemã aquática.
Chegou a minha vez para ser vacinado: “Próximo”, e com aquela educação peculiar foi perguntando: Idade?
A outra já falou: Venha até aqui.
Nossa! A agulha não está firmando, pois, o senhor tem o braço macio!
Minha senhora, madame, vacinadora, curitibana, funcionária do postinho, sou itajaiense, tenho a formação do corpo de Tarzan, não me venha com churumelas, OK?
Olha Maria! Olha! Estamos atendendo o Tarzan, somos importantes.
Tarzan coisa nenhuma, isso tá mais para o cipó, do que Tarzan, e com um agravante, cipó amarelado.
Tá aqui a sua carteirinha, cipó amarelado.
O quê houve? Entrou tão alegre e saiu com a cara de quem não gostou?
Entrei que nem Tarzan e voltei como cipó, e o pior é que, um cipó amarelado.
Procurei o pedaço de esparadrapo, contudo, não achei. A preocupação aumentou, pois, se caísse uma gota de sangue, estaria frito. Uma gota de sangue de um itajaiense vale ouro, eis a minha preocupação.
Voltei para casa, com uma cara de ninguém, porém, com o braço estendido, missão cumprida.
Cheguei a casa, a mulher perguntou? Vacinou-se?
Estou vacinado como cipó amarelo, é mole?
Chega.
Abraços do
Catarina Paranaense.
PS = Senhor, daí pão a quem tem fome e fome de justiça a quem tem pão.


domingo, 15 de abril de 2018

OLHANDO PARA TRÁS - SIM. SAUDOSISTA - SIM, POR QUÊ NÃO?


Observo atentamente que, pessoas que se referem ao passado, pessoas que gostam de falar para o público, etc., quando se referem ao passado, logo se justificam, citando que não são saudosistas.
Não concordo com tais justificativas, sou saudosista, sim senhor, com muito orgulho.
- Esquecer os mortos é esquecer-se de si mesmo.
- O futuro de um ser humano está escrito no seu passado.
Não sou avental; avental é que tem frente, não tem fundo.
Não se pode projetar o futuro, esquecendo o seu passado.
Tenho boas lembranças dos meus entes queridos, que recentemente se foram infelizmente.
RONALDO HENRIQUE KOZAK = Meu cunhado, casado com minha irmã, um grande amigo.
Nardão ou Polaco, como era conhecido carinhosamente, deixou muitas saudades.
Tinha o hábito de me visitar na minha megaloja (21m2).
Após um bom papo, já na hora de se despedir, fazia um gesto, com o de do indicador, no sentido chamativo, já lá fora da loja. Atendia o seu chamado, ocasião em que o mesmo apontava para o novo carro adquirido.
Cara simples, nunca mostrou o nariz em pé, um elemento fora de sério.
Trabalhamos juntos, com representações comerciais.
Alguns registros, quando visitávamos a clientela juntos.
O Nardão com aquela calma que Deus lhe deu; eu, o Degas, sem pavio.
Após algumas visitas à clientela, quando os resultados não eram os esperados, eu, com toda sinceridade, começava a ratear.
O Nardão olhava para mim e falava: “Vamos parar naquela sombra de árvore, apontando para a mesma, e vamos saborear uma água fresca, que a Carmem (sua esposa) colocou no carro para nós”.
Após um quebra gelo, estratégia, que o Nardão sabia como ninguém usá-la, seguíamos em frente.
Mais algumas visitas, o degas, iniciava, novamente, mostrar o platinado com falhas.
O Nardão, novamente, usava a mesma estratégia, ou seja: “Vamos parar naquela sombra e saborear uma maçã, que a Carmem colocou no carro para nós”. Maçã é uma fruta muito boa para a saúde.
O Nardo, em épocas anteriores, foi transferido para Rio Negrinho –Santa Catarina.
Assim sendo, nossa família e a família dele, passávamos as festas de fim de ano, em sua casa, em Rio Negrinho.
Certa feita, todos reunidos na sala da casa do Nardo, o mesmo chegou, e fez a seguinte pergunta: “Vocês querem folhinhas (calendários)”?
Todos afirmaram sim.
O mesmo foi até o quintal, apanhou folhas de uma árvore e entregou na mão de cada um.
Esse era o Nardo.
Infelizmente tudo isso acabou, com o silêncio enviado pela uma coisa chamada Morte.
ANTÔNIO CIPRIANO DE BORBA = Conhecido, carinhosamente, entre todos, como DICO.
Meu cunhado, irmão de minha esposa, e um grande amigo.
Elemento muito alegre, não deixando a tristeza chegar perto do mesmo.
Sempre de bom humor.
Certa vez, num dos casamentos de meus filhos, era comum chegar de Joinville-SC; um ônibus lotado de nossos parentes, daquela cidade.
Eu, como um péssimo assador de carne, estava me batendo, para atiçar o fogo na churrasqueira; o Dico foi chegando e falando: “Cai fora Catarina, deixa que eu assumo o comando.
Naquela hora tive a impressão que o Dico caiu do céu.
Na mais pura gozação com todos, o Dico tirou de letra, a carne assada para uma multidão de gente.
Em sua casa, em Joinville-SC, o atendimento de recepção do Dico, era fora de sério, um elemento bem com a vida.
Infelizmente, tudo isso acabou, com um silêncio enviado pela coisa chamada morte.
OSVALDIR DE ALMEIDA – Meu irmão, um contador de piadas nato, com um repertório fora de sério.
Após uma convivência longa, formamos nossa família; ele pai de dois filhos e uma filha, eu, nas mesmas condições, dois filhos e uma filha, resultando em duas famílias unidas, através das crianças, com as mesmas idades.
Eu frequentei o balneário de Enseada, São Francisco do Sul/SC, por quinze anos, durante minhas férias.
O meu irmão, mesmo não tendo férias, ficava sabendo das minhas, e sem, titubear, entrava em férias por sua conta.
Eu sempre perguntava você não está em férias, e como ficará o seu emprego?
- Se eu for demitido, arrumo outro emprego, e vamos nós.
O cara era muito divertido, não esquentava a cabeça com nada.
Tinha o hábito de falar: Você é uma cabeça quente!”
Por vários anos, o Osvaldir, com seu Fusquinha 1968, colocava as duas famílias dentro do mesmo, e vamos nós, sentido de Enseada.
No começo, com as crianças, ainda bebês, parávamos à margem da Federal, improvisando fogo, fogareiros e panelas, a fim de fazer o mingau da gurizada. Criançada já abastecida, vamos nós, sentido à praia.
Lá, era só alegria, muita praia, pescaria, passeios, muito camarão, muito peixe, uma vida mansa e gostosa.
Eu sempre fui meio acanhado, quieto, meio babaca, entretanto, o meu irmão, era prá frente, criativo, sem dar muito bola para a vida e os problemas.
Nos casamentos de meus filhos, na vinda de nossos parentes de Joinville/SC., reuniam todos em volta de meu irmão, para ouvir suas piadas boas e engraçadas.
Nos fins de anos, ele chegava com sua família, olhava para mim, e perguntava? O que temos para comer? Cara é hora de comer e viver deixa os problemas para o futuro.
Não comprou nada ainda? Vamos ao Supermercado comprar alguma coisa, assar e comer.
Assim era o meu irmão.
Todavia, tudo acabou o silêncio visitou-nos, por mais uma vez, enviada pela coisa chamada morte.
DILMA BORBA – Esposa do meu cunhado Dico, cunhada de minha esposa.
Sempre alegre sorridente.
Quando de nossa visita, em sua casa, vinha sorrindo, olhava para minha mulher, e com um sorriso de satisfação, falava: “Oi Inha (nome carinhoso de minha esposa), que bom que vocês vieram”.
Outro silêncio, oriundo daquela coisa chamada morte.
São pessoas, entes queridas, que se foram, acabou, acabou mesmo; a vida de quem fica, também, vai acabando, ficando uma tristeza profunda, sem muitas explicações.
Nada mais a registrar, apenas, saudades, saudades e saudades, nada mais.
Abraços do
Catarina Paranaense.


terça-feira, 3 de abril de 2018

NOVAMENTE?


Já registrei que faleceram dois cunhados e dois amigos e meu irmão, sendo que um cunhado e meu irmão deixaram esse mundo no ano vigente, ou seja, 2018.
Meu cunhado faleceu em 23-01-2018, e meu irmão, em 08-02-2018.
Hoje, dia 03 do corrente, recebemos ligação de Joinville/SC. Informando-nos que a mulher desse meu cunhado, falecido em 23-01-2018, também, faleceu, é mole ou quer mais!
Morte! Tenho um grande respeito por você, contudo, não é hora de brincar com velório; brincadeira estúpida e sem graça.
Larga do meu pé jacaré!
Minha estrada da vida é repleta de espinhos, agora, mais espinhos doloridos? Não tenho culpa se no dia de meu nascimento, ao invés de uma estrela, brilhou uma cruz; aí a confusão distorcida e maléfica.
Pétalas! Pétalas! Onde se esconde? Não há um meio de abrir uma exceção e jogar uma porção de você em meu caminho?
Quanto mais honestidade pratico, mais cacetada levo no lombo?
O casal se foi, ficam dois filhos adolescentes, que precisarão de um chão maciço e pactado com pedras e asfalto, para manter o equilíbrio do dia-a-dia, caso contrário, todo cuidado é pouco.
Meus sobrinhos, ao invés de palavras diretas, creio que será bem mais oportuno, deixar alguns registros, para suas reflexões.
O Senhor é o meu pastor; nada me faltará.
Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente a águas tranquilas.
Refrigera a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça por amor do seu nome.
Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam.
Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos, unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda.
Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na Casa do Senhor por longos dias.
- Esperei com paciência no Senhor, e ele se inclinou para mim, e ouviu o meu clamor.
-Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia.
-Ó minha alma, espera somente em Deus, porque dele vem a minha esperança.
-Não declines nem para a direita nem para a esquerda; retira o teu pé do mal.
Meus sobrinhos, diante do ocorrido não tem o que contestar, pois Deus é Senhor da Vida e Senhor da morte.
A porta que Ele abre ninguém fecha, e a porta que Ele fecha ninguém abre.
Saulo de Tarso, até aí, um valente, um inimigo do povo cristão, tentou enfrentar Deus e eis o que aconteceu: E, caindo em terra (Saulo) ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por quê me persegues?
E disse o Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Duro é para ti recalcitrar contra aguilhões.
Num linguajar mais simples: Bobagens querer bater em pontas de facas.
Não queira resistir, desobedecer, pois, é vão resistir quando o poder é grande, superior a você.
O restante da vida de Saulo já é de conhecimento de todos.
Portanto, meus sobrinhos, o foco é Jesus, fiquem firme Nele, e Ele será o GPS Divino de vocês, sem sombras de dúvidas.
Sejam fiéis, não se esqueçam de Deus, e Ele proverá, com toda certeza.
A paz Do Nosso Poderoso Deus será sempre com vocês.
Osvanir, Aurea e família.