segunda-feira, 29 de agosto de 2011

"O SONHO."


Sonhei que recebi um embrulho e, em cima do mesmo, estava escrito: ”durabilidade = 100%, desgaste do manuseio = 69%.
Perguntei: o que isto? Uma voz respondeu: abra.
Abrir e observei que se tratava de um livro, já bastante surrado devido o manuseio. Perguntei: o que faço? 
A voz disse: folheia o mesmo, o que atendi.
Fiz uma vistoria relâmpago e notei que em todas às folhas existiam uma figura da árvore de natal com velas em castiçais.
1ª folha = observei uma árvore de natal, com todas às velas acesas. Ao lado da árvore os seguintes dizeres: “sua infância,”
2ª folha = a árvore de natal, com 70% das velas acesas, com os seguintes dizeres: “sua juventude e seus problemas.”
3ª folha = a árvore de natal com 100% das velas acesas, com os seguintes dizeres; “sua carreira profissional.
4 ª folha =  a árvore de natal com 80% das velas acesas, porém,  em duas velas observava-se brilhos intensos, com os seguintes dizeres: “seu casamento muito bem estruturado, com superação dos problemas do dia a dia.
5ª folha = a árvores com 60% das velas acesas, destacando-se, 5 velas, pelo brilho cintilante, com os seguintes dizeres: “a família = casal e três filhos. Muitos problemas, porém, todos controlados e superados, pela união familiar. São cinco elos que formam uma corrente. A corrente representa a resistência e união dos membros.
A família que permanece unida jamais será vencida.
6ª folha = a árvore de natal com 50% de velas acesas, destacando-se 8 velas com brilhos irradiantes, representando o casal, três filhos, um genro e duas noras.
7ª folha = a árvore de natal com 50% das velas acesas; tendo como destaque 9 velas, com chamas incandescentes.
8ª e última folha = 100% das velas acesas, coloridas como às cores do espectro solar, com uma observação, em letras salientes e abrangentes, a saber: O FUTURO.
Perguntei: “que livro é este?” A voz respondeu: fecha o livro e veja o que está escrito na capa. Fechei e notei que estava escrito, com letras douradas, o seguinte: OLDSV.
Frisei: não consigo decifrar. A voz respondeu: escreva:
O = O
L = Livro
D = De
S = Sua
V = Vida.
O.K. Respondi = O livro de sua vida; mas a vida de quem?
A Voz respondeu compassadamente: “A SUA VIDA.”
Fiz mais uma pergunta: Se é a minha vida tenho dúvidas, quanto a folha nº 7, ou seja, 9 velas salientes e brilhantes; 8 já decifrei, eu, esposa, três filhos, um genro e duas noras, e a nona?
A Voz explicou: sua netinha, o coquinho ou a Tiz, como queira.
Mais uma dúvida: por quê algumas velas da árvore estão apagadas?
A voz respondeu: representam seus problemas do dia a dia, porém, todos superáveis, reflexo de sua união conjugal e familiar.
Neste momento me acordei e observei que ao meu lado estava uma vela, com chamas incandescentes, brilhantes, radiantes e cintilantes, ou seja, minha esposa, minha companheira.
Conclusão: SEM COMENTÁRIOS.

O Catarina Paranaense.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

"TALENTOS DA MATURIDADE."


O Santander já revisou, aprovou e liberou a minha matéria em “Talentos da Maturidade.”
Nome de meu trabalho: “A Gota D’Água Imbatível.”
Estou concorrendo na categoria “Literatura/Contos.”
Vai lá, aprecie as peripécias da famigerada gota.
www..talentosdamaturidade.com.br/vanico.
Abraços do Catarina Paranaense.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

"UMA NOITE ROCAMBÓLICA."


Noite de 24-08-1942, uma noite rocambólica. Rocambole de carne, rocambole doce e até os dígitos, que representam a idade do aniversariante, o crica, tem formato de rocambole, eis:
Se você deitar o seis ou nove, observará que se trata do formato de um rocambole não acabado, ou seja, começaram a enrolar e não terminaram. Estou errado?
Espero que não venham acabar de enrolar prá cima de mim; sai de mim jacaré.
Uma mesa farta, lotado de pessoas; não sei se terei condições de contá-las. Seis adultos e uma criança, a Tiz.
Conseguir observar o seis e o nove como um rocambole não acabado é lance de gênio, todavia, não estou preparado para enfrentar mais uma explosão de intelectualidade; vamos devagar.
É tanto lance que corro o risco de passar de blogueiro para um blog. Tá bom, tá bom, “post.”
Coisa mais chata estes termos de computação: logofando, delete, f1,f2, f sei lá do que, control A-B-C-T-V-Z e afins. Control Z ainda sou chegado, pois, você suja na moita e senta em cima, castiga o control Z, e consegue sair da moita. Comete duas cacacas e elimina uma.
Quanto à outra? Chama o véio.
Todo mundo com o pandulho cheio, hora da despedida e fim de aniversário do crica.
Quando já estávamos em condições de dormir, o véio gritou: “estourou, estourou.” Eu fiquei na minha, pois, falar que o meu saldo bancário estourou não me tira o sono.
Paaaai estourou a lâmpada do meu quarto.
Dúvida cruel; o estouro seria pra brindar o aniversário do crica, ou um aviso que o rumo aos setenta seria uma pedreira? Heim?
O filho e a nora, ainda no embalo do estouro da intelectualidade, inclusive, creio que saltou algumas faíscas nos mesmos, usaram a criatividade em alto som e, após um rápido papo, iniciaram a assoprar; uma pausa: é assoprar ou soprar? A Língua Portuguesa é de lascar o cano.
Vamos fazer uma experiência: vou soprar: vuvuvuvuvuvuvuvu (este vu vu é uma imitação do vento, proveniente do sopro, agora se você tem outra maneira, fica para você.
Vou assoprar: vuvuvuvuvuvu; tudo a mesma “M”.
A tendência do assopro ou sopro dos mesmos tinha como finalidade fazer a lâmpada reviver.
Após certo cansaço, convocaram uma rápida reunião, e chegaram a um consenso, que seria bem mais salutar terceirizar o sopro ou assopro. Dentro de uma jogada de mestre, espelhado em seu pai e sogro, contrataram o ventilador. Com licença, é uma montanha de inteligência.
Tal filho, tal nora, tal pai, tal sogro, coisa de louco, ou melhor, de intelectual.
Após várias tentativas, a lâmpada ainda muito fraca colaborou, deu uma piscadela e despediu-se; fim da mesma.
Abraços do Catarina Paranaense num ritmo rocambólico.
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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

"A CRUZ QUE BRILHOU."


Você que é ligada em literatura, pesquisa e buscas, atente para os dois quesitos que citarei abaixo.
O primeiro já foi provado e comprovado.
O segundo você terá que usar a massa cinzenta. O.K?
1º - Josué, com autorização de Deus, aos olhos dos israelitas, deu a seguinte ordem: Sol detém-te em Gilbeom, e tu lua, no vale de Ajalom. E a ordem foi cumprida imediatamente.
2º - No dia 24 de Agosto de 1942, ao invés de uma estrela, brilhou uma cruz no céu. Inversão fenomenal da natureza.
Eu pessimista?Eu? Vocês não me conhecem. Não sou formado de músculos, e sim de fibras. Como é do conhecimento de vocês, a fibra quanto mais apanha, mais vibra, e quanto mais vibra, mais libera energia.
Antes de fechar o pijama de madeira, reverterei à situação, farei da referida cruz, uma das mais cintilantes estrelas do Universo.
O dia de hoje está cheio de emoções, para acalmar a situação, aplicarei a 1ª e 2ª sessão da terapia do grito.
1ª sessão: ahahahahahahahahahahahah mais um pouco ahahahahahahahahahahahah. Dá-se a impressão que estou rindo, na realidade, estou rindo sim, entretanto, rindo de raiva.
2ª sessão: aiaiaiaiaiaiaiaiaiaiaiaiaiaiaiaiaiai – você têm que provocar uma pseuda loucura;. Agora, caso queira eliminar a pseuda, fique a vontade, vou direto à loucura.
Sou um privilegiado, apesar de não ter conhecido o psiquiatra francês Philippe Pinel, sou vizinho do Pinel. Ainda cito aquele conhecido ditado: não sou Dono do mundo, entretanto, sou filho do Dono.
Meu Deus! Estou tendo uma crise de sabedoria e inteligência; ambas estão vazando pelos poros; estou com outra crise de porosidade intelectual.
Estou na eminência de sofrer uma explosão de intelectualidade.
Abraços do Catarina Paranaense – ainda na fase da cruz.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

"O TEOREMA DOS NÚMEROS."


24-8-42 e 69.
Vamos trabalhar um pouco em cima destes números, ou melhor, descascar o camarão:
24 = 2 x 4 = 8
8 = oito é oito, vocês concordam?
42 = 4 x 2 = 8
Tudo se transformou em 8.
O 8 não tem pé nem cabeça, do jeito que você olhar, ele é 8; de lado, de perfil, de pé, de cabeça, se bem que ele não tem nem um, nem outro. Resumindo, é 8 em todos os aspectos.
69 = também, não têm pé, nem tão pouca cabeça; do jeito que você encarar, não deixa de ser 69.
Existe um ditado, muito utilizado pelos antigos, inclusive pela bisavó de minha avó, também, conhecida de meu irmão; inclusive achava ele muito educado, que perante uma situação embaraçosa, sem início, meio e fim, qualificavam de uma situação “sem pé e sem cabeça.” Uma verdadeira quizumba.
Agora, fico pensando com os meus botões, será que atravessarei um ano quizumbado, ou seja, sem pé e sem cabeça?
Não, não e não. Pensamento positivo Catarina, pensamento positivo. Pense grande, pense confiante, pense e use o ão. Por exemplo: lojão, dinheirão, comidão, pão, ou melhor, pão é pão, mas vamos enxertar: chinecão, bengalão, duplicatão. Epa! Vamos devagar, duplicatão não senhor! Duplicatinha. O correto seria nem falar neste documento nesta hora, pois estou tentando levantar a moral futura, ou seja, no ano que estou prestes a mergulhar.
Alguns eventos históricos, a saber: (entende-se 24 de Agosto)=
Ano 79 = As cidades de Pompéia e Herculano são destruídas pela erupção do vulcão Vesúvio.
410 = Roma é saqueada por Alarico I.
1572 = Massacre da noite de São Bartolomeu em Paris.
1690 = Fundação de Calcutá, na Índia.
1891 = Thomas Edison patenteia a câmera de cinema.
1931 = França e a União Soviética assinam um tratado de neutralidade.
1954 = Suicida-se, com um tiro no peito de um Colt calibre 32, o Presidente do Brasil, Getúlio Vargas.
1968 = No Pacífico, a França deflagra a sua primeira bomba de hidrogênio.
1981 = Mark David Chapman, assassino de John Lennon, recebe a sentença de prisão perpétua.
Esqueceram do acontecimento mais marcante da história; neste dia, nasceu na cidade de Itajaí, a futura Capital do Mundo e do espaço sideral, o indiscutível Catarina. Tal falha é injustificável.
Abraços do Catarina Paranaense – o esquecido.




"AS SAPATAS DO ANÊMICO."


Beleza pura! Beleza pura! Beleza pura! Chega, chega de beleza, caso contrário, partimos para o lado da frescura.
Acabo de sair do borracheiro, o anêmico com as sapatas novas, eu também com sapatos de Floripa, enfim uma verdadeira festa.
Epa!Epa!Epa! O anêmico está dançando no asfalto, de alegria. O carro está indo para um lado e eu para outro. Já não estou com a banda larga inferior em dia, isto vai causar um atrito infernal, provocando a famosa “b.l.inferiorite.”
Pronto cheguei com anêmico em casa; colocarei o mesmo na garagem e vamos à luta.
Apenas uma observação ou pergunta para os letrados? O correto é garage ou garagem, heim? Ou ambas estão certas? Se ambas estão certas?Prá que duas?
Vamos ao que interessa. No dia seguinte, ao abrir o lojão; estou com mania de ão. Mudei o modo de atender o cliente: você tem vassoura? Tenho vassourão. Têm martelo? Só martelão. Têm tesoura? Só tesourão; e por aí vai.
Estou na abertura do lojão (21m2), ao olhar para as sapatas do anêmico, levei um susto, ou melhor, fiquei em dúvida. Os pneus trazeiros, pomposos, cheio de ar nos pulmões, vendendo saúde. Já os dianteiros, apresentaram bochechas, semelhante à inflamação do canal do dente.
Dúvida cruel; vamos sentir o parecer de outros. Primeiramente do doador das sapatas, o veio (pronuncia-se o e aberto). A Língua Portuguesa não é fácil, você tem que escrever como eles querem, porém, explicar por tabela. Eu me refiro a véio(velho). Dane-se a regra, é véio, véio e véio, e pronto. Para encher o saco, mais uma vez, véio. Fala véio: volte ao borracheiro para aferir a calibragem.
Eu não posso voltar ao borracheiro, pois, prometi ao mesmo que voltaria para fazer geometria e balanceamento das rodas, porém, o meu banco, o bolso, acaba de informar que tal despesa foi programada para ser realiza em médio prazo.
Vamos ouvir outras sugestões: Lá vem o canhanha. Seu canhanha? O pneu tá vazio ou não tá? Não tá não, o falso esvaziamento é o peso do motor. Grande canhanha.
Mais um; a pouca sombra. Seu “PS”, tá vazio ou não tá? Não tá, é defeito de ótica.
Grande “PS”, quando abre a boca, o mundo se cala.
Mais um, o bicanca. Seu bicanca tá vazio ou não tá? Balançou a cabeça e despejou uma montanha de dúvidas; chegou esvaziar a bicanca.
Lá vem o australiano; o cara é brasileiro, porém, como tem um filho na Austrália, arrota dólares. Seu pai do outro lado do mundo, tá vazio ou não tá? Sei lá, quem pode responder é um borracheiro, leve num.
Borracheiro prá cá, borracheiro prá lá; estão me achando com cara de borracha?
Há o Google! Como é que me esqueci do meu quase parente?
Vamos à pergunta: Google? Tá vazio ou não tá? Resposta: Mané, o carro não é teu? Então quem deve saber se está vazio ou não, é você!
Temperamental, o Google é temperamental; acabou a dúvida o cara é meu parente.
Abraços do Catarina Paranaense – na dança da banda larga inversiva x anêmico.


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sexta-feira, 19 de agosto de 2011

" ÀS GOTEJANTES."


Existem alguns ditados, ditos ou colocações, como queiram, usados pelos antigos, que funcionaram, funcionam e funcionarão, por exemplo:
1 – O que não presta já vem de berço;
2 – O pau que nasce torto não tem jeito, morre torto;
3 – A fruta não cai longe do pé, e por aí vai.
Um momento, falei antigo, deixe-me dar uma espiada na minha identidade. Epa, seis dígitos, enquanto às demais possuem um caminhão de dígitos; então estou no rol dos antigos, ou melhor, dos idosos; este termo pega melhor.
Então o bochicho em torno de meu irmão tem fundamento, ou seja, dizem que o mesmo ajudou Noé a construir a arca.  
O mesmo, também, pertence ao rol da “melhor idade.” ETA termo demagógico, melhor idade!
Vou definir o conceito mais próprio para tal faixa etária; primeiramente subirei numa escada, a fim de propagar para todo mundo.
Plac1, plac2, plac3, plac4, plac5 e plac6.
Plac = o barulho para subir nos degraus; 1 a 6 = corresponde o número de degraus.
Pronto, estou no sexto degrau, agora vou me agarrar na escada, pois a tontura está presente.
Na melhor idade se sente tonturas? Claro que sim.
Agora vou falar o termo mais apropriado para essa faixa etária: PÉS NA COVA, sim pés na cova, eu sou um pés na cova, ou melhor, PÉS NA COVA DE ALMEIDA e passa a régua.
Mas vou voltar ao que interessa; baseado nos ditos dos antigos, às Cataratas do Iguaçu, convocaram uma reunião, em caráter emergencial, cuja pauta prendia-se em torno da expulsão de todas às gotas d’água com tendências perniciosas, ou seja, aquelas que penetravam nas casas, transformando-se em goteiras, com intuito de infernizar a vida de seus moradores.
Foi uma debandada em massa.
Às excluídas, por conseguinte, convocaram outra reunião, sendo que 60% escolheram como destino a Capital dos paranaenses, e das tais, 30% aterrizaram na casa do Catarina; no caso a minha casa.
Para vocês entenderem essas gotas com tendências às goteiras, classificarei da seguinte maneira:
1 – goteiras pingue-pongue: aparecem na sala; você elimina o problema, elas aparecem na cozinha, e assim sucessivamente; uma verdadeira praga.
2 – goteiras perturbantes: um verdadeiro inferno.
Certo dia o meu filho caçula chegou bastante aborrecido e foi diretamente para o seu quarto.
Aguardei por uns momentos e fui verificar a situação. Encontrei o mesmo sentado, estático, com o computador no colo. Observei o mesmo com o cabelo lambido, creio que tinha passado brilhantina no cabelo. Pensei, será que o mesmo está ensaiando alguma peça teatral? Ele nunca teve inclinação para tal! Representará Napoleão? O cabelo lambido tendia para tal. Notei, também, o seu rosto avermelhado, reflexo da tela do computador. Pensei, será que o mesmo está checando o meu saldo bancário, provocando, no mesmo, um estado de choque? Perguntei-o? Tudo bem? O mesmo simplesmente apontou com o dedo para cima; no mesmo momento entendi, a famigerada goteira atacou.
Então entendi toda situação; graças a Deus, não tinha nada haver com o meu saldo bancário.
Outro dia, recebemos a visita de meu filho e nora, que residem em Floripa. Chegaram contentes e após um bom papo foram para a sala ver televisão. Eles adoram a minha televisão, uma Colorado RQ, reserva de qualidade. A mesma funciona no tranco, ou seja, você liga, dá um murro na molera e depois outro na região lombar. A mesma provoca um som e uma imagem de primeira. Coisa de louco.
Na primeira espiada, observei que os mesmos estavam na primeira poltrona, logo depois na segunda, e por último na terceira.. Após alguns minutos, observei que os mesmos estavam no lado de fora da casa, com o vitrô aberto, vendo televisão naquela posição. Perguntei o motivo de ficar fora da casa para assistir TV? Os mesmos informaram-me que estavam encalorados, motivo pelo qual, preferiram ficar daquele jeito. Temperatura em Curitiba Oº.
Não contente com a resposta, verifiquei que todas às poltronas estavam molhadas, oriundas das famigeradas goteiras.
Passado algum tempo, visitaram-nos novamente, agora bem mais protegidos, pois, montaram uma barraca na sala, justificando que estavam fazendo um treinamento na barraca, para posteriormente freqüentar camping.
Entraram na barraca e ligaram a TV, entretanto, às goteiras com tendências perniciosas, caiam no chão e respingavam dentro da barraca, coisa absurda. O lado bom da coisa é que não precisaram tomar banho.
Recentemente recebi um telefonema dos mesmos, informando-me que melhoraram a defesa, ou seja, compraram uma barraca impermeável, sem abertura, e o contato com o exterior, inclusive programas televisuais, são captados por intermédio do telescópio.
Vamos aguardar para sentir o funcionamento, sem perturbações de goteiras.
Observando a barraca de meu filho e nora, veio uma idéia espetacular, ou seja, no lugar de minha casa, que também faz parte dos idosos, poderia montar um IGLU, isto mesmo um iglu. Além de me livrar das goteiras impertinentes, poderia criar um ponto de turismo mundial, pois chamaria atenção do mundo, com a seguinte chamada: VISITEM O IGLU DO ESQUIMÓ ITAJAIENSE.
Isto não é idéia, mas sim, uma explosão de inteligência; hoje eu estou demais. Terminando este post, passarei um e-mail para mim mesmo, rasgando elogios.
3 – goteiras inconvenientes –Elas gostam de aparecer quando estamos com visitas.
Dias atrás fomos visitados por conhecidos que saíram de um salão de cabeleireiros, pois estavam de partidas para um casamento de parentes. Dentre os presentes observei uma senhora que estava com um penteado que denominei de ninho dos pássaros, ou seja, um tubo de cabelo em cima da cabeça. Para terem dimensões do tubo, comportaria tranquilamente um papagaio, um marreco e uma gralha.
Já na mesa do café, num dia chuvoso, a desgraçada da goteira inconveniente, agradou-se do penteado e começou o pinga pinga. A referida senhora, diante da mesada, principalmente da chineque com farofa, nada percebeu. Ficaram na mesa por m/m 40 minutos. Quando a dita cuja saiu da mesa, o ninho de pássaros comportaria, no máximo, um casal de canarinho Belga. Passou de ninho dos pássaros para um penteado aquático.
4 – goteiras dietéticas – certo dia, levantei nos cascos, dei umas marteladas nos cravos da ferradura e fui tomar café da manhã. Dia chuvoso, apanhei o pão, abrir pelo meio como de praxe e quando fui colocar manteiga, para não dizer margarina, observei alguma coisa estranha. O pão começou a ficar mole que nem um mingau e branco que nem a farinha de trigo. Fiquei observando aquele pão desfalecendo na minha frente. O quê fazer? Fazer o quê? Chamar um técnico panifício para tentar salvar o pão? Tarde demais, o pão ficou num mingau. Olhei para cima e observei uma cachoeira de goteiras na direção do pão, já falecido. Senti-as falando: uma por todas, e todas por uma.
Indignado, com fome, pulei da cadeira e fiquei sem o bendito café.
5 – goteiras musicistas – Já na sala com algumas visitas, dia chuvoso, em certa altura notei um toc...toc...toc...e o toc toc foi acelerando, parecendo um sambinha. Observei a cabeça das visitas balançando, chegando a certa altura já estavam praticamente dançando sentadas. Até o meu pé acompanhava o ritmo.
Uma senhora, bastante animada, perguntou-me: donde vem este batuque maravilhoso? Respondi: da vizinha; ela possui uma banda e está ensaiando. Como se chama a banda, perguntou a referida? Respondi: Dona Zefa e suas gotejantes.
Na realidade não era nada disto, mas sim, às famigeradas goteiras que gotejavam no forro.
6 – goteiras da doençaria -  certo dia me dirigir para o water closet, também num dia chuvoso, sentei no boca larga, com a finalidade de realizar o ato sublime.Já na posição de tiro, senti uma cócega na nuca; aquilo foi aumentando, olhei para cima, nada mais do que uma goteira. Procurei me desviar fazendo um giro de 180º no boca larga. Nenhum resultado positivo; a pressão arterial adicionado ao sistema nervoso foi tão intensa que perdi a noção da situação. Quando dei por mim, estava em baixo do pé de araçá, em cima de um pinico;. situação patética.
A chuva tinha dado uma trégua, entretanto, bateu um vento desfavorável, mexendo com força todas às folhas existentes no araçá, acarretando uma descarga de gotas d’água em cima de mim; numa situação extrema, apanhei o pinico e gritei: para o bem de todos e a felicidade geral de todas às residências e seus moradores, declaro eliminação total e  absoluta de todas às goteiras.
Vou até o Google eliminar algumas dúvidas escrita neste post.
Falar em Google, cara simpático, inteligente, atualizado, disponível, aberto, agora nunca se pesquisou a origem deste cara. O cara é “QE”, quociente excepcional. Para aí! Se o cara é “QE”, tem tudo para ser oriundo de Itajaí, minha terra, com grandes possibilidades de ser do bairro da Vila Operária. Meu Deus! O cara pode ser meu parente? Google de Almeida!
Estou começando a ficar preocupado, pois, sou proprietário do buraco negro; futuro presidente da Associação de Bicologia do Paraná; futuro proprietário do maior ponto turístico do mundo, o “IGLU”; e probabilidade de ser parente do Google.
Necessitarei de segurança pessoal, pois, atualmente tenho apenas três trancas, duas na porta da sala, e uma na porta da cozinha; como farei?
Alguém se habilita a me orientar?
Às vezes vale à pena ter “QI”, quociente de ignorância, ao invés de “QE”.
Ufa! Que dia!
Abraços do Catarina Paranaense – O Vulnerável.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

"UM LUGAR CATIVO NO COLO DO CAPETA."


Fomos visitados por um gatuno. O mesmo além de subtrair uma série de pertences, sujou na sala e espalhou por diversos lugares.
Fico me perguntando: se abrisse a cabeça desse calhorda, o que encontraríamos? Intestino?Não e não, pois estaríamos ofendendo um órgão que não tem a ver com a situação.
Encontraríamos carniça, isso mesmo, carniça, ou melhor, esse crápula é uma carniça em absoluto.
Volto a bater na mesma tecla, ou seja, o ser humano sem Deus se torna um imbecíl, um
 Irracional, um corpo sem cérebro.
Vagabundo, ordinário, faz suas necessidades e ainda limpa com roupa dos outros.
Monte de estrume age na calada da noite, pois não tem caráter para enfrentar sua vítima.
Nosso consolo é que esse calhorda tem um lugar cativo no colo do capeta, nos quintas do inferno.
Do Catarina Paranaense – revoltado e indignado.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

"O BURACO NEGRO."


A minha casa tem um elo entre a cozinha e às demais dependências.
Trata-se, na realidade, de um corredor de 2,50m x 3,50m.
Este corredor apresenta uma curiosidade interessante, um buraco negro; é isto mesmo, um buraco negro.
Semana PP, a minha filha olhou para o buraco negro e fitou os olhos em mim e lascou: paaaaaaai! Quando eu era criança, já existia este buraco negro, agora, já tenho uma filhinha e este buraco negro continua ali; o senhor não vai tapá-lo não?
Fiquei um tanto chocado com a colocação da minha filha; pois não se trata de um simples buraco negro. O mesmo já faz parte da família e tem atravessado gerações.
Este buraco negro, às vezes chora esporadicamente solta gotas d’água; às vezes fica ressequido, precisando de laxante e por aí vai.
Quando você entra na minha cozinha, você dá de cara com uma mesa. Nesta mesa fazemos nossas refeições, choramos às mágoas e damos risadas.
Aproveito a referida mesa para fazer o meu balanço financeiro do mês.
Quando termino o levantamento financeiro, observamos uma verdadeira pintura, pois a cor e os números em vermelho são salientes. De tanto calcular e fazer balanço familiar, em cima deste mesa, tornei-me um técnico em administração do passivo.
Certo dia, recebemos visita, e junto com a mesma, veio um conhecido da visita, um bicão.
Você entrando na cozinha, caso ocupe o lado esquerdo da mesa, você dá de cara com o buraco negro.
Através das reações dos músculos da face, você consegue ler os pensamentos de quem fita o dito buraco negro. Algumas leituras possíveis:
1 – Nossa! Um buraco negro no forro da casa, que vergonha? Se fosse à minha casa eu já teria mandado tapá-lo.
2 – Que relaxo? Uma pouca vergonha!
3 – Qual a finalidade deste buraco negro? Gente sem capricho; e por aí vai...
Voltando ao caso do bicão, que veio junto com a nossa visita, o mesmo sentou-se no lado esquerdo da mesa.
Primeiramente, antes do café, aquele velho papo demagógico: como vocês estão conservados! Que família bonita e unida! Que casa bem arejada, gostosa!
E você, sabedor da demagogia, agradece: obrigado, muito obrigado, a família e o buraco negro agradecem sinceramente.
Hora de encher a barriga. O bicão apanhou um caneco, ou melhor, uma tigela. A metade da jarra do café já foi para cucuia; entretanto, quando o mesmo levantou a tigela para saborear o café, botou os olhos no buraco negro e foi acometido por um poder de concentração inexplicável; pois ficou estático, mexendo, apenas, às mãos, a boca e o nariz; um movimento mecânico. A concentração foi tamanha, que o mesmo começou a tomar o café pelas narinas.
Fiquei preocupado, pois, o cara poderia ser acometido por um engasgamento nasal (este termo faz qualquer professor da língua portuguesa se mexer no túmulo).
Nasal é modo de se expressar, pois, o nariz do bicão assemelhava-se a uma bata doce roxa; imagine uma batatona.
De tanto o bicão colocar o café nas narinas, o nasal passou por uma metamorfose, ou seja, passou de batata doce roxa para uma pitanga avermelhada.
Como eu sou um cara prevenido e precavido, apanhei a minha régua siliconada e consegui introduzir na asa da xícara; uma pausa: xícara é com “x”? Vamos ao dicionário, pimba, pimba e pimba, achei! Eis o que diz: “geralmente se escreve com “g”, porém, sempre foi com “s”. Não ajudou absolutamente nada, deixa para lá.
Voltando a situação do bicão, introduzir a régua na asa da xícara e consegui conduzir a tigela na sua cavidade bucal, um meio do cara não morrer engasgado.
Pense num jogo de sinuca, você querendo acertar a bola sete na caçapa; m/m o que eu estava tentando fazer.
Falei em cavidade bucal, caçapa, entretanto, para ter noção da boca do bicão, pense numa gamela, isto mesmo, uma gamela; ou você não sabe o que é uma gamela? Você nunca morou no mato? No sítio? Então pesquise o que é uma gamela.
Consegui realizar o meu objetivo; o bicão esvaziou a tigela do café
Por mais uns minutos, o mesmo ficou fito no buraco negro, mas, após alguns minutos, o mesmo ameaçou um espirro. Como é do conhecimento dos senhores, quando o ser humano espirra, antes ele abre a boca, para depois soltar o atchim. Quando o bicão abriu a gamela, eu me senti na frente de um jacaré, com a boca 100% aberta, querendo dar o bote na sua presa.
O atchim do bicão soltou-se; a farofa das chineques, aquele docinho que você coloca na mesa, quando da presença de visita, para enganar a torcida, evaporou-se, ou melhor, misturou-se com a manteiga, para não dizer margarina, mais o mel de abelha ou glicose de milho, também, para enganar, e tudo virou uma massa, que serviu para chapiscar a parede da minha cozinha.
O cabelo da mulherada ficou que nem uma pasta com diversas moldagens; uns cabelos ficaram retos que nem uma tábua, outros encaracolados e alguns parecidos com uma alma penada.
Após o furacão o bicão acordou-se da concentração, e pediu mil desculpas pelo ocorrido.
Para quebrar o gelo, desculpei-o, deixando a vontade para espirrar novamente, desde que não abocanhasse os meus móveis, utensílios, bens duráveis e alimentícios; resumindo: preservasse os bens do ativo imobilizado e mobilizado.
Encerrado o papo demagógico, todos se despediram e se mandaram.
Após rasgar o verbo quanto à visita; epa, brincadeira, aqui em nossa casa não procedemos desta maneira; que Deus me perdoe; fiquei pensando com os meus botões; um minuto, quero inspecionar se realmente tenho botões. Tenho sim botões meia boca, mas tenho.
Quem é este bicão? Um astrônomo, um cientista da NASA, querendo abocanhar o meu buraco negro? Esse cara será um espião?
A minha filha não terá razão em tapar o buraco negro?
Tapar o buraco negro, substituir o forro paulista; aquele teto vai perder a graça, todo liso, pintado com tinta esmalte brilhante; não entendo por que gosto tanto de brilho?
Não tendo o buraco negro, às visitas comerão muito mais, pois, não terão para onde olhar.
Descobri mais uma vantagem do buraco negro, contribui para a economia da família.
Enfim, eis a dúvida.
Posso, também, recortar a tábua que contém o buraco negro e colocar numa moldura e pendurar no próprio corredor, com alguns títulos sugestivos, tais como:
1 – A falência do buraco negro.
2 -  O fim do buraco negro.
3 – A amargura do buraco negro.
4 – Aqui jaz o buraco negro, familiar e que atravessou gerações.
5 – Outros mais.
Pensarei seriamente no assunto, quanto à sugestão de minha filha,
Atchim, atchim, atchim. Um minuto, escutaram um espirro? Será do senhor gamela que voltou? Verificarei! Não, alarme falso, foi o Pitico no Botico, o gato que espirrou, por sinal, outro bicão.
Já contei a história deste gato, com o título: “Pitico no Botico”, no talentosdamaturidade.com.br/vanico – vai lá.
E o parecer da família, quanto o buraco negro, heim?
Minha filha já sugeriu tapar o buraco negro.
Meu filho que mora em Curitiba, prometeu para minha esposa, que vai trocar a tábua que está cravado o buraco negro, e fim de papo.
Meu filho que mora em Florianópolis, passa pelo buraco negro, solta aquele olhar patriota.
Você sabe o que é um olhar patriota? É aquele olhar rápido, um flash. Você pergunta para o mesmo: você viu tal coisa? Não, sabe que nem observei. Papo furado, viu, observou, fotografou e gravou.
A esposa se reveste de uma indignação absoluta, tendo como resposta o mais profundo silêncio.
E às noras e genro? Embarcam num silêncio tenebroso, fazendo tremer até o pobre do buraco negro.
Semana PV, faremos uma reunião, inclusive com ata, para traçar o destino do buraco negro.
De tanto bicão que aparece aqui em casa, estou pensando seriamente em fundar a “Associação de Bicologia do Paraná. – ABP.”

Abraços do Catarina Paranaense – futuro presidente da “ABP.”
Atchim – Atchim – Atchim – sai de mim jacaré.