quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

"O DILEMA."


Uma das piores coisas para mim é achar uma barbearia para cortar o cabelo, ou melhor, a penugem.
Calma, calma e muita calma, eu não frisei que não gosto de cortar o cabelo, e sim, achar um lugar para depenar o mesmo. Tá entendendo orelhudo de uma figa.
Barbearia, sim senhor! Por quê não?
Nossa! Que coisa brega! Coisa do passado, tá louco!
A tal modernidade é que está levando a humanidade para o caos.
Eis o meu perfil: eu sou um homem pobre, humilde, acostumado às coisas pequenas e ao silêncio, sacou melão?
Eu freqüentava uma barbearia bem perto de minha casa, entretanto, o cara não agüentou o tranco e sumiu; isto mesmo sumiu, sem dar satisfação para a clientela.
Encontrei outra barbearia na mesma região; ficava entre a frescura e uma barbearia normal.
Segunda-Feira, dia 19-12-2011, desloquei-me com destino à mesma, no sentido de cortar o cabelo. Quando cheguei, olhei para o estabelecimento e caí de joelho, com as mãos para cima. O orelhudo do barbeiro alugou todas às salas do térreo e lascou: salão de cabeleireiros; uma verdadeira pintura, porém fechado.
Notei uma senhora no lado de dentro do salão. Bati na porta e a mesma me atendeu.
- Bom dia.
- Bom dia.
- O do cabelo não está atendendo?
- Hoje ele não atenderá, por motivo de cirurgia no seu filho; e doravante somente com hora marcada.
Pensei, aqui não voltarei nunca mais.
Fui em frente, observei outro salão, porém, um barbeiro cortando o cabelo de um cidadão e mais cinco aguardando a vez.
Outra tentativa, a mesma situação.
Cheguei à conclusão que se trata de um bom segmento de mercado.
Já de volta para casa, com o saco cheio, pois, não tinha idéia aonde cortar a penugem.
Há duas quadras de minha residência, observei um salão com os seguintes dizeres: masculino R$ 10,00.
Analisei o ambiente, notei uma senhora deitando e rolando na cabeça de outra senhora, e uma moça magra enfeitando a cabeça de um cara.
Cheguei e lasquei a velha pergunta: quanto custa o tombo do cabelo? Precisa marcar horário? Aquela velha frescura.
- Resposta: dez mangos e não precisar marcar horário, e só sentar e aguardar.
Sentei e observei a senhora madame barbeira fazendo uma coroa na cabeça do cliente; o cara bastante jovem.
Pensei com meus botões: tal coroa não seria possível na minha cabeça. Motivo? Falta de matéria prima. Poderiam ser tentadas duas coroas laterais, o que não seria aconselhável, haja vista, a semelhança com outros indesejáveis.
Chegou a minha vez.
A senhora madame cidadã perguntou o meu nome e apresentou-se; atitude elogiável, por parte da mesma.
- Vamos passar a máquina?
- Não minha cidadã, apenas retocar algumas pontas indesejáveis, nada mais.
Quando olhei para frente, aquele espelho da largura da parede. Pensei, esta desgraça vai aprontar para cima de mim.
- Sugeri a cidadã, se possível, cortar o cabelo de costas para o famigerado espelho.
- A mesma indagou-me: não gosta de espelho?
- Não minha barbeira, esta coisa tende aprontar para cima de mim.
- Possuímos incompatibilidade refletiva (ETA termo do além).
- Bom, seja feita a sua vontade.
E lá vai a cidadã tesourando tudo que tem direito.
Fiquei um tanto desconfiado, pois, o barbeiro anterior, aquele que expandiu o seu salão, já tinha pleno conhecimento dos fios de cabelos intocáveis; a minha base de sustentação, pois, graças a esses fios, eu tinha como disfarçar, ou seja, jogava os mesmos para o lado e tudo ficava muito bem, dando a impressão de uma verdadeira cabeleireira.
A mocinha girou a cadeira e quando olhei no espelho o que vi? Uma cara parecendo uma goiaba, não uma goiaba redonda, e sim, uma oval. Uma verdadeira coisa.
-Perguntei? Cadê a minha reserva de sustentação? A senhora decepou uma obra preciosa, ou seja, uma obra rara.
- Ligeiramente, a mesma lascou: não liga, logo nascerá novamente. Estamos no verão, um calor insuportável, é salutar o cabelo bem curtinho.
- Curtinho? Eu quero o meu cabelo!
- Olhei para o chão e avistei os preciosos fios abraçados, chorando a desgraça sem retorno.
- A mesma deu uma ordem: vamos lavar os cabelos.
Levou-me para uma cadeira com uma bacia anterior, para lavagem.
A mesma puxou a minha cabeça para trás com tanta força que se soltasse imediatamente, a minha cabeça iria parar lá no meio do asfalto.
Iniciou a operação lava-cabelos e cabeça. Lavou o cabelo, às orelhas, a nuca, o nariz e os olhos. Lavagem l00% cabeçal.
Tenho problemas de pressão arterial, pressão alta.
O maior problema e olhar para cima, logo vem à tontura.
Quando a mesma deu ordem para voltar à cadeira anterior, eu estava tão tonto, que saí cambaleando que nem pião. Todo mundo me olhando, uma verdadeira vergonha. Eu estava tão tonto que, ao invés de sentar na cadeira original, sentei-me na cadeira de espera.
A cidadã barbeira me orientou e perguntou-me: o senhor está bem?
- To, sim senhora.
- Ela frisou: gozado! Às suas orelhas são normais, do mesmo tamanho, mas, lá no espelho, uma é maior do que a outra? O senhor é alguma alma penada, ou um ET.?
- Vamos com calma madame, vamos com muita calma; já expliquei para a senhora da incompatibilidade refletiva; este espelho tá gozando da minha cara.
A mesma para cientificar-se da igualdade das orelhas, puxou as duas para cima, não achando nenhum defeito, apenas, admirou-se com o tamanho das conchas acústicas.
A cidadã barbeira virou-se, aproveitei a oportunidade para mostrar a língua para o famigerado espelho.
A da tesoura viu e frisou: que vergonha, um homem com barba na cara fazendo língua para mim. Cadê o sinal de respeito, heim goiaba oval?
Como estava com o cabelo molhado, ou melhor, apenas a careca, entrei no estágio de invocadérrimo, passando de imediato, para o estágio de cara de ninguém.
Terminado o trabalho, saquei os dez cascalhos e, devido à tontura, ao invés de entregar a grana para a cidadã do tombo no cabelo, entreguei para um cliente que estava esperando a vez.
Apanhei o meu pente e entreguei para a mesma, solicitando que cuidasse bem dos fios de meus cabelos, até então, tão importante para o meu visual, que já não era aquelas coisas.
Orientei-a no seguinte sentido: apanha do chão e conserva num lugar viável, pois, tentarei uma cola para cabelo, assim sendo, caso positivo, faremos a operação “voltam cabelinhos.”
Uma verdadeira quizumba.
Um dos cortes de cabelo mais difícil de minha vida.
Já em casa, após os afazeres do dia, fomos dormir.
De madrugada passei a mão na minha cabeça e gritei: mulher, mulher, trocaram a minha cabeça!
-Ficou louco é?
-Passe a mão na minha cabeça vamos! – Esta não é a minha cabeça, o filé trocou na hora de lavar o conjunto
Amanhã bem cedo irei até aquele salão de “m” e exigirei a minha cabeça normal.
Necessito urgentemente achar uma barbearia natural. Barbeiro acima de 60 anos, que faça a barba a tapa e o cabelo na base da munheca; e fim de papo.
Abraços do Catarina Paranaense – A goiaba oval.






quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

"VIRUS QUIZUMBINHA."

Tá criado o vírus quizumbinha.
O meu computador está minado do mesmo; é só ligar, já começa aparecer a quizumba, que do nada vira uma quizumbada; tudo por culpa do referido vírus.
Fazer o quê? Deixa rolar e pé na tábua.
As coisas acontecem sem mais ou menos, é só abrir a megaloja (21m2), que o vírus quizumbinha toma conta do pedaço.
Num dos dias da semana, na abertura da loja, como de praxe, puxei a cadeira e sentei-me; vendo as figuras de sempre, passar prá lá e prá cá, um verdadeiro vai e vem.
As figuras devem pensar a mesma coisa, ou seja, tá lá, novamente, o Mané sentando na mesma posição de sempre. Uma verdadeira simbiose telepática. ETA termo do cão.
Olhando ligeiramente para o lado, notei a cadeira auxiliar, ou seja, aquela que abriga os representantes, vendedores, clientes, e algumas malas de papelão sem alça, num dia de chuva. É mole?
Esta cadeira está tão depreciada que quando você chega perto da mesma, ela se encolhe de tanta vergonha do seu estado miserável.
Têm suas razões, tais como:
1 – dizem às más línguas que a mesma veio na mudança de Portugal, junto com a corte portuguesa de Dom João VI.
2 – A mesma foi expulsa do Ativo Imobilizado, na conta “Móveis e Utensílios”, em face de não ter mais o que depreciar.
3 – Ela é revestida do tipo de uma napa, entretanto, devido a velhice a mesma ficou totalmente trincada deixando aparecer à espuma interna.
4 – Vendo aquela situação desesperadora da cadeira, coloquei o meu “QE” para funcionar.
Surgiram idéias e mais idéias, todas geniais, porém, apeguei-me naquela que orientava apanhar um papel colante para tapar as trincas da pobre cadeira.
Ficou uma verdadeira quizumba e, nesta mixórdia, virou uma quizumbada, tudo por culpa do vírus quizumbinha.
Como é do conhecimento de todos, o assento da cadeira sofre pressões e mais pressões; põe pressão nisto.
Com o sentar e levantar das pessoas, inclusive das malas, a pobre cadeira não suportou o peso e pimba........ Começou estourar por tudo quanto é lugar, parecendo pipocas; toc toc e toc, ou é poc poc e poc. A pipoca faz um barulho de toc ou poc. Vamos usar a aglutinação, tocpoc ou tocpocpoctoc, agora partimos da aglutinação para quizumbação; olha aí, olha aí, o vírus quizumbinha enchendo o saco mais uma vez.
Agora vocês já conhecem mais um utensílio de minha megaloja.
Olhei para rua e notei um cidadão que vinha em direção à loja, mexendo no nariz, na boca, na orelha e assim por diante. Pensei! Será que o cara está com sarna cabeçal?
Lá chegou o figura; de perto observei a movimentação. O cara puxava o nariz e a língua saltava para fora; puxava a orelha direita, a língua se dirigia para o lado direito; puxava a orelha esquerda, a língua se dirigia para o lado esquerdo; dava uma puxada no gogó, a língua voltava para dentro da boca. Coisa de louco.
Quando observei aquele nasal, aquele nó de pinho, não me contive, dei uma puxada no nasal do nó de pinho, saltando uma lapa de uma língua que calculei, 9 cms de largura; podendo ser confeccionado um rolo para pintura de 9cms, tranquilamente.
O nasal e sua poderosa língua fez o pedido, quero um bandeja para pintura; claro que ele não pediria pincel, nem rolo, pois, a lapa da língua, fará o trabalho sem sombras de dúvidas.
Pensei! Já pensou o nó de pinho para ajudar-me na pintura da minha casa? Três puxadas no nasal, um metro quadrado de pintura, no mínimo.
O cara deu-me uma idéia de gênio, sacada muito comum no degas, ou seja, ao invés de rolo ou pincel, desenvolver línguas para pinturas. Cada lapada, um metro quadrado já pintado.
Isto não é idéia, e sim, uma verdadeira criatividade de gênio.
Outro dia chegou uma senhora solicitando mangueira corrugada para passagem de fios; se existe um produto que eu não suporto vender e o dito; parece cobra, quando mais você desenrola, mais o mesmo enrola.
Quantos metros minha senhora?
Dez metros.
Comecei a medir atento na escala, esqueci que a mangueira começou a enrolar-se no meu corpo. Quando terminei, a senhora falou espantada, olha a mangueira enrolou-se no seu corpo!
Justamente naquele dia, estava com a pressão arterial, ligeiramente acima das nuvens.
A mesma disse: vou lhe ajudar; vai rodopiando que eu vou puxando a mangueira.
Conclusão: quando a enroscada soltou de meu corpo, eu estava de quatro, babando e tonto que nem um bêbado.
A senhora olhou para mim e lascou: o senhor está bem??????????
Chegou um senhor, metido a besta, com óculos na testa, acima do nariz; é claro Zé de melo, Mané, que a testa fica acima do nariz, orelhudo!
Estou me penalizando, fica na tua, melão.
Quero três metros de mangueira multiuso.
Esta mangueira é rígida, 4 mm de espessura, excelente produto, porém, difícil de trabalhar, principalmente quando se está sozinho.
Tenho o hábito de prender a ponta do produto em questão, com a ponta do sapato, mas, por um descuido soltei a mesma, sem perceber a mangueira saltou e prendeu-se no trazeiro do
Cidadão; o mesmo saltou com tanta precisão, que me lembrei do gato intruso, quando salta para apanhar passarinhos.
O óculo do metido, na hora do salto, soltou-se da testa e encaixou-se no cano do nariz do mesmo, ficando bastante vermelho.
O galã bastante assustado com toda quizumba, quizumbada, olhou para mim e disse: esta mangueira parece uma verdadeira serpente. Tá louco!
Logo depois, chegou um casal querendo mangueira para aspirador de pó, porém, mangueira grossa, 38mm. Tudo bem vou apanhá-la.
Esta mangueira fica no alto de uma prateleira, m/m 2 metros de altura; m/m a minha estatura (?)
Apanhei a cadeira, aquela que já descrevi para os meus milhões de seguidores (agora 13), e subir na mesma, mesmo assim, fiquei nas pontas dos pés (sapatos) e, quando fui puxar, perdi o equilíbrio e vim com tudo.
Conclusão: quando percebi, estava nos braços do simpático casal, a  mangueira, um tremendo rolo, na cabeça da senhora madame cidadã.
Eu não sabia aonde meter a minha cara, ainda bem que o casal despistou; não foi nada, não foi nada, isto acontece para quem está vivo.
Olhei para o penteado da distinta senhora, sinceramente falando, o rosto estava no lado esquerdo e o penteado no lado direito, A situação do penteado não estava coadunando.
Coisas da vida.
Chega, por hoje chega, não suporto mais o veneno do vírus quizumbinha.
Você também já está com o saco cheio? Calma, muita calma; venha comprar mangueira corrugada ou, mangueira multiuso, enfim, qualquer produto. Aqui, eu garanto que têm; pelo amor de Deus, não leva esta afirmativa tão a sério,OK?
Abraços do Catarina Paranaense – O quizumbeiro da quizumba do quizumbinha.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

"A PINTURA."


Sento perante esta máquina chamada computador, a coqueluche da época, não sei se para o bem ou para o mal; só sei que quanto mais a tecnologia cresce, a humanidade regride.
To errado?
Você está contente com a situação atual da massa humana? Você acha que o caminho da mesma, está funilando ou alargando-se, heim?
Toda a desgraça atual é pela inversão de valores; o ser humano está acreditando totalmente na máquina, quando na realidade, deveria acreditar em Deus. Pense nisto, ok?
Pois bem, sento perante o computador, com intuito de escrever algo estrutural, fenomenal, educacional, sensacional, escambau, berimbau, todavia, a vida me tira da regra e coloca na exceção; aí meu caro, aí minha cara, a coisa quizumba e vira uma quizumbada.
O que faço nestas condições?
Deixo a vida me levar.
Vamos ao que interessa....... “a pintura.”
Estou pintando a minha casa. Calma, calma e calma, eu não disse que mandei pintar a minha casa, eu, o Catarina Paranaense, estou pintando a minha casa.
E o queco?
Realmente, você não tem nada haver com isto, nem tão pouco meter o bedelho aonde não deve.
Você fica na sua e eu fico na minha, ok?
Já estou começando a ficar invocado.
Possuo três estágios, quando estou irritado, a saber:
1 – Invocado; vivo neste estágio.
2 – Invocadérrimo; isto acontece quando molha o cabelo, fica parecendo uma pelada de futebol, onze para cada lado e o juiz no centro.
3 – Cara de ninguém; neste caso tenho que ilustrar com um exemplo, vai lá: existe um sujeito que esporadicamente aparece na minha loja. Não se trata de cliente, entretanto chega para humilhar.
O cara é empregado federal e se acha o tal; daquele tipo que come sardinha e arrota caviar, entendeu?
Às vezes tenho vontade de fazer para o caviar, algumas perguntinhas capciosas, daquelas pegadinhas de testes da área de vendas, a fim de testar a vivacidade de um candidato.
Por exemplo:
1 – Quantos lados têm uma bola?
2 – Quantas pontas têm um garfo?
3 – Quem de vinte e cinco tira, quanto fica?
4 – Quantos botões têm a sua camisa? E assim por diante.
O cara observa uma lojinha e acha que vai deitar e roubar; porém, na escola que o mesmo entrou, eu fui expulso.
Trato com caviar, como o pescador trata com o peixe grande; vai dando corda, mais corda, e de vez enquanto dá uma puxadinha, ater cansar o bicho, entendeu?
Neste dia da visita do caviar, quando da pintura de minha casa, deixei cair à bandeja para pintura e a mesma espatifou-se; aí entrei no 1º estágio.
O caviar chegou e perguntou: tá triste hoje compadre?
Respondi, hoje estou com vontade de apanhar a minha maleta e me mandar para os Alpes Suínos, praticar a terapia do gripo.
O caviar soltou uma gargalhada que, pela primeira vez, tive a oportunidade de verificar, in loco, a cavidade bucal de um ser humano; de cabo a rabo.
Sua gargalhada: AHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAH, Alpes Suínos?AHAHAHAHAH.
Pensei, já estou invocado mesmo, por quê não aproveitar a oportunidade para aplicar a terapia do grito? Não pensei duas vezes, vai lá: AHAHAHAHAHAHAHAHAH, ahahahahahahahahahahahahah.
Observe bem a intensidade da gargalhada do caviar. O AHAHAH em tamanho gigante, enquanto que a minha, ahahahahah, em tamanho minúsculo.
Meu compadre o certo é Alpes Suíços e não Alpes Suínos!AHAHAHAH.
Falei para o caviar: continua rindo, quero medir a base de sua dentadura inferior; pimba e pimba, 24,5cm.
Você bem que poderia me emprestar a sua dentadura, para servir de bandeja, para que eu possa terminar a minha pintura, pois a minha bandeja espatifou-se.
Tá louco compadre! Comparar a minha dentadura com uma bandeja para pintura?
Deixa prá lá.
Diante da tremenda mancada, principalmente diante do caviar, não tinha outro maneira, entrei imediatamente no estágio de “cara de ninguém, um verdadeiro Zé de Melo.”
Vamos ao que interessa, pois, o post já se enveredou para a quizumbada.
Entrei numa loja de tintas para comprar tintas. Não, não Zé de Melo, Mané, você entrou numa loja de tintas para comprar manteiga, arroz, feijão e mandioca!
Que vergonha! Vou me penalizar, sem sombras de dúvidas.
Crac, crac, e crac. Este crac e o som do cascudo que estou aplicando em mim mesmo. Mais um crac; nossa! Este doeu.
Fui atendido por um vendedor com toda aquela educação peculiar: “fala”. Quero um galão de tinta esmalte brilhante, na cor amarelo trator.
O “fala” berrou, esta cor não existe.
Como não existe, se eu estou com uma lata da mesma lá em casa!
Teclou o seu computador e virou a tela para mim, eis aqui, existe apenas amarelo Caterpillar!
Quando o “fala” bateu com o dedo na tela de seu computador, parecia muito mais com a batida de um pandeiro.
Perguntei para o dito: o que a Caterpillar produz e vende? Trator, ora bolas!
Então meu caro! Manda um galão desta cor, se possível com o trator junto.
Você é muito engraçadinho, lascou o “fala.”
Engraçadinho é o seu crachá, que além de torto, está de cabeça para baixo.
Já em casa, apanhei um rolo de 23 cm, um suporte e o extensor; os quais com uma marca que está sendo bastante criticada pelos meus clientes.
Não darei a marca, pois, não quero um processo em cima de minhas costas.
Fiz uma reunião rápida com os três e solicitei um bom suporte da parte dos mesmos, a fim de calar a boca da clientela.
Na primeira rolada na parede, já percebi que 1/3 da lã ficou na parede.
A minha mulher expressou-se lá de baixo: a parede tá ficando que nem um carneirinho.
Na segunda rolada, o rolo desprendeu-se do suporte e pimba, bem na minha cabeça, rolando pelas minhas costas, passando pelo calcanhar e esborrachando-se no chão.
Conclusão: a minha parte anterior totalmente pintada e, a parede que deveria ser pintadas, mantinha-se nua e crua.
Apanhei os três, coloquei-os enfileirados e dei, apenas, uma picanca; faltou gente para assistir a cena.
Esmalte brilhante; não sei por quê gosto de tudo brilhando? Sinceramente não sei explicar, agora que gosto do brilho, isto é uma pura verdade.
O brilho é tão intenso que já estão chamando de casa do Sol.
Quando iniciei a pintura, recebi diversos e-mails do outro lado do mundo, elogiando o brilho; coisa de louco; põe louco nisto.
Ah! Você quer saber o restante da pintura? Venha ver in loco, orelhudo.
Abraços do Catarina Paranaense – O tremendo pintor.















segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

"É A VIDA."


Pronto, a roupagem das festas natalina e final de ano, já está pronta.
Agora é só usar e comemorar, através de festas, muitas festas, e vamos nós.
É óbvio que nesta época o ser humano baixa um pouco a guarda, e se torna mais humano, mesmo que seja uma atitude um tanto demagógica ou por puro interesse; mas é válido.
Pena que esta atitude não se mantém pelo ano todo; quiçá, dentro de tal atitude, a humanidade teria um pouco mais de paz, ao invés da situação atual que estamos vivendo, um mundo conturbado, cheio de aflições e outros males.
Se tivéssemos condições de inventar um aparelho para medir o comportamento do ser humano nesta época, sem medo de errar, notaríamos que a fraternidade seria mínima; os resultados mais salientes seriam: jogo de interesse, ganância, comércio, dinheiro, ou seja, uma verdadeira jogada de marketing, para faturar em cima do povão festeiro.
O repicar dos sinos, neste período, aguça os sentimentos do ser vivente em situações opostas; o sentimento da felicidade e o sentimento da tristeza.
No caso da tristeza, o repicar dos sinos abrem as chagas mal curadas, mal cicatrizadas.
Tomo como base, casos ocorridos dentro de meus familiares, a saber: a minha irmã e seu marido, perderam recentemente uma filha de 18 anos de idade.
A garota chegou para almoçar de seu trabalho, elogiou a refeição, elaborada pela sua mãe, e na hora de regressar para o trabalho, sentiu-se mal e pediu socorro.
Conclusão: ao invés de voltar para o seu trabalho, foi morar definitivamente no cemitério; bem entendido, seu corpo, pois seu espírito foi para o céu, sem sombras de dúvidas.
Uma situação sem explicações cabíveis.
Uma família coesa e uma filha abençoada e daí? Desígnios de Deus, nada, absolutamente nada que se possa contestar.
Como ficará o repicar dos sinos para essa gente? O coração da mãe e pai se confortará nesta época?
Sem ser pessimista, mas, realista, creio que ficarão marcas e marcas profundas; às quais só poderão ser apagadas com muita ajuda de Deus.
Que Deus console a minha irmã, meu cunhado, sobrinhos e sobrinhas.
É a vida.
Agora, o outro lado do repicar dos sinos, no que tange a felicidade.
A minha filha com seu marido foram presenteados por Deus com uma linda filhinha, o nosso coquinho, uma benção Divina.
Falta espaço para tanta felicidade, abrangendo todos os que rodeiam.
É a vida.
Trabalhei numa Empresa e desta feita, numa sexta-feira, foram elaboradas duas listas para arrecadar fundos; eis a finalidade:
1 – comprar um ramalhete ou buquê de flores para uma de nossas colegas, em vista de seu matrimônio no dia seguinte, sábado.
2 – comprar uma coroa de flores para um de nossos colegas que se acidentara com uma moto e veio a falecer, infelizmente.
É a vida.
Tínhamos um subgerente, um senhor de idade avançada, porém, conselheiro de todos nós, haja vista, o conhecimento do mesmo, em relação à escola da vida.
Quando as duas listas chegaram a suas mãos, o mesmo falou em tom bem alto e a voz amargurada: às flores não só enfeitam a vida, como, também, enfeitam a morte.
O mesmo subgerente contou-nos um caso que me chamou atenção para sempre.
Havia um senhor muito rico, possuía apenas um filho, um verdadeiro aprontador, que só sabia torrar a grana do pai.
O tempo foi passando e o tal pai ficou muito doente.
A referida enfermidade levou o amargurado pai para cama, impossibilitando-o de se locomover.
O filho estranhando a ausência do seu pai às refeições, perguntou para sua mãe: cadê o meu pai? O que ele tem?
A sua mãe respondeu: entre no quarto e pergunta você o que ele tem!
Após a pergunta ao seu pai, o genitor apanhou uma tábua, com muitos pregos fincados, e mostrou ao filho. O filho, sem entender nada, perguntou: o que isto representa? O pai respondeu: cada prego deste representa um mal que você me causou.
O filho estarrecido fez uma colocação ao seu pai: vou virar o jogo, daqui por diante só proporcionarei coisas boas, porém, impôs uma condição ao seu pai: cada obra positiva de minha parte você tirará um prego da tábua, OK? O pai aceitou.
O tempo foi passando e, após um longo período, o filho chegou à presença do pai e pediu para verificar a referida tábua. O pai mostrou-lhe, já sem nenhum prego: o filho fez uma verdadeira festa, porém, o pai solicitou a palavra e falou: “os pregos se foram, entretanto, ficaram às marcas.”
É a vida.
Antigamente, homens e mulheres, tementes a Deus, usavam como ferramentas infalíveis, A FÉ E O JEJUM, para se aproximarem do nosso CRIADOR; bons tempos.
Hoje, o jejum é praticado com outra objetividade, esbeltar o corpo físico, lamentavelmente.
Aproveita este Natal e Fim de Ano para fazer uma profunda reflexão quanto a sua vida perante Deus. OK?
Abraços do Catarina Paranaense – È a vida!