sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

"A PINTURA."


Sento perante esta máquina chamada computador, a coqueluche da época, não sei se para o bem ou para o mal; só sei que quanto mais a tecnologia cresce, a humanidade regride.
To errado?
Você está contente com a situação atual da massa humana? Você acha que o caminho da mesma, está funilando ou alargando-se, heim?
Toda a desgraça atual é pela inversão de valores; o ser humano está acreditando totalmente na máquina, quando na realidade, deveria acreditar em Deus. Pense nisto, ok?
Pois bem, sento perante o computador, com intuito de escrever algo estrutural, fenomenal, educacional, sensacional, escambau, berimbau, todavia, a vida me tira da regra e coloca na exceção; aí meu caro, aí minha cara, a coisa quizumba e vira uma quizumbada.
O que faço nestas condições?
Deixo a vida me levar.
Vamos ao que interessa....... “a pintura.”
Estou pintando a minha casa. Calma, calma e calma, eu não disse que mandei pintar a minha casa, eu, o Catarina Paranaense, estou pintando a minha casa.
E o queco?
Realmente, você não tem nada haver com isto, nem tão pouco meter o bedelho aonde não deve.
Você fica na sua e eu fico na minha, ok?
Já estou começando a ficar invocado.
Possuo três estágios, quando estou irritado, a saber:
1 – Invocado; vivo neste estágio.
2 – Invocadérrimo; isto acontece quando molha o cabelo, fica parecendo uma pelada de futebol, onze para cada lado e o juiz no centro.
3 – Cara de ninguém; neste caso tenho que ilustrar com um exemplo, vai lá: existe um sujeito que esporadicamente aparece na minha loja. Não se trata de cliente, entretanto chega para humilhar.
O cara é empregado federal e se acha o tal; daquele tipo que come sardinha e arrota caviar, entendeu?
Às vezes tenho vontade de fazer para o caviar, algumas perguntinhas capciosas, daquelas pegadinhas de testes da área de vendas, a fim de testar a vivacidade de um candidato.
Por exemplo:
1 – Quantos lados têm uma bola?
2 – Quantas pontas têm um garfo?
3 – Quem de vinte e cinco tira, quanto fica?
4 – Quantos botões têm a sua camisa? E assim por diante.
O cara observa uma lojinha e acha que vai deitar e roubar; porém, na escola que o mesmo entrou, eu fui expulso.
Trato com caviar, como o pescador trata com o peixe grande; vai dando corda, mais corda, e de vez enquanto dá uma puxadinha, ater cansar o bicho, entendeu?
Neste dia da visita do caviar, quando da pintura de minha casa, deixei cair à bandeja para pintura e a mesma espatifou-se; aí entrei no 1º estágio.
O caviar chegou e perguntou: tá triste hoje compadre?
Respondi, hoje estou com vontade de apanhar a minha maleta e me mandar para os Alpes Suínos, praticar a terapia do gripo.
O caviar soltou uma gargalhada que, pela primeira vez, tive a oportunidade de verificar, in loco, a cavidade bucal de um ser humano; de cabo a rabo.
Sua gargalhada: AHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAH, Alpes Suínos?AHAHAHAHAH.
Pensei, já estou invocado mesmo, por quê não aproveitar a oportunidade para aplicar a terapia do grito? Não pensei duas vezes, vai lá: AHAHAHAHAHAHAHAHAH, ahahahahahahahahahahahahah.
Observe bem a intensidade da gargalhada do caviar. O AHAHAH em tamanho gigante, enquanto que a minha, ahahahahah, em tamanho minúsculo.
Meu compadre o certo é Alpes Suíços e não Alpes Suínos!AHAHAHAH.
Falei para o caviar: continua rindo, quero medir a base de sua dentadura inferior; pimba e pimba, 24,5cm.
Você bem que poderia me emprestar a sua dentadura, para servir de bandeja, para que eu possa terminar a minha pintura, pois a minha bandeja espatifou-se.
Tá louco compadre! Comparar a minha dentadura com uma bandeja para pintura?
Deixa prá lá.
Diante da tremenda mancada, principalmente diante do caviar, não tinha outro maneira, entrei imediatamente no estágio de “cara de ninguém, um verdadeiro Zé de Melo.”
Vamos ao que interessa, pois, o post já se enveredou para a quizumbada.
Entrei numa loja de tintas para comprar tintas. Não, não Zé de Melo, Mané, você entrou numa loja de tintas para comprar manteiga, arroz, feijão e mandioca!
Que vergonha! Vou me penalizar, sem sombras de dúvidas.
Crac, crac, e crac. Este crac e o som do cascudo que estou aplicando em mim mesmo. Mais um crac; nossa! Este doeu.
Fui atendido por um vendedor com toda aquela educação peculiar: “fala”. Quero um galão de tinta esmalte brilhante, na cor amarelo trator.
O “fala” berrou, esta cor não existe.
Como não existe, se eu estou com uma lata da mesma lá em casa!
Teclou o seu computador e virou a tela para mim, eis aqui, existe apenas amarelo Caterpillar!
Quando o “fala” bateu com o dedo na tela de seu computador, parecia muito mais com a batida de um pandeiro.
Perguntei para o dito: o que a Caterpillar produz e vende? Trator, ora bolas!
Então meu caro! Manda um galão desta cor, se possível com o trator junto.
Você é muito engraçadinho, lascou o “fala.”
Engraçadinho é o seu crachá, que além de torto, está de cabeça para baixo.
Já em casa, apanhei um rolo de 23 cm, um suporte e o extensor; os quais com uma marca que está sendo bastante criticada pelos meus clientes.
Não darei a marca, pois, não quero um processo em cima de minhas costas.
Fiz uma reunião rápida com os três e solicitei um bom suporte da parte dos mesmos, a fim de calar a boca da clientela.
Na primeira rolada na parede, já percebi que 1/3 da lã ficou na parede.
A minha mulher expressou-se lá de baixo: a parede tá ficando que nem um carneirinho.
Na segunda rolada, o rolo desprendeu-se do suporte e pimba, bem na minha cabeça, rolando pelas minhas costas, passando pelo calcanhar e esborrachando-se no chão.
Conclusão: a minha parte anterior totalmente pintada e, a parede que deveria ser pintadas, mantinha-se nua e crua.
Apanhei os três, coloquei-os enfileirados e dei, apenas, uma picanca; faltou gente para assistir a cena.
Esmalte brilhante; não sei por quê gosto de tudo brilhando? Sinceramente não sei explicar, agora que gosto do brilho, isto é uma pura verdade.
O brilho é tão intenso que já estão chamando de casa do Sol.
Quando iniciei a pintura, recebi diversos e-mails do outro lado do mundo, elogiando o brilho; coisa de louco; põe louco nisto.
Ah! Você quer saber o restante da pintura? Venha ver in loco, orelhudo.
Abraços do Catarina Paranaense – O tremendo pintor.















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