Creio que não preciso bater bumbo, tocar corneta, berrar,
soltar fogos, bater panelas e o escambau, para informar que os dados aqui
registrados, são estritamente confidencial, interessando, apenas, à minha
pessoa, cuja finalidade, é tabular tais dados, para futuras consultas, pois,
uso a cabeça para pensar e não como arquivo.
Esta cabeça genial, sensacional, estupenda, brilhante, a
origem dos QIs altos, faltando, apenas, uma coroa de ouro para atingir o
absoluto.
- Chefia! Chefia! Cheia! Menos, menos, sabemos perfeitamente
suas limitações, então não me venha com churumelas.
- Jaca! Meu amigo Jaca! Passei dos limites, contudo, no tempo
da máquina de datilografia, tínhamos recursos, tais como, corretivos,
borrachas, para apagar possíveis erros, mas, esta máquina, chamada computador,
não oferece nada, absolutamente nada, para eliminar erros.
Resta, portanto, sair pela tangente, ou seja, emitir
observações.
Observações: No quesito cabeça, queiram ignorar confetes e
formalidades, considerando, apenas, a palavra cabeça, e nada mais.
Melhorou Jaca!
- Que você sujou,
para não usar outra palavra, é incontestável, contudo, não chegou sentar em
cima, o que já se torna um grande negócio.Jaca! Meu grande amigo! Não foi de
graça que eu perpetuei você como sendo a pele mais fina de meu nariz.
Continuo amuado, porém, cada um curte o seu amuamento da
maneira que lhe convier. Eu, por exemplo, apresento o meu amuamento da seguinte
maneira: Procuro um canto, seja da sala, do quarto, do banheiro, da patente, da
casinha, do curral, do chiqueiro, do galinheiro e por aí vai. Escolhido o canto,
sento, apoio os braços em cima dos joelhos, encho as bochechas de ar e fico com
os olhos esbugalhados.
Segundo meu amigo Murrinha, parece um sapo preparando-se
para saltar, coisa de louco.
Natal já era, entramos no ano novo.
Entro no ano novo com muita cautela, pois, o recebimento do
mesmo é muito bonito, alegre, mas, no quebrar dos ovos, é que mora o perigo.
Defino o ano, como uma caixinha de surpresa existe situações
agradáveis, mas, situações medonhas. Quem diria que, no ano de 2016, perderia o
meu cunhado bestamente e o meu vizinho, com 42 anos de idade, que passaram para
o outro lado da vida, num toque de caixa.
Mas ninguém quer saber seé bom ou ruim, querem é sassaricar.
Nem acabaram de contar às novidades do natal e ano novo, já estão de mala e cuia
para gozar suas férias.
Já na praia, enchem o corpo de banha, esticam-se numa
cadeira de praia, numa mão o famoso reco-reco (cartão de débito e crédito) na
outra mão o produto adquirido, por exemplo: Manda uma água de coco, pimba
reco-reco, um dia levam o cartão de débito, no outro dia, o cartão de crédito.
Espetinho de camarão? Manda ver, reco-reco, e o mundo que se
exploda.
Terminada às merecidas férias, sai à revisão do carro e
entra o chek-up do esqueleto.
Por quê chek-up do esqueleto?
Carnaval meu caro, minha cara, sentir a situação do
esqueleto, para cair no samba.
Trata-se do casamento perfeito, samba no pé e reco-reco na
mão. E para o limite de crédito, propõe a seguinte condição: Ou entra no samba
ou se exploda.
Querem é sambar até o dia clarear, haja sol ou chuva, o
negócio é folia.
Passou o carnaval, apresenta-se a Quaresma, na semana santa,
todo mundo vira santo ou santa. Não pode pentear cabelo, não pode cavar na
terra, não pode olhar no espelho, não pode comer muito e por aí v ai.
Todavia, entretanto, mas, porém, contudo, rasga o sábado de
aleluia, o baile come solto.
Ao fechar da roda, já de volta ao trabalho, entra o papo dos
comentários: To enterrado/a em dívida, ganho uma miséria, trabalho muito e o
escambau.
Conclusão: Muitos presentes, barriga cheia, muito
bronzeamento, praia, água e sombra fresca, muito samba no pé, prudência
(quaresma) e uma mala cheia de duplicatas, títulos, empréstimos, para quitar.
Por fim, às tremendas, profundas, LAMENTAÇÕES.
Terminado o ciclo, começa tudinho de novo, e deixa o bloco
passar.
Eu, o degas, o Catarina, não fui para o natal, não fui para
o ano novo, não fui para praia, não fui para o carnaval, não fui para quaresma,
não fui para semana santa, então o quê fazer?
Uma das piores coisas que faço na vida, cortar o cabelo; o
problema não está em cortar o cabelo, porém, o local para cortar os mesmos.
Sai de casa à procura de um local para cortar os mesmos;
passei pelo salão de megera, a mesma estava na porta, simplesmente ignorei;
passei por alguns salões de belezas, mas o ambiente não me atrai aquela
mulherada falando demais, fofocando, observando e o escambau. To fora.
Necessito achar uma barbearia, a moda antiga, caso
contrário, nada de cortar os cabelos.
Olha lá, olha lá, uma barbearia, com uma rolha de poço na
porta.
Entrei e lasquei o bom dia.
- Quer cortar os cabelos?
- Não, cirurgia de hérnia Mané!
- Senta e fecha a bocarra.
- Olhei a rolha já vinha com uma máquina e lascou: vamos
cortar o que resta, não tem outro jeito.
- Nada de máquina, apenas, aparar na altura da nuca, as laterais,
sem mexer no time de futebol em jogo, ou seja: onze para cada lado e o juiz no
meio.
- Não sei o que veio fazer na barbearia, pois, não tem muito
que fazer.
- Começa a operação e fecha a catraca.
- Pimba daqui, pimba dali, pronto.
- Jogou o espelho por trás e falou: não tenho culpa pela
desgraça, culpe a natureza.
- Paguei R$ 23,00 mangos e me mandei.
- Passou um cara por mim e gritou: Empresta a bola americana
para um jogo?
- Bola americana?
Cheguei em casa, minha mulher soltou um olhar patriota e
sorriu.
Quando olhei no espelho, entendi o motivo da bola americana,
a minha cara ficou oval!
O barbeiro conseguiu transformar a minha aparência numa bola
de futebol americano.
Já no outro dia, na megaloja (21m2), a clientela maciça
(três) entravam, olhavam, fechavam a cara e seguravam o riso, uma verdadeira
merda.
Um registro que ficará para minhas consultas futuras, porém,
sem qualquer tipo de saudade da referida situação.
Gostei de uma reportagem assistida, se não me falha na Índia,
cujo corte de cabelo é feito na rua; o cara senta na calçada e pronto, vem o
barbeiro e faz o serviço ali mesmo, sem churumelas.
Pena que a Índia não é tão perto, caso contrário, cortaria o
cabelo lá, bem entendido na rua.
Volto a frisar, são registros confidenciais, portanto,
ninguém deve meter o bedelho no assunto.
Se estou com a cara oval, com problemas de cataratas, diarreia
emocional, colite, gota, escutando muito mal, são problemas estritamente meus
e, demais ninguém.
Abraços do
Catarina Paranaense.
OS. Somos todos perdedores.
- Por quê perdedores?
Se não perdemos na vida, perdemos a vida.
Sacou?