quinta-feira, 28 de abril de 2016

"OS HERÓIS DO RIO FORMOSO."



Quando nos deparamos com um objetivo a ser cumprido, sob nossa responsabilidade, devemos abraça-lo com determinação, afinco, coragem, arrojo e boa vontade.
Procedendo assim, mesmo que o resultado não seja o esperado, o mesmo terá sabor de vitória.
Na própria Bíblia, lá em Provérbios 24:10, está escrito: “Se te mostrares frouxo no dia da angústia, a tua força será pequena.”
Atentem, atentem, para o registro abaixo, depois tirem suas conclusões.
Há três anos os holandeses tinham invadido Pernambuco.
Atacados com violência e brutalidade, os brasileiros resistiram vigorosamente. Nos primeiros tempos foi difícil para os batavos a conquista da terra invadida. Os pernambucanos com coragem e decisão, e não davam tréguas ao inimigo. Mas os recursos dos brasileiros foram escasseando, enquanto a Holanda enviava, continuamente, para Pernambuco mais soldados, mais armas, mais munições.
Com o aumento do seu poderio militar, os holandeses, apesar das grandes perdas, foram, aos poucos, conquistando terreno. Nossos redutos foram caindo, um após outro. Onde os invasores sabiam que havia brasileiros desprevenidos ou desarmados, para aí corriam os holandeses, e atacavam com forças sempre superiores.
Agora era a vez do forte do Rio Formoso, sob o comando de Pedro Albuquerque. Os invasores tinham sido informados de que esse forte era guarnecido apenas POR CEM HOMENS E DOIS CANHÕES. Apesar disso, organizaram um exército para atacá-los: mil soldados e 50 canhões! Seu comandante era o coronel Van Schkoppe.
O ataque foi realizado ao romper do dia. O comandante holandês dar uma descarga de canhões e mosquetos. E esperou a rendição do forte. Mas com surpresa, viu que os brasileiros respondiam com imensa fuzilaria! Van Schkoppe estranhou a reação. Tinha sido mal informado! Dentro do forte deviam existir pelos menos 200 HOMENS E VINTE CANHÕES!
E mandou que suas tropas redobrassem o fogo. Mas depois de duas horas de terrível canhoeio, os defensores da fortaleza ainda resistiam com firmeza.
O chefe dos holandeses de ordem para cessar o fogo.
Resolvera mandar um emissário ao forte. Em sua opinião, os brasileiros resistiam porque não sabiam que estavam sendo atacados por forças dez vezes mais poderosas. Pedro Albuquerque devia ser avisado para que não houvesse perdas inúteis de vidas. Agitou-se, então, uma bandeira branca. E, seguiram dois mensageiros para a fortaleza sitiada. Pouco depois, regressaram os dois soldados. E comunicaram a Van Schkoppe: Pedro Albuquerque manda dizer que só entregará o forte, quando lá dentro não houver mais um homem vivo para empunhar uma arma.
O chefe holandês ficou rubro de indignação e exclamou: atacar com todas as forças! E a batalha recomeçou com maior violência.
Nas primeiras horas de combate o forte resistiu a todos os assaltos, De lá jorravam torrentes de balas, que abriam grandes claros nas fileiras holandesas. Mas, ao cair da tarde, a resistência foi esmorecendo até que o forte emudeceu de todo.
Van Schkoppe ficou desconfiado. Seria uma cilada? E resolveu avançar com muita cautela sobre a fortaleza silenciosa.
Com a espada na mão, penetrou no reduto, à frente dos seus soldados.
Mas um quadro inesperado fê-lo estacar, surpreendido.
Diante dos seus olhos, caídos no chão e COBERTOS DE SANGUE, JAZIAM VINTE CORPOS. Só um dava sinais de vida, era Pedro Albuquerque. Todos os outros estavam mortos!
O comandante holandês ficou parado, cheio de admiração.
Aquele punhado de homens havia resistido a um exército!
Nesse instante, um grupo de soldados entrou no forte ruidosamente.
Com um gesto Van Schkoppe fê-los parar. E tirando o chapéu gritou: - Silêncio! Rendamos homenagem a estes heróis!
Há necessidade de tecer maiores comentários?
Diante do exposto, ainda tem embecís que falam que o passado é passado, o que interessa é o presente e o futuro.
São pessoas que se assemelham a um avental: só tem frente, não tem fundo.
Não largo o passado, sou saudosista sim senhor, e com muito orgulho.
Quando vires a nossa Gloriosa Bandeira, lá bem no alto, lembrem-se que o mastro que sustenta a mesma, foi constituído com muito sangue, vidas, mutilações e garra.
O registro acima é uma pequena amostra, como foi difícil manter a Nossa Bandeira lá no alto, bem como a nossa liberdade.
Tal registro como muitos outros, deveria ser gravado em Praças Públicas, Repartições Governamentais e outros lugares, para que esses Heróis e Heroínas, nunca fossem apagados das memórias de todos os brasileiros.
Quem é ligado à literatura sabe perfeitamente, como custou caro a nossa liberdade; graças aos nossos irmãos brasileiros que não mediram esforços para tal.
Cada vez que eu leio o registro acima e outros, fico bastante emocionado, pela luta, garra, patriotismo, não poupando nem suas próprias vidas, para usufruirmos desta liberdade total e absoluta.
Meu respeito e admiração pela luta de nossos IRMÃOS E IRMÃS HERÓIS e HEROÍNAS
“VALE MUITO MAIS ÁS LÁGRIMAS DE UMA PESSOA QUE LUTOU E NÃO VENCEU, DO QUE A VITÓRIA DE UMA PESSOA QUE VENCEU E NÃO LUTOU.”
Abraços do
Catarina Paranaense.

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