Larguei uma gripe e peguei outra pior.
Com um agravante, tomei a vacina da melhor idade, a idade da
felicidade, durma com um barulho desses.
O post quizumbado, abaixo relatado, dividi-se em três
etapas, a saber:
1ª etapa – O frio de Curitiba – O frio adicionado a umidade,
a garoa, a chuva e o vento, resultam numa sensação térmica de zero ou, abaixo
de zero grau, sem medo de errar.
O frio é tão intenso que a vibração queixal está sujeita a
mandar para o espaço todas às minhas obturações.
Para não as perder, amarrei um pano por baixo do queixo e
com amarração em cima da cabeça, a fim de administrar a referida vibração.
Não posso perder tais obturações, pois, além de caras, são
recentes, oriundas dos anos de 1958 e 1960, é mole?
É evidente que, atendendo a clientela com o referido pano
amarrado na cabeça, chama atenção dos mesmos, incluindo algumas indagações,
tais como: tá com caxumba levou umas e outras, diretamente no queixo?
Tais gracinhas entram num ouvido e sai no outro, sem
quaisquer respostas; às obturações são minhas não tendo nada a justificar para
terceiros.
Não se trata de frio, e sim, uma verdadeira praga; não
existe outra definição.
2ª etapa – Você está depressivo, prá baixo, sem coragem de
agir, esgotado, desanimado, acha que tudo está perdido?
Meu amigo, minha amiga, apenas algumas dicas, a saber: vá
até a banca, compra um jornal, abra no classificado de “falecimentos” e corra o
dedo de “A a Z”, OK?
Não achou o seu nome? Sinal que você está vivo, se você está
vivo, você tem chance absoluta de vencer, portanto, mergulha no dia a dia e
bola para frente.
Você pode andar devagar, agora, você não pode parar; somente
os covardes ficam pela metade do caminho, entendeu?
Fé em Deus e pé na tábua; conhece tal ditado?
Deus não move uma palha em relação às coisas que nos
competem, no entanto, Ele move o mundo para realizar aquilo que não somos
capazes de fazer.
Você é ou não é filho de Deus?
Não deixa o pessimismo lhe vencer, mostra que você é capaz,
ou você acha que somente você tem problemas? Tá muito enganado meu caro, minha
cara.
Fica em frente do espelho, fecha a boca e o nariz por dois
minutos.
Notou a agonia com a falta do ar? Este ar é a vida que Deus
concebe a todos nós.
Portanto, temos que ter mais gratidão com o Nosso Senhor
Deus.
Pense nisto, muda seu modo de ser negativo, e você será
muito mais feliz, sem sombras de errar.
Que Deus tenha misericórdia de você.
3ª etapa – Abertura da megaloja (21m2) sento no cepo e deixo
a vida me levar.
O quê é o cepo? Já frisei por diversas vezes, mas você não aprende
fazer o quê!
Cepo – uma cadeira tem um tempo de vida, depois começa a
perder a sua estrutura, porém, a minha cadeira (o cepo) desmunhecou de uma vez
só, perdeu a sustentação das laterais do assento e ficou que nem uma sela, ou
seja, aquele assento que se usa para montar a cavalo.
Certo dia, muito frio, coloquei a cadeira (o cepo) na porta
da loja, para apanhar o sol e fiquei batendo com os pés, ocasião em que chegou
um cliente e foi falando: upa,upa cavalinho, coisa de mamute ou mamuto, como
queira.
Você não sabe o que é um mamute? Tem razão, não é de sua
geração e sim da minha.
Criei muitos mamutes para vender; coisa bastante recente.
Já sentado no cepo, chegou o primeiro cliente, a sarna e foi
solicitando:
- o senhor tem aquela piorrinha para tapar pinga-pinga na
torneira?
- Tenho sim senhor, eis aqui o referido vedante.
- O cara olhou, olhou e lascou: este aqui não está
totalmente arredondado, tem algumas anomalias.
- Derramei sobre a mesa uns vinte e o mesmo analisou um por
um.
- Todos com problemas, entretanto, levarei estes dois.
- O senhor tem caixa de descarga?
- Tenho sim senhor, eis aqui.
- Não conheço tal marca, ela é boa.
- Meu senhor, a mesma empurra qualquer tipo de barro, tem
tanta pressão que faz o referido barro virar um redemoinho, é mole?
- O senhor não tem tigre?
- Não senhor, tenho um gato intruso, chamado Pitico no
Botico de Almeida.
- Esta caixa não vaza?
- Não senhor.
- Vou levar uma, entretanto, voltarei para falar sobre a
mesma.
- Fica a vontade meu caro senhor.
- O senhor tem botinas para vender?
- Tenho sim senhor.
- Quero um número 38.
- OK! Tá na mão.
- Posso calçar?
- Pode, senta no cepo, por favor.
- Não estou sentido os dedos confortáveis, estão um tanto
apertados.
- Tenta o número 39, OK!
- Os dedos ficaram soltos, desconfortáveis, o que devo
fazer?
- Leva o número 39, coloca palmilhas e creio que ficará bem.
- O senhor tem palmilhas?
- Não, não senhor, não vendo palmilhas.
- Não quero comprar, quero de graça, tira de alguns sapatos
seus.
- Meu caro caixa de descarga, não uso sapatos, apenas, botas
com esporas, cuja amolação das mesmas, é feita no asfalto, na hora dos coices.
- O senhor dá coice?
- Quando o cliente é inconveniente, não penso duas vezes, é
coice para tudo quanto é lado, inclusive, uma bicanca esporal no trazeiro.
- Quanto devo?
- Tanto.
- Aqui está o dinheiro, até logo.
- Até logo desconfortável, boa sorte.
- Prá cá com essa.
O quê foi? Não gostou? Leva para casa jacaré.
Abraços do Catarina Paranaense.
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