segunda-feira, 6 de setembro de 2010

UNS PROCURAM OURO, EU PROCURO O BRILHO

A cruz que brilhou no meu nascimento, continua lá, entretanto já perdeu 50% do seu brilho. Vai virá estrela, e estrela muito brilhante.
Estou lutando muito, mais lutando e trabalhando de domingo a domingo.
às críticas existem, todavia, tenho ouvido de mercador, entra por um sai por outro.
Comentários: chuta o balde, vai viver, não levamos nada deste mundo, e por aí a fora. Não quero levar, contudo, quero deixar; deixar a estrela brilhando, no lugar da cruz.
Não sou materialista e gosto da simplicidade.
Meu perfíl: "eu sou um homem pobre, humilde, acostumado às coisas pequenas e ao
  silêncio."
Ninguém elogia o meu trabalho, o meu esforço, mas sim, sempre o mesmo papo: "chuta o balde."
Tenho um princípio comigo, ou vai ou racha; e se não ir, a gente empurra.
Tenho uma pequena loja de materiais para construção, mais é muito pequena.
Não suporto teoria, sou um elemento prático; para terem um referência da dimensão do tamanho da área de vendas, tentarei ilustrar alguns casos, para melhor compreensão de vocês.
Ao iniciar o expediente, 8hs.,já observei uma fila muito extensa; isto na minha imaginação, pois, o que existia, lamentavelmente, eram dois cachorros, na frente da loja; um analisando atentamente o poste, o outro, deitado tranquilamente, ignorando a minha presença.
De repente observei dois casais vindo em direção da lojinha. Atendí na entrada da loja, cumprimentei-os e fui falando: senhores! em face da área de vendas da loja, teremos que chegar num consenso, ou seja: atenderei vocês aqui fora, ou vocês entram  e sou obrigado a sair e conduzi-los daquí. Responderam, queremos entrar! Pois então fique a vontade. Assim iniciou-se a operação compras.
Lá dentro, um gritou, não estou achando o martelo? Respondí: gire 90 graus a direita e ande dois passos, falei dois passos, caso contrário, três passos, estará fora da loja. Agora olhe na direção de seus olhos; achei, achei, beleza pura.
Uma senhora gritou! Não estou achando a cordinha de varal? Minha senhora! Dê  meia volta, observe ligeiramente para esquerda. Já achei, já achei.
Com o meu comando do lado de fora, a situação terminou muito bem.
Gritaram! Queremos pagar.
Senhores! Dê meia volta, dê mais dois passos e vocês chegarão no caixa,
O caixa nada mais é, do que uma mesa de madeira; bem entendido, uma mesa novinha em folha; pois, foi fabricada em 1960.
Chegaram? Por favor, agora apanhe uma folha de papel, relacione os ítens e seus valores e, por favor, deixem o dinheiro junto. Caso tenha direito a troco, farei, quando os senhores sairem e eu entrar. Apenas uma senhora usufruiu deste direito, os demais deixaram o valor exato. Ufa! saiu tudo corretamente.
Tenho problemas com os estoques. Dias atrás, chegou um senhor e foi pedindo, quero torneira para jardim.Apontei às mesmas e o cara foi com muita sede ao pote, só tem duas? Levarei-às. Cheguei para o cidadão e tentei persuadí-lo para não levar às duas. Meu senhor! Duas torneiras proporcionarão uma despesas de água bastante acentuada, refletindo diretamente no seu bolso: depois, o senhor conhece a velha história de repartir o pão com o próxmo? Pode chegar outro cliente desesperado, com vazamento de água em sua casa, em vista de avaria na sua torneira e daí? Como poderei atendê-lo?
O dito senhor largou uma torneira, pagou e saiu rasgando o véu: "primeira vez que um comerciante pede para não levar o produto." Problema de estoque caro senhor. Ufa! mais uma situação resolvida.
Outro dia, quando entrei na loja, observei duas senhoras agarrada no único sifão sanfonado, existente no estoque. O sifão não era mais sanfonado, e sim, lisurado, de tanto que às mesmas puxavam, um verdadeiro cabo de guerra. Falei! Calma, calma, o sifão atingiu o ponto de trabalho, mais uma puxada, o mesmo entrará no estágio de ruptura. Vamos resolver tal situação com muita calma. Uma delas gritou: "de que maneira? Já que esta espelunca não tem estoque? Respondí, simples, muito simples, cara senhora; vamos disputar no palito; muito simples e chegaremos num consenso.
Contrariadas, pimba, disputaram no palito; a senhora mais velha levou. A outra, rasgou elogios (?????) e foi embora. Ufa! mais uma situação resolvida.
Problemas?  Chute o balde.
Assim, é o meu dia a dia, enfrentando problemas de espaço físico, estoques e por aí a fora.
Pressão arterial? Um dia 20 x 12, outro dia, 25 x 18, 18 x 12 e vamos empurrando.
Com tudo isto, a estrela vai brilhar, e como vai, é questão de tempo meu caro.
Não gostou do post? Você, também, tem problemas maiores, menores?
Elementar meu caro, bastante elementar, "chute o balde e viva de vento."

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