sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Minha Batalha Chamada "PA"

Não bebo, não fumo, caminho 5 kms., todos os dias e bebo muita água, mas, não consigo controlar a famosa PA,  pressão alta, pressão arterial, hipertensão, e por aí a fora.
Esta situação está ligada a veia maternal, pois, quase todos os troncos de minha mãe, sofreram deste mal; citei sofreram, porque todos já passaram para o outro lado da vida.
Você vai ao médico com uma dor no dedo do pé, na hora de medir a pressão, o diagnóstico prende-se a elevação da mesma. Concordo com o médico, é evidente que o mesmo tem que zelar pela saúde do paciente, mas, é desgastante.
Certa vez, cheguei ao médico, com a famosa dor de barriga, já frisada em post anterior, aquela que faz arrepiar todos os pelos do corpo humano;  solicitando, pelo amor de Deus que o doutor receitasse um remédio para cortar a maldita, porém, na aferição da pressão, por sinal, bastante alta, tive que atentar pelas orientações concernentes a queda da maldita, para depois, cuidar da famosa dor de barriga.
Não venho para cá com colite ou derivados; é dor de barriga mesmo, aquela de arreganhar a boca.
Certo dia, caminhando com um amigo, observei aquela campanha de medir a pressão na rua, por sinal, uma boa atitude para a população. Perguntei para o meu amigo, se o mesmo era hipertenso, tendo como resposta, não. Falei para o mesmo, vamos até lá aferir a pressão e observe a reação, em relação a minha pressão. Chegamos, cumprimentamos a senhora e fomos para o que interessa.Meu amigo, tubo bem, uma bombada, pressão excelente , parabéns. Ambiente descontraído, a atendente risonha, enfim, uma situação positiva. Agora lá vou eu; bomba uma vez, já senti aquele olhar penetrante, um olhar assustador; mais uma bombada; agora sim, em cima daquele olhar admoestador, às velhas perguntas que já conheç, no mínimo, por quarenta anos. Vamos lá: o senhor toma remédio para pressão alta? Sim senhora. O senhor tomou o remédio hoje? Sim senhora. O senhor vai ao médico regularmente? Sim senhora. Aí vem a observação:tome cuidado, a situação é delicada.
Falo bombada, em virtude de esquecer o nome do aparelho que mede a pressão; lembro-me, apenas, que sempre se escreve com “esse”, mas, geralmente se escreve com “Ge”. Entendeu?
Certa vez fui fazer o famoso exame na esteira, após todos aqueles rituais, a médica falou: “Meu Deus! Esquecí de medir a sua  pressão!
Aquilo foi para mim, que nem um coice de mula; o meu coração palpitou de certa maneira, que senti o mesmo sair pela boca. Dito e feito, pressão nas nuvens; a médica tirou toda aquela aparelhagem de meu corpo e deixou-me em observação, por três horas.
Explicou que eu poderia ter o “SJB”, ou seja, síndrome do jaleco branco. Pode ser, pode ser; pois quando chego na sala de qualquer médico, sinto-me estranho, nervoso e com o coração a palpitar muito forte.
A observação tem lógica, pois, no consultório, a minha pressão é bastante alta, quando saiu do consultório, tenho, por hábito, passar numa farmácia, afim de medir a pressão; resultado, bem mais baixa do que a aferida pelo doutor.
Numa das empresas que trabalhei, o médico fez uma observação: você é um paciente difícil e complicado de tratar, pois, quando você chega em meu consultório, a sua pressão está muito alta, contudo, após, uns quinze minutos de diálogo, sua pressão volta em níveis aceitáveis. Comparou a minha pressão com um gráfico de vendas, ora no pico, ora no vale.
A pedido de outro médico, fiz aferição, ou melhor, deveria fazer aferição, por uma semana, mas, em face do comportamento da pessoa que aferia a pressão, achei por bem parar. A mulher ficava tão desesperada, na leitura de minha pressão, quer o seu olhar parecia está na frente de um  fantasma. Perguntava sempre para ela, a senhora está vendo alguma visagem? Certa vez, a dita ficou tão descontrolada, que apanhou uma maca, colocou-me na mesma, levou-me para uma sala, colocou um remédio na minha boca e chamou um médico. O doutor, após medição, falou: pressão bastante alta, ficará em observações. Após duas horas, a apavorada voltou a medir a pressão e, desgraçadamente, falou em voz alta: meu Deus!Meu deus! A pressão do senhor baixou em níveis normais. Respondi: problemas de síndrome do jaleco branco, minha senhora. A mesma chamou o médico, o mesmo medicou-me e fez a devida liberação. Ufa!
Certo dia, visitei um médico experiente, doutor com muita prática, fez os exames cabíveis, medicou-me e deu o seguinte conselho: “Meu caro, não leve a vida a ferro e fogo, saiba viver, chute o balde, chute o balde. Agradeci  o mesmo, pois, realmente, seu tratamento foi bastante salutar; passei numa loja de R$ l,99, comprei 12 baldes de plásticos e fiz a festa. Cheguei em casa e fui logo chutando os baldes, não era chute fraco não, mas, sim, aquelas bicancas, que dava gosto de ver.
Até hoje, quando chego em casa, a minha mulher já esconde os baldes, caso contrário, é só na bicanca.
O quê? Você acha que estou brincando com coisa séria?
O que devo fazer, abrir a boca, espernear, nada disso, sou um homem prático. Sei que tenho um problema, contudo, sei contornar.
Se você acha que isto é um problemão, faça uma vista a um hospital, visite as alas de oncologia, angiologia, queimados, e você verá que nossos irmãos têm problemas bem mais sérios, infelizmente.
O quê? Você, também, tem problema similar? Meu amigo, chute o balde, mas, de preferência, na bicanca; você notará que o bicho sai rodopiando. Chute o balde!

Um abraço do Catarina Paranaense.


Nenhum comentário:

Postar um comentário