quinta-feira, 23 de setembro de 2010

UM PAPO DESCONTRAÍDO COM O MEU BANCO PARTICULAR

Meu banco particular; nada mais é do que a minha carteira; sim  aquela  mesma, que se coloca o cascalho, o carvão, o Money, o tutu ou o dinheiro, como queiram.
Somos amigos  inseparáveis, um depende do outro, uma amizade mútua.
Não é o caso do casca grossa, o meu computador, que só procura me atrapalhar.
A nossa amizade é tamanha, que abrirei espaço, para a minha carteira expor  sua opinião, sua satisfação,enfim, o que lhe convier a falar.
Fala minha amiga, que eu lhe ouço.
“O dia mais infeliz, foi o dia em que eu fui fabricada. O que adiantou tanta tecnologia, habilidades,paciência, dos fabricantes, para me confeccionar? Para cair nas mãos e no bolso de um cara pobre, falido e sem perspectivas?
O bolso da calça do mesmo, lugar de minha preferência, não é um bolso normal, mas sim, um bolso surrado, sendo às fibras de tecidos, já envelhecidas, sem conforto, deixando um espaço muito largo, aonde balança o tempo todo, chegando a me dar náuseas.
Além do mais, fui fabricada com a finalidade de carregar dinheiro, cascalho e não cheques, promissórias, duplicatas e algo mais. Em se falando de cheques, dias atrás, o Mané, colocou, dentro de mim, três cheques, a saber: um cheque procissão (dá uma volta na praça e volta para a matriz);  um cheque boi (chega  no  caixa do banco e o mesmo resmunga, hum...hum...hum);  e um cheque pipoca (pula de mão em mão). Os três cheques se estranharam, sei lá por que, e partiram para as vias de fatos; sobrando, evidentemente, para mim, pois, me arrebentou toda por dentro.
Fui obrigada a passar por uma reforma interna total. Certo dia, fiquei contente, pois, o Mané colocou dez mangos dentro de mim, analisei, notinha enxuta, tudo bem, até que enfim, estou sendo útil. Mas, não demorou muito tempo, o durão, passou por uma loja de bugigangas, não resistindo à tentação, entrou. Na entrada da loja, foi classificado na categoria “G”, dentro da sua classe social, e entrou. Foi logo atraído por um relógio de parede, de R$ 9,80. Agarrou o produto, dirigiu-se ao caixa, efetuou o pagamento e pimba, lá fiquei  no vazio novamente.
O cara é tão orelhudo, que o relógio adquirido, trabalha com os ponteiros no sentido anti-horário;bem feito, para o cabeçudo aprender a ser mais inteligente.
Eu não agüento  mais, preferia voltar a não ser mais carteira.
Meu Deus! Meu Deus! O cara está colocando um cheque borboleta, dentro de mim; SOCOOOOORRO.......”.AJUDE-ME.”
Calma minha amiga, calma, ainda teremos muito dinheiro para colocar dentro de você. Bem! Eu penso desta maneira.
E você? Está com a carteira recheada, ou, também, está enganado?
UM ABRAÇO DO CATARINA



  

Nenhum comentário:

Postar um comentário