NO MAR DA TEMPESTADE

Você está nervoso,indignado,saco cheio,revoltado, p.....da cara, e por aí a fora.
Luta,luta,entretanto, só patina; sei que não é fácil meu caro,mas, antes de entrar neste inferno pessoal,conte até dez e tome algumas atitudes práticas, tais como:
-dê um pulinho até o espelho e observe se você está com um tubo de oxigênio enfiado no nariz para respirar.
-Faça uma visita em um hospital, procure as alas de: angiologia, oncologia e queimados.Faça um pesquisa entre os nossos irmãos menos favorecidos, pergunte o que eles mais desejam, é lógico que a resposta será unânime, ou seja, livrar-se da doença e viver.
-minha esposa , após um cirúrgia de varizes, apresentou um quadro grave de trombose,ficou ll dias, internada. Lá observei situações terríveis, tais como: pessoas perdendo pé, braço, pernas, pela maldita da doença, de diversas origens.
Observei um senhor que perdeu às duas pernas , sendo carregado no colo por entes queridos; o mesmo olhou para mim, cumprimentou-me e sorriu. Aquele gesto mexeu profundamente comigo.
Outro senhor, foi avisado da cirúrgia na manhã seguinte, cortar a perna; o cidadão rodou com uma cadeira de rodas, praticamente a noite toda, no corredor; a gente observava a angústia no rosto do mesmo.
E assim, outros casos arrepiantes.
-Faça uma visita noturna,principalmente nos dias frios e chuvosos;observe o número de nossos irmãos que dormem nas calçadas e outros lugares, sem qualquer cobertura.
Meu caro, a minha luta,também, é difícil; gostaria de abrir às cortinas de minha vida, minha batalha, para você refletir, ainda mais, contudo, para tal concretização, teria que usar todas às canetas existentes no mundo, e usufruir do mar, como tinta.Todavia, destacarei uns pontos negativos da minha vida:
-No dia de meu nascimento, ao invés de uma estrela, brilhou uma cruz, não entrarei nos poréns,contudo,vou converter tal situação, ou seja: transformar esta cruz numa estrela, e com muito brilho
-Já falei que possúo uma micro lojinha, meu Deus, aquí caberia um livro, não tenho como largar, pois, trata-se de meu ganha pão. Tenho um post referente o assunto.
-Trabalho de domingo à domingo, não tenho vida social;não bebo, não fumo, caminho 6 kms.,diariamente,para poder enfrentar a batalha.
-Sou vizinho do hospital Pinel, é só pular o muro,mas, não penso nisto, lamento a situação de nossos irmãos que necessitam destes recursos para sobreviver; não é nada fácil.
Quando entro na fase de desespero, sou acometido por uma dor de barriga; é isto mesmo, sem frescura, não é colite ou outro nome, é dor de barriga mesmo, aquela que arrepia todos os cabelos e quem olha para você, acha que você está rindo, na realidade, você está berrando de dor. Não é mole não, meu irmão.
Além de meu inimigo mortal, o casca grossa, meu computador; o meu intestino é outro inimigo, pois, além da dor de barriga, quando é para soltar, o mesmo prende, quando é para prender, o mesmo solta.
Tentei registrar uma queixa contra o mesmo, no DP. Mas, parei para pensar: o mesmo já está preso, agora, recebe uma ordem de prisão, por parte do DP, sobrará para mim. Preso duas vezes, certamente, explodirei.
Como é que meus familiares, explicarão o motivo que eu batí às botas?
Usando às palavras de meu avô, o papo do brasileiro, sempre termina em M..........maravilhas(maliciou,heim!)
Luta, muita luta, meu irmão, porém, estamos vivos; podemos sentir o sopro divino, andar, pular,gritar, e por aí a fora.
Só conhecemos a profundeza de um rio, quando estivermos no meio do mesmo. No meio do mesmos, temos duas opções:
-nadar,nadar, esperniar, para sair da situação e continuar vivo.
-Não fazer nada e morrer afogado.
O negócio é enfrentar, lutar, procurar alternativas e bola para frente, pois, a vida só é dura, pata quem é mole.
Tá se afogando? Use uma das opções acima.