NATAL! ALEGRIA E TRISTEZA.

Chegamos em Outubro. Com ele já começa aparecer artigos natalinos, anunciando o Natal.

Não demorará muito tempo, para surgirem propagandas natalinas, papai Noel e demais produtos referentes ao Natal.

Trabalhei numa empresa, cujo nosso encarregado, era um senhor idoso, porém, com uma filosofia de vida, bastante enriquecida.

Certo dia, em pleno expediente, fomos surpreendidos com uma notícia, bastante triste: um de nossos companheiros de trabalho, acabara de falecer, vítima  de um acidente de moto.

No dia posterior ao acidente trágico, outra colega de trabalho, realizaria seu casamento.

Por decisão da Diretoria, passou por nós, duas listas, ou relação, como queiram.

Uma solicitando contribuição de todos, afim de adquirir uma coroa fúnebre de flores, em homenagem ao nosso colega, que acabara de falecer. Outra , solicitando contribuição, para adquirir uma corbelha de flores,em homenagem à colega que iria se casar.

Na hora que tais listas passaram pelas mãos de nosso encarregado, com uma filosofia de vida interessante, inclusive, servindo de exemplo, para todos os seus subordinados, levantou as referidas listas, e falou em voz bem alta: “as flores, não só enfeitam a vida, como, também, enfeitam a morte.”

Saudade desse nosso encarregado, homem sensato, pacificador,equilibrado,exemplar; um verdadeiro líder.

O repicar dos sinos, tem muito haver com a filosofia das flores.

Esses repiques, tanto aguçam a felicidade, como aguçam a tristeza.

Nessa época, a sensibilidade se faz presente; às pessoas procuram ser mais humanas, mais efetivas.

Muitas famílias são tomadas pelo espírito de alegria, festividades, união entre seus familiares , em fim, a felicidade absoluta. Outras, nem tanto; gostariam que tal data não existisse, pois, cada repicada do sino, faz renascer a tristeza em sua alma, seja pelas lembranças de perda de entes queridos, ou outras ocorrências marcantes.

Então, a finalidade das flores e o repicar dos sinos, tem afinidades em comuns.

Eu, também, sou envolvido ,nesta data natalina, por uma tristeza profunda, pois, a lembrança, dos bons tempos, quando criança, juntos dos meus pais, se fazem presentes, sem possibilidade de serem apagados.

Sou saudosista, sim senhor, e com muito orgulho.

Esquecer o passado, é obscurecer o futuro.

Que venha o Natal, desgraçadamente, a tristeza faz parte da vida.