Reportando-me ao meu blog “relembrando”, registro a
renovação de minha carteira de habilitação, quanto ao exame de vistas e outros
mais.
Atendendo a chamada do referido doutor, fui entrando e já
falando: tenho a síndrome do jaleco branco doutor! Portanto, a pressão arterial
registrada pelo senhor não expressa à verdade.
Tenho alguns dados para mostrar-lhe.
- Que dados?
- Os registros de minha pressão arterial aferida quatro
vezes por dia, ou seja, duas pelo período matutino e duas pelo período
vespertino; aqui está a verdade.
O doutor ficou olhando-me com cara de quem não estava
entendo nada.
Apanhou o aparelho moderno, enrolou em meu braço e quando
surgiu o registro da pressão arterial, o mesmo saltou da cadeira, veio em meu
encontro, no outro lado da mesa, e falou: que pressão doída! Isto é verdade?
- Já falei para o senhor que não expressa à realidade, nem
tão pouco a verdade.
O mesmo puxou uma cadeira, apanhou dois aparelhos de medir a
pressão arterial e foi aferir o absurdo, segundo ele.
- Enquanto eu acompanho a sua pressão, colocarei algumas
letras na parede para você soletrar, OK?
- Vamos lá, seja o que Deus quiser.
- Qual a letra?
- O;
- É um c.
- Qual a letra?
- M.
- É um n.
- Qual a letra?
- P.
- É um q.
- Qual a letra?
- T
- É um l.
- Vou aumentar o tamanho das letras, OK?
- Diante do aumento das letras, consegui decifrá-las.
O doutor olhou para mim e falou: Esses teus óculos estão no
fim da cepa.
Desgraçadamente, tinha apanhado os óculos, três dias antes,
na Ótica, é mole?
Situação difícil e constrangedora, contudo, arranquei dois anos de renovação da Carteira de Habilitação.
Que sufoco.
Abraços do Catarina Paranaense.
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