quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

"UM AVISO."

Terça-Feira de carnaval, a festa da carne.
Não faz a minha praia, respeito, mas estou fora desse angu.
Então, só existe uma alternativa, se dirigir para o Le Magu.
- O que é Le Magu?
- Pronto, o cononoca do papai, a tetéia da mamãe, não sabem o que significa Le Magu.
- Le Magu, nada mais é do que um restaurante, franqueado, que fornece o bifão.
- Entenderam?
Cheguei ao balcão e o atendente perguntou-me: o que vai?  Um bifão meu caro, inclusive bem passado, OK?
- R$ 11,90; já atentaram para o valor?
E, ainda, tem umas unhas de fome, uns mãos de boneca, umas murrinhas que acham muito caro.
Apanhei o comprovante e vamos à espera.
Sentei numa cadeira e fiquei com o pezinho batendo. Calma lá, calma lá, muita calma, Catarina não tem pezinho e sim pezão. Muito cuidado, muito cuidado.
Chegou! O atendente bateu a campainha e digitou a senha: 304, colocando o bifão sobre o balcão.
Na fila ao lado, todos fitaram seus olhos no meu bifão. Tinha olho de todo tipo, olho estreito, olho meio largo, olho exageramente largo, enfim uma multidão de olhos.
A situação ficou tão absurda que o bifão sentou-se no prato e gritou: “assim não é possível Catarina, me poupe pô!
Apanhei o bifão e notei os da fila, todos com as línguas para fora, babando. Tinha língua de todo o tipo; língua tipo flecha, língua estreita, língua larga, parecendo à banheira dos antigos tomarem banhos, eu incluso.
Falar em banheira, que saudade de tomar banho em banheira, principalmente, quando você brincava com o sabonete, no sentido de fazer o mesmo mergulhar. Tempos bons.
Tinha uma língua tão grande, que fui obrigado a deslocá-la para o lado com o ladinho do sapato. Calma, muita calma, Catarina não tem esse negócio de ladinho, tem ladão, ora bolas.
Vinha um cara atrás de mim, que confundiu a língua do linguarudo com gravata, falando o seguinte para o mesmo: a sua gravata está se arrastando pelo chão.
Cheguei à minha mesa e, os meus parentes, também, ficaram checando o meu bifão.
Eles estavam saboreando o Kirk Douglas. Para lá, não é Kirk Douglas, é outro nome.
Vou perguntar: o pé de jaca como é o nome daquele sanduíche ou sandwich, como queiram, que nada mais é do que um pão com bife de hambúrguer e outros apetrechos?
- Burg-King; é isto ai, um sanduíche normal com nome frescal, só para o cara entortar a língua.
Kirk King, coisa do outro mundo, coisa de fresco.
O bifão tinha o formato do mapa do Brasil, largo nos ombros e estreito nas pernas.
Comecei a devorar o glorioso, pimba daqui, pimba dali, e finalmente, tudo consumado.
No post anterior deixei escapar um grão de arroz, desta vez, não sobrou, absolutamente, nada.
A banhinha que ficou no prato, apanhei batatas fritas e limpei a base, coisa de louco.
Ainda está com vontade? Vai lá, mão de boneca, deixa de ser pão-duro, minhoca de uma figa.
Estou com o pandulho cheio e bem com a vida, viu sua munheca!
Abraços do Catarina Paranaense – o descobridor do bifããããõ.

Um comentário:

  1. Oi Pai,

    Na próxima vez vou deixar o "Kirk" de lado e vou provar o Bifãoooo !

    []'s

    Toco

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