sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

" A RITMADA."

Eu to que to
Eu to que to
Olhei no espelho
Estou à cara do meu avô.

Que tanto nó
Que tanto nó
Olhei no espelho
Estou à cara da minha avó

Escorreguei no fosso
Escorreguei no fosso
Agora não tem mais jeito
Cheguei ao fundo do poço.

A quizumba está ritmada; use toda a capacidade da canjica; abra e fecha, abra e fecha imitando a sanfona do Gonzaga.
Cheeeeeeeega!
Se não enfiar o pé no freio vai virar uma zorra; se bem, que uma zorra musicada.
Vamos fazer uma pausa para a mulherada passar batom nos lábios, caso contrário, terá rachadura nos mesmos.
Tudo isto me leva a minha infância, junto com meus pais e irmãos.
Geralmente, na hora do preparo da janta, por parte de minha saudosa mãe; meu pai, após o banho, colocava uma cadeira no centro da cozinha, apanhava o acordeão e lascava: nhecnhec, nhecnhec, nhecnhec e nhecnhec.
Meu pai emitia, através do acordeão, nhecnhec e minha mãe rateava, chegando a trocar o platinado três vezes por semana.
O nhecnhec, ainda era tolerado, agora, continuamente, ou seja, nhecnhecnhecnhecnhecnhec era simplesmente insuportável.
Devido o alto custo do platinado, minha mãe comprou quatro protetores auditivos, um para ela e três para seus filhos.
O que faltava habilidade para o acordeão, sobrava para o domínio do violão; modéstia parte, o meu pai tocava muito bem o mesmo, principalmente, quando afinava o mesmo em tom de viola; executando músicas modernas de: Tibagí e Miltinho, Léo Canhoto e Robertinho, Tônico e Tinoco, Pedro Bento e Zé da Estrada, Mineiro e Mineirinho, Caçula e Marinheiro, Zico e Zeca, e outros mais. Coisa de Louco.
Uma sinfonia para gênios, beleza pura.
O quê? Você gostaria de ouvir às músicas supramencionadas? Não é possível, não é possível, são músicas destinadas aos ouvidos afinados e com dom para música.
Nunca ouviu falar do “Menino da Porteira?”
É de arrepiar até os cílios postiços.
Chega e chega; tais dicas custam muito dinheiro e dinheiro em Libras Esterlinas, ou Dólar Itajaiense, ainda mais caro.
Abraços do Catarina Paranaense – O filho do nhecnhec.

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