terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

"O Bifããããããõ."

Um prato de alimento tão saboroso que denominei de “prato da delícia.”
O próprio prato de louça já se apresentava volumoso, um pouco menor do que uma roda de carroça, o diâmetro, evidentemente.
Primeiramente colocaram o feijão, com seus bagos tenros, com um caldo muito bem temperado, dando água na boca.
Por cima do feijão, um arroz com alho, sendo seus grãos soltinhos, tão soltinhos que chegavam a se desmunhecar.
Por cima do arroz, aquele bifãããããããõ; um bifão com carne macia, coberto de cebolas refogadas, avermelhadas, coisa de louco.
Em volta de tudo isto, batatinhas fritas, passadas na manteiga, uma verdadeira delícia.
O quê? Que exagero?
Exagero é esta dieta que você faz. Faço dieta para não engordar, e daí?
Frescura, plena frescura, eu estou com o pandulho cheio, muito bem serviço com o tremendo bifããããããõ.
O quê? Se não sobrou nada?
Sobrou sim, sobrou um grão de arroz que não consegui apanhar com garfo; todavia, usei a criatividade, apanhei um palito e, pimba bem no coração do referido grão. O bicho berrou, um berro fino, iiiiiiiiiiiiiiiiiiiii, chamando atenção de todos para nossa mesa.
Ai veio o guarda-roupa, o segurança, seu nome, por favor? Catarina Bifão de Almeida. Algum problema em sua mesa? Sim senhor, eis aqui. Mostrei o grão já fisgado com o palito; neste momento enfiei o dito cujo na boca e pimba para o estômago. O bicho (segurança) se abriu que nem um paraquedas e saiu de fino.
O quê? Ficou com vontade de comer o bifão?
Vai lá ao shopping, tá cheio de bifão; deixa de ser pão-duro e faça uma refeição digna de um ser humano, ou tá querendo que eu assuma as despesas? Quer moleza? Pega na língua da vizinha ou vizinho; só me faltava essa! Mão de boneca de uma figa.
Um exagero comer um prato nesse volume?
A boca é minha, o estômago é meu, o metabolismo é meu, o corpo é meu; então ninguém tem nada haver com a minha opção, OK?
E tem mais um detalhe, graças à frescura da etiqueta, os princípios dos bons modos na mesa da alimentação, deixei de tomar uma atitude de meu agrado. Quer saber? Deixa-me olhar para os lados, observar se não existem algumas línguas grandes; não, não existem, então falarei da atitude que deixei de tomar: lamber todo o prato, de tão bom que estava o alimento; passar a língua em toda a sua extensão, não deixar nem vestígios no mesmo.
Nada melhor do que um bom bifão.
Abraços do Catarina Paranaense – O bem alimentado, com bifão, é lógico.

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