Antes de entrar na fritada, estou bastante encucado no que
se segue: trabalho com vendas de varais, dentre outros itens, porém na entrega
de um pedido de varais, o entregador perguntou-me se não trabalho com o varal
xisão. Informei que não, todavia, procurei saber que tipo de varal era o dito
cujo. Tratava-se de um varal de chão, com 1,5m de altura, 1,5m de comprimento e
1m de largura.
Comprei o mesmo e na hora de armar, 1,5m de altura, notei
que passei por baixo do mesmo, com a maior tranqüilidade.
Falei para os meus botões, alguma coisa está errado, ou
seja, 1.5m de altura e passar por baixo do mesmo sem precisar baixar a cabeça,
é dose para leão, ou melhor, para mamute.
Consultarei a fábrica se a altura do mesmo não passa de 2m,
no mínimo.
Já observei que estou encolhendo, mas, não em tal proporção.
Fica o registro para mim, então não venham com churumelas,
querer tirar sarro da minha cara.
Vamos ao que interessa, às vendas estão uma verdadeira
quizumba, ou seja, não se vende absolutamente nada, o povão está sem dinheiro e
muito preocupado.
Entra-se na minha megaloja (21m2), apenas para se queixar;
muitos já desempregados e os que estão empregados estão com a pulga atrás da
orelha.
Trata-se de um pessimismo sem controle.
O que mais se vê na hora da compra minguada são moedas e
mais moedas.
Sem contar com a insegurança que temos que atravessar.
Pessoas desesperadas, o desemprego em alta escala, a falta
da circulação de dinheiro, tudo leva a uma avalanche de insegurança, medo e
receio de enfrentar o futuro.
Em tempo não muito distante era comum receber clientes de
outras regiões que vinham para o nosso bairro, trabalhar em construções,
serviços diversos, tais como: reparo e conserto de hidráulica, jardinagem,
pintura, telhado e outros similares, mas, tais profissionais desapareceram.
Eu abria a megaloja (21m2) aos domingos, com um movimento
razoável, contudo, não abro mais aos domingos, pois não compensa, além da
insegurança reinante.
Os produtos, tais como, refil para máquina de cortar grama,
seja a gasolina ou elétrica, eletrodos, colher de pedreiros e outros, tinham um
giro substancial, hoje estão procriando nas prateleiras.
Isso só para exemplificar, contudo, trata-se de uma gama de
variedades de produtos que estão na mesma situação.
Já estou pensando em vender meu estoque e instalações da
megaloja (21m2), pois não tenho ânimo de continuar em tais condições de
mercado.
Continuar dando murro em ponta de faca não leva a lugar
nenhum, infelizmente.
Ou a política de nosso Brasil melhora ou estaremos todos
fritos, sem sombras de dúvidas.
Abraços do
Catarina Paranaense – muito preocupado.
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