Estou recuperando-me de uma cirurgia, efetuada em
21-05-2015, referentes duas hérnias, sendo uma umbilical e a outra inguinal.
Trata-se de uma recuperação lenta e desconfortável. Você
entra numa rotina sem fim.
Você vira para o lado direito dói, vira para o lado esquerdo
dói, abre a boca dói e assim vai.
Levanta-se pela manhã com aquela cara de bunda e dirigi-se
para o banheiro.
O quê foi? Está acanhado por falar em bunda? Bunda é uma
palavra simples, achada em todos os dicionários e todos nós temos.
Eu pratico exercício facial com a referida palavra,
- Como assim?
- Você enche as bochechas de ar e vai soltando a referida
palavra, ou seja; bunnnnnnnnda, bunnnnnnnnda, bunnnnnnnda.
Repita por quinze vezes e você verá uma melhora fenomenal.
Fui bumbeiro por muito tempo: hoje existe a bateria, porém,
antigamente era o bumbo que dava ritmo a marcha, a banda de música, orquestra e
similares.
Se você atentar para o som do bumbo notarás que o mesmo soa
o seguinte: bunnnnnnnnda, bunnnnnnnnnda, bunnnnnnnnnnda, e ai vem o breque,
bunnnnnnnnnndada.
Coisa de louco.
Já no banheiro dou uma espiadela no espelho e observo aquela
imagem cadavérica, aquela imagem sem vida, aquela imagem falida.
Jogo uma água na cara e dirijo-me para a cozinha, saborear o
café da manhã com duas fatias de pães com margarina e doce de banana,
acompanhado de duas canecas de café com leite, 300 ml cada caneca.
De volta ao banheiro escovo os dentes e também às cáries.
Dou uma volta na megaloja (21m2) e me assusto com o
movimento, ou seja, movimento do vento e das janelas.
Sem mais o que fazer na megaloja (21m2), vou para a sala,
usufruindo-me do sofá, ficando numa posição entre o deitar e sentar, única
maneira de não sentir a cirurgia.
Ligo a televisão para inteirar-me das notícias do dia, ou
seja; ladroagem, falcatruas e prensa em
cima do povão.
Ciente das notícias, sabedor do aumento na luz, bastante
satisfeito sigo para o almoço.
Jogo o grude para dentro e vou tirar uma cochilada.
Antes deito e fico pensando uma série de bobagens, com
aquela cara de ninguém.
Passo a tarde entre a megaloja (21m2) e o sofá, tentando
assisti r um programa de televisão aceitável, porém, muito difícil.
A noite o jantar e
depois dormir.
No outro dia começa tudo novamente.
Abraços do Catarina Paranaense.
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