Fui até o cemitério, localizado na Colônia Zacarias, em São
José dos Pinhais – Paraná, a fim de verificar a situação do túmulo de meu pai;
pois, todo ano faço uma nova pintura no mesmo.
Estava sentado sobre o mesmo, ocasião que passaram duas
senhoras. A primeira passou e me cumprimentou, a segunda fez o sinal da cruz e
se mandou. Fui até a mesma e perguntei se havia algum problema, sendo que a
mesma gritou: maaaaaaaaaaana! Maaaaaaaaaana! Ele fala!
Calma, muita calma vamos analisar a situação lentamente, sem
qualquer tipo de pressa.
Ela tem todo o direito de suspeitar de mim, agora, serei eu
o fantasma ou ela? A sua fisionomia, também, não era lá essas coisas.
Com licença, quero dar uma olhada no espelho. É realmente a
minha aparência está deixando a desejar, ainda, dentro de um cemitério, é
complicado. Nossa! Serei um fantasma?
O quê foi? Algo engraçado em tal registro?
A canjicona já começou a funcionar, parecendo à gaita do Zé
Pedro. Sai de mim chororô.
- Hoje, muito cedo, 6 horas da matina, apanhei o meu terno,
muito bem passado, camisa, gravata, escovei o bigode, passei um pente nas
sobrancelhas, dei um tombo nos cabelos, lavei a cara e fui fazer exame de
sangue.
Lá no laboratório, após os trâmites normais, apanhei a senha
e fiquei esperando a chamada para a devida coleta do precioso sangue.
Pimba! Minha chamada.
Braço pronto para receber a espetada, o dito cujo, após
extrair o precioso líquido, falou: Nossa! Que sangue viscoso! Que tonalidade
avermelhada vital Os glóbulos em formato de “I”!
Doutor! Não se esqueça que sou de Itajaí, eis o motivo do
formato dos glóbulos em “I”.
O cara gamou pelo meu sangue, ou será que o mesmo está
gozando da minha cara, ou melhor, do meu sangue?
Operação tiragem realizada, o mesmo me encaminhou para o
café.
Cheguei lá, aquela desgraça de máquina de café; detesto tais
frescura, contudo, apanhei um copo, apertei no “café curto” e fiquei esperando
o precioso líquido.
Com aquela velha cara de tacho, com o copo, na mão,
esperando o dito líquido, porém, nada de jorrar o dito cujo.
Senti um barulho da máquina e observei um copo cheio de café
ao lado. Quando você aperta o botão, a mesma já providencia o café com copo e
tudo. Agora, sinta a minha babaquice: com um copo na mão, esperando o líquido
jorrar. Não gosto de tais máquinas.
O quê foi? Ta tentando me chamar de babaca? Olha o respeito,
olha o respeito!
Ufa! Que dia.
Abraços do
Catarina Paranaense.
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