sexta-feira, 17 de abril de 2015

"NOS CASCOS."



Hoje eu não estou bom, ou melhor, não estou nada bom.
Arranquei um dente a fim de aliviar uma dor existente na região. O dente foi embora e a dor continua.
Uma dor do cão na gota do pé.
Dor no olho esquerdo, e assim vai.
Para completar a situação, dei uma espiada no espelho, e não gostei nada, nadica de nada, do que observei.
Creio que uma orelha está ligeiramente maior do que a outra. Inclusive, vou apanhar um paquímetro, para aferir tal situação.
Tinha às sobrancelhas cerradas, vistosas, agora, tão verdadeiros bagaços.
Os olhos estão caídos, murchos. Com óculos tudo embaçado, sem óculos tudo escuro, uma verdadeira merda, para ser objetivo absoluto.
Tinha um nariz perfilado, triangular, agora, parece que levei um murro, tá totalmente acha tado é mole?
O bigode de outrora era uma verdadeira exposição de macho, agora, serve apenas para fazer a divisão do nasal com a bocanha, nada mais.
A boca fechada esconde uma língua afiada e um montão de dentes, destacando-se entre os tais, cáries, obturações e uma cavidade bucal de dar inveja ao jacaré.
O queixo está sustentado pelo maxilar que atualmente está apresentando uma dor terrível; ou melhor, só pode ser na região, pois, o dente suspeito de emitir a referida dor, já era, foi para o espaço.
O cabelo, dantes uma verdadeira pintura de arte, virou uma gozação, ou seja, falta na cúpula e excesso nas laterais, parecendo um dos três patetas.
Isto tudo na individualidade, agora, no fechar da roda, ou melhor, no conjunto, uma verdadeira aberração. O conjunto n agrada em absoluto.
Existe ainda uma justificativa remota, há possibilidade do espelho está me sacaneando.
- O que você acha Jacaré?
- Na individualidade ainda é passivo de crítica, agora, no conjunto fica difícil expressar a definição de uma verdadeira coisa do além!
- Jaca! Você continua sendo a pele mais fina do meu .......... nariz.
Abraços do
Catarina Paranaense – muito encucado.



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