Hoje eu não estou bom, ou melhor, não estou nada bom.
Arranquei um dente a fim de aliviar uma dor existente na
região. O dente foi embora e a dor continua.
Uma dor do cão na gota do pé.
Dor no olho esquerdo, e assim vai.
Para completar a situação, dei uma espiada no espelho, e não
gostei nada, nadica de nada, do que observei.
Creio que uma orelha está ligeiramente maior do que a outra.
Inclusive, vou apanhar um paquímetro, para aferir tal situação.
Tinha às sobrancelhas cerradas, vistosas, agora, tão
verdadeiros bagaços.
Os olhos estão caídos, murchos. Com óculos tudo embaçado,
sem óculos tudo escuro, uma verdadeira merda, para ser objetivo absoluto.
Tinha um nariz perfilado, triangular, agora, parece que levei
um murro, tá totalmente acha tado é mole?
O bigode de outrora era uma verdadeira exposição de macho,
agora, serve apenas para fazer a divisão do nasal com a bocanha, nada mais.
A boca fechada esconde uma língua afiada e um montão de
dentes, destacando-se entre os tais, cáries, obturações e uma cavidade bucal de
dar inveja ao jacaré.
O queixo está sustentado pelo maxilar que atualmente está
apresentando uma dor terrível; ou melhor, só pode ser na região, pois, o dente
suspeito de emitir a referida dor, já era, foi para o espaço.
O cabelo, dantes uma verdadeira pintura de arte, virou uma
gozação, ou seja, falta na cúpula e excesso nas laterais, parecendo um dos três
patetas.
Isto tudo na individualidade, agora, no fechar da roda, ou
melhor, no conjunto, uma verdadeira aberração. O conjunto n agrada em absoluto.
Existe ainda uma justificativa remota, há possibilidade do
espelho está me sacaneando.
- O que você acha Jacaré?
- Na individualidade ainda é passivo de crítica, agora, no
conjunto fica difícil expressar a definição de uma verdadeira coisa do além!
- Jaca! Você continua sendo a pele mais fina do meu
.......... nariz.
Abraços do
Catarina Paranaense – muito encucado.
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