quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

"MEU CARO ANDER........."



Mais um dia para batalhar. Já com minha megaloja (21m2) aberta, sentado no cepo, com pensamento muito positivo, ou seja, quero faturar, quero faturar, nada de duplicatar.
- O que é o cepo?
- Pronto, já expliquei umas quinhentas vezes, o que venha ser o cepo, entretanto, o jacaré quer saber.
Cepo nada mais é do que a cadeira que eu uso na loja, apenas, a mesma apresentou um rebaixamento nas laterais, parecendo mais uma sela para cavalo, do que, propriamente dita, uma cadeira, o que aproveitei a oportunidade de apelidá-la de cepo.
Sacou jacaré?
Olhando para rua, notei um automóvel vindo de encontro a minha loja, estacionando bem ao lado da mesma, atravessando, inclusive o rebaixamento do meio fio, uma obra prima da prefeitura, coisa de louco.
Pensei! Ganhei o dia, o cara vem com muita sede de comprar.
O carro estacionou, porém, não saiu ninguém do mesmo. Pensei com meus botões: o cara quer ser servido no próprio veículo, vamos lá, cadê a bandeja? Que bandeja Zé de melo, isto aqui não é lanchonete, nem tão pouco restaurante, tá ficando louco.
Quando me aproximei do carro, notei uma boca aberta, cheia de dentes, sorrindo e se abrindo parecendo um paraquedas.
Como sempre trabalhei com estatísticas, ou melhor, controle de vendas, apelei para a famosa “tendências”, ou seja: o cara tem um estoque de sorriso de cair o queixo; se o cara tiver dinheiro como tem de sorriso, estou feito; o cara pode está sorrindo de felicidades ou, sorrindo com vontade de comprar muito, mais muito mesmo.
Já mais próximo do veículo, o vidro foi deslizando, parecendo bacalhau no óleo.
De olho para dentro do carro, adivinha quem estava no volante, chuta; o meu amigo Ne, o criador do Brasileirinho, é mole.
Aquele xaveco, o quebra gelo de sempre, apresentações, como foram de viagens, enfim, aquela quizumbada toda.
O NE apresentou-me o sorridente, um cascavelense, o Ander.......
Foram muitos abraços, lágrimas, porém, o Ander.... soltava lágrimas mas não desistia do sorriso.
Mandei entrarem, usei a telepatia para abrir o portão, os mesmos ficaram sós de butuca e pimba, de portão para dentro.
Pensaram: sem controle remoto, porém, o famigerado portão abriu coisa de louco.
Na minha casa até o portão abre os braços para visitas, coisa maluca.
Chamei o NE à parte e fiz uma pergunta: o Cascavel é alegre de nascença ou tá alegre?
Existe uma diferença muito grande entre ser e tá. Eu posso tá Diretor, entretanto, não nasci Diretor, tá entendo Jacarandá?
A cabeça de um itajaiense quando começa a filosofar, saia de perto, uma verdadeira sumidade.
O Ne me explicou a situação: convidei-o para vir para Curitiba, pois, precisava tratar de assuntos com o meu advogado. O Ander ficou em cima do muro, porém, quando falei que após a estada em Curitiba, seguiria para Floripa, o mesmo pulou do muro e perguntou-me: você vai passar por Itajaí? Vamos ver a oitava, nona, décima e demais maravilhas do Mundo? Tais como: o Morro da Cruz que segundo alguns historiadores, nada mais é do que a Arca de Noé emborcada; o Colerom? Afinal de contas o que é o Colerom? É simplesmente o Coliseu de Roma? Como assim, o Coliseu de Roma? Trata-se do Estádio do Clube Náutico Marcílio Dias. Aqui cabe uma observação: não se trata de futebol, mas sim, de pura arte através do futebol; o bairro da Toca da Onça? Respondi sim senhor, veremos tudo isto e algo mais. Itajaí é o berço da cultura, assunto elementar para toda humanidade.
A partir daí o Cascavel abriu o tal sorriso e não parou mais de sorrir.
Falei para o Ne, cuidado quando abrir a porta do carro, o Casca poderá flutuar de tanto sorriso; agora fica no meu lugar, como é que justificarei para a vizinhança o Casca flutuando, principalmente em se tratando do tamanho do baita.
Partiram para Floripa, visitar a irmã, o cunhado e a Mianxa, a gata de pisadas de pétalas.
Já no regresso, notei o Ander.... tristonho, cabisbaixo e com pouco papo. Sentou-se, deu uma enganada, no que tange ao grude (janta), solicitou permissão para sair da mesa e foi deitar.
Apanhei algumas estacas e fiquei na expectativa, pois, o Casca estava tão cabisbaixo, que o seu queixo queria encostar-se ao chão, o que precisaria das devidas estacas.
Perguntei para o Ne: o que houve com o Casca? O Ne respondeu: queria, por que queria, ficar em Itajaí, ora bolas.
Pela manhã, já no café, perguntei ao Casca se o mesmo aceitaria algumas sugestões, o mesmo balançou a cabeça positivamente.
Sugestões: Casca! Já que você quer morar em Itajaí, primeiramente entra numa faculdade de piscicultura, apanha o canudo, aí sim, vai para Itajaí.
- Acontece que eu conheço peixe, por exemplo: Pintado, Dourado, Piranhas.
- Não Casca, não mesmo, os peixes em Itajaí são bem diferentes.
Você tem que estudar o seguinte: porque que a Sardinha não cresce; porque que a Anchova é um senhor peixe, entretanto, a massa prefere a Tainha; qual a diferença entre o Siri e o Caranguejo? Descascar o camarão, em todos os sentidos, tá entendo jacaré?
Dourado! A única coisa que o itajaiense conhece de dourado são as barras de ouros que todos possuem, entretanto, não se dá importância para tal, coisa corriqueira.
Deu-se a impressão que o cascavelense engoliu, vamos esperar para ver o que acontecerá.
Ufa!
Abraços do Catarina Paranaense, agora, amigo do tremendo Casca.
Ne, criador do Brasileirinho, aquele abraço.










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