Estava sentado ma minha megaloja (21m2) e me veio na
memória, alguns casos interessantes, para não dizer cômicos.
Sou saudosista sim senhor: quem se esquece do passado, não
tem como projetar metas para o futuro.
É a mesma coisa do que projetar objetivos de vendas, ou
seja, todo alicerce está contido no passado.
Sem os dados do passado, jamais estipulará uma previsão de vendas
precisa.
Vieram na minha memória duas consultas médicas, a saber?
1 – Fui consultar com um médico muito experiente, pois o
mesmo tinha passado pela máquina de moer carne; bagagem suficiente para
entender o problema de sua clientela.
Além de se formar na Universidade, passou, também, pela
escola da vida.
O mesmo me chamou e já foi perguntando se estava tudo bem?
Respondi para o mesmo que se tratava de uma consulta de rotina; exceto a dor no
céu da boca, no lado da boca, nas costas, no intestino, e problema com a gota,
os demais tudo bem.
O mesmo frisou que todos os meus exames foram negativos
dentro dos conformes, entretanto, desta vez, aplicaria um remédio diferente, a
saber:
- Perguntou se eu tinha balde em casa?
- Respondi que sim.
- Então você vai pegar este balde, deixar na linha de
frente, tomar distância, e chutá-lo com toda força; fechar a loja, apanhar a mulher e
sair viajar por um período longo. Eis o remédio.
- Chegando a casa, notei um balde preto, de PVC, para
carregar massa, não pensei duas vezes, coloquei todas às minhas forças no pé
direito, e chutei o referido.
Conclusão: o mesmo estava cheio de massa pronta, nem saiu do
lugar, e fiquei com problema de tirar o pé do sapato, pois, o dedão inchou
brutalmente, parecendo uma batata doce roxa.
A orelha do referido médico deve ter ardido muito, pois o
xingamento foi total e absoluto.
Prá cá com essa.
Ainda sobre o balde, tenho a declarar que o mesmo é utilizado
por pedreiros para carregar massas, haja vista, que o nome do mesmo é balde
para pedreiro, reforçado, contudo, fazem a alça de PVC; uma verdadeira
gracinha.
2 – Creio que esta consulta já mencionei em blog anterior,
mas vale a pena ressuscitá-lo.
Andava muito nervoso, cabreiro, desgostoso com tudo, invocado
para caramba, ocasião em que meus filhos, acharam por bem, marcar uma consulta
com um psiquiatra.
Chegou a hora da consulta, já na sala de espera, não demorou
o dito médico com uma voz bem alta, chamou-me.
Entrei e já fui falando: Doutor! Sofro da síndrome do jaleco
branco e não gosto de consultório médico, a pressão que o senhor aferir não
corresponderá à realidade.
- O médico respondeu: estou, por acaso, com jaleco branco? Existe
algum jaleco branco no meu consultório? Existe, também, aparelho para medir a pressão
arterial? Não estou vendo nada do que você falou! Por acaso eu mordo?
- Doutor, aprendi que para o senhor conhecer uma pessoa,
existem duas situações: a) conviver por um certo tempo com a mesma; b) fazer
uma viagem com a dita cuja, no mino uma semana; aí sim, você terá um perfil da
mesma.
Eu acabei de conhecer o senhor neste momento, por isso, não
sei se o senhor morde ou não, vamos com muita calma.
- Pergunta do doutor: Você quando se alimenta você come
normalmente, ou tem vontade de esganar a comida?
- Depende muito da situação doutor! Se eu tiver com muita
fome, mais muita fome mesmo, olhando para a mesa vendo um guisadinho gostoso,
um arroz soltinho, uma salada, não tem como ser diferente, em poucos minutos eu
esgano tudo que encontrar pela frente.
- Me deixa registrar tudo isto.
- Inclusive Doutor, eu tenho uma sugestão positiva neste
sentido, ou seja: dever-se-ia inventar pratos e talheres comestíveis,
semelhante à casquinha de sorvete. Dentro de uma fome danada, não restaria, absolutamente,
nada.
- To registrando, to registrando.
- O Senhor escreve prá caramba, heim doutor!
- Esqueça o prato e talheres comestíveis, voltando para a
realidade, como trabalha com o prato e talheres normais?
- Eu prefiro colher, agora, não estas colheres rasas, e sim,
parecidas com uma concha de feijão.
Dou às primeiras colheradas, sinto o sabor da comida,
depois, viro a borda do prato na boca, e puxo o alimento com a colher para
dentro da cavidade bucal, coisa de louco.
- O cara não é louco, é alucinado.
- Falando comigo Doutor?
- Não, estou pensando alto.
Você tem vontade de morder o prato de louça?
- Doutor! Posso ser um pouco louco, porém, não sou burro,
claro que não tenho vontade de morder o referido prato!
- Existem algumas atitudes que você gostaria de por em pratica,
porém, ainda não colou?
- Doutor duas, é isto mesmo duas.
- Quais?
- a) Quando estou num culto, numa missa, ou ambiente
coletivo, quando senta um senhor, na minha frente, com uma careca brilhante,
tenho Vontade de dar uma cuspidela na mão, e sentar a mesma, com toda forca
possível, na careça do alheio.
b) Morder vagarosamente a orelha de alguém.
Doutor! Posso morder a sua orelha, ou melhor, um par de
conchas acústicas?
- Aqui não jacaré, minhas orelhas não foram feitas para
morder e sim, para escutar. Quer morder alguém que morda não às minhas. Isto
aqui é um consultório, não campo de experiência.
Calma. Calma, deixo-me registrar tais fatos. O cara tá
pronto para visitar um Pinel.
- Você, às vezes, tem vontade gritar, espernear, pular?
- Doutor! Eu sou praticante da terapia do grito, porém,
quando o grito não atinge resultados satisfatórios, eu pulo para terapia da
rinchada.
- Calma esta anotação não posso perder de vista.
Quer dizer que você rincha?
- E muito bem Doutor. Posso dar uma rinchada para o senhor
ouvir?
- Aqui no meu consultório você não vai rinchar, em hipótese
nenhuma, ali ao lado, na terceira porta, tem um médico, muito ligado a cavalo,
o mesmo ouvindo uma rinchada, provavelmente, sairá a trote, dentro de seu
consultório, indo sobrar para minha cabeça.
Vai rinchar nos campos, nos lugares livre, não aqui.
40 anos de psiquiatria, nunca observei um maluco como este
que está na minha frente.
Mais uma pergunta: você já teve vontade de dar umas bolachadas
em sua mulher?
- Claro que não, claro que não Doutor, sou racional e
compreensivo, covardia bater em mulher, mulher não é pandeiro, e sim, o pilar
absoluto de uma família, vivemos em harmonia; ela está aí fora, quer pergunta
lá, fica a vontade.
- Outra pergunta: Tem algo perto de sua casa que lhe atrai?
- Sim, dois estabelecimentos:
O senhor ficando na porta de minha megaloja (21m2), olhando
para esquerda, num giro da cabeça de 45 graus, atentará para uma clínica
veterinária.
Olhando para direita, num giro da cabeça de 15 graus, verá o
majestoso prédio do Pinel.
- Bom, bom, muito bom, tá policiado.
Dentro de minha curiosidade, o que trouxe você ao meu
consultório?
- Doutor! Estava na minha megaloja (21m2), chegou um senhor,
desesperado, xingando todo mundo, falando bem alto: reprovei, reprovei,
reprovei.
Tentei acalmar o homem, perguntei ao mesmo, se ele tinha
visto o diabo de cueca?
- Nada disto, nada disto, fui renovar a minha carteira de
habilitação e fui reprovado.
- Mas, reprovado em quê?
- Na aferição da pressão arterial!
- Eles estão aferindo a pressão?
- Claro que sim. De cara fazem a medição, não apresentando
os dados legais, o cara volta dali mesmo.
- Doutor! Como a minha pressão arterial é igual a um gráfico
de vendas, ora lá em cima, ora lá em baixo, fiquei apavorado; deu um estalo no
cérebro e não prestei mais, entende?
- Estão aferindo a pressão? Devo fazer a renovação logo,
logo, e a minha pressão, também, não é lá essas coisas.
Vamos fazer um trato: darei um remédio básico, porém, depois
da sua renovação, queira me ligar, para contar como é a coisa lá no DETRAN? OK?
Combinado Doutor, combinado.
Apanhei a receita, paguei 300 mangos e me mandei.
Ufa, dose para mamute.
Tais registros são reais e verídicos.
A consulta lá no DETRAN fica para outro blog.
Abraços do
Catarina Paranaense.
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