quarta-feira, 7 de setembro de 2016

RELEMBRANDO O PASSADO.



Estava sentado ma minha megaloja (21m2) e me veio na memória, alguns casos interessantes, para não dizer cômicos.
Sou saudosista sim senhor: quem se esquece do passado, não tem como projetar metas para o futuro.
É a mesma coisa do que projetar objetivos de vendas, ou seja, todo alicerce está contido no passado.
Sem os dados do passado, jamais estipulará uma previsão de vendas precisa.
Vieram na minha memória duas consultas médicas, a saber?
1 – Fui consultar com um médico muito experiente, pois o mesmo tinha passado pela máquina de moer carne; bagagem suficiente para entender o problema de sua clientela.
Além de se formar na Universidade, passou, também, pela escola da vida.
O mesmo me chamou e já foi perguntando se estava tudo bem? Respondi para o mesmo que se tratava de uma consulta de rotina; exceto a dor no céu da boca, no lado da boca, nas costas, no intestino, e problema com a gota, os demais tudo bem.
O mesmo frisou que todos os meus exames foram negativos dentro dos conformes, entretanto, desta vez, aplicaria um remédio diferente, a saber:
- Perguntou se eu tinha balde em casa?
- Respondi que sim.
- Então você vai pegar este balde, deixar na linha de frente, tomar distância, e chutá-lo com  toda força; fechar a loja, apanhar a mulher e sair viajar por um período longo. Eis o remédio.
- Chegando a casa, notei um balde preto, de PVC, para carregar massa, não pensei duas vezes, coloquei todas às minhas forças no pé direito, e chutei o referido.
Conclusão: o mesmo estava cheio de massa pronta, nem saiu do lugar, e fiquei com problema de tirar o pé do sapato, pois, o dedão inchou brutalmente, parecendo uma batata doce roxa.
A orelha do referido médico deve ter ardido muito, pois o xingamento foi total e absoluto.
Prá cá com essa.
Ainda sobre o balde, tenho a declarar que o mesmo é utilizado por pedreiros para carregar massas, haja vista, que o nome do mesmo é balde para pedreiro, reforçado, contudo, fazem a alça de PVC; uma verdadeira gracinha.
2 – Creio que esta consulta já mencionei em blog anterior, mas vale a pena ressuscitá-lo.
Andava muito nervoso, cabreiro, desgostoso com tudo, invocado para caramba, ocasião em que meus filhos, acharam por bem, marcar uma consulta com um psiquiatra.
Chegou a hora da consulta, já na sala de espera, não demorou o dito médico com uma voz bem alta, chamou-me.
Entrei e já fui falando: Doutor! Sofro da síndrome do jaleco branco e não gosto de consultório médico, a pressão que o senhor aferir não corresponderá à realidade.
- O médico respondeu: estou, por acaso, com jaleco branco? Existe algum jaleco branco no meu consultório?  Existe, também, aparelho para medir a pressão arterial? Não estou vendo nada do que você falou! Por acaso eu mordo?
- Doutor, aprendi que para o senhor conhecer uma pessoa, existem duas situações: a) conviver por um certo tempo com a mesma; b) fazer uma viagem com a dita cuja, no mino uma semana; aí sim, você terá um perfil da mesma.
Eu acabei de conhecer o senhor neste momento, por isso, não sei se o senhor morde ou não, vamos com muita calma.
- Pergunta do doutor: Você quando se alimenta você come normalmente, ou tem vontade de esganar a comida?
- Depende muito da situação doutor! Se eu tiver com muita fome, mais muita fome mesmo, olhando para a mesa vendo um guisadinho gostoso, um arroz soltinho, uma salada, não tem como ser diferente, em poucos minutos eu esgano tudo que encontrar pela frente.
- Me deixa registrar tudo isto.
- Inclusive Doutor, eu tenho uma sugestão positiva neste sentido, ou seja: dever-se-ia inventar pratos e talheres comestíveis, semelhante à casquinha de sorvete. Dentro de uma fome danada, não restaria, absolutamente, nada.
- To registrando, to registrando.
- O Senhor escreve prá caramba, heim doutor!
- Esqueça o prato e talheres comestíveis, voltando para a realidade, como trabalha com o prato e talheres normais?
- Eu prefiro colher, agora, não estas colheres rasas, e sim, parecidas com uma concha de feijão.
Dou às primeiras colheradas, sinto o sabor da comida, depois, viro a borda do prato na boca, e puxo o alimento com a colher para dentro da cavidade bucal, coisa de louco.
- O cara não é louco, é alucinado.
- Falando comigo Doutor?
- Não, estou pensando alto.
Você tem vontade de morder o prato de louça?
- Doutor! Posso ser um pouco louco, porém, não sou burro, claro que não tenho vontade de morder o referido prato!
- Existem algumas atitudes que você gostaria de por em pratica, porém, ainda não colou?
- Doutor duas, é isto mesmo duas.
- Quais?
- a) Quando estou num culto, numa missa, ou ambiente coletivo, quando senta um senhor, na minha frente, com uma careca brilhante, tenho Vontade de dar uma cuspidela na mão, e sentar a mesma, com toda forca possível, na careça do alheio.
b) Morder vagarosamente a orelha de alguém.
Doutor! Posso morder a sua orelha, ou melhor, um par de conchas acústicas?
- Aqui não jacaré, minhas orelhas não foram feitas para morder e sim, para escutar. Quer morder alguém que morda não às minhas. Isto aqui é um consultório, não campo de experiência.
Calma. Calma, deixo-me registrar tais fatos. O cara tá pronto para visitar um Pinel.
- Você, às vezes, tem vontade gritar, espernear, pular?
- Doutor! Eu sou praticante da terapia do grito, porém, quando o grito não atinge resultados satisfatórios, eu pulo para terapia da rinchada.
- Calma esta anotação não posso perder de vista.
Quer dizer que você rincha?
- E muito bem Doutor. Posso dar uma rinchada para o senhor ouvir?
- Aqui no meu consultório você não vai rinchar, em hipótese nenhuma, ali ao lado, na terceira porta, tem um médico, muito ligado a cavalo, o mesmo ouvindo uma rinchada, provavelmente, sairá a trote, dentro de seu consultório, indo sobrar para minha cabeça.
Vai rinchar nos campos, nos lugares livre, não aqui.
40 anos de psiquiatria, nunca observei um maluco como este que está na minha frente.
Mais uma pergunta: você já teve vontade de dar umas bolachadas em sua mulher?
- Claro que não, claro que não Doutor, sou racional e compreensivo, covardia bater em mulher, mulher não é pandeiro, e sim, o pilar absoluto de uma família, vivemos em harmonia; ela está aí fora, quer pergunta lá, fica a vontade.
- Outra pergunta: Tem algo perto de sua casa que lhe atrai?
- Sim, dois estabelecimentos:
O senhor ficando na porta de minha megaloja (21m2), olhando para esquerda, num giro da cabeça de 45 graus, atentará para uma clínica veterinária.
Olhando para direita, num giro da cabeça de 15 graus, verá o majestoso prédio do Pinel.
- Bom, bom, muito bom, tá policiado.
Dentro de minha curiosidade, o que trouxe você ao meu consultório?
- Doutor! Estava na minha megaloja (21m2), chegou um senhor, desesperado, xingando todo mundo, falando bem alto: reprovei, reprovei, reprovei.
Tentei acalmar o homem, perguntei ao mesmo, se ele tinha visto o diabo de cueca?
- Nada disto, nada disto, fui renovar a minha carteira de habilitação e fui reprovado.
- Mas, reprovado em quê?
- Na aferição da pressão arterial!
- Eles estão aferindo a pressão?
- Claro que sim. De cara fazem a medição, não apresentando os dados legais, o cara volta dali mesmo.
- Doutor! Como a minha pressão arterial é igual a um gráfico de vendas, ora lá em cima, ora lá em baixo, fiquei apavorado; deu um estalo no cérebro e não prestei mais, entende?
- Estão aferindo a pressão? Devo fazer a renovação logo, logo, e a minha pressão, também, não é lá essas coisas.
Vamos fazer um trato: darei um remédio básico, porém, depois da sua renovação, queira me ligar, para contar como é a coisa lá no DETRAN? OK?
Combinado Doutor, combinado.
Apanhei a receita, paguei 300 mangos e me mandei.
Ufa, dose para mamute.
Tais registros são reais e verídicos.
A consulta lá no DETRAN fica para outro blog.
Abraços do
Catarina Paranaense.


Nenhum comentário:

Postar um comentário