"O BAIACU."

Gostaria de ser um baiacu nato.
O que é isto Catarina? O que é isto? Ficou louco? Tá febril? Vejamos: não, febril não está, quanto à pressão arterial nem tem o que observar, pois para o mesmo l8/13 é normal, 25/15, ligeiramente alta.
Já pensou a repercussão que isto pode ocasionar? Por exemplo:
- seus milhares de seguidores (12); terão que falar, seguimos o baiacu, de cabo a rabo. É bonito?
- sua filha, com uma posição estável, sofrer críticas de seus colegas e superiores, tais como: senhora inteligente, precisa, rápida, censo de organização, mas filha de um baiacu. O que você tem a dizer, heim?
- Seu genro, tanto na vida profissional ou social, sendo observado e criticado, para não dizer taxado: “o genro do baiacu.” Bonito né, muito bonito, você não acha?
- Seu amigo, sogro de sua filha; provavelmente será consultado de quem é filha essa sua nora? A resposta: filha de meu amigo, um tremendo baiacu. Acha beleza?
- Seu filho com sua nora, tranquilamente na praia de Floripa; parte para um mergulho, eis às observações: belo mergulho aprendeu com seu pai, o indiscutível baiacu. O que achou?
- Seu outro filho, a máquina, digitando pra caramba, mais é notório o barulho do teclado, sou filho de um baiacu. Tá contente?
- Colocar tal desejo na tela desta máquina, chamada computador, é pedir para ser criticado negativamente, sem sombras de dúvidas. Coisa de jerico!
- Nem sei se a família baiacuense aceitará você; há uma grande possibilidade, desde que os mesmos não tenham contato diretamente com o seu visual. Olhos fundos, faces da cara encovadas, muito cabelo nas laterais da cabeça, porém o mínimo na cúpula e orelhas salientadas. Não tem nada que se assemelha a tal família; tende mais para uma verdadeira coisa indefinida.
Será que tais argumentos foram suficientes para você tirar este desejo da cachola?
Sim, sim e sim.
Que bom, ainda bem que aceitou às minhas colocações; parabéns.
Não quero mais ser um baiacu, e sim um cascudo.
Abraços do Catarina Paranaense – o volúvel.