sábado, 14 de janeiro de 2012

"2012" - HUM! HUM! HUM!"

O ano de 2012 não está nadica de nada bom.
Vejamos por que:
01 = 08-01-2012 – aniversário de minha filha; fomos visitá-la no balneário de Shangri-lá, a praia do futuro, pois a mesma está passando suas férias na casa de seus sogros.
A acolhida foi excelente, porém, à volta, o retorno, um verdadeiro inferno.
Saímos do balneário do futuro às 16hs, para chegar à Capital dos Paranaenses 1 hora da madruga. É mole?
Percorremos m/m 110 km em 9 horas.
O Paraná um Estado pujante, merece um litoral bem mais estruturado, longe dessa baderna.
A malha rodoviária ou viária como queira, não tem a mínima estrutura para receber a população flutuante. É profundamente lamentável.
Eu movimentei todos os músculos existentes e não existentes da cara; pois o meu estado desanimador era notório.
Pensei: que momento propício para aplicar a terapia do grito; berrar, berrar, berrar até não poder mais. Entretanto, em respeito a minha nora e esposa, deixei de aplicá-lo.
Resumindo: um trânsito caótico, para não dizer maluco, sujeito a acidentes, transtornos, bagunça e algo mais.
O meu silêncio já é a minha revolta pelo que observei no referido litoral.
02 = Início de semana, vamos ao trabalho, pimba daqui, pimba dali e vamos nós.
Mediante a entrega de um pedido, oriundo do fornecedor de Blumenau, quitei com um cheque. Cheque, sim senhor. Só chegado num cheque, numa máquina de datilografia; adoro viajar de ônibus municipal, principalmente os alimentadores; aquele ônibus amarelo, e fim de papo.
Nos dias posteriores, emitir um extrato de minha conta corrente e observei que o referido cheque foi devolvido, dentro do código 35, “FRAUDADO.”
Fiquei meio louco, envolvi representante, distribuidor, fornecedor, banco, gerente do banco, zeladora do banco, jardim do banco, porta giratória do banco, família e até o gato intruso, que chegou ao meu terreno e se mantém até hoje, numa boa.
Queria, porque queria saber o motivo do fraudado, que merda é esta; por que no meu cheque?
Fiquei nos cascos; fui dormir, ou melhor, deitar. Fiquei de barrica para cima batendo o pezinho. Calma lá, calma lá, pezinho não senhor! Itajaiense não tem pezinho, mas sim, pezão.
Acordei, tomei café, sem qualquer vontade, haja vista, que não estava em condições de comer, e fui falar com a gerente de minha conta, já com o cheque devolvido na mão.
Expliquei a situação para a mesma, a dita senhora gerente da minha conta, observou o cheque, não notou nada de anormal e falou-me: consultarei a fonte e dentro de 5 dias úteis entrarei em contato com o senhor.
Deixei bem claro para a mesma que não se tratava de um cheque boi, nem tão pouco um cheque procissão.
O que foi? O que foi? O orelha quer saber a definição dos dois tipos de cheques?
Cheque boi: é aquele que quando chega à mão do caixa, o mesmo coça o queixo e solta: hum, hum, hum.
Cheque procissão: o referido cheque dá uma volta na praça e volta para matriz.
Sacou pé de valsa?
Vim para casa; no dia seguinte a gerente ligou-me informando que já tinha a devida resposta, ou seja, o cheque foi classificado como fraudado, simplesmente porque eu abreviei o mês de Dezembro de 2011, ou seja, DEZº/2011.
Sem comentários, sem comentários.
Passei E-mail para todo mundo envolvido.
Contactei via telefone, com a distribuidora e solicitei o número da agência, conta e banco do fornecedor, a fim de efetuar um doc, via internet.
Dados em mãos, vamos ao doc. Beleza pura.
Novamente, passei um E-mail, dando uma satisfação da operação realizada.
Não demorou muito tempo a distribuidora fez a seguinte pergunta: repita a conta que o senhor anotou. Pimba, pimba e pimba. Tudo certo, entretanto, o senhor errou no último dígito da conta; ao invés de 7 o senhor lascou 1.
Desliguei o telefone, coloquei às duas mãos nas cavidades dentárias, com intuito de esgaçar; mas não foi possível, apenas fiquei com os dedos todos marcado.
Corri para o espelho, notei o reflexo do mesmo com um ar irônico, querendo dizer: babaca, babacão, Zé de melo.
Olhei para o boca larga, notei aquele sorriso oval, também irônico.
Agora estou aguardando o retorno do valor na minha conta, para efetuar toda a operação novamente.
No dia seguinte a reação não demorou a famosa diarréia emocional. Sentado no boca larga, puto da cara, ouvindo a minha mulher, com aquela paciência de Jó que Deus lha concedeu, falando: calma homem, calma, esta tempestade passará, calma.
Fiz aquele movimento tradicional, que todo mundo faz, um rápido giro para apanhar o sagrado papel higiênico.
Olhei para aquele pedaço de papel, tão útil no momento, e pensei: bem que poderia ser o famigerado cheque; bem que poderia ser o dito.
O que eu faria? Quer saber mesmo a resposta?
Falei para minha mulher, o vizinho tem um pé de jabuticaba, solicitarei uns três quilos e vamos nós.
Se bem que a desgraçada pode entupir, criar gases e eu sair flutuando pelas nuvens.
O melhor é apelar para um chazinho de pitanga.
O quê foi? Tá rindo do quê? Alguma graça para mostrar essas canjicas feias?
Aceita um cheque com o mês abreviado?
Sai de mim jacaré, pé de valsa.
Abraços do Catarina Paranaense – o desesperado.

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