sábado, 11 de novembro de 2017

"GARRA BRASILEIRA E AMOR À PÁTRIA"



Atentem para a luta de nossos irmãos acrianos, para se manterem dentro de nosso País, chamado Brasil.
Brasil – Um país abençoado por Deus.
A interpretação errônea de um tratado de limites, firmado no tempo do Império, fez com que o Acre fosse considerado como propriedade boliviana. Estudos posteriores verificaram que esse território pertencia, realmente, ao Brasil. Além disso, seus habitantes eram, em sua maioria, nordestinos e amazonenses, portanto, brasileiros.
Tendo o governo boliviano tomado posse do território, estabelecendo uma alfândega no rio Acre, num lugar chamado Puerto Alonso, a população local revoltou-se. As autoridades bolivianas foram intimidas a retirar-se. Em seguida, foi proclamado o Estado Independente do Acre.
Todavia, o governo brasileiro, atendendo às reclamações da república vizinha, interveio no Acre, pondo fim, a favor dos bolivianos, ao movimento dos seringueiros. Vozes se levantaram, então, em todo o território nacional contra a medida das autoridades de nosso país. E a agitação do Acre continuou.
Nesse ínterim, a Bolívia enviou forças armadas para ocupar o território.
O governo do Amazonas, prejudicado com a ocupação boliviana, apoiava francamente a atividade dos revolucionários acrianos. Foi então organizada uma expedição para libertar o Acre, a qual fracassou por falta de direção esclarecida. E a Bolívia, que desejava consolidar seu domínio, tomou medidas severas que só contribuíram para exaltar ainda mais os ânimos dos acrianos.
Em 1902, a Bolívia resolveu arrendar o Acre à uma empresa estrangeira, conferindo-lhe poderes absolutos sobre o território.
Essa decisão causou indignação em todo o povo brasileiro. Os acrianos resolveram reagir, com a máxima presteza, contra essa ignomínia. Mas faltava um chefe, resoluto e audaz, para coordenar e dirigir seus esforços.
Esse chefe apareceu, finalmente, na pessoa de José Plácido de Castro. Nascido no Rio Grande do Sul. Tinha estudado na Escola Militar de Porto Alegre e participara da revolução federalista. Tendo renunciado à carreira militar, seguira para o Acre a fim de trabalhar no serviço de demarcação de terras.
Quando soube do que a Bolívia ia fazer com o Acre, iniciou uma campanha enérgica no sentido de libertar o território. O go0verno brasileiro abandonara o Acre e reconhecera a posse indevida da Bolívia, mas os acrianos lutariam ainda que sozinhos. OU SERIAM DO BRASIL OU SERIAM  LÍVRES!
Reorganizou-se, então, o Estado Independente do Acre, sob o governo de uma junta revolucionária. Coube a Plácido de Castro a chefia das forças armadas.
Depois de intensa propaganda nos seringais, Plácido organizou uma coluna que, apesar de mal equipada, marchou sobre Xapuri, posto boliviano, prendendo as autoridades locais e apossando-se da vila, sem um tiro. O governo boliviano enviou, então, um forte contingente de tropas, bem armadas, que, a muito custo, conseguiu vencer os revolucionários acrianos.
Mas Plácido de Castro não desanimou. Reuniu novamente seus soldados, recebeu novos voluntários e, pouco depois, derrotava, de maneira espetacular, as forças bolivianas sob o comando do Coronel Rosas. E, mais tarde, conseguia grande vitória, derrotando o grosso exército boliviano, sob a chefia do Coronel Lino Romero. Era a libertação do Acre!
Inquieto com a marcha dos acontecimentos, o governo boliviano preparou uma grande expedição militar, sob o comando do próprio presidente da Bolívia, General José Manuel Pando.
Nessa ocasião, já o governo brasileiro tinha decidido apoiar os patriotas do Acre e o Barão do Rio Branco, Ministro do Exterior, entrara em atividade. Foi notificado à Bolívia de que o Brasil reconhecia os revolucionários acrianos como beligerantes. Ao mesmo tempo, foi enviada uma forte coluna militar, sob o comando do general Olímpio da Silveira, para ocupar o território disputado.
Plácido de Castro já tinha cercado as forças bolivianas, sob a direção do General Pando, quando foi informado da chegada das tropas brasileiras. Sem mais demora, depôs as armas, entregando a ocupação do Acre ao General Olímpio da Silveira.
A 27 de dezembro de 1903, o Tratado de Petrópolis pôs fim à questão. A Bolívia reconhecia os direitos do Brasil sobre o Território do Acre, recebendo compensações em terras e dinheiro, além da construção, pelo governo brasileiro, da Estrada de Ferro do Madeira ao Mamoré, com um ramal para Vila Bela.
Abraços
Do Catarina Paranaense.

PS = Assim diz o Senhor: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem se glorie o forte na sua força; não se glorie o rico nas suas riquezas.
Mas o que se gloriar glorie-se nisto: em me reconhecer e saber que eu sou o SENHOR, que faço beneficência, juízo e justiça na terra; por que destas coisas me agrado, diz o SENHOR.



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