domingo, 16 de outubro de 2016

"UM HERÓI VENCIDO PELA ARROGÂNCIA,"



Acordei um tanto alegre, contudo, a alegria foi passageira, pois, sem querer, dei uma olhadela no espelho, porém, o mesmo estava embaciado, o que provocou uma imagem medonha.
Parecia uma alma penada saindo do espelho, é mole?
O quê foi? Mostrando às canjicas por quê?
Fica rindo que eu já anulo o sorriso. Quer ver uma alma penada? É só olhar no espelho. Prá cá com essa. Saí de mim jacaré.
Vamos ao que interessa,
Às páginas da história do Brasil estão cheias de atos de heroísmo de nossos índios, como Ajurícaba, que lutou pela libertação das terras do Norte: de Tabira, que auxiliou a colonização das regiões do Nordeste. De Poti, que ajudou os portugueses a defenderem o Brasil das invasões holandesas, de Tibiriçá, que colaborou com os jesuítas na colonização de São Paulo.
Mas o maior de todos foi, sem dúvida, Araribóia.
Era cacique dos Tupinimós, tribo do Espírito Santo.
Quando Mem de Sá partiu da Bahia para expulsar os franceses, que tinham invadido a Baia de Guanabara. Araribóia pôs á disposição do grande chefe português nada menos de quatro mil arcos de sua tribo.
Durante a campanha da expulsão dos franceses, ninguém igualou Araribóia em coragem, em bravura e em heroísmo.
Sua ajuda no ataque à ilha de Villegaigon foi importante e decisiva. Foi ele o primeiro a subir os penhascos da ilha e a entrar na fortaleza inimiga. Foi ele quem com um facho aceso, fez explodir o paiol de pólvora. Mais Tarde, é a sua tática guerreira e ao valor dos seus índios que se deve não ter o Rio de Janeiro caído novamente em poder dos franceses.
Os serviços prestados por Araribóia, na defesa da Guanabara, foram tão relevantes, que o rei de Portugal, como recompensa, concedeu-lhe o título de Comendador da Ordem de Cristo e ofereceu-lhe uma extensa porção da terra, na Praia Grande, na baía que ajudara a defender. O chefe índio aí fundou uma aldeia, que deu origem à cidade de Niterói. Convertido ao catolicismo foi batizado com o nome de MARTIN AFONSO.
Em 1575 chegou ao Rio de Janeiro o Governador do Sul, Dom Antônio Salema. As tribos amigas da vizinhança vieram prestar-lhe homenagens e oferecer-lhe votos de lealdade. Araribóia deixou a sua aldeia de S. Lourenço, atravessou a baía e foi cumprimentar o governador. Naquele tempo, o cacique já estava bastante velho, Mas seu porte ainda era rígido e desempenado. Vestia a roupa que lhe fora dada pelo rei D. Sebastião e trazia ao peito a comenda da Ordem de Cristo.
Dom Antônio Salema, fidalgo ORGULHOSO E REFINADO, ERA MUITO EXIGENTE EM REGRAS PROTOCOLARES, Quando soube que Araribóia estava no salão do palácio, quis conceder-lhe uma honra especial e convidou-o para sentar-se a seu lado. O índio aceitou o convite e sentou-se junto do governador.
No meio da conversa, ARARIBÓIA CRUZOU AS PERNAS SOBRE A CADEIRA, Dom Antônio Salema esqueceu que ali estava um selvagem que não conhecia as exigências do protocolo. Chamou um intérprete e mandou dizer ao cacique que aquela maneira de sentar era incorreta, pois ali estava um representante de El-Rei, E, diante de El-Rei, ninguém cruzava as pernas sobre a cadeira,
A resposta de Araribóia foi pronta e altiva:
- Diga ao governador que, se ele soubesse como as minhas pernas de velho estão cansadas de guerrear em favor de El-Rei, não estranharia que elas merecessem este pequeno repouso.
E levantou-se, dizendo:
- Fiz mal em vir cá. Não sou cortesão, Devia ter ficado em minha aldeia, Mas aqui não volto mais, Quando precisarem de mim, lá estarei.
- Será que o arrogante, que chamou atenção de Araribóia, alguma vez na vida, pegou numa arma, para lutar por uma causa nobre?
O indivíduo sabia manusear uma arma?
Nunca fui chegado à etiqueta, normas protocolares e o escambau. Haja vista, que quando compro minhas roupas, a primeira atitude e: Apanhar uma tesoura, cortar as etiquetas e jogar no lixo,
Fui assim, sou assim e serei assim; vivo à minha maneira,
Araribóia! Você sempre será lembrado, como um arrojado herói, e o povo brasileiro, sempre serão gratos pela sua contribuição,
Palmas para Araribóia e sua tribo,
Tiro o chapéu para você, Araribóia.
Abraços do
Catarina Paranaense – cortando etiquetas, ou seja, cortando frescuras.

“P S, A PREGUIÇA CAMINHA TÃO DEVAGAR, QUE A POBREZA LOGO A ALCANÇA,”

Nenhum comentário:

Postar um comentário