Mais um dia, já na minha loja, longe do cepo, sentado numa
cadeira confortável, doada por minha filha, pois, a mesma não suportava olhar
para o cepo, daí a doação.
Chegou uma senhora madame cidadã e já foi lascando: bom dia!
Tudo bem com o senhor?
- Não muito bem minha senhora, pois, a telefônica achou por
bem aumentar a minha tarifa de telefone, sem mais nem menos, apenas aumentou o
valor substancialmente.
A Sanepar (água) achou por bem trocar o meu hidrômetro,
perfeitamente normal, por um hidrômetro carnavalesco, ou seja, não para de
girar. É mole?
Meu consumo de água/mês é de 10m3, porém, com o
carnavalesco, apenas, em 14 dias já resultou em 16m3 de água; dose para mamute.
- Mas vamos ao que interessa o senhor tem pé de galinha?
- Minha cidadã, vou até tirar o sapato para a senhora
observar que o meu pé é perfeito, dentro dos princípios humanos, porém, nada de
irregular com o meu pé, ou pés, como queira
- Detesto falar com ignorante; estou perguntando se o senhor
tem pé de galinha para vender, entendeu Mané?
- A senhora está confundindo centavos novos com sentar nos
ovos, ou seja, confundindo a minha loja com vendas para produtos de avicultura,
ou açougue, o que não é nada disso,
entendeu cidadã?
- Quero saber se o senhor tem pé de galinha para suporte de
varal?
Ah! Ah! AHAHAHtc! A senhora procura tripé ou quadripé, para
suporte de varal giratório, não é mesmo?
- Sim, é isto mesmo.
- Tenho minha senhora, e como tenho.
- Quanto custa?
- Precinho de canja de galinha, ou seja, 35 mangos.
- Os mangos, o senhor se refere a nossa moeda corrente no
país?
- Mangos, cascalhos, dindins, contos, carvão, e por ai vai,
entendeu?
- Levarei uma peça do quadripé; cara enrolado.
- Aqui está minha senhora, dentro dos conformes.
- Até outro dia casca dura.
- Até outro dia pé de galinha.
- Uma comercialização bastante complicada, quase que saiu
uma canja de galinha.
Abraços do Catarina Paranaense.
Nenhum comentário:
Postar um comentário