sexta-feira, 29 de novembro de 2013

A PINTURA."



Estou pintando a minha casa, quando eu digo estou pintando, porque sou eu mesmo o pintor.
- Grandes coisas pintar a casa!
- Jaca! Você tem o costume de meter o bedelho aonde não é chamado; estou falando com os meus botões e, você não tem nada à piruar no assunto.
O problema não é a pintura, todavia, encontrar a tinta desejada.
Sou da velha guarda, gosto de tinta a óleo ou esmalte brilhante; enfatizando que tem que ser brilhante mesmo, OK?
Hoje é só tinta acrílica, a base d’água, uma frescura total.
Cheguei à loja e solicitei: um galão de creme e um galão de tabaco.
Não deu outra, o balconista veio com uma lata de tinta esmalte creme e uma lata de fumo, marca Rubi.
Perguntei para o esfrega barriga no balcão: Oh meu! Você entende de telepatia?
- Eu não!
- É uma pena, pois, gostaria que você captasse a mensagem que estou transmitindo para o colega.
- Agora fiquei curioso, quero saber a referida mensagem?
- Estou mandando você colocar a lata de fumo Rubi no...................nariz, OK?
Você entendeu a mensagem, claro que entendeu, essa canjica aberta diz tudo que você é chegado numa malandragem.
-Chefia! Existe tinta na cor tabaco?
- Existe jaca, existe, trata-se de um marron assanhado, OK?

Vamos ao que interessa, gosto de tinta brilhante, tudo tem que está brilhando.
Na pintura anterior de minha casa, a mesma ficou tão brilhante que às pessoas erravam a porta.
A minha casa tem uma saída à esquerda da porta e às pessoas, ao invés de entrar na porta, pegavam a falsa saída, indo parar na rua. Após três tentativas ficavam gritando: Catarina!Catarina! Cadê a porta?
Eu dava uma olhadela e avaliava a situação, ou seja, gente boa entra, gente meia boca continua pegando o caminho errado, até ir embora.
Eu tenho um uniforme para pintura, constituído de: uma calça e uma camisa, comprada recentemente, no ano de 1960, na Rua Barão do Rio Branco, coisa de louco; um boné e um óculos, adquiridos em 1958, verdadeiras sumidades
Quanto o calçado existe uma sistemática, ou seja: você apanha um coturno, uma botina, uma bota, um tênis, um sapatênis (outra frescura da moda) coloca tudo num tacho, mexa bem, e você terá o calçado que uso para fins de pintura. Conclusão: uma verdadeira coisa.

- E a meia?
- Bem lembrado jaca, a meia já grudou na coisa, então esqueça.
Ainda estou procurando às referidas tintas, ou seja, tabaco e creme, em esmalte brilhante, muito brilho.
Ficou curioso para conhecer a minha pintura?
Calma, calma, muita calma.
Abraços do Catarina Paranaense.






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