sexta-feira, 2 de março de 2012

"O COMPOSITOR."


Lá Lálalálá lárálálá
Lárálálá lá lálálálá.
Estou trabalhando na composição de um poema nunca ouvido e visto por um terráqueo.
É uma verdadeira obra prima, coisa de minha estirpe, ou melhor, de minha genialidade.
Infelizmente, este poema será elaborado demoradamente, pois, terei que explicar verso por verso, para os curiosos.
Ficam com esta cara de ninguém, com a canjica fechada, sem entender piculinas nenhuma.
Como um verdadeiro gênio, tenho que ter a paciência de Jó, para colocar na cabeça de todos, a profundidade das palavras do referido poema.
Vocês já sentiram o início do dito poema, a sabedoria das palavras, a filosofia inteligente e a sintonia musical, coisa estupenda.
Vamos iniciar às explicações: lá lálálálá.
Isto representa a fase alegre de minha vida, tais como: a caminhada diária, o cafezinho, em forma de dieta, composto de: uma bengalinha de 40 cm, recheada de manteiga (leia-se margarina; como é do conhecimento de todos, margarina é bom para perfilar o nariz) e mortadela; aquela mortadela com rodelas de toucinhos ou toicinhos, como queiram, tudo dentro da dieta. Não poderia faltar o caneco de 450 ml, para o abençoado café, mais 350grs de leite em pó.
Estou negociando com a minha mulher, no sentido de comprar mais uma jarra para a cafeteira, pois, assim sendo, a primeira tiragem será minha; ficarei com a jarra e dispensarei o caneco, apenas, adicionando três colheres de açúcar e 450 g de leite em pó, tudo dentro da mais perfeita dieta.
A segunda jarra ficará para os demais, afinal de contas, ninguém é de ferro.
Então, espero que todos entenderam, a primeira parte é a parte boa.
Agora, vem a outra parte: lárálálá; aqui já tem um tranco, ou seja, lárá. Como é que explicarei um tranco para os curiosos e bocós? Vamos à praticidade, afinal de contas, sou um homem prático.
Exemplo de um tranco: já na minha loja, olhando, como de sempre, para a rua, observei um cidadão, alegrem com a vida, vindo do supermercado, com um pacote de pão na mão, sem perceber, tropeçou com o sapato numa pedra, indo bater com os beiços na botija, ou seja, com a boca no chão; levantou-se assustado, sacudiu a calça e pimba, pé na estrada. O pão? Nesta altura o pão era o de menos, perna para quem te quero.
Vinha, também, uma senhora madame cidadã, bem vestida, com óculos na cabeça (aquela velha palhaçada de sempre; querer aparecer) e sapato com saltos altos. Não sei como, o salto enfiou-se num buraco, a mulher foi, mas, a perna ficou, resultado: cara no chão.
Isto é um verdadeiro tranco.
O tranco na minha vida é a mesma coisa, lárálálá; e quando faço abertura da loja, enfrentar os tranqueiros da vida. O meu segmento é materiais para construção, entretanto, eis algumas pedidas: botão para cueca, cueca tem botão? Deixa me observar a minha cueca: que dificuldade, quanto mais caminho, mais cresce esta merda da barriga, assim não dá Zé de melo!
Continua a pedida: agulha para roupa, chapéu de palha, graxa de tamanduá, tintura para cabelo, consertos de panela de pressão, máquina de costura, calçados e outros afins.
Um cidadão sugeriu abrir uma barbearia para o pessoal da melhor idade, da idade da felicidade, ou seja, a idade de pé na cova. É mole ou quer mais.
Fica, portanto, uma tremenda observação, vocês tem que analisar os versos nas entrelinhas, mergulhar na essência do poema, na alma do mesmo, é muito gratificante.
Por hoje é só, como já disse, este poema será demorado, porém, muito bem explicado, Tim-Tim por Tim-Tim.
Meu Deus! Que confusão genial, pois, já não sei se sou escritor, poeta, compositor ou coisa que o valha.
Conclusão: sou tudo isto e ainda muito mais.
Abraços do Catarina Paranaense – o estupendo no absoluto.







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