sexta-feira, 14 de outubro de 2011

"UM DIA FATÍDICO."


Mais um dia para a labuta. Chuva, frio e céu cinzento; características normais para a Capital dos Paranaenses.
Vamos iniciar pela caminhada tradicional.
Apanharei o guarda-chuva. No dia em que a minha mulher comprou este guarda-chuva estava com mania de grandeza, haja vista, o tamanho do mesmo.
É lógico que ela comprou o mesmo, proporcional ao meu tamanho; corrigindo, desproporcional. O quê? Tá me chamando de baixinho? Baixinho é o valor que está registrado no seu holerite, aquela merreca de salário. Já está com o nariz torto, de tanto torcer o nó de pinho, quando observa o referido valor.
To invocado, ou melhor, to muito invocado. Se bem, que é a mesma coisa do que chover no molhado. Existe um ditado, muito antigo, que diz o seguinte: todo baixinho é invocado. Vamos devagar, vamos devagar, sai de mim jacaré da lagoa seca.
Escutei, com as minhas orelhas, o que um sábio senhor falou: “o ser humano deve ser medido do pescoço para cima.” É lógico, que os que têm o intestino dentro da cabeça, e olha que não são poucos, não gostaram muito; problemas deles.
Já na caminhada, quando passava em frente o DETRAN, alguém levantou o guarda-chuva e falou: só queria saber se existia alguém segurando o mesmo. Provocação! Provocação! Estou, ainda, mais invocado.
Ah! Você quer maiores detalhes do guarda-chuva? Tem tipo de gente que não usa a imaginação, creio que tais tipos, ao invés de “QI” – quociente de inteligência possui “QI” = quociente de ignorância.
Vou tentar ilustrar: imagine uma tartaruga andando; é mais ou menos assim, e fim de papo.
Passei pela panificadora do japonês, aquele que certa vez perguntou-me se estava tudo bem? Eu respondi: tudo muito bem, pois, só olho para frente. O mesmo chegou bem perto de minhas orelhas e lascou: se eu fosse o senhor não esqueceria olhar para os lados; comprei o pão de cada dia e rumo à minha casa.
Faltando uma quadra, passou por mim, o carro de meu filho, com um vidro da janela aberto e a minha nora falando alto e gritando sei lá o quê. Estranhei logo a minha nora, uma pessoa ponderada, manerada, haja vista, que quando praticamos a terapia do grito, em família, a mesma grita para dentro. Só sabemos que a mesma está participando, em face do vermelhão em seu rosto, parecendo um pimentão.
Se fosse o meu filho, tudo bem, pois o mesmo grita sem cessar. Há ditado que diz: a fruta não cai longe do pé.
Inclusive, o mesmo soltou um grito de madrugada, quando dormia. ETA gritinho sem graça. Um grito dorminhoco, sem ação, sem energia, uma verdadeira droga de grito, O cara não aprende a soltar um grito enérgico, valente; nada disto, saiu um grito xoxo, sem ação, uma verdadeira decepção, principalmente, vinda da parte do veio.
Pensei! Serão problemas, novamente nos vidros? Vamos passar um fim de semana com aquele velho papo do vidro. Travou, só poderei arrumar a noite, o mesmo não abre; dose para elefante.
Só que eu observei o vidro aberto, provavelmente, agora abriu e não fechou.
Cheguei a casa, desarmei o guarda-chuva, porém, tive que pedir auxílio para minha mulher, a fim de sair de dentro do mesmo; uma verdadeira meleca.
Vamos ao café abençoado; apanhei a xícara, a qual o meu filho, o veio, apelidou de pote, coloquei o saboroso café, e quando o levei na boca, bateu o telefone; pimba deixei cair o pote. A pior coisa que pode acontecer é você receber um telefonema nas primeiras horas do dia; já vem coisa ruim na cabeça. To errado? To é invocado!
Botei o telefone na orelha e gritei: alô!Alô! Logo em seguida a minha mulher falou: tá ficando louco! Está com o vaso no ouvido. Droga.
Observei uma voz rouca, meio desesperada e falei: você está em perigo? Em alto mar? No Pico do Everest? Está faltando oxigênio? Já chamou o socorro?
Ah! É a senhora, minha nora? Fala minha nora, fala que o seu sogro escuta. O senhor não entendeu o meu aviso, quando passei de carro? Eu apenas avisei que o café já está doce.
Que alívio, que alívio, logo pensei, não são problemas nos vidros. Em seguida lasquei uma pergunta: o veio e os vidros estão bens? Tudo bem. Vão com Deus.
Ufa! Livrei-me do papo dos vidros no final de semana.
Após o café fui para cima do forro, observar o buraco que expele bolotas de cimentos.
Graças a Deus, apenas uma tábua podre, fácil de corrigir; chega de buraco negro.
Chega, chega e chega o assunto já está desviando-se para o lado da vaselina.
Abraços do Catarina Paranaense – O invocado.



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