quinta-feira, 13 de outubro de 2011

"O COMPLÔ."

Estou bem desconfiado que exista um complô, por diversos segmentos, a meu respeito, por exemplo:
O ESPELHO: não consulto mais a este infeliz, o mesmo está apresentando imagens distorcidas de minha pessoa; desprezei-o totalmente.
Lá na casa de minha filha, no WC, observei um espelho, como quem não quer nada, dei uma olhadela de leve, ou seja: uma espiadela; quando apareceu a minha orelha, não parecia uma verdadeira orelha, e sim, uma concha acústica, coisa de louco.
Agora estou sem identidade, pois, não me conheço mais; nem sei como está a minha face, o penteado de meu cabelo, e assim por diante.
Por mim, quero que todos os espelhos do mundo desapareçam sei que comprarei uma briga com a mulherada, porém, fazer o quê!
Ficarei com as palavras de minha mãe, quanto um referencial a meu respeito: ele tem olhos atraentes, nariz bem perfilado, boca bem formada; apenas o conjunto não agrada.
O GATO: este infeliz chegou aqui em casa, desnutrido, faminto, despelado e sem casa.
Foi ficando e ficou. No começo aceitava o que vinha, porém, com o tempo mudou.
Certo dia notei a minha esposa rateando com o mesmo, informando-me que o dito não queria mais a ração de sempre.
Fui numa casa apropriada e perguntei o preço da ração para gatos: o atendente, com aquela educação peculiar, lascou: tem de 2 a l4 pilas. Solicitei um quilo da de 7 pilas o quilo.
Cheguei em casa e coloquei na vasilha do miau. O mesmo torceu a cara e exigiu o pacote, para cientificar-se da origem da ração; queria, inclusive, saber se a mesma tinha autorização do CNG; Conselho Nacional dos Gatunos. Gato infeliz; tá “P” da cara, em vista de eu ter usado o nome do mesmo “Pitico No Botico:” inclusive sua história, num concurso de “Talentos da Maturidade”, em âmbito nacional, sem seu consentimento. Falou-me, inclusive, que irá me processare exige os direitos autorais.
Gato do cão.
PARDAIS: Eu tenho um caquizeiro que zelo muito pelo mesmo. O quê? Caquizeiro dá cáqui? Certo meu caro, muito certo, você acaba de se tornar um gênio; agora no final do ano, às vezes ele solta algumas melancias, Zé de Melo.
Entretanto, quando o fruto já está pronto para o consumo, os aludidos pardais fazem uma degustação em massa, deixando, apenas, os restos para eu desfrutar.
O pior é que não têm como eliminar tal problema, os ditos cujos são infernais e provocativos; um verdadeiro complô.
PPUs: o boca larga me confidenciou que os PPUs estão tramando um complô, e o alvo serei eu, o Catarina. Já tem, inclusive, um SLOGAN: “NA HORA “H” SAIA DE BAIXO.”
Ordinários, sem resposanbilidades pelo que fazem.
POMBOS: Possuo uma pequena casa de madeira, nos fundos de meu terreno, a qual foi invadida por estes voadores.
Cada quinze dias destroem um beiral, uma verdadeira fatalidade.
É proibido matá-los, sujeito a pena de cadeia, pelo menos é o que falam.
Entrei na casa e tentei pegar um, entretanto, na hora de fechar a porta, a chave quebrou e fiquei preso dentro da minha própria casa. A praga de ser preso funciona, pois, fiquei preso dentro da própria casa, tendo que sair pela janela, um verdadeiro absurdo.
Fui obrigado a chamar o chaveiro, o famoso meia zero. Tal apelido origina-se por dois motivos: 1 – a sua cabeça tem semelhança com o número seis, e o seu corpo com zero. Quando o mesmo anda, assemelha-se a duas engrenagens em sintonia, é muito engraçado.
2 – o seu preço é sempre 60 pilas, seja para abrir, fechar, fazer chaves, visitas e outros.
Grande meia zero, gente fina, de primeiro trato.
Tentei outra estratégia junto aos pombos; assustá-los.
Apanhei uma escada e coloquei bem a altura de um pombo. Naquele dia, eu estava trajado com roupas presenteadas pelo meu filho, o manequinho de Floripa, inclusive um senhor sapato, também presente do mesmo.
Este sapato tem um vício diferente, ele gosta de pisar em excrementos de animais diversos.
Quando eu estava chegando perto da escada, atento ao pombo, o referido sapato pisou com muito gosto, mais com muito gosto mesmo, num monte de fazer inveja. Pensei, ou continuo a minha jornada, ou limpo o referido sapato: se limpar o sapato perco o pombo. Então decidi subir a escada assim mesmo. Vamos lá, os degraus ficaram escorregadios e quando já estava perto do pombo, o sapato escorregou com certa violência, que fiquei pendurado, apenas pelo queixo.
Fiquei com o rosto voltado para cima; o pombo observando a minha situação ficou em posição de tiro, uma descarga fatal. Sem perda de tempo, sem outras opções, comecei a descer os degraus com o próprio queixo, aproveitando a lubrificação dos degraus deixada pelo sapato; um cheirinho bastante agradável.
Quando consegui deixar a escada, o pombo soltou o tiro fatal, só ouvir plache. E como é do conhecimento de todos o excremento do mesmo é prejudicial à saúde, tanto a massa, como o pó.
Dentro de certa curiosidade, fui observar a precisão do tiro do pombo: uma reta, com ângulos de 90º, o qual atingiria às minhas narinas, indo parar na goela; um tiro fatal ou doentio
Escapei por muito pouco.
O que me chamou atenção foi o referido sapato; não pensei duas vezes, apanhei o mesmo e levei ao sapateiro, solicitando uma análise minuciosa do mesmo. O mesmo olhou, elogiou e descascou o camarão: o mesmo é muito bem feito, costurado, colado e feito com couro de porco. Quando ele falou couro de porco, gritei: chega, agora sei porquê ele gosta de pisar nos excrementos de animais.
O sapateiro não entendeu absolutamente nada.
Chegarei em casa, usarei duas caixas de Durepoxi, para fixação precisa do boca larga, pois não confio neste jumento. Já peguei o mesmo cochichando com a almofada e a tampa do vaso. Coisa boa não é; provavelmente, mais um complô contra a minha pessoa.
Já não posso contar com os PPUs, caso falte o boca larga, ficarei sem chão, aí o bicho pega.
Abraços do Catarina Paranaense.

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