sábado, 10 de fevereiro de 2018

"ADEUS MEU IRMÃO".




Em 5-3-2016 - faleceu o meu cunhado e amigo, marido de minha irmã.
Aproveito a oportunidade para enviar um grande abraço para minha irmã e família.
Deus estará sempre protegendo vocês.
Em 23-01-2018 – faleceu outro cunhado e amigo, irmão de minha esposa.
Que às Mãos protetoras de Deus sejam com meus dois sobrinhos e sua mamãe, que necessita urgente de um milagre de Deus, para proteção e orientação de seus filhos.
Em 08-02-2018 – faleceu meu irmão.
Deus levará consolo para minha cunhada e seus filhos, sem sombras de dúvidas.
Às famílias enlutadas, um versículo da Bíblia, para seus fortalecimentos.
Em provérbios 24:10 – Está escrito: Se te mostrares frouxo no dia da angústia, a tua força será pequena!
Sempre comparei a vida com uma roseira, no entanto, o jardineiro da natureza, ofereceu-me uma roseira sem pétalas, ficando bastante difícil trilhar por esse caminho, sem conforto, com os pés sangrando.
No calar da noite e no silêncio da madrugada, fiquei fitando o corpo de meu irmão dentro do caixão, o que me veio um filme, quanto a nossa infância, passada em Itajaí – SC. Na Rua Alberto Werner – Vila Operária, nossa terra natal.
Um mundo pobre, porém, cheio de felicidades.
Quantas brincadeiras, tais como: Bolinha de vidro, pião na roda, figurinha no bafo, boi de mamão, etc.
Morávamos numa casa de madeira simples, muito simples, porém, felizes para sempre.
Ao lado dessa casa, tinha um campo de gramas. Nesse campo, a nossa alegria era total, pois, além de jogar bolas, o melhor momento era quando brincávamos de soltar pandorgas, uma maravilha sem fim.
O meu irmão, o falecido, tinha uma maneira de divertir a gurizada, ou seja: Apanhava os lençóis usados de nossa mãe (saudades eternas), montava, com os mesmos, uma tenda, cuja parte interna, era divida em duas partes, uma para plateia e outro para o artista, no caso o próprio (meu irmão).
Na parte do artista, no caso ele, usava velas, para criar sombras e suas palhaçadas apareciam no lençol, em forma de sombras, o que fazia a gurizada morrer de rir.
Preço da entrada: um botão.
Criatividade elogiada por todos.
A brincadeira do boi de mamão, o ritmo e organização, eram dados por meu irmão.
Meios de ganhar um dinheirinho: 1 - Além de soltar pandorgas, confeccionavam às mesmas, para vender.
Tínhamos dois meios de mostrar as ditas pandorgas, uma no ar, outras penduradas na parede de frente de nossa casa.
2 – No final da Rua Brusque, existia um morro, lá era a nossa fonte de pedra de sapólio; levadas para casa trituravam-se às mesmas, até virar um pó muito fino. Muito útil para aplicação de limpezas em panelas etc.
O referido pó, sapólio, era vendido para donas de casas.
3 – Cepilho e serragem – Os mesmos eram apanhados numa serraria, no final da Rua Alberto Werner e, vendidos em sacos, para donas de casas.
Na época, era o combustível principal, utilizados em fogões.
A dona de casa colocava uma garrafa, em sentido vertical, e na boca do fogão, a garrafa era colocada em sentido horizontal; após bem socado, tirava-se às garrafas e atiçava o fogo com ajuda do cepilho. O processo ficava ardendo o dia todo, uma maravilha, para cozinhar a comidinha das donas de casas.
4 – Amendoim – O mesmo, era torrado, descascado, colocado um pouquinho de sal e vendido, com uma medida apropriada, nos campos de futebol, portas de igrejas e festas em geral.
Tempo depois, meu pai mudou-se para Serra Alta, Município de São Bento do Sul –SC.
Lá o nosso divertimento era, apanhar pinhão no mato e esperar o trem, às 16 horas, oriundo de Joinville – SC, e caçar.
Mudamos para Campo do Areião, em Santa Catarina. Um lugar de mata virgem, pois, o Segundo Batalhão Ferroviário, estava construindo estradas de ferro e, com o meu pai era Radiotelegrafista, tinha que ser o primeiro, a pisar em tal lugar; o principal meio de comunicação, na época, era a radiotelegrafia.
Lá, com muito cuidado, o nosso tempo, era utilizado em caças e, aos domingos, emprenhar-se pela mata virgem, procurar nó de pinho, combustível principal, para os fogões das donas de casas.
Lá ficamos conhecendo: Neves, Bugres, Cemitérios antigos, o Tatu Boi, e outros mais.
Após uma estada em Campo do Areião, meu pai e família, mudaram-se para CURITIBA’PR.
Aqui, a vida ficou mais dura, pois, tínhamos que trabalhar duro, para trazer o pão de cada dia.
Em linhas gerais, mencionei alguns momentos felizes e alegres, junto com o meu irmão, que se foi, ficando, apenas, a profunda saudade.
Agora, meu irmão, o lado feliz de nossa infância, junto com nossos pais, acabou, ficando, apenas, recordações positivas, daquele tempo.
Meu pai, minha mãe, você se foram, ficando uma lacuna profunda, sem ter como substituir, o que torna o meu mundo, muito sem graça e obscuro.
Quando terminávamos de brincar, nossa mãe, já estava esperando os dois moleques, com um lanche muito simples, contudo, com a doçura daquelas mãos de mãe carinhosa e sempre de braços abertos, para nos receber.
Eis os tipos de lanches: bolinho de banana, bolinho de fubá, fatia do céu, doce de abóbora e outros.
Olhando para o seu corpo, dentro do caixão, observando um corpo, que você apanhou emprestado na terra, o qual foi devolvido, para virar pó, contudo, o seu espírito, já está na antessala de Cristo, esperando Ele abrir a porta e dizer: “Entra meu filho no gozo de Teu Senhor”.
Meu irmão! Descansa em paz, enquanto nós, continuaremos a jornada, numa sociedade corrupta, nojenta, repleta de falcatruas, ladroagens, traições e outros venenos diabólicos.
Um dia, estaremos nos céus juntos, gozando das bênçãos de Nosso Deus.
Abraços e Saudades Eternas, de seu irmão.
Osvanir.

PS = Não é fácil, nada fácil, querer escrever, numa hora de muita saudade e tristeza que passamos nesses dias.
Portanto, peço desculpas, por algumas falhas, pois, estou muito emocionado, pela perda de meu irmão.
A estrela da vida, vai se apagando, dentro de tantas surpresas negativas.




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