sábado, 25 de março de 2017

"AS CATARATAS DO CATARINA,"



Ufa! Ufa! E Ufa!
O quê foi? Quer mais?
Ufa, ufa, ufa, ufa, ufa e ufaaaaaaaaaaaaaa!
Tudo começou com uma consulta ao médico doutor Filé de Borboleta, já comentado em blog anterior.
Dentre alguns males sofridos, destaquei a situação que estava utilizando, ou seja, meus olhos, meus óculos e a lupa, para enxergar 50% da visão, é mole?
O doutor Filé não pensou duas vezes, solicitou alguns exames para encaminhar-me ao hospital de olhos.
Exame de eletrocardiograma: fui chamado pela operadora, uma coroa, com uma minissaia de fechar as portas. Foi logo dando ordens, tira a camisa e deita na maca.
Quando me olhou sem camisa falou: Nossa! Nossa! Que tanquinho, que esfregadeira de roupa!
Pensei: esta coroa está maluca, a minissaia está fazendo mal para a mesma.
Sem titubear fui falando aquele velho papo laxativo: não bebo, não fumo, faço caminhada de 6 kms por dia e tomo dois litros de água por dia.
A coroa apanhou uma espécie de grampo e grampeou os meus lábios e as narinas.
Queria falar, porém, sem condições, saindo, apenas, o hum, humhum, humhumhum.
Sem ar o abdômen cresceu; a mesma quando olhou, gritou: cadê o tanquinho, cadê a esfregadeira de roupa?
- Hum, humhum, humhumhum, sendo que a mesma tirou o grampo dos lábios e falei: “O gato comeu”.
Aplicou todo o processo exigido, me liberou e disse: Resultado quarta feira PV, com o médico.
Diversos exames de sangue: Indicado o laboratório de análises clínicas e data, lá fui eu para o dito laboratório.
São duas situações que me deixa fora do sério, consultório médico e laboratório de análises. Não suporto tais ambientes, fico nervoso, não durmo não me alimento direito e o escambau.
Em compensação, não abro mão das coisas que admiro e pratico, ou seja, fila e porta de ônibus aberta.
Não rejeito uma fila, entro na mesma, fico até faltar duas ou três pessoas, para chegar a minha vez, aí, sim, caio fora, coisa de louco.
Agora, não me venham com fila de duas ou três pessoas, gosto daquelas filas longas, demoradas, que não andam, é bom demais.
Porta de ônibus aberta entro sem demora, fico alguns minutos viajando, depois pergunto o destino do mesmo.
Gosto mesmo é da linha direta, mais conhecida como ligeirinho; o mesmo parte do terminal, roda duas horas, e volta para o mesmo lugar. Neste caso, já antecipo a compra de um saco grande de pipoca ou um pacote de churros.  Comendo e apreciando as paisagens, coisa de louco!
Já com destino ao laboratório, pensei: Devo encontrar uma senhora fila, contudo, aconteceu ao contrário; cheguei ao destino às 6 da matina, sendo que o laboratório abria suas portas às 7 horas. Não gostei da situação, sem fila sem ninguém, uma situação bastante chata.
Não demorou, começou a chegar às pessoas, primeiramente, chegou uma velha, provavelmente, com destino às praias, pois, estava com sandálias Havaianas, chapéu de praias e short bem curtinho, De cara já perguntou: Que horas abre o laboratório?
Depois chegou um boiadeiro, chapéu de couro, com abas largas, chicote na cintura e um bigode rasga fronha; também, perguntou hora de abertura do laboratório.
Apanhei uma folha de papel e escrevi: Abertura do laboratório 7 da matina, e coloquei  no lado de minha calça.
A fila foi engordando, contudo, chegou às 7 da matina e a porta não abriu. Novas perguntas, tais como: Não vai abrir?
Coloquei outro aviso no sulfite e no lado de minha calça: “A madame já volta.
Não demorou, chegou uma moto com um casal, todavia, não conseguiam se despedir daquele velho beijinho de sempre. Levantei o capacete de ambos, se beijaram e a beleza abriu a porta do laboratório.
Já com a senha em mãos, número um, estava na espera, quando chegou uma senhora de meia idade, com cara de quem veio direto da gafieira para o trabalho. Pensei: será que esta dona vai tirar o meu sangue? Não demorou, a mesma me chamou, com uma cara de poucos amigos.
Entrei na sala, mas não observei aquela velha cadeira com um suporte para colocar o braço.
Apontou o dedo para uma poltrona, sendo que logo veio um aviso: O gigante Golias já sentou na mesma. Sentei e não deu outra, fiquei com as pernas no ar, balançando-as, uma verdadeira gracinha. A velha, já com a seringa na mão, empurrou o meu peito e, sem outra saída, afundei na referida poltrona, ficando de pernas para o ar, posição que Napoleão perdeu a Guerra.
- A velha falou: solta o braço pequeno ser.
- Não gostei da situação, contudo, não tinha o que fazer.
Tirou o sangue e resmungou: Resultado dentro de uma semana.
Já com os resultados em mãos, próximo destino, Hospital de Olhos, falar com o Oftalmologista, Vocês observaram que a gente encosta a língua no céu da boca ou, para os mais apurados, o Palato, para falar tal nome?
Agora, imaginam o médico do nasal, concha acústica e gogó, a saber: Otorrinolaringologista, é mole?
Já na rua do referido hospital, observei um tumulto de pessoas, falei para minha mulher: mais uma indústria sofrendo protestos de seus funcionários! Vamos até lá. Quero saber o nome da indústria. Encontrei um senhor na frente do tumulto e perguntei: O senhor sabe o nome da indústria?
- Sim senhor, Hospital de Olhos.
- O quê?
- Isto mesmo, Hospital de Olhos.
Como entrarei?
- O senhor serviu o Exército?
- Sim Senhor.
- Então, coloca a mulher na sua retaguarda, com as mãos nos seus ombros, e o senhor encosta uma palma da mão na outra, como se fosse uma flecha e vai abrindo caminho.
- Dito e feito, consegui chegar ao primeiro atendente.
Bom dia!
- Bom dia!
- Eu tenho consulta marcada para 12h30m, e gostaria de suas orientações para tal?
- Meu caro, aqui não tem hora marcada, é respeitada a hora da chegada e, todo este pessoal está na sua frente. Siga para o segundo andar e constata com o atendente, OK?
- Vamos subir às escadas, primeiro andar, ou seja, depósito de seres vivos e humanos, ainda bem que o nosso é o segundo andar.
Chegamos, contatamos com o atendente e, após, uma série de perguntas, mandou aguardar.
Não demorou muito tempo, apenas duas horas, chamaram: Osvanir de Almeida.
- às suas ordens.
- Vamos lá: você fuma você bebe, você berra você toma AAS infantil?
- Não, caminho 6 kms, todos os dias, bebo 2 litros de água por dia, não bebo e não fumo.
- Não me interessa o que o senhor faz ou deixa de fazer.
Aguarde a próxima chamada.
- Osvanir de Almeida!
- To presente.
- Senta na cadeira e aguarde. Notei que na minha frente tinha uma máquina e atrás de minhas costas uma parede de material, você entrava entre ambos, um tanto apertado.
- Olha para máquina e fica firme,
- Pimba, um sopro que foi amparado pela parede. Isto no olho esquerdo, o mesmo processo no olho direito.
Você saía de lá catando milho.
Afinal de contas, você sabe qual a posição de catar milho? Não sabe, não sabe nada, só sabe é encher o pandulho e nada mais.
Você imagina um canguru, a posição é a mesma, você joga o corpo para frente e sai com as mãos esticadas, defendendo do que poderá encontrar pela frente.
Sem enxergar quase nada, notei que bati com as mãos em alguma coisa; e escutei: “Tá cego babaca”.
A minha mulher informou-me que passei a mão num penteado de uma senhora e desmanchei o mesmo, é mole?
Aguardar mais um chamado.
- Não demorou muito, 3 horas, o chamado: Osvanir de Oliveira!
- Cheguei perto da chamativa e falei: Minha senhora acadêmica, médica, magrela, loira chamativa: Por acaso não é Osvanir de Almeida?
- Tem razão, desculpa, vamos entrar.
- Espia pelo buraco, faz favor!
- Espiei e já levei uma lavagem no olho; processo igual nos dois olhos.
- Agora, senta na cadeira e olhe para a parede, tenta ler aquelas letras,
- A S D F G ,
- Não coloquei ainda às letras na parede, donde você tirou tais letras?
- Lembrei-me do meu curso de datilografia na cidade de São Bento do Sul.
- O senhor é muito engraçado!
- Engraçado era o meu saudoso tio, que conseguia tirar a cueca sem tirar a calça.
- Agora sim, tenta ler às letras.
De trás para frente: S D R e fecha a conta.
- Agora, com o outro olho:
Vamos!
- Estou esperando a senhora colocar às letras na parede?
- Já estão na parede.
- Minha senhora! Nada a declarar!
- Espera lá fora da sala, outra chamada.
- Para encerrar a conversa, saí da sala gatinhando, sem enxergar, absolutamente nada.
Depois de um sufoco danado, marcaram a cirurgia do olho esquerdo, o mais afetado, para o dia 8 do corrente; cuja cirurgia já foi processada com resultados positivos, graças a Deus.
Quando cheguei ao hospital para a cirurgia, foi um tumulto danado. Todo mundo querendo saber da eficiência da operação, pois, estavam todos preocupados com os olhos do Catarina.
Aqueles olhos contundentes, ofuscantes, charmosos, apaixonados, cativantes e cor de mostarda.
Pare! Pare! Pare!
Jaca? Meu amigo Jaca? Mostarda, não é aquela coisa que tem a mesma cor daquela outra coisa?
- Chefia! Uma coisa é uma coisa, porém, outra coisa, é outra coisa, mas às cores são idênticas. Uma depreciação para aquela outra coisa, ser comparada com a cor dos olhos do Catarina!
Jaca! Meu caro Jaca! Você continua sendo a pela mais fina de meu nariz, para sempre.
Quanto à cirurgia do olho direito, já visitei o Oftal e outras coisas, por duas vezes, porém, sem o pode de operar, o que me complicou a situação, ou seja: Estou com um olho excelente, o outro não tão excelente, usando uns óculos que não serve para o olho operado, contudo, serve para o olho não operado, o que obriga a olhar de quina, de lado, usando a lupa para um olho e não para o outro, o que vem mexendo com a minha cabeça.
Próxima consulta dia 10-04-2017, vamos esperar.
Até lá o mundo, mais o espaço sideral, estão apreensivos, contudo, só resta esperar.
O quê foi?
Após a outra operação, estarei de olho em você.
Abraços do
Catarina Paranaense – Ainda olhando de quina.

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